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sexta-feira, 17 de maio de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA CONFIANÇA E DO COOPERATIVISMO E O PODER E OS DESAFIOS DAS CIÊNCIAS NA SUSTENTABILIDADE


“Confiança e cooperativismo: um contexto de sucesso
        Vivemos um tempo em que as pessoas e a sociedade como um todo clamam por instituições, autoridades e gestões baseadas na transparência, na confiança e no bem comum. E esse é, justamente, o tripé de atuação do cooperativismo. Sempre falamos com orgulho sobre os valores, os princípios e a forma diferenciada de fazer negócios desse segmento. Mas, muito mais inda nos orgulha o fato de atuarmos no ambiente de cooperativas, que agregam tantas pessoas, tantos contextos e tantas realidades locais, tendo a confiança como base direcionadora.
         Confiança é um bem intangível e imensurável, que deve ser cultivado, preservado, levado adiante. Isso reverbera dentro do cooperativismo e vem, ano após ano, impulsionando o crescimento do número de cooperados e os resultados do setor. As pessoas confiam nas cooperativas e veem nelas a esperança para um futuro melhor, com mais igualdade, dignidade, autonomia e justiça social.
         O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, com frequência, reitera que o maior armazém que o cooperativismo tem não é para guardar grãos, nem cofres para guardar dinheiro, mas o grande e inabalável armazém do cooperativismo é o da confiança. Atuamos em um segmento que tem a capacidade de despertar a confiança das pessoas, mesmo em tempos tão difíceis, de individualismo e descrença.
         Essa é nossa maior conquista, o que mais nos enche os olhos e o que mais nos motiva. As cooperativas são empreendimentos que geram empregos, resultados positivos e que reúnem as melhores condições de negócios, aumentando a produtividade, contribuindo para o desenvolvimento da economia local, regional, nacional e mundial. Quanto orgulho temos por isso.
         De acordo com a Aliança Cooperativa Internacional, as 3 milhões de cooperativas na Terra cooperam para o crescimento econômico e sustentável, gerando serviços estáveis e de qualidade. Hoje, no mundo, elas empregam 280 milhões de pessoas, ou seja, 10% da população está empregada em algum empreendimento cooperativo, gerando um faturamento de US$ 2,1 trilhões, proporcionando a infraestrutura que a sociedade precisa para prosperar.
         Esses resultados existem porque temos uma visão de longo prazo para o crescimento, considerando a sustentabilidade para tudo e para todos. Estimulamos a cultura da confiança entre as pessoas, além de representarmos uma força de trabalho mais feliz e disposta para toda a sociedade. No cooperativismo, as atitudes simples, a competência das pessoas, a seguridade dos serviços e produtos, a transparência, o compromisso, a ética, o cumprimento de metas, a consistência nas ações e relações são a confirmação de que sim, é possível prosperar mesmo diante das incertezas, porque ainda temos e onde e em quem confiar. Disse João Paulo II: “a confiança não se consegue por meio da força; nem mesmo se obtém somente com declarações. Para construir a confiança são necessários gestos e fatos concretos”, como demonstrado cotidianamente pelo cooperativismo.”.

(RONALDO SCUCATO. Presidente do Sistema Ocemg, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de maio de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de ANTONIO BENEDITO LOMBARDI, médico e professor de medicina da PUC Minas Betim, professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, e que merece igualmente integral transcrição:

“Um desafio para todas as ciências
        Não há como permanecer calado em relação a uma série de notícias polêmicas. É difícil até escolher por qual delas deve-se começar um reflexão. Vejamos, por exemplo, as notícias sobre a oferta de cursos de medicina e das ciências humanas e sociais. Durante algumas décadas fazendo pediatria, conheci muito de perto doenças infantis associadas às condições socioeconômicas. Posso citar a desnutrição, as gastroenterites, a desidratação, as pneumonias, as parasitoses intestinais, as doenças infectocontagiosas, entre elas, a tuberculose, a sífilis, o tétano, a difteria, a coqueluche, o sarampo, a paralisia infantil e muitas outras.
         Testemunhei, assim, como médico formado em 1975, que no último quarto do século passado os hospitais pediátricos viviam lotados. A mortalidade nos primeiros anos de vida era muito alta. Os transtornos emocionais, comportamentais e de aprendizagem também eram muito comuns, porém, se escondiam atrás das doenças prevalentes. Na maioria desses casos o pano de fundo era sempre o mesmo, ou seja, fatores sociais adoeciam e matavam milhares de crianças. Muitas vezes doenças associadas primordialmente com a indiferença humana sempre muito presente nesses cinco séculos da formação da sociedade brasileira. Leituras de história, geografia, sociologia, direito, filosofia me ajudaram nessa compreensão. Graças a elas descontruí paradigmas que norteavam o entendimento equivocado que tinha sobre o desenvolvimento humano neste país.
         Nessas décadas do século atual, diferentemente, os impactados já não são crianças pequenas e, sim, milhares de adolescentes e adultos jovens. Hoje, convivemos com o estresse, a obesidade, a depressão, a automutilação, o suicídio, o abuso de drogas, a violência, o aprisionamento, a mortalidade alta de adolescentes e de adultos jovens e com a dengue. Essencialmente, entretanto, os fatores causais continuam os mesmos.
         Isso ocorre porque falta neste país a aplicação consistente de medidas fundamentadas em conceitos de filosofia, como a razão e a lógica, a ética, a reflexão, da antropologia e sociologia, que orientam a organização e o funcionamento das sociedades humanas saudáveis; do direito, como os conceitos de justiça e de cidadania implícitos na Declaração Universal dos Direitos Humanos; das ciências da religião, como espiritualidade, fraternidade, solidariedade e, por fim, conceitos da psicologia e psicanálise relacionados à subjetividade, ao altruísmo, à compreensão das emoções básicas, à construção da personalidade e às origens da indiferença, da agressividade, da perversidade. São conceitos que uma vez garantidos na formulação dos textos das políticas públicas e na postura ética da governança (Executivo, Legislativo, Judiciário, e mais economia, agricultura, meio ambiente, educação, saúde, desenvolvimento social, justiça, segurança pública etc.) contribuem para melhorar os seres humanos e as sociedades. É tempo, portanto, da valorização da universidade e potencialização da produção dos conhecimentos e socialização perseverante dos mesmos até alcançar o cidadão onde ele estiver.
         Por fim, propositadamente, cabe aqui recorrer a uma história sobre crianças que, desesperadas, desciam continuamente rio abaixo lutando contra a correnteza. As pessoas consternadas procuram retirá-las do rio até que uma delas decidiu ir rio acima para tentar descobrir o que estava acontecendo. Na verdade elas estavam sendo jogadas no rio.
         Como na história acima, além de tentarmos cuidar das crianças e adolescentes, muitas vezes impactados biopsicossocialmente, que lutam cotidianamente contra as experiências adversas, é preciso erradicar as causas que levam a esse quadro preocupante. Certamente que essa não é uma missão unicamente das “ciências da saúde” e sim de todas as “ciências”, por meio das ações transdisciplinares e integradas a curto, médio e longo prazo.
         Há um abismo estarrecedor entre o ritmo das decisões políticas e a implementação das intervenções sociais. A tragédia social no Brasil é grave, não pode esperar mais, exige ações urgentes.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda estratosférica marca de 299,45% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,74%; e já o IPCA, em abril, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,94%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
  


sexta-feira, 21 de julho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA ESPERANÇA E O DESENVOLVIMENTO HUMANO NA SUSTENTABILIDADE

“Apesar do caos, há esperança 
do surgimento de uma nova vida
        O crescente caos nos níveis externos do planeta não deve ser motivo de tristeza ou desânimo. Ao contrário, indica que se aproximam os momentos finais de uma longa e obscura noite, na qual a vida planetária esteve imersa. No decorrer de várias etapas evolutivas o homem da superfície da Terra foi mantido na ignorância por aqueles que representaram forças involutivas de aparentemente grande poder.
         Essas forças instigaram acontecimentos como o incêndio da Biblioteca de Alexandria; a queima de quase todos os documentos da civilização Maia, no século XVI, por um bispo espanhol da província de Yucatã; o expurgo, da Bíblia, dos ensinamentos de Enoch; o cancelamento nos documentos históricos, promovido pela Igreja, da figura de Apolônio de Tiana, e assim por diante, até chegarmos aos tempos de hoje, quando métodos mais sutis são usados para perpetrar crimes semelhantes. Todavia, é exatamente após a mais densa escuridão que raios de luz começam a despontar, anunciando um novo ciclo. Tenhamos presente essa premissa, pois ela é uma das que regem o nosso ingresso do ser nos chamados Mistérios.
         No entanto, existem também disponíveis instruções e informes sérios, de cunho genuinamente supramental, que fazem o importante trabalho de desanuviar a consciência humana e planetária de falsas concepções. Se, por exemplo, um ser busca com sinceridade o positivo e as bases para a vida na superfície da Terra, poderá encontrar estímulo em seres como Sri Aurobindo, que, em seu livro THE HOUR OF GOD, afirmou que a experiência da vida humana sobre a Terra se deu várias vezes antes desta e se repetirá ainda muitas vezes. Segundo ele, em tudo o que fazemos hoje, em todos os nossos sonhos, descobertas, realizações, sejam fáceis, sejam difíceis, aproveitamo-nos subconscientemente da experiência de inumeráveis precursores, e nosso trabalho fecundará planetas desconhecidos e mundos ainda incriados.
         A espiritualidade acompanha os pequenos e os grandes movimentos que se passam no planeta e nos indivíduos. Transmite-lhes em diversos níveis da existência, e seus instrumentos externos são os grupos dedicados ao trabalho evolutivo. Tais grupos precisam manter viva a aspiração de remover os obstáculos a fim de que a humanidade como um todo tenha uma existência liberta. Essas aspiração é escutada e acolhida e, quando chegar a hora, transformações definitivas se consumarão. Segundo uma lei dos mundos internos, toda abertura ao positivo mais cedo ou mais tarde tem repercussões benéficas.
         A ajuda está disponível ao homem a todo instante, embora hoje tenhamos de levar em conta que nove dentre dez caminhos oferecidos por esta civilização desviam-se da realidade interna e da vida superior. Não basta a adesão imediata às energias evolutivas. É preciso adesão sempre renovada, contínua, permanente. A atitude que ontem era positiva, pode mostrar-se hoje desatualizada. Só a concentração no eterno presente, também chamado “tempo real”, revela o que deve ser vivido a cada momento.
         Apesar das evidências de que vários setores da existência terrestre se encontram em situação de profundo desequilíbrio ou de caos, paira sobre nós um pressentimento de que mudanças positivas e benéficas para a totalidade do Universo estão próximas. Esse pressentimento pode antecipar a manifestação da verdade e devemos estar preparados para acolhê-la.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de julho de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ANTONIO BENEDITO LOMBARDI, professor do curso de medicina da PUC Minas, professor aposentado da Faculdade de Medicina da UFMG, pediatra e psiquiatra da infância e adolescência, e que merece igualmente integral transcrição:

“Desenvolvimento humano
        É muito difícil para nós profissionais que trabalhamos com a infância ficar em silêncio diante do que acontece no país com esta população há 517 anos. Além de assistirmos, cotidianamente, a um processo crônico e progressivo de degradação humana que começa na infância, frequentemente episódios pontuais nos golpeiam pela brutalidade como têm se apresentado: cidadãos jovens que matam e morrem, como que deixados à própria sorte para decidir seus destinos, tocados para esta situação após anos de impactos subjetivos e de reações comportamentais resultantes de histórias pessoais de negligência e maus-tratos.
         Em geral, isso ocorre porque não foi dado a esses indivíduos, desde os primeiros períodos do ciclo de vida, e para muitos desde a gestação, oportunidades de terem um desenvolvimento humano saudável. A indiferença do Estado brasileiro e de diferentes segmentos sociais em momentos críticos e sensíveis do desenvolvimento da criança e do adolescente acaba por torná-los também indiferentes ao Estado e a esses segmentos. Assim, muitas vezes, respondem empregando os mais diferentes recursos comportamentais, às vezes violentos, colocando todos em perigo, com consequências variáveis frequentemente desastrosas.
         Hoje, sabe-se que o cérebro humano desenvolve-se até cerca de 20 a 30 anos e, nesse período, está sujeito a sofrer agravos se a criança experimentar determinadas adversidades. Entre essas experiências adversas podem-se citar a negligência, maus-tratos físicos e psicológicos, violência doméstica, convivência com familiares usuários de drogas, portadores de doenças mentais e a pobreza extrema. Essas situações, que podem determinar o aparecimento do estresse tóxico, predispõem as crianças a uma série de problemas na própria infância e outros que se manifestam na idade adulta.
         Entre os problemas associados às adversidades experimentadas na infância, que surgem na idade adulta, podemos citar: diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, doenças inflamatórias, câncer, depressão, suicídio, abuso de drogas, encarceramento, morte precoce, entre outras. Para muitos, o ciclo perverso iniciado na infância se encerra ainda mais precocemente, na adolescência e na idade adulta jovem, porque muitos sujeitos apresentam impactos múltiplos acumulados durante os períodos iniciais do ciclo de vida, agravados por situações adversas pontuais (por exemplo, conflitos interpessoais), como também pela perpetuação das adversidades, entre elas, a falta de perspectivas de desenvolvimento pessoal, o abuso de drogas e/ou a entrada no tráfico, o encarceramento em uma penitenciária, etc. Ou seja, o quadro é muito mais grave do que se imagina.
         Não podemos de forma alguma tratar esse fenômeno apenas cuidando dos sintomas agudos que emergem do caos social crônico e potencialmente explosivo, como ocorre nas regiões metropolitanas, nas penitenciárias etc, e considerar solucionado o problema. É preciso ir muito além, contextualizando esse fenômeno. É preciso cuidar das crianças, das famílias, das escolas, das comunidades do país. O quadro é gravíssimo e tem tudo para piorar. Medidas com efeitos a curto, médio e longo prazos precisam ser urgente e firmemente implementadas nas próximas décadas, independentemente dos custos financeiros, políticos etc. É óbvio que essas propostas somente serão concretizadas se tivermos Executivo, Legislativo e Judiciário exercendo seus papéis de referência e liderança, com sensibilidade, competência, ética e coragem, associados a uma sociedade corresponsável e atenta. Isso tudo se justifica porque o Brasil está biopsicossocialmente muito doente e não pode esperar mais.
         De forma geral nos referimos acima às doenças físicas, psíquicas e sociais produzidas direta e indiretamente, para espanto de todos nós, pela ação humana, e não pelas causas biomédicas fundamentadas frequentemente por um raciocínio clínico reducionista e alienante. São ações produzidas, há séculos, por sucessivos governos que praticam políticas públicas insuficientes para a complexidade da situação. Essas ações também são produzidas de várias formas por instituições públicas e privadas, e mesmo por homens e mulheres, cidadãos comuns, de diferentes setores e classes sociais por meio de gestos e comportamentos antissociais manifestos e/ou velados no dia a dia.
         São condutas perversas contra o ser humano que impactam o indivíduo durante o seu curso de vida e que, historicamente, fazem parte da cultura brasileira da indiferença e da não cidadania, generalizadas pelo tecido social e profundamente estruturadas no nosso inconsciente coletivo, de onde emergem com força suficiente para causar e perpetuar esse conjunto de perversidades que hoje vivenciamos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca de 345,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em junho,  chegou a 3,00%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
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- Por uma Nova Política Brasileira...