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segunda-feira, 4 de abril de 2011

A CIDADANIA, O PITO DA FIFA E A EXCELÊNCIA GLOBAL

“O pito da Fifa

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, acaba de criticar duramente o Brasil pela “falta de avanço real” na preparação para a Copa de 2014. Segundo ele, o Brasil está mais atrasado que a África do Sul antes da Copa de 2010. “A copa é amanhã e os brasileiros acham que ela é depois de amanhã”, disse o presidente da entidade máxima do futebol. Blatter alerta que existe o risco de que nem o Rio de Janeiro, nem São Paulo estejam preparados para receber jogos da Copa das Confederações, em 2013. Para o dirigente da Fifa, há dois problemas principais no Brasil, o primeiro deles é a briga política entre governadores e prefeitos – “Isto tem de ser superado rapidamente” – e o outro problema é a falta de pressão da CBF sobre as autoridades brasileiras. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, se apressou em informar que as obras para a Copa estão “a todo vapor”.

Há 14 dias, a presidente Dilma Rousseff disse ter certeza de que o Brasil organizará uma bem sucedida Copa em 2014 e destacou que a preparação do evento contribuirá para o desenvolvimento do país, com a geração de renda, empregos e investimentos em infraestrutura. Dilma reconhece que “não é uma tarefa fácil preparar um evento dessa magnitude”, mas está confiante de que o país dará conta do recado. Postos os dois lados na mesa, convenhamos que Joseph Blatter tem toda a razão do mundo para estar preocupado e, por sua vez, a presidente Dilma se esforça para não dar a entender que o é tempo é o maior inimigo dos organizadores da Copa no Brasil. Ao anunciar investimentos de R$ 33 bilhões em obras de infraestrutura (68% de participação do governo federal) e a geração de 330 mil empregos diretos e 400 mil temporários, ela afirmou que o megaevento tornará o Brasil uma vitrine internacional, tanto que a estimativade turistas no país, na realização da Copa, é de 600 mil. Dilma veio ontem a Belo Horizonte lançar o programa social (Rede Cegonha), no Palácio das Artes, Centro da capital. O caos tomou conta do trânsito, dando mostra da fragilidade do sistema viário da cidade para eventualidades, quiçá para grandes eventos.

O otimismo do governo é natural, mas a realidade é bem outra. O presidente da Fifa tem razão de estar preocupado com a demora da deflagração das obras para a Copa. Três meses de 2011 já foram embora e pouco se vê de concreto na maioria das cidades-sede da competição mundial de 2014. O governo brasileiro rebate as preocupações do presidente da Fifa lembrando que se dizia o mesmo em 2009, um ano antes da Copa da África do Sul – muitos apostavam que seria um vexame, em decorrência do então atraso das obras. Vale lembrar, contudo, que, se algo desse errado, seria de certa maneira relevado, afinal, era a estreia do continente nesse tipo e evento. Quanto ao Brasil, é bem diferente: país cinco vezes campeão do mundo e a sétima economia do planeta não poderá cometer fiasco algum, pois não haverá perdão da Fifa nem dos demais países que vão disputar a Copa, tampouco dos turistas que aqui virão. É preciso, nesta hora, estancar o ufanismo, o otimismo exacerbado e encarar com seriedade o compromisso assumido. Que nossos governantes tenham juízo. O mundo está nos observando com olhos de lince.”

(EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, publicado na edição de 29 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição e Caderno, na página 11, de autoria de LUIZ CLÁUDIO COSTA, Ex-reitor da Universidade Federal de Viçosa, atual secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), que merece igual INTEGRAL transcrição:

“Excelência global

Em uma sociedade do conhecimento, as universidades de excelência internacional são instituições cruciais para a formação de profissionais criativos e cidadãos plenos capazes de promoverem avanços na ciência e tecnologia, bem como na construção de um sistema eficiente de inovação tecnológica. A inserção das universidades de um país no ranking daquelas de excelência internacional é um indicador claro da importância destas instituições como agentes de desenvolvimento de uma nação. No Brasil, apesar do claro entendimento e investimentos do governo federal nos últimos anos na área de educação, a inserção das universidades entre as melhores do mundo ainda não é uma realidade.

Diversos índices foram criados para comparar e categorizar as universidades de diferentes países do mundo. Desde então, tornar-se uma universidade de excelência internacional deixou de ser simplesmente uma questão de tradição ou desejo. Entre os índices mais aceitos e divulgados pela comunidade internacional estão o Times Higher Education (Thes) e o Shanghai Jiao Tong Univesity (SJTU). Apesar das críticas e questionamentos sobre a filosofia e metodologia destes índices, algumas delas muito legítimas, um fato é evidente, as universidades mais bem categorizadas por eles são aquelas que ao longo da história mais têm contribuído para o desenvolvimento social e econômico de seus países, e, na maioria dos casos, da humanidade.

Os avanços do Brasil na área da educação vêm sendo, nos últimos anos, destaque em diferentes organismos internacionais. Relatórios do Banco Mundial apontam o país como o que mais avançou em aumento da escolaridade e, segundo dados da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o terceiro país que mais evoluiu em qualidade da educação básica. O último relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), publicado em novembro, destaca, em capitulo pela primeira vez dedicado a um país da América do Sul, a grande evolução da produção cientifica brasileira nos últimos anos. Segundo o relatório, o Brasil produziu 26.482 artigos científicos em 2008, ponde o país na destacada posição de 13º produtor de conhecimento novo do mundo.

Vale dizer que o relatório indica ainda que 90% das publicações científicas brasileiras são oriundos das universidades públicas, que ao mesmo tempo detém 57% dos pesquisadores brasileiros, outros 6% estão em institutos de pesquisas e 37% em instituições privadas. Da mesma forma, o Brasil conseguiu avançar em muito a sua formação de doutores, alcançando, em 2008, 10.711 titulados contra apenas 554, em 1981. Com tais indicações, seria de se esperar que as universidades brasileiras figurassem entre as melhores universidades do mundo. No entanto, isto não ocorre. O índice Thes foi publicado pela primeira vez em 2004 e, desde então, nenhuma universidade brasileira esteve entre as 200 primeiras.

Acadêmicos que se dedicam a definir o que seria uma universidade de excelência internacional identificam algumas caraterísticas básicas: professores altamente qualificados; excelência em pesquisa, alto nível de investimento do governo e privado; estudantes altamente qualificados com alto nível de internacionalização; autonomia acadêmica, estrutura de gestões eficientes e autônomas e bem estruturadas instalações de ensino, pesquisa, extensão, administração e assistência estudantil. Uma agenda estratégica de incentivo a internacionalização, com fluxo de professores e estudantes de excelência internacional e do fortalecimento da agenda da autonomia na gestão das atividades de ensino, pesquisa e extensão, pode levar, dentro em breve, o Brasil a ter algumas de suas universidades figurando entre as melhores do mundo. Buscar o reconhecimento internacional para o ensino superior brasileiro não é simplesmente uma questão de status, mas uma ação estratégica para um país que tem dado  ao longo dos anos uma efetiva contribuição cientifica e tecnológica para melhoria das condições de vida no planeta.”

Estamos, em nosso UNIVERSO de HUMILDADE e DESPRENSIOSO, destacando o CALENDÁRIO das obrigações ESPECÍFICAS da COPA DO MUNDO DE 2014, com ACENOS a cada MÊS... já entramos no 22º, pois o tempo URGE...

Eis, portanto, mais RICAS e SEVERAS ponderações e REFLEXÕES que acenam para as PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES exigidas para TRANSPOSIÇÃO de um longo ESTÁGIO PROBATÓRIO que coloque DEFINITIVAMENTE o BRASIL no concerto das POTÊNCIAS DESENVOLVIDAS: o da EDUCAÇÃO... Mas, nada, nada ARREFECE nosso ÂNIMO e nosso ENTUSIASMO e, mais ainda, esses ENTRAVES nos MOTIVAM  e nos FORTALACEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA MUNDIAL RIO + 20, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A CIDADANIA E AS LIÇÕES DA COPA

EDITORIAL

Copa não é brincadeira

Estamos a menos de 48 horas da partida final da Copa do Mundo disputada na África do Sul. A competição no continente africano já pode ser vista por nós, brasileiros, como passado. O que interessa agora é a disputa de 2014, quando o Brasil, pela segunda vez, vai acolher o megaevento esportivo, assistido, a cada quatro anos, por pelo menos 4 bilhões de pessoas planeta afora. Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador são as capitais brasileiras que vão ser sede da Copa, o que exigirá investimentos superiores a R$ 5 bilhões. Não podemos esquecer que, dois anos depois, em 2016, o Rio de Janeiro vai receber os Jogos Olimpícos. Mas e as obras de reforma de nossos velhos e defasados estádios ou de contrução de novos e de infraestrutura hoteleira e mobilidade urbana? Nada praticamente começou na maioria das cidades escolhidas pela Fifa. Em São Paulo, nem uma palha foi movida nesse sentido, o mesmo ocorrendo com Recife e outras capitais; em Belo Horizonte, o Mineirão recebe os primeiros operários.

Começando pelos estádios, passando pela questão de hospedagem e desaguando na do transporte de massa, toda essa engrenagem terá de estar funcionando a pleno vapor já em 2013, quando haverá no Brasil a Copa das Confederações, o aperitivo para o Mundial do ano seguinte. O poder público não pode arcar com todos os custos, cuja maior parte será abraçada pela iniciativa privada que, depois de passados os eventos, espera ter retorno com a exploração de alguns dos equipamentos a serem instalados nessas cidades. Os maiores investimentos serão feitos em infraestrutura nas sedes em que ocorrerão as disputas, implicando reforma e construção de estádios, vilas olímpicas, obras em rodovias, ampliação de metrôs, aeroportos, hospitais e sistemas de telecomunicações.

Para que a aplicação de dinheiro seja, de fato, estruturante, é fundamental não repetir os problemas observados na realização dos Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro, em 2007, quando os orçamentos iniciais foram superados pelos custos reais, havendo necessidade de socorro emergencial do estado para a conclusão das obras. E mais grave: passado o evento, as melhorias efetivas na infraestrutura prevista, para o entorno dos estádios e da cidade como um todo, não se registraram. O prazo dado pela Fifa às cidades da Copa de 2014 para dar partida às obras expirou dia 1º de junho. Ontem, em Johanesburgo, na África do Sul, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi lançada a logomarca oficial da Copa no Brasil – não há mais como recuar. A hora é, pois, de as autoridades federais, estaduais e dos municípios privilegiados com a escolha da Fifa honrarem os compromissos assumidos em momento de festa. O Brasil não pode perder a oportunidade de se valer desses dois eventos para se projetar de vez no cenário mundial, além, é claro, de implantar um parque de obras – nas áreas de transporte, saneamento, energia, telecomunicações e turismo – a ser herdado pelas respectivas populações, para perene desfrute.”
(Publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de julho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma igualmente IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, mesma edição e Caderno, porém na página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Lições da Copa

O apóstolo Paulo, na primeira Carta aos Coríntios 9,24-26, usa a metáfora do esporte para explicitar reflexões que clareiam entendimentos sobre assuntos pertinentes à vida e à cultura: “Acaso não sabeis que, no estádio, todos correm, mas um só ganha o prêmio? Correm, portanto, de maneira a conquistar o prêmio. Os atletas se sujeitam a todo tipo de disciplina. Eles assim procedem para conseguir uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos a coroa incorruptível! Por isso em corro, não às tontas. Eu luto, não como quem golpeia o ar.” O esporte como metáfora, usado mais fortemente em épocas de Copa do Mundo, contribui para explicar os desafios de viver adequadamente este dom que é a vida. A vida não é apenas um dia depois do outro. A vitória de viver depende de muitos fatores: não basta apenas ter um talento para garantir o sucesso de poder viver de maneira adequada. Um talento precisa de um conjunto de articulações e investimentos para dar frutos. Quando não se pode contar com a conjugação de vários fatores, talento, por mais especial que seja, corre sempre o risco de perder força e de não alcançar metas possíveis da sua inerente constituição. O sucesso que se almeja para a vida, em cada uma das suas etapas e em função de metas definidas, exige âncoras para fazer florescer os talentos.

A cultura tem uma grande responsabilidade nesse contexto. O substrato cultural, considerado nas suas diversidades, é determinante para que o florescimento de talentos e as responsabilidades assumidas possam chegar a bom termo. Assim também é o equilíbrio emocional, capaz de sustentar um indivíduo em condições necessárias para manter o ritmo e recuperar-se das perdas reavendo, em tempo hábil, a capacidade de retomar metas na direção da vitória proposta. O equilíbrio emocional tem tudo a ver com com a configuração afetiva de cada um, que, por sua vez, remete ao substrato familiar e cultural que ampara o modo de viver. O talento precisa dessa ambientação, que inclui investimentos de toda ordem, emoldurados por uma cultura consistente. Essa consistência, envolvendo variados aspectos emocionais, comportamentais e morais, é o substrato que mantém um indivíduo na condição de alcançar metas.

É muito pouco, e não raramente desastroso, associar talentos ao dinheiro. Isso se verifica de modo muito prejudicial quando, pela força do talento, se é projetado para uma condição em que o volume de dinheiro e de benesses conquistados, não tem sustentação humanística, espiritual e moral. Aqui se considera o desafio permanente de saber perder – com elegância e sem perder a cabeça –, além da capacidade exigente de administrar a vitória, na parcialidade de sua duração. Se o talento permite antecipar condições favoráveis de vitória, esta pode se esvair facilmente quando não há um lastro de humanidade e de formação integral, escolar, familiar e social que mantenha os indivíduos talentosos equilibrados nos embates próprios da proposta de vitória. Essa leitura aplica-se no âmbito do esporte, que se joga e se projeta em todas as condições da vida, sobretudo, no exercício de responsabilidades cidadãs e nas tarefas de importância social e política no conjunto do funcionamento de uma sociedade.

A perda do equilíbrio emocional e a falta de substrato humanístico e moral são constatáveis, trazendo enormes prejuízos, nos mais diversificados âmbitos da vida. A consequência aponta para o comprometimento da qualidade dos resultados das atividades e responsabilidades assumidas. A estatura humanística, com a qual se precisa contar para exercer a cidadania e cumprir os cargos e encargos assumidos, é resultado e fruto de um investimento grande e empenhado, com alcance social e político de importância decisiva. Do contrário, projetado pelo talento e ajudado pela oportunidade, na hora crucial em que o equilíbrio e a elegância humanística são imprescindíveis, o medo pode pôr as chances de conquistas em risco. Não se vence apenas pelos talentos. A inteireza é sustentáculo e é determinante.”

Estas são, pois, páginas com LIÇÕES extremamente NECESSÁRIAS e PERTINENTES neste especial momento de preparação do PAÍS para tão esperadas TRANSFORMAÇÕES que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências de uma nova ERA da GLOBALIZAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

A CIDADANIA, A COPA DE 2014, A OLIMPÍADA DE 2016 E O PRÉ-SAL


“QUANDO TODOS GANHAM


O anúncio da descoberta do petróleo na camada do pré-sal foi motivo de festa. E depois de preocupação. Afinal, a riqueza para ser bem aproveitada, exige competência em todas as fases, da extração do óleo à distribuição da riqueza gerada. Há o momento da técnica, para o qual o país vem se preparando há anos e que hoje o credencia internacionalmente no que tange ao trabalho em águas profundas. Mas há o momento da política, entendida com arte voltada para o bem comum, a partir de um nível alto de debate transparente e democrático. Aqui, infelizmente, a expertise não parece alcançar o mesmo patamar.

A distribuição da riqueza que se pense grande. Mesmo os debates marcados pelos aspectos técnicos da ciência jurídica e da tradição constitucional brasileira precisam ser irrigados pela sensibilidade. Há várias discussões em andamento: a que coloca em cena o modelo de exploração e o papel do Estado e da iniciativa privada; a que aponta para a forma de repartição, que tem gerado forte reação na opinião pública e no Congresso; e até mesmo aquela destinada a avançar além dos benefícios da descoberta do petróleo, buscando trazer à tona o modelo energético mais viável para o país, hoje e no futuro.

A contribuição dos especialistas é importante para aclarar os termos desse debate que, em última instância, diz respeito à vida do cidadão. Por trás das disputas de estados e municípios está a questão mais importante: como fazer da riqueza do subsolo do país um degrau para a justiça social de toda a nação? É o objetivo deste caderno, buscar ideias para ajudar a instaurar um jogo em que todos ganhem.

Boa leitura”

(EDITORIAL do CADERNO PENSARBRASIL, publicado na edição do Jornal ESTADO DE MINAS de 8 de maio de 2010, página 2)

E, da mesma fonte, na página 11, em perfeita sintonia com o EDITORIAL, é extremamente RELEVANTE a transcrição de trecho do artigo de autoria de RONALDO TAMBERLINI PAGOTTO, que atua na Campanha O petróleo tem que ser nosso, que integra também a organização Consulta Popular (ronaldopagatto@yahoo.com.br, como segue:

“O PETRÓLEO E O BRASIL

[...] E o mais importante: que a renda volumosa seja destinada para a única dívida legítima do Estado brasileiro: a questão social. A apropriação direta da renda, combinada com seu destino social, em todo território nacional, traduzida nas seguintes ações: reforma agrária, investimento na agricultura familiar, eliminação do déficit habitacional e educacional, geração de trabalho, renda e saúde pública de qualidade. E, residualmente, distribuir participação entre os estados e municípios, orientados por critérios de IDH e densidade demográfica, para realização de programas sociais de redução das assimetrias regionais. [...]”

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem também de outro EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de10 de maio de 2010, Caderno OPINIÃO, página 6, que merece INTEGRAL transcrição:

“O desafio de 2014


Há um ano, a Fifa – órgão máximo do futebol mundial – anunciou que Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador foram escolhidas para sediar a Copa do Mundo de 2014. Um evento desse porte significa hospedar 32 equipes e suas comitivas durante um mês e criar estrutura para a realização de 64 partidas, que serão transmitidas para todo o mundo, na maior atração midiática do planeta, sob os olhos de 3 bilhões de telespectadores que assistirão às transmissões, além do rádio, internet, jornais e revistas. Ainda no ano passado, o Rio de Janeiro foi eleito para receber a Olimpíada de 2016.


Estamos em maio de 2010 e a Fifa, a pouco mais de um mês para dar início à Copa do Mundo da África do Sul, acaba de demonstrar preocupação com o atraso nos cronogramas de obras nas cidades escolhidas para sediar o evento no Brasil daqui a quatro anos. Infraestrutura e segurança constituem elementos essenciais ao seu sucesso em nosso país. Começando pelos estádios, passando pela questão de hospedagem e desaguando na questão do transporte de massa (hoje chamada de mobilidade urbana), toda essa engrenagem terá de estar funcionando a pleno vapor antes do raiar de 2014, pois em 2013 haverá aqui a Copa das Confederações, uma espécie de aperitivo para o Mundial. O Brasil dará conta de tamanho desafio? Estudos preliminares apontam que a Copa demandará investimentos superiores a US$ 5 bilhões. Os valores para os Jogos Olímpicos são inferiores – e devem ser reduzidos por aqueles que serão gastos em 2014 –, mas também são relevantes. Os maiores gastos com infraestrutura nas cidades nas cidades em que ocorrerão as disputas implicam reforma e construção de estádios, vilas olímpicas, obras em rodovias, ampliação de metrôs, aeroportos, hospitais e sistemas de telecomunicações.

A realização da Copa e da Olimpíada e, pois, uma ótima oportunidade para antecipar e concentrar investimentos necessários para superar as carências crônicas das cidades-sede, com efeitos multiplicadores e perenes sobre a economia. Para que a aplicação de dinheiro seja, de fato, estruturante, é fundamental não repetir os problemas observados na realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, em 2007, quando os orçamentos iniciais foram superados pelos custos reais, havendo necessidade de socorro emergencial do estado para a conclusão das obras. E mais grave: passado o evento, as melhorias efetivas na infraestrutura prevista, para o entorno dos estádios e da cidade como um todo, não se registraram. Dias atrás, a Fifa soltou nota fixando para o dia 1º o prazo final para o início das obras nos estádios, sob pena de revisar o número de sedes de grupos, de 12 – pedido do presidente Lula – para oito. Certo é que o Brasil não pode perder a oportunidade de se valer desses dois eventos para se projetar de vez no cenário mundial, além, é claro, de implantar um parque de obras – nas áreas de transporte, saneamento, energia, telecomunicações e turismo – que será herdado pelas respectivas populações, para perene desfrute.”

Dentro de um rico leque de considerações a respeito dos três gigantescos EVENTOS, duas ASSERTIVAS às quais dedicamos uma ESPECIAL atenção: a) o cronograma da COPA DE 2014, de um prazo de CINCO anos, que DESTACAMOS na toada do MÊS a MÊS (já são passados ONZE meses e eis que recebemos ADVERTÊNCIA da FIFA; b) a necessidade de ABSOLUTA PARTILHA dos INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS – COPA DE 2014, OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, de tal forma que DELES sejam EFETIVAMENTE os BENEFICIÁRIOS diretos: TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS...

São, pois, páginas como essas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e da FRATERNIDADE UNIVERSAL... e conquistemos DEFINITIVAMENTE a COPA DA CIDADANIA E DA QUALIDADE...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...