sexta-feira, 7 de março de 2014

A CIDADANIA, A ESSÊNCIA DA VIDA E A EDUCAÇÃO SEM FRONTEIRAS

“Na verdadeira cura, vamos ao encontro da essência divina em nós
        
         De diferentes modos pode a cura espiritual  efetuar-se e, durante a minha vida, tive a oportunidade de entrar  em contato com alguns deles. Viajei por centros de energia de transformação planetária, a fim de fazer pesquisas, e passei também, enquanto dormia, por marcantes experiências, pois, como se sabe, verdadeiros processos terapêuticos podem acontecer durante o nosso sono.
         A beleza de um processo de cura, que nada é mais do que a própria purificação da matéria, está no fato de a essência da vida encontrar-se também no centro de cada átomo, de cada partícula. Essa essência, por muitos filósofos chamada de “divina”, é onipresente.
         Minha mente vivia indagando se a cura era possível em qualquer ambiente e em qualquer situação. Num certo momento daquela época, tive um sonho.
         Vi um pequeno vaso de plástico, muito branco, com uma plantinha que começava a florir. Gradualmente, o fundo neutro daquele quadro foi sendo transformado em um capacho, desses em que as pessoas limpam os sapatos antes de entrarem em casa; desse capacho, e não mais do vasinho, saía agora a pequena planta, com sua florzinha brilhante. O capacho permaneceu em meu campo visual, mostrando que pode ser o solo onde uma flor é capaz de nascer.
         Refletindo a respeito dessa imagem, pude compreender que é do exercício da nossa própria purificação e a partir das nossas limitações (representadas pelo capacho que se usa para limpar os pés) que “cresce a flor” – e não a partir de uma situação externa de total pureza, pureza essa que não pode existir, ainda, sobre a face da Terra.
         Encontrar o equilíbrio entre a realidade concreta (o capacho) e a busca incessante e persistente de autoaperfeiçoamento, isso é o que se almeja. É necessário amar a si mesmo para poder sadiamente amar o próximo: um único amor, verdadeiro, sem autocomiseração, que acontece dentro de uma só Unidade que a tudo inclui.
         Naquela manhã, ao chegar ao refeitório comunitário, experimentei uma gratidão profunda, que eu não sabia explicar por que surgira nem a quem se dirigia. Um sentimento que vinha de dentro, através de um canal que fora aberto pela imagem sonhada. Ficara a abertura, e nada mais era necessário. Tudo fora feito pela energia de cura. O sonho, com sua duração de poucos segundos, teve imensa repercussão interior e está presente enquanto escrevo estas linhas, tantos anos depois.
         A partir dessa experiência, vi que não precisava mais sair em busca da cura, pois me foi mostrado que ela pode acontecer onde estamos e na situação em que nos encontramos. A tranquila expectativa na qual, se quisermos, podemos nos colocar, é a verdadeira situação que nos predispõe à cura.
         Processos como esse não são controláveis pela mente humana, e é bom que assim o sejam, pois nem sempre o eu consciente está preparado para saber o que se passa nos planos interiores da vida: o ritmo da energia de cura não deve ser perturbado pela curiosidade, pelo egoísmo, pelo julgamento ou pela crítica. Na maioria dos casos, quanto mais inconsciente for o processo de cura, melhor. Quanto mais esquecidos de nós mesmos estivermos no momento do alinhamento do ser com as energias curativas, mais livremente elas poderão descer para os níveis humanos.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de março de 2014, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 6 de março de 2014, caderno O.PINIÃO, página 17, de autoria de Moema Belo, diretora executiva do Grupo Cotemig, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação sem fronteiras
        
         O Brasil é o país da América do Sul que mais exporta estudantes. Um levantamento encomendado pela Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta) revelou que, em 2012, as agências de intercâmbio enviaram 175 mil brasileiros para estudar no exterior. Isso representa um aumento de 20% em relação a 2009, ano em que 140 mil estudantes buscaram qualificação em outros países.
         O crescimento da economia brasileira nos últimos anos reduziu a distância entre o Brasil e o mundo, tornando essa oportunidade mais viável para enriquecimento curricular. O programa Ciência sem Fronteiras, lançado em 2011 pelo governo federal, também concede  bolsas de estudos com essa finalidade, ampliando as chances de uma experiência internacional para os futuros profissionais.
         O Ciência sem Fronteiras é um programa que promove a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, com o objetivo de aumentar a inovação e a competitividade brasileiras. O público-alvo é o estudante matriculado em curso superior de diversas áreas, como engenharias, tecnologia e ciências biomédicas, entre outras. Os alunos selecionados têm a chance de estudar em universidades estrangeiras que possuem convênio com o governo brasileiro, fazem um intercâmbio de 12 meses, podendo estender esse prazo para 18 meses, caso o interessado esteja fazendo também um curso de idiomas. A expectativa do programa é conceder 101 mil bolsas, 75 mil disponibilizadas pelo governo federal e as demais como apoio da iniciativa privada, até o fim deste ano.
         A Faculdade Cotemig é uma das instituições que aderiram ao programa para que os estudantes tenham essa oportunidade. O projeto contribuirá para o crescimento integral do aluno, propiciando uma formação pessoal altamente qualificada nas competências  e habilidades necessárias para o avanço da sociedade do conhecimento. Quando nossos estudantes retornarem, voltarão ao Brasil com muito a acrescentar para uma ação local num mercado global.
         O mercado de trabalho demonstra aos profissionais que não basta uma graduação, o currículo precisa apresentar diferenciais. Quem tenta se garantir apenas com um curso superior está fadado a ficar estagnado no mercado. A área de tecnologia da informação, especificamente, exige outras aptidões, mais de uma língua estrangeira, uma busca por atualização constante e cursos complementares. Existem países referências nessa área, como Canadá, Estados Unidos, Alemanha e Japão, entre outros, que podem contribuir para uma formação diferenciada.
         Quem aproveita essa chance para explorar o conhecimento que esses países têm a oferecer retorna ao Brasil como um profissional mais competitivo, com um currículo valioso e pronto para atender as necessidades de empresas de grande porte, multinacionais e gigantes de TI, cujo nível de exigência  em seus processos de seleção é muito alto.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, adequadas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, irreversivelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que permita a partilha de suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. E ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...  

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