segunda-feira, 4 de abril de 2011

A CIDADANIA, O PITO DA FIFA E A EXCELÊNCIA GLOBAL

“O pito da Fifa

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, acaba de criticar duramente o Brasil pela “falta de avanço real” na preparação para a Copa de 2014. Segundo ele, o Brasil está mais atrasado que a África do Sul antes da Copa de 2010. “A copa é amanhã e os brasileiros acham que ela é depois de amanhã”, disse o presidente da entidade máxima do futebol. Blatter alerta que existe o risco de que nem o Rio de Janeiro, nem São Paulo estejam preparados para receber jogos da Copa das Confederações, em 2013. Para o dirigente da Fifa, há dois problemas principais no Brasil, o primeiro deles é a briga política entre governadores e prefeitos – “Isto tem de ser superado rapidamente” – e o outro problema é a falta de pressão da CBF sobre as autoridades brasileiras. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, se apressou em informar que as obras para a Copa estão “a todo vapor”.

Há 14 dias, a presidente Dilma Rousseff disse ter certeza de que o Brasil organizará uma bem sucedida Copa em 2014 e destacou que a preparação do evento contribuirá para o desenvolvimento do país, com a geração de renda, empregos e investimentos em infraestrutura. Dilma reconhece que “não é uma tarefa fácil preparar um evento dessa magnitude”, mas está confiante de que o país dará conta do recado. Postos os dois lados na mesa, convenhamos que Joseph Blatter tem toda a razão do mundo para estar preocupado e, por sua vez, a presidente Dilma se esforça para não dar a entender que o é tempo é o maior inimigo dos organizadores da Copa no Brasil. Ao anunciar investimentos de R$ 33 bilhões em obras de infraestrutura (68% de participação do governo federal) e a geração de 330 mil empregos diretos e 400 mil temporários, ela afirmou que o megaevento tornará o Brasil uma vitrine internacional, tanto que a estimativade turistas no país, na realização da Copa, é de 600 mil. Dilma veio ontem a Belo Horizonte lançar o programa social (Rede Cegonha), no Palácio das Artes, Centro da capital. O caos tomou conta do trânsito, dando mostra da fragilidade do sistema viário da cidade para eventualidades, quiçá para grandes eventos.

O otimismo do governo é natural, mas a realidade é bem outra. O presidente da Fifa tem razão de estar preocupado com a demora da deflagração das obras para a Copa. Três meses de 2011 já foram embora e pouco se vê de concreto na maioria das cidades-sede da competição mundial de 2014. O governo brasileiro rebate as preocupações do presidente da Fifa lembrando que se dizia o mesmo em 2009, um ano antes da Copa da África do Sul – muitos apostavam que seria um vexame, em decorrência do então atraso das obras. Vale lembrar, contudo, que, se algo desse errado, seria de certa maneira relevado, afinal, era a estreia do continente nesse tipo e evento. Quanto ao Brasil, é bem diferente: país cinco vezes campeão do mundo e a sétima economia do planeta não poderá cometer fiasco algum, pois não haverá perdão da Fifa nem dos demais países que vão disputar a Copa, tampouco dos turistas que aqui virão. É preciso, nesta hora, estancar o ufanismo, o otimismo exacerbado e encarar com seriedade o compromisso assumido. Que nossos governantes tenham juízo. O mundo está nos observando com olhos de lince.”

(EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, publicado na edição de 29 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição e Caderno, na página 11, de autoria de LUIZ CLÁUDIO COSTA, Ex-reitor da Universidade Federal de Viçosa, atual secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), que merece igual INTEGRAL transcrição:

“Excelência global

Em uma sociedade do conhecimento, as universidades de excelência internacional são instituições cruciais para a formação de profissionais criativos e cidadãos plenos capazes de promoverem avanços na ciência e tecnologia, bem como na construção de um sistema eficiente de inovação tecnológica. A inserção das universidades de um país no ranking daquelas de excelência internacional é um indicador claro da importância destas instituições como agentes de desenvolvimento de uma nação. No Brasil, apesar do claro entendimento e investimentos do governo federal nos últimos anos na área de educação, a inserção das universidades entre as melhores do mundo ainda não é uma realidade.

Diversos índices foram criados para comparar e categorizar as universidades de diferentes países do mundo. Desde então, tornar-se uma universidade de excelência internacional deixou de ser simplesmente uma questão de tradição ou desejo. Entre os índices mais aceitos e divulgados pela comunidade internacional estão o Times Higher Education (Thes) e o Shanghai Jiao Tong Univesity (SJTU). Apesar das críticas e questionamentos sobre a filosofia e metodologia destes índices, algumas delas muito legítimas, um fato é evidente, as universidades mais bem categorizadas por eles são aquelas que ao longo da história mais têm contribuído para o desenvolvimento social e econômico de seus países, e, na maioria dos casos, da humanidade.

Os avanços do Brasil na área da educação vêm sendo, nos últimos anos, destaque em diferentes organismos internacionais. Relatórios do Banco Mundial apontam o país como o que mais avançou em aumento da escolaridade e, segundo dados da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o terceiro país que mais evoluiu em qualidade da educação básica. O último relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), publicado em novembro, destaca, em capitulo pela primeira vez dedicado a um país da América do Sul, a grande evolução da produção cientifica brasileira nos últimos anos. Segundo o relatório, o Brasil produziu 26.482 artigos científicos em 2008, ponde o país na destacada posição de 13º produtor de conhecimento novo do mundo.

Vale dizer que o relatório indica ainda que 90% das publicações científicas brasileiras são oriundos das universidades públicas, que ao mesmo tempo detém 57% dos pesquisadores brasileiros, outros 6% estão em institutos de pesquisas e 37% em instituições privadas. Da mesma forma, o Brasil conseguiu avançar em muito a sua formação de doutores, alcançando, em 2008, 10.711 titulados contra apenas 554, em 1981. Com tais indicações, seria de se esperar que as universidades brasileiras figurassem entre as melhores universidades do mundo. No entanto, isto não ocorre. O índice Thes foi publicado pela primeira vez em 2004 e, desde então, nenhuma universidade brasileira esteve entre as 200 primeiras.

Acadêmicos que se dedicam a definir o que seria uma universidade de excelência internacional identificam algumas caraterísticas básicas: professores altamente qualificados; excelência em pesquisa, alto nível de investimento do governo e privado; estudantes altamente qualificados com alto nível de internacionalização; autonomia acadêmica, estrutura de gestões eficientes e autônomas e bem estruturadas instalações de ensino, pesquisa, extensão, administração e assistência estudantil. Uma agenda estratégica de incentivo a internacionalização, com fluxo de professores e estudantes de excelência internacional e do fortalecimento da agenda da autonomia na gestão das atividades de ensino, pesquisa e extensão, pode levar, dentro em breve, o Brasil a ter algumas de suas universidades figurando entre as melhores do mundo. Buscar o reconhecimento internacional para o ensino superior brasileiro não é simplesmente uma questão de status, mas uma ação estratégica para um país que tem dado  ao longo dos anos uma efetiva contribuição cientifica e tecnológica para melhoria das condições de vida no planeta.”

Estamos, em nosso UNIVERSO de HUMILDADE e DESPRENSIOSO, destacando o CALENDÁRIO das obrigações ESPECÍFICAS da COPA DO MUNDO DE 2014, com ACENOS a cada MÊS... já entramos no 22º, pois o tempo URGE...

Eis, portanto, mais RICAS e SEVERAS ponderações e REFLEXÕES que acenam para as PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES exigidas para TRANSPOSIÇÃO de um longo ESTÁGIO PROBATÓRIO que coloque DEFINITIVAMENTE o BRASIL no concerto das POTÊNCIAS DESENVOLVIDAS: o da EDUCAÇÃO... Mas, nada, nada ARREFECE nosso ÂNIMO e nosso ENTUSIASMO e, mais ainda, esses ENTRAVES nos MOTIVAM  e nos FORTALACEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA MUNDIAL RIO + 20, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

Um comentário:

Anônimo disse...

Creio que muitos de nossos governantes ainda não real noção do compromisso que o Brasil assumiu ao se candidatar e ser selecionado para sediar a Copa do Mundo. o tempo voa, as obras por outro lado andam a passos de tartaruga. Incrível mas as condições de se realizar as obras de tão grande magnitude deveriam ter sido ponderadas antes do país se candidatar. Agora é honrar o compromisso e cuidar para que o Brasil não se atole em uma lama profundo se tornar o evento um fiasco devido a falta de comprometimento no processo de preparação. Sempre acreditei que não era o momento do país se candidatar pois tá tantas questões internas a serem resolvidas e nosso país ainda não estariam prontos, pois temos que ser realistas, além das obras de infraestrutura e adequação dos estádios, rede hoteleira, restaurantes temos graves problemas como o sistema de transporte que é cara e inificiente e na área de saúde então é o caos. Posso estar enganada mas não ouvi falar sobre obras de infraestrutura, ampliação e preparação por exemplo do Hospital João XXIII para a copa. Se com o movimento normal sabemos que há problemas, como a rede hospitalar pública esta se preparando para receber os milhares de turistas de todo o mundo.....É se o Brasil não olhar de frente o grande problema, podremos nos tornar centro de críticas pesadas em todo o mundo que vão levar por água a baixo o trabalho que vem sendo feito para nos colocar no patamar do países desenvolvidos....