Mostrando postagens com marcador Bronnie Ware. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bronnie Ware. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A CIDADANIA E O MOMENTO FAVORÁVEL À VIDA SAUDÁVEL E FELIZ

“Não diga que não avisei!

A enfermeira australiana Bronnie Ware passou anos da vida profissional cuidando de pacientes em estágio terminal, após deixarem o hospital para morrerem em casa – a maioria restando menos de três meses de vida. Só quem tem muito amor ao próximo, tenacidade mental inabalável e desapego à vida pode assumir essa tarefa terrível e ao mesmo tempo humana, nobre e necessária. Bronnie, porém, constatou surpresa que as pessoas crescem diante da morte e aprendeu a não subestimar a coragem delas para enfrentar cada fase do processo; negação da própria situação, pavor, medo, raiva, remorso, nova negação, até chegar, enfim, à resignação. No trajeto revelam grande sabedoria de vida. E todos encontram a paz antes de partir.

A todos Bronnie indagou: “O que lamenta na vida que viveu? Do que se arrepende? O que mudaria se tivesse nova chance?” Com as respostas, escreveu The top five regrets of the dying (ou “Os cinco lamentos do moribundo”, em tradução livre). Ignoro se a enfermeira saberia interpretar as respostas. Mas não vi nenhum disparate.

A maioria das respostas foi “gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a que os outros esperavam que eu vivesse”. Para Bronnie, quando as pessoas sentem que a vida está acabando, olham para trás e se dão conta de quantos sonhos não se realizaram e vão morrer sabendo que não viveram a própria e única vida, e isso aconteceu pelas decisões que tomaram ou deixaram de tomar.

“Gostaria de não ter trabalhado tanto”, disseram os homens ouvidos. Todos, sem exceção, queriam ter vivido mais junto dos filhos e se arrependiam de ter passado tanto tempo pensando no trabalho. As mulheres lamentaram a falta de tempo para os filhos – apesar de a maioria ser de geração ainda não engajada em carreiras.

Enquanto oferecia aos pacientes seus cuidados paliativos, Bronnie reunia respostas. A terceira mais ouvida foi “queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos”, que ela acha típica dos que reprimiram sentimentos e emoções por medo, inibição ou para ficar bem com os outros. Ocultaram tanto o que sentiam ou pensavam que se acomodaram numa vida opaca e medíocre, sem nunca se tornar quem eles de fato são – e desenvolveram graves doenças associadas à amargura e ao ressentimento.

Muitos dos pacientes de Bronnie viveram tão voltados para suas próprias vidas que, ao longo dos anos, deixaram escapar suas amizades de ouro. O arrependimento por não terem dedicado tempo e atenção às amizades é profundo e desolador, quando se ouve o lamento “gostaria de ter ficado mais tempo com os meus amigos”.

Mas até chegarem às suas últimas semanas de vida ainda não percebiam o valor dos velhos amigos. “Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo”, garante Bronnie, “E nem sempre era possível rastrear velhos amigos perdidos.”

“Gostaria de ter me permitido ser mais feliz” foi o quinto lamento mais ouvido. “Só no fim da vida é que a felicidade é uma escolha”, diz Bronnie. O apego a velhos hábitos, a coisas conhecidas, e o medo da mudança fizeram com que fingissem, para ou outros e para si mesmos, que estavam contentes, mas no fundo ansiavam rir de verdade e usufruir de novo das boas coisas da vida.

Ninguém lamenta perda de poder, fortuna e beleza, que, em vida, fascinam. Nem o medo do que virá. Não se trata de livro de autoajuda, para enriquecer a enfermeira. Bronnie Ware não quis nos afligir com situações mórbidas, arrolar a dor da agonia, ou assustar com o transe que vamos encarar um dia. As últimas palavras revelam o que se sente na partida, mas também sugere “as cinco atitudes que podem aliviar os lamentos do desenlace”. Ou melhor: “Não diga que não avisei!”.”
(ALCIONE ARAÚJO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de fevereiro de 2012, Caderno CULTURA, página 8).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 24 de fevereiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Momento favorável

Momento favorável é uma indicação que o apóstolo Paulo faz dirigindo-se aos cristãos em Corinto. É uma referência ao dia da salvação, mas que deve ser incorporada às situações do dia a dia. Não se pode perder nunca a hora certa para coisas importantes na vida familiar, social e cultural. Aproveitá-la é caminho para o êxito. Contudo, não é tarefa fácil saber discernir o tempo propício para cada coisa da vida. Ainda mais desafiador é inserir-se na dinâmica e nas circunstâncias deste momento.

O momento favorável abordado pelo apóstolo Paulo, em referência ao dia da salvação, toca existencialmente todos. O dom da vida requer o discernimento sobre esse momento para seu tratamento adequado e sua qualificação. A liturgia da Igreja Católica, com o tempo da quaresma, iniciado nesta quarta-feira de cinzas, até a semana santa, é uma sábia e indispensável indicação de um tempo especial para a vida de cada pessoa.

Neste tempo da quaresma ecoa a profecia que convida insistentemente para um encontro com Deus, de todo o coração. É um processo de reconfiguração qualificada da própria vida que inclui as circunstâncias todas do tecido da sociedade. O ápice da qualificação de qualquer vida pessoal é a consistência da própria interioridade como fonte sustentadora da paixão pela verdade, o gosto pela solidariedade e a coragem de lutar pela justiça. É cultivar a honestidade na palavra dada, no respeito aos outros e, particularmente, na condução da coisa pública e do bem comum.

Pensar a salvação como momento favorável é reconhecer que ninguém pode furtar-se ao propósito existencial de reconciliação, com Deus e o com o semelhante, superando inimizades. É aproximar-se do pobre, do indefeso e do inocente. Trata-se também de uma reconciliação consigo mesmo, um movimento reverso ao que leva à depressão, à vida vivida nos disparates da arbitrariedade e das tiranias do desejo. O convite central deste tempo da quaresma, o voltar-se para Deus, se concretiza na indicação direta do imperativo: convertei-vos. Cria a convicção indispensável de que não apenas os sistemas, os governos, os funcionamentos administrativos, os mecanismos da sociedade merecem uma revisão, mas também o si mesmo de cada um.

É o si mesmo de cada um a alma e o sustento de processos, de famílias, de instituições, de lideranças lúcidas e da indispensável capacidade cidadã de indignar-se com o mal. O tempo da quaresma tem a finalidade educativa de motivar a correção do orgulho que perpetua insanidades, atrasa reconciliações e enjaula a possibilidade de se viver mais solidariamente. Quem percorre o caminho quaresmal escutando a palavra de Deus, falando menos, contemplando mais, sensibilizando-se sob o impulso da caridade fraterna, alcança uma qualificação ancorada na força de valores. Faz a diferença no que é, onde está e no exercício de suas responsabilidades.

Oportuno, pode se concluir, o tema deste ano da Campanha da Fraternidade, uma tradição quase cinqüentenária promovida pela Igreja Católica no Brasil, a saúde pública com o propósito e o compromisso, como reza o livro do Eclesiástico, de espalhar a saúde pela terra. O propósito da Campanha da Fraternidade 2012 e, de verdade, a corajosa abordagem, visando melhorias, no sistema público de saúde.

Os cortes orçamentários feitos em âmbito governamental e o inevitável comprometimento de programas e projetos merecem a mobilização sistemática da sociedade, que tem o direito de discutir esse assunto de interesse coletivo. É preciso amadurecer e encontrar caminhos para a qualificação do sistema público de saúde. Legislação lúcida e garantia do tratamento adequado aos enfermos são conquistas fundamentais. Além disso, deve ser permanentemente buscado o necessário processo educativo de cada cidadão, estimulando-o a viver de forma saudável. Este tempo da quaresma, de forma especial, ajuda também a entender a saúde como tarefa espiritual. É, por isso mesmo, momento favorável, um verdadeiro antídoto para a crise existencial contemporânea.”

Eis, pois, mais páginas contendo IMPORTANTES, EDIFICANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que sinalizam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de maneira a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, câncer que se espalha por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também acarretando INESTIMÁVEIS perdas e danos;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, sob o título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO, a exigir igualmente IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, ao lado de extremas NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos que contemplam EVENTOS como: a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em junho; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS e de um POSSÍVEL e NOVO mundo, da JUSTIÇA, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, O SUCESSO E O REINVENTAR DA VIDA

“O segredo do sucesso

Assistindo às apresentações dos atletas no recente campeonato Pan-americano, observei com que afã eles buscam ultrapassar limites. Todos querem chegar na frente. Não há dúvida de que essa tem sido uma aspiração humana desde que existimos como espécime. E no mundo do trabalho é a mesma coisa. Ter sucesso significa conquistar os melhores lugares e recompensas, além da relevância social que vem embutida no pacote.

Mas, afinal, qual o segredo para alcançar o tal sucesso? É bom lembrar que apenas no dicionário a palavra sucesso aparece antes da palavra trabalho. De modo que o caminho mais curto ainda é o trabalho lícito, inteligente, prazeroso, criativo, que acrescenta valores e supera o que foi feito antes. Geralmente, nos encantamos com o sucesso, mas nos esquecemos de toda luta que levou as pessoas até essa privilegiada posição. Daí que se você não puder destacar-se pelo talento, vença pelo esforço. Como diria Tomas Jefferson: “Acredito demais na sorte e tenho verificado que, quanto mais trabalho, mais sorte tenho”.

Não é nosso trabalho que nos enobrece. Nós é que nos enobrecemos nosso trabalho. A melhor recompensa para essa atividade humana não é o que se ganha com isso. O trabalho não pode ser um fim como muitos encaram equivocadamente, investindo nele quase todo seu tempo e energia na busca do lucro financeiro ou social. Mais que isso, ele deve se tornar um meio para nos sentirmos úteis e produtivos, para alcançar valores essenciais, um maior equilíbrio psicológico, uma visão mais amudurecida das coisas e melhor qualidade de vida. E esse trabalho deve levar a nossa assinatura, nossa marca, nosso toque particular. Devemos ser reconhecidos por meio dele. Para tanto, é preciso fazer sempre o melhor que pudermos.

O objetivo de qualquer desenvolvimento profissional, tecnológico ou de qualidade é preencher essa lacuna que existe entre o que as pessoas realmente fazem e o que poderiam fazer se dessem o melhor de si. Infelizmente, a maioria não segue o exemplo dos atletas. Não gosta do que faz, trabalha apenas por obrigação, não investe em si mesmo e realiza somente o mínimo necessário. E tudo isso é o que inferioriza o trabalho.

Quem quiser vencer na atualidade terá de entender que as recompensas estão em sintonia direta com a contribuição que se dá. Nesse cenário tão competitivo e mutante, o novo trabalhador deve ter um perfil diferenciado e tomar o destino da sua carreira nas próprias mãos. A relação patrão-empregado está se transformando numa relação cliente-fornecedor e a profissão passa a se chamar competência, o que envolve o domínio de qualidades técnicas e também humanas.

Não há sucesso sem ética. Se você não for ético, afastará as pessoas que podem ajudá-lo a alcançar a realização profissional.

Todo homem é uma criatura da época em que vive. Mas muito poucos são capazes de ir além do seu tempo. O saudoso Steve Jobs mostrou esse exemplo. Isso porque são eles os que avançam para além dos recordes anteriores, acrescentando inovações vitais em todas as áreas. O verdadeiro progresso nasce daí. Para tanto, é preciso aprender com humildade tudo aquilo que pode ser importante ao objetivo a que se aspira. A forma de aprendizagem é tão importante quanto o que deve ser aprendido. É essencial também ter paciência inteligente, aquela que tem foco e não reduz o esforço enquanto espera, não pretendendo o pódio de imediato. Daí podemos ver que a vitória não está no final, mas sim em todas as alternativas do percurso, nas pequenas conquistas do dia a dia.

É nesse campo de lutas que devemos aprender a dominar os receios, tomar as decisões acertadas, encarar com maturidade os fracassos e vencer obstáculos que sempre aparecem no caminho. O excepcional jogador de basquete Michael Jordan disse certa vez: “Errei mais de 9 mil arremessos na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Em 26 ocasiões acreditaram que eu ganharia o jogo no arremesso decisivo... e errei. Fracassei, fracassei e fracassei na minha vida. É por isso que sou um vencedor”.

Pode-se dizer com certeza que sucesso é uma questão de não desistir e fracasso é uma questão de desistir cedo demais. As carreiras, como os foguetes, nem sempre são lançadas conforme o programado. O segredo é continuar trabalhando os motores e permanecer desmotivado o mínimo de tempo possível.”
(RONALDO NEGROMONTE, Professor, palestrante e consultor em desenvolvimento de pessoas e organizações, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de dezembro de 2011, Caderno MEGACLASSIFICADOSADMITE-SE, página 2).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de FREI BETTO, Escritor e autor de A arte de semear estrelas (Rocco), entre outros livros, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Reinventar a vida

Finda o ano, inicia-se o novo. No íntimo, o propósito: daqui pra frente, tudo vai ser diferente. Começar de novo. Será? Haveremos de escapar do vaticínio do verso de Fernando Pessoa, “fui o que não sou”? Atribui-se a Gandhi esta lista dos sete pecados sociais: 1) Prazeres sem escrúpulos; 2) Riqueza sem trabalho; 3) Comércio sem ética; 4) Conhecimento sem sabedoria; 5) Ciência sem humanismo; 6) Política sem idealismo; 7) Religião sem amor.

E agora, José? No mundo em que vivemos, quanta esbórnia, corrupção, nepotismo, ciência e tecnologia para fins bélicos, práticas religiosas fundamentalistas, arrogantes e extorsivas! Os ícones atuais, que pautam o comportamento coletivo, quase nada têm do altruísmo dos mestres espirituais, dos revolucionários sociais, do humanismo de cientistas como os dois Albert – o Einstein e o Schweitzer. Hoje, predominam as celebridades do cinema e da TV, as cantoras exóticas, os desportistas biliardários, a sugerir que a felicidade resulta de fama, riqueza e beleza.

Impossibilitada de sair de si, de quebrar seu egocentrismo (por falta de paradigmas), uma parcela da juventude se afunda nas drogas, na busca virtual de um esplendor que a realidade não lhe oferece. São crianças e jovens deseducados para a solidariedade, a compaixão, o respeito aos mais pobres. Uma geração desprovida de utopia e sonhos libertários. A australiana Bronnie Ware trabalhou com doentes terminais. A partir do que viu e ouviu, elencou os cinco principais arrependimentos de pessoas moribundas:

1) Gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira para mim, e não a que os outros esperavam de mim. No entardecer da vida, podemos olhar para trás e verificar quantos sonhos não se transformaram em realidade! Porque não tivemos coragem de romper amarras, quebrar algemas, nos impor disciplina, abraçar o que nos faz feliz, e não o que melhora a nossa foto aos olhos alheios. Trocamos a felicidade da pessoa pelo prestígio da função. E muitos se dão conta de que, na vida, tomaram a estrada errada quando ela finda. Já não há mais tempo para abraçar alternativas.

2) Gostaria de não ter trabalhado tanto. Eis o arrependimento de não ter dedicado mais tempo à família, aos filhos, aos amigos. Tempo para lazer, meditar, praticar esportes. A vida, tão breve, foi consumida no afã de ganhar dinheiro, e não de imprimir a ela melhor qualidade. E nesse mundo de equipamentos que nos deixam conectados dia e noite somos permanentemente sugados; fazemos reuniões pelo celular até quando dirigimos carro; lidamos com o computador como se ele fosse um ímã eletrônico do qual é impossível se afastar.

3) Gostaria de ter tido a oportunidade de expressar meus sentimentos. Quantas vezes falamos mal da vida alheia e calamos elogios! Adiamos para amanhã, depois de amanhã. O momento de manifestar o nosso carinho àquela pessoa, reunir os amigos para celebrar a amizade, pedir perdão a quem ofendemos e reparar injustiças. Adoecemos macerados por ressentimentos, amarguras, desejo de vingança. E para ficar bem com os outros, deixamos de expressar o que realmente sentimos e pensamos. Aos poucos, o cupim do desencanto nos corrói por dentro.

4) Gostaria de ter tido mais contato com meus amigos. Amizades são raras. No entanto, nem sempre sabemos cultivá-las. Preferimos a companhia de quem nos dá prestígio ou facilita o nosso alpinismo social. Desdenhamos os verdadeiros amigos, muitos de condição inferior à nossa. Em fase terminal, quando mais se precisa de afeto, a quem chamar? Quem nos visita no hospital, além dos que se ligam a nós por laços de sangue e, muitas vezes, o fazem por obrigação, não por afeição? Na cultura neoliberal, moribundos são descartáveis e a morte é fracasso. E não se busca a companhia do fracassado.

5) Gostaria de ter tido a coragem de me dar o direito de ser feliz. Ser feliz é uma questão de escolha. Mas, vamos adiando nossas escolhas, como se fossemos viver 300 ou 500 anos. Ou esperamos que alguém ou uma determinada ocupação ou promoção nos faça feliz. Como se a nossa felicidade estivesse sempre no futuro, e não aqui e agora, ao nosso alcance, desde que ousemos virar a página de nossa existência e abraçarmos algo muito simples: fazer o que gostamos e gostar do que fazemos.”

Eis, portanto, mais páginas contendo RICAS, ABRANGENTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nosso PENSAR e AGIR, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim sendo, URGE ainda PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) o COMBATE, sem TRÉGUA, a três dos nossos maiores e mais devastadores INIMIGOS: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância; II – a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com previsão para 2012 – Orçamento Geral da UNIÃO –, do gasto ASTRONÔMICO de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO da DÍVIDA, a exigir também uma IMEDIATA, ABRANGENTE e QUALIFICADA AUDITORIA...

Não é, pois, o caso de lamentarmos FALTA DE RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que MINA nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, gerando perdas e comprometimentos INESTIMÁVEIS...

São, e sabemos bem, DESAFIOS GIGANTESCOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pelaCIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERNÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...