quarta-feira, 8 de março de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA INOVAÇÃO NO APRENDIZADO E A QUALIFICAÇÃO DA CIVILIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Inovar no aprendizado
        Por que as pessoas precisam aprender inglês? Há uma infinidade de respostas para essa pergunta, todas muito fáceis de encontrar, mas uma se destaca: qualificação profissional. As empresas precisam de profissionais que falem o idioma universal para que assim consigam interagir com um mercado cada vez mais globalizado. Pronto, pergunta respondida. Agora, há um outro questionamento, um pouco mais complexo, que merece nossa atenção dentro desse contexto: a forma como estamos aprendendo inglês nos prepara para atender às demandas desse mercado?
         As exigências são cada vez maiores. O profissional do século 21 precisa estar preparado para atuar em um mercado onde inovação, desenvolvimento e tecnologia são palavras de ordem. Precisa estar preparado para atuar em um mercado onde inovação, desenvolvimento e tecnologia são palavras de ordem. Precisa estar preparado para interagir globalmente, ser criativo e flexível. Há certo consenso de que, para formar os profissionais de amanhã, as escolas devem buscar desenvolver quatro competências básicas em seus alunos: comunicação, pensamento crítico, criatividade e colaboração. E o aprendizado do inglês, habilidade que é um pré-requisito para esses futuros profissionais, precisa observar essas competências.
         Não dá mais para ficar em uma sala só repetindo as conjugações do verbo to be, tentando decorar uma interminável lista de verbos irregulares ou repetindo que the book is on the table. Se o mercado está se inovando, o ensino de inglês precisa inovar também. É necessário estimular o aluno a guiar seu próprio aprendizado, a propor problemas e encontrar soluções, a discutir, comparar propostas e apresentar resultados.
         Por exemplo, em uma aula que envolva conceitos como left (esquerda), right (direita), street (rua) e avenue (avenida), o professor pode propor aos alunos que se dividam em grupos e se coloquem no papel de profissionais de comunicação de uma prefeitura. A principal via de acesso a um ponto turístico da cidade estará fechada determinado dia da semana, e cada grupo precisa elaborar um texto dando direções sobre como chegar a esse ponto por outras vias (virar à direita na rua X, depois virar à esquerda na Y etc.). Precisam acessar um mapa da cidade para pensar em formas de fazer esse texto chegar ao público (redes sociais, comunicados via imprensa etc.). Depois, precisam comparar as estratégias elaboradas por cada grupo e identificar pontos positivos e negativos. Aí estão: comunicação, pensamento crítico, criatividade e colaboração em uma aula de inglês.
         O mundo evolui rapidamente e, com isso, vão surgindo novas tecnologias, novos perfis de negócios, novas demandas e novas expectativas de competências. E, se falar inglês é fundamental para acompanhar essa evolução, o ensino do idioma não pode ficar parado no tempo. Quem busca aprender a falar, ou que os filhos aprendam, tem que estar atento a isso na hora de escolher onde e como estudar. E quem ensina deve sempre cuidar para que seus métodos acompanhem o passo com que o mundo está estudando.”.

(JULIANA MELLO. Gerente pedagógica do Yázigi, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de março de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 7 de março de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de WALBER GONÇALVES DE SOUZA, professor, e que merece igualmente integral transcrição:

“Civilidade e barbárie
        Decifrar o ser humano será eternamente uma tarefa impossível. As clássicas perguntas que circundam a nossa existência, tipo: o que somos? De onde viemos? Para onde vamos? ainda reinam e acredito que permanecerão sem respostas por muito tempo, se é que um dia conseguiremos encontrar alguma.
         Mas, independentemente desse mar de dúvidas, algumas conclusões nós já temos. Sabemos que somos animais possuidores de racionalidade, que temos habilidades múltiplas, que vivemos e dependemos da sociedade, pois somos seres sociais; enfim, somos seres emotivos, efetivos e pensantes.
         Sabe-se também que inúmeras teorias, desde Aristóteles e que vêm ultrapassando os séculos, defendem que o ser humano, quando educado, torna-se o melhor dos animais, mas quando acontece o contrário, faltando-lhe a educação, ele se torna o pior dos animais.
         Para o filósofo Sartre, somos movidos pelas nossas escolhas. Se for verdade seu pensamento, podemos escolher ser educados ou mal-educados. Como vivemos em uma dita democracia, depositamos em nossos representantes legais um pouco da condução das nossas escolhas. Neste sentido, o desenvolvimento de políticas públicas pode levar os membros da sociedade a seguir um desses caminhos.
         E o que percebemos é que a educação não é e nunca foi uma prioridade das políticas públicas; fala-se muito, age-se pouco. Tratamos a educação como algo constitucionalmente obrigatório, pois é lei, mas não damos a ela o seu devido valor, que é tornar o ser humano um ser consciente, um ser melhor, preparado para viver em sociedade.
         Na prática, a grande maioria dos brasileiros convive com uma péssima educação, que exclui, que não educa, que não ensina, que não permite que nada que foi citado no parágrafo anterior de fato aconteça. E o resultado de tudo isso? Um ingrediente a mais para a barbárie.
         O que estamos presenciando nos últimos meses na nossa nação significa puramente a confirmação dessas teorias. Para ilustrar, basta analisar o campo de batalha que se tornou o Espírito Santo, os presídios de Natal, e a pior de todas, muito pouco falada, a guerra civil silenciosa (batalha entre torcidas, tráfico de drogas, saques, arrastões, crime organizado, violência contra mulher, crianças...) que há anos nos acompanha, sendo mostrada pelos dados estatísticos.
         Como o Estado não favorece a educação, no sentido pleno da expressão, pois cabe a ele esta prerrogativa enquanto ser organizador da nação, ele tenta se tornar presente pela sombra da repressão, mesmo de forma velada. Bastou a presença repressiva do Estado não se fazer presente e o caos se instalou. Pois não é possível acreditar na justificativa do caos pela ausência da polícia. Haja vista que, em países onde a educação acontece de fato, os presídios são fechados pela simples constatação da falta de prisioneiros. Nesses países, os presídios fechados se transformam em locais de fomento às atividades culturais.
         Aqui, nossa realidade revela nosso lado mais sombrio, mais triste. Revela que somos mal-educados, que agimos como o pior dos animais; revela que o Estado é um órgão inoperante em seu verdadeiro papel; revela que o Estado prefere continuar enganando a população, dizendo que vai criar um plano de segurança pública; revela que o Estado prefere criar cadeias, presídios, manter uma sociedade baseada no crime do que transformá-la em uma sociedade de pessoas decentes, do bem, educada; revela um Estado covarde com a sua própria corporação policial presente em cada estado da Federação, pois eles são os braços do Estado e, ao mesmo tempo, são servidos como “boi de piranha” nesta bagunça chamada Constituição Federal, nos seus mais diversos códigos.
         E a população? Pelo que se percebe, prefere continuar sendo e pensando como a coitadinha, como diria o cantor Zé Geraldo, “vendo tudo isto acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos”. E ao mesmo tempo incapaz de refletir sobre si mesma, pois o que é oferecida a ela, pelo Estado, na verdade tira da população a sua maior qualidade, que é a capacidade de pensar. E não pensando, a barbárie será sempre a nossa maior companheira ou a única saída. Pelo visto, entre civilidade e a barbárie, nosso escolha, enquanto sociedade, ainda está sendo pela barbárie.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2017 a ainda estratosférica marca de 486,75% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,30%; e já o IPCA também acumulado nos últimos doze meses, chegou a 5,35%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 


         

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