Mostrando postagens com marcador Congresso Nacional. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Congresso Nacional. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA E ENERGIA DA PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA E A LUZ DA QUALIFICAÇÃO DA FAMÍLIA NA SUSTENTABILIDADE


“Energia a favor da democracia
        A polarização política no Brasil, que chegou ao seu auge nas eleições presidenciais de 2018, parece não ter fim. Vivemos, hoje, um dilema: somos um país com a polarização política no nível da americana, mas enfrentamos a pobreza diariamente, sem infraestrutura básica e acesso precário à saúde, educação, segurança e tantos outros direitos fundamentais.
         Mas o fato é que ainda estamos empregando nossa energia em uma briga polarizada e intolerante entre nós mesmos. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, a polarização política supera a média internacional de 27 países, só ficando atrás de Índia e África do Sul. Os dados comprovam o que vemos cotidianamente: o radicalismo político chegou a níveis de intolerância que afeta os relacionamentos pessoais, afastando as pessoas que pensam de forma diferente.
         É preciso ultrapassar essa fronteira, evoluir. Canalizar essa energia a favor da democracia é conduzí-la ao palco da construção política que é o Congresso Nacional. Ali deve ser o nosso fórum de debate.
         Desperdiçamos foco (para dizer o mínimo) ao discutir com pares, em vez de concentrar naqueles que se intitulam “nossos representantes”, repercutir as nossas opiniões com parlamentares e senadores e, eles, sim, criarem um debate construtivo, pois foram eleitos pelo voto popular para negociar, discutir, escutar e, assim, criar a melhor solução a favor da população brasileira. Então, pare de brigar com seu irmão, seu vizinho, no grupo de WatsApp, e coloque essa energia e a força da sua opinião para pressionar o seu deputado, o seu senador; aquele que foi eleito com o poder do seu voto.
         O caminho para fortalecer a democracia passa pela responsabilidade de cada cidadão em entender a importância do seu papel como eleitor e, depois, de manter o diálogo ativo com seus representantes, saber quais são as pautas em votação e, claro, qual a posição dos seus eleitos em cada uma delas.
         Aqui entra um pouco do meu sonho como cidadão e empreendedor: usar toda a potência da opinião política na construção de pontes; sair da briga polarizada restrita ao nosso círculo social, que apenas segrega, e, juntos, colocar energia a favor da democracia, criando um diálogo construtivo entre eleitor, deputados e senadores no esforço pela construção de um país mais honesto e justo.
         Se não tivermos a consciência sobre a importância do Congresso Nacional, a clareza de que ali é o local de debate, não vamos conseguir implementar políticas que, de fato, melhorem a vida de todos nós, brasileiros.”.

(MARIO MELLO. Fundador e CEO do aplicativo Poder do Voto, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de agosto de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“A família, como vai?
        Esta interrogação, “família, como vai?”, tem uma pertinência social que perpassa a história de mais de dois mil anos da Igreja Católica, e sua importância permanece ainda hoje na sociedade contemporânea. Afinal, o bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja. Questão que afeta e aflige, exigindo respostas assertivas, sem absolutamente admitir equívocos ou desfigurações perigosas que possam impactar a realidade do lar, com suas dimensões humana, afetiva e espiritual. A família tem força e propriedades educativas, mesmo com limites advindos da condição humana, para alavancar, sustentar e impulsionar vidas. Por isso, prioritário é investir na família.
         “A família, com vai?” Uma interrogação interpelante já em 1994, 25 anos atrás, inspirou ações da Campanha da Fraternidade, envolvendo a Igreja em todo o Brasil. A Igreja sabe que a família é uma comunidade natural na qual se experimenta a sociabilidade humana, de modo a contribuir para o bem da sociedade. Sem famílias fortes na comunhão e estáveis no compromisso, os povos se debilitam. Incontestável que a família é prioridade em relação à sociedade e ao Estado. Por isso, não pode ser desconsiderada. Constitui, assim, doutrina pétrea para a Igreja a valorização da instituição familiar, conforme ensina o largo e luminoso horizonte da palavra de Deus. Compreende-se porque a antropologia cristã considera que não é bom o homem estar só. Os textos que narram a criação do homem focalizam sobre o desígnio de Deus: o casal constitui a primeira forma de comunhão de pessoas, comunhão assentada sobre Adão e Eva, firmando a direção da ajustada compreensão.
         Na família se aprende a conhecer o amor e a fidelidade a Deus, a necessidade de corresponder-lhe. Convence, pois, o quanto é importante responder a esta pergunta desafiadora – A família, como vai? – para compor e recompor a competência fundamental dessa experiência, a ser marcada pelo humanismo, fé e espiritualidade. O desafio é que, hoje, a mudança antropológico-cultural influencia todos os aspectos da vida e requer uma abordagem que seja contemporânea, diversificada, não podendo, no entanto, negociar valores, princípios e identidades intocáveis, sob pena de não se alcançar patamares que configurem a família na perspectiva educativa e sustentadora para a sociedade. Não pode a Igreja desincumbir-se, portanto, de anunciar o evangelho da família, com voz forte e clara na complexidade da cultura contemporânea, ante os relativismos que a ameaçam.
         São necessários, pois, novos caminhos pastorais e de conscientização, preservando, sempre, aquilo que é inegociável. Por isso, é tarefa a elaboração de diretrizes e indicação de práticas, considerando, fielmente, a doutrina da Igreja em diálogo com as necessidades e desafios locais. O papa Francisco lembra que, à luz da parábola do semeador, a missão da Igreja consiste em cooperar na sementeira, o resto é obra de Deus. Os casais esperam e precisam que a Igreja lhes ofereça motivações para uma aposta corajosa em um amor forte, sólido e duradouro – capaz de enfrentar imprevistos, adversidades. A Igreja é desafiada a acompanhar as famílias em suas dificuldades. A Igreja é desafiada a uma conversão missionária por não se contentar com um anúncio puramente teórico e desligado da realidade das pessoas.
         O evangelho da família precisa ser apresentado como resposta profunda às interrogações e necessidades da humanidade. É preciso propor valores para que a família alcance a sua dignidade e plena realização na reciprocidade, na comunhão e na fecundidade. A Igreja é “família de famílias”, enriquecida pela vida de cada Igreja que está no lar de cada um. Assim, o sacramento matrimonial pode fecundar o caminho da sociedade. É, por isso, um dom precioso, sobretudo, para o momento atual. A Igreja é um bem para a família e a família é um bem para a Igreja. Permanece o enorme desafio de viver e ser família na complexidade cultura da contemporaneidade. Tem, pois, pertinência a interrogação: “A família, como vai?”, abrindo muitos debates, indicando os desafios e exigências da indispensável  retomada de valores, a promoção de experiências com força educativa humanística e a rica vivência da fé, busca da luz advinda do evangelho de Jesus Cristo. É a luz única que pode iluminar a compreensão com força inigualável. A interrogação é dirigida a cada família, à Igreja e, também, à sociedade.
         Instituições não subsistirão na direção certa e perderão o rumo em seus percursos se não se dedicarem a investir, qualificadamente, na família. Para fazer da família prioridade, todos têm que se deixar interrogar e responder: “Como vai a família?”. Esse investimento urgente, como entendimentos largos e lúcidos, poderá impulsionar com mais velocidade a busca que se está fazendo. Responder à interrogação, superando indiferenças e relativismos, é o caminho para a necessária abertura de um novo ciclo. Do contrário, se multiplicarão os fracassos. Pergunte e responda: sua família, como vai?.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 300,09% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,23%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,22%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


 

     

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A CONSTRUÇÃO DO SUCESSO DA EQUIPE E A FORÇA E DESAFIOS DO ENSINO MÉDIO

“O sucesso depende da equipe
        O bom desempenho de uma organização depende de diversos fatores: liderança, estratégias, planos, processos, pessoas, conhecimento e informação. Tudo harmonizado por meio de um sistema de gestão que busque continuamente a excelência. Alguns empreendedores ainda acreditam que o sucesso nos negócios é decorrente apenas do faturamento e dos resultados financeiros imediatos. Esse pensamento pode ser fatal, já que a empresa depende do alinhamento de diversos outros elementos até atingir o seu objetivo primordial, que se sustente no longo prazo.
         Para ser competitiva no mercado, é preciso uma equipe de alta performance e, para isso, é de suma importância uma boa relação dos colaboradores com a organização, já que bons resultados são decorrentes de processos bem executados por pessoas capacitadas. Pensando assim, o núcleo de gestão de pessoas tem um grande desafio, pois a motivação, o engajamento e a valorização do potencial das equipes são diferenciais do negócio.
         Pesquisa realizada pela Endeavor, no ano passado, com mil empresários, constatou que gestão de pessoas é um dos maiores desafios dos empreendedores. Entretanto, é importante ressaltar que, sendo esse um processo gerencial contínuo, investir em seus colaboradores é essencial para qualquer empreendimento. De acordo com o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), deve-se pensar a gestão de pessoas sob três aspectos.
         Sistema de trabalho: a maneira como o trabalho é ordenado e como os colaboradores são organizados, selecionados e avaliados, de acordo com as metas da organização.
         Capacitação e desenvolvimento: esses dois itens fazem parte do aprimoramento das competências, sejam técnicas, comportamentais ou operacionais, focando na produtividade da organização.
         Qualidade de vida: um dos fatores primordiais para a retenção dos grandes talentos da empresa. Proporcioná-la significa um trabalho em um local tranquilo, agradável e, ao mesmo tempo, desafiador.
         Os três pilares são o diferencial de uma gestão, mas para conseguir coloca-los em prática, com excelência, é necessário um bom gestor na execução. Como será desempenhado seu papel é fundamental no engajamento, retenção e prospecção de talentos. A liderança precisa ficar atenta à equipe, pois sua percepção é fundamental no processo. Assim, precisamos, em primeiro lugar, envolver todos neste trabalho para um melhor desempenho.
         Estabelecer um sistema sólido e embasado facilita a percepção do que está sendo executado de maneira correta e do que pode ser aperfeiçoado. Investir em capacitação aumenta dos resultados e engaja os colaboradores para um propósito comum. A garantia de uma boa qualidade de vida retém os talentos já presentes e atrai os que estão no mercado. Para alcançar a excelência, estabeleça uma boa gestão de pessoas, pois sem ela o sucesso fica cada vez mais distante.”.

(JAIRO MARTINS. Presidente-executivo da Fundação Nacional da Qualidade, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de RONALDO MOTA, reitor da Universidade Estácio de Sá, e que merece igualmente integral transcrição:

“Reforma do ensino médio
        A convite do Congresso Nacional, participei da audiência pública promovida pela comissão mista que acolhe a medida provisória (MP) de iniciativa do Executivo federal modificando o ensino médio. Como educador, reafirmo minha tendência de valorizar as etapas de esclarecimentos e convencimentos, imprescindíveis ao sucesso educacional. Tais procedimentos conflitam com a figura da MP. Mesmo assim, há que se ressaltar que, no caso, os elementos formais MP, urgência e emergencial, são atendidos.
         O indicador de qualidade mais adotado, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), evidencia que, entre os níveis da educação básica, o ensino médio é aquele que está em pior situação. A realidade atual de 13 disciplinas obrigatórias em si contribui para limitar, ou mesmo impedir, que melhores e mais adequadas estratégias no processo ensino-aprendizagem sejam debatidas ou implementadas. Os argumentos para manter como obrigatórios tanto o ensino das artes como o de educação física são plausíveis e respeitáveis. Tanto quanto para filosofia, sociologia, história e geografia. Da mesma forma, como físico, teria pouca dificuldade em apontar os prejuízos e deficiências de um formando do ensino médio que não tivesse tido acesso a um mínimo de física e uma introdução ao raciocínio embasado no método científico. A mesma lógica vale para biologia e química. Enfim, tal caminho argumentativo, definitivamente, não funciona e melhor tratarmos mais de conteúdos e interdisciplinaridades e menos de disciplinas isoladas.
         Além disso, Anísio Teixeira apontava, desde a década de 1950, que a educação secundária era excessivamente propedêutica. Priorizava a visão de etapa preparatória a estudos mais aprofundados de nível superior, subestimando o relevante papel de preparação técnica profissional dos jovens para o mundo do trabalho. Nos países mais competitivos e bem-sucedidos, a maioria dos jovens que fazem o ensino médio regular o fazem juntamente com a educação profissional. No Brasil, somente 11% adotam tala estratégia. Como está estruturado hoje, a concepção subjacente é de o ensino médio, quase exclusivamente, prepara ao ensino superior. Porém, contraditoriamente, menos de um quinto dos jovens vão para as faculdades e menos de 12% da população adulta tem diploma universitário.
         O processo ensino-aprendizagem no ensino médio depende de muitos fatores, mas cabe especial destaque às condições de trabalho dos professores que atuam neste nível educacional. Em geral, eles são mal remunerados e os cursos de formação, quando ofertados, não conseguem capacitá-los adequadamente à adoção de metodologias inovadoras e contemporâneas, especialmente quanto ao uso de novas tecnologias no ambiente educacional.
         Má qualidade do ensino médio tem também como consequência um parque universitário extremamente limitado na sua capacidade de gerar ciência e inovação que sejam mundialmente competitivas. Seremos reduzidos, cada vez mais, a meros consumidores de tecnologias desenhadas no exterior e adquiridas via commodities com preços aviltantes, num ambiente de baixa produtividade e de altas taxas de desemprego.
         Na palestra, abordei o tema das tecnologias digitais, que permitem explorar um novo cenário educacional em que todos aprendem (não sabíamos disso, pensávamos que somente alguns aprendiam), o tempo todo (antigamente, a aprendizagem estava circunscrita ao ambiente escolar, delimitando espaços e tempos que, hoje, extrapolam os muros e os tempos da escola) e, por fim, o mais relevante, descobrimos que cada educando aprende de maneira única e personalizada (uma espécie de DNA educacional que caracteriza cada um de nós). Apoiados pela analítica da aprendizagem e por plataformas de aprendizagem, os educadores poderão conhecer muito mais sobre seus educandos, bem como estes sobre si mesmos, propiciando desenvolver trilhas educacionais personalizadas que atendam às características, circunstâncias e peculiaridades de cada aluno individualmente.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...