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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

NA CIDADANIA, PRIORIDADE ABSOLUTA À EDUCAÇÃO (19/41)

(Janeiro/2011 = Mês 19; Faltam 41 meses para a COPA DO MUNDO de 2014)

“Capital humano

Nunca em todo o período da história houve demanda tão elevada por profissionais qualificados. Também nunca foi tão difícil manter esses profissionais dentro das corporações. Eles agregam valores às empresas e são considerados o principal capital. Porém, essa visão ainda faz parte de um grupo seleto. A maioria dos gestores, até o momento, não enxergou o valor desse capital humano e trata com desdém esse assunto. Muitos executivos atribuem o sucesso profissional à sua capacidade de escolher a pessoa certa para atuar no seu grupo. O sucesso de outros executivos deve-se à capacidade de manter sua equipe ordenada e produzindo harmoniosamente.

De fato, é muito difícil escolher a pessoa certa. Às vezes, você se depara com situações muito complicadas quando, por exemplo, um amigo está precisando de uma recolocação no mercado. Você sabe que aquele profissional não é a pessoa certa para atuar na sua equipe, mas, por outro lado, você é posto no paredão por si próprio e expõe a dúvida no ar: se eu posso ajudar o amigo, por que não dar uma chance? Por que não ajudar e tentar torná-lo o profissional ideal para a equipe, treinando-o e reciclando seus conhecimentos? Mas, não é bem assim que as coisas funcionam. Às vezes, a amizade é confundida com a hierarquia e, quando você tem de chamar a atenção por qualquer motivo, sua atitude não é bem aceita e a amizade começa a ser posta em jogo. Existe um velho ditado que se encaixa perfeitamente: “Amigos, amigos, negócios à parte”.


O time deve estar satisfeito, harmonioso e bem recompensado. De fato, quando você vê publicações sobre as melhores empresas para trabalhar, um dos itens avaliados é a harmonia interna da equipe em relação ao resultado. Quem avalia a melhor empresa são os próprios funcionários e, se o ambiente de trabalho não é harmonioso, isso recai sobre a empresa. Para chegar ao estágio de satisfação, houve primeiro a seleção da equipe. Não importa qual seja o seu negócio, seu produto, sua estratégia ou seu serviço, tudo é feito por pessoas que têm de ser escolhidas a dedo.

Quanto maior for o nível de qualificação profissional, maior é a produtividade e menor é o custo dos produtos e serviços gerados. Vem agora a parte também difícil: a manutenção de tudo isso. Para manter os bons profissionais, as pequenas e médias empresas oferecem, em primeiro lugar, benefícios; em segundo, vem a remuneração e, por último, investem em treinamento. Já as grandes – entenda, nem todas são assim – trazem, num pacote, só os benefícios, a remuneração e os treinamentos. Palavras como satisfação, motivação e reconhecimento fazem parte do vocabulário da área chamada de gestão de pessoas.”
(REINALDO GOMES, Especialista em gestão corporativa e de pessoas e economia, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de janeiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de EDITORIAL publicado no mesmo veículo, edição de 31 de dezembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 8, que também merece INTEGRAL transcrição:

Prioridade à educação

O próximo Plano Nacional de Educação (PNE) vai fixar uma meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na área. Essa foi a proposta apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) à Casa Civil no início do mês. Em 2011, começa a tramitação do projeto no Congresso Nacional. Dados referentes a 2009 mostram que hoje o país investe 5% do PIB em educação. Nos últimos cinco anos, o crescimento foi de 0,2 ponto percentual anualmente. O próximo PNE vai definir as metas que o Brasil deve atingir em educação nos próximos 10 anos. Segundo Haddad, o patamar de investimento de 7% do PIB deve ser atingido na próxima década, “mas quanto antes melhor”. As bases do PNE foram traçadas durante a Conferência Nacional de Educação (Conae), que reuniu em abril, em Brasília, cerca de 3 mil representantes de movimentos sociais, governos, pesquisadores, estudantes, professores e pais para discutir as prioridades do setor. O documento final da Conae recomendou que o investimento em educação seja elevado a 7% em 2011 e atinja 10% em 2014.

A remuneração dos professores no Brasil tem que fazer o país reconhecer que dificilmente vamos chegar às metas de 2021 sem enfrentar essa questão de maneira decisiva. Nenhum país de alto desempenho educacional paga aos seus professores um salário menor do que a média das outras profissões de nível superior. No Brasil, o salário do professor é 40% menor do que qualquer outra profissão equivalente. O problema educacional no Brasil persiste há cinco séculos, desde o descobrimento, mas precisa ser resolvido logo, senão ele engole o país (o grifo é meu). A situação na educação é grave e fica mais clara quando mais da metade da população brasileira compõe a classe média – tem mais dinheiro, é mais exigente, quer o melhor para os filhos. E todos sabem que, sem uma educação eficiente, não há mãos de obra qualificada, o que resulta em salários baixos.

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) do ano passado, avaliado por uma entidade europeia, depois de uma comparação entre todos os países que participam do sistema, chegou à conclusão de que somente os países que priorizam o salário conseguem auferir melhores resultados. Para os educadores brasileiros, não é novidade alguma. Em qualquer setor, o melhor salário atrai os que se destacam e, com isso, fica facilitada a expansão dos negócios (produtividade maior, produção com menor custo e aumento de vendas). Não há mágica: quando o salário é o menor, só enfrenta mesmo o mercado quem aceita fazer bico ou tem esperança de um dia melhorar. Aos olhos do mundo é incompreensível como um país como o Brasil, uma das 10 maiores economias do planeta, não consegue sair desse atoleiro em que se vê o ensino. O novo PNE para o próximo decênio vem aí. Lula adiantou que o professor será prioridade máxima. Só que ele deixa o governo amanhã. Esperemos que sua sucessora, Dilma Rousseff, cumpra a promessa do padrinho eleitoral.”

Eis, portanto, lançado o DESAFIO da década: alçar a EDUCAÇÃO ao posto de PRIORIDADE ABSOLUTA, resgatando, dessa maneira, DÍVIDA de CINCO séculos. A grandiosidade da TAREFA de forma alguma ARREFECE nosso ÂNIMO, mas nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS E POTENICIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A CIDADANIA E A EDUCAÇÃO COMO PRIORIDADE

“A criança não é pequena por não ser grande, é pequena para ser grande”
(CLAPARÈDE)

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de novembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DINEIA DOMINGUES, Professora da PUC Minas, integrante da Conferência Estadual de Educação, que merece INTEGRAL transcrição:

“Educação como prioridade

A sociedade mineira realizou a etapa estadual da Conferência Nacional de Educação (Conae/2010), marcada para abril de 2010, em Brasília. Segmentos civis, governamentais e profissionais, organizados e mobilizados desde os municípios, discutiram e revisaram o documento-base, apresentando o que entendem necessário como política pública educacional e oferta escolar, para assegurar vaga e permanência de crianças, jovens e adultos na escola. A conferência setorial abarca a educação básica e a superior, da creche à pós-graduação. A Conae/2010 pode ser acompanhada no site www.mec.gov.br. A Conferência Estadual (Coeed-MG) teve 34 etapas intermunicipais e regionais, desde junho.

Estudantes, pais, profissionais, gestores governamentais, representações de classe e movimentos sociais debateram a política nacional, as ações de governo, o financiamento, a valorização profissional e a diversidade e o direito à diferença. Defendem como se devem construir garantias de direitos em forma de políticas e de serviços, para que contribuam para diminuir as desigualdades entre nós. Ao discutir a construção de um Sistema Nacional de Educação (Sinae), que se espera articulado, as conferências trazem ao debate a orientação política para a garantia do direito social; a mobilização da qualidade e valorização da educação básica e superior; propostas de consensos pela qualidade e pelas igualdades – em forma de orçamentos públicos, de gestão democrática e por meio de regime de colaboração entre as esferas de governo. Resumem em dois grandes, os desafios da política educacional: o de fazer o Estado com as máquinas de governo municipais, estaduais e federal, cumprirem o papel de assegurar direitos sociais, efetivamente, em forma de políticas e serviços educacionais, e o de fortalecer participação e controle social das ações de governo.

O documento que aprimoramos com as conferências mostra que tivemos avanços importantes, mas modestos, considerando o quanto ainda estamos longe de mitigar desigualdades com ajuda da educação. São grandes conquistas, considerados os enormes problemas que perduram. Exemplificando, temos o Fundo de Financiamento da Educação Básica (Fundeb), da creche ao ensino médio e das modalidades indígena, de jovens e adultos, especial e profissionalizante. Temos um piso salarial nacional pela primeira vez no país. Caminhamos para o fim do vestibular, com o acesso ao ensino superior, enfim tratado da perspectiva dos direitos iguais, por meio de políticas inclusivas e desiguais para tratar os iguais em direitos. Recentemente, conquistamos o fim da incidência da Desvinculação das Receitas da União (DRU) sobre os recursos federais da educação, voltando ao setor, até 2011, 20% dos recursos federais, cerca de R$ 9 bilhões, estima o Ministério da Educação (MEC). Há poucos dias ampliamos a escolaridade obrigatória, estendida da faixa pré-escolar, dos quatro anos de idade, até 17 anos, ou ensino médio.

As ações de monitoramento da execução orçamentária de programas de governo são outro tema importante nas conferências, dada a urgência e necessidade para os cofres públicos e para os brasileiros. A prestação de contas de recursos da pasta, crescentes nessa conjuntura, exige aprimorarem-se os mecanismos de controle e avaliação de diretrizes, eixos, programas e ações dos governos. O cadastramento dos conselhos de acompanhamento e Controle Social do Fundo da Educação Básica (Cacs)/Fundeb nos sistemas do MEC e o acompanhamento e controle da distribuição, transferência e aplicação dos recursos do fundo, são tarefas novas e importantes para o país. Se espera maior implicação do Ministério Público (MP), das esferas legislativas e judiciárias, com a sociedade organizada, para efetivar garantias como o transporte e a alimentação escolar, a infraestrutura e a valorização profissional, entre tantas que exigem acompanhamento e controle. Os delegados escolhidos na etapa mineira da conferência defendem e submetem nossas propostas à etapa nacional, na qual se define a versão final do documento-referência. Inspirar debate, legislação e ações governamentais e civis voltadas à oferta e à qualidade da educação que queremos. É para isso que serve o documento gerado na conferência.”

Eis, pois, como estão colocados instrumentos que visam e inspiram a MOBILIZAÇÃO em torno da EDUCAÇÃO, que deve MERECER o melhor os nosso ENTUSIASMO, da nossa CONFIANÇA e ESPERANÇA de que SOMENTE através de sólidas POLÍTICAS EDUCACIONAIS consolidaremos as BASES de um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO, estendendo a TODOS as OPORTUNIDADES de uma VIDA que seja PLENA, ALEGRE e FELIZ.

O BRASIL TEM JEITO!... É o nosso SONHO e a nossa LUTA.