“Formar
líderes globais
A globalização atingiu
tamanho estágio de complexidade e intensidade que hoje impõe particularmente às
empresas atuantes em multimercados a necessidade de formar líderes em
velocidades assombrosas. E não basta formar líderes efetivos que levem a cabo
as realizações almejadas pela organização e pelos acionistas. É preciso também
que eles sejam peças fundamentais na expressão da identidade da empresa, que
cada vez mais se veem e se reconhecem como instituições internacionais, a
despeito de suas origens.
Nesse
cenário, ganham espaço as tecnologias de base neurolinguística que, com a
combinação de diferentes metodologias, permitem não só acelerar a formação de
líderes para as necessidades da empresa, como também consolidar nessas
organizações uma identidade interna mais favorável à atuação desse novo líder
globalizado. E na esteira desse movimento, consultorias de RH de todo o mundo
estão se movimentando para buscar referências e metodologias que sejam efetivas
num ambiente de organização internacional.
Logo
depois de um projeto-piloto com resultados promissores, uma grande fabricante
norte-americana de eletrodomésticos recentemente nos pediu auxílio para
realizar um programa de formação de líderes nos moldes acima. A ideia era
treinar 200 executivos seniores vindos de 20 países já selecionados no Nine Box
da organização como pessoas de alto potencial. A expectativa era que
futuramente esses líderes, com o máximo de suas competências desenvolvidas,
assumissem desafios ainda maiores na organização.
Ao
iniciar o trabalho, no entanto, algumas precauções vieram à mente. Nossa
metodologia que já é aplicada no Brasil há 15 anos por meio do programa Líder
do Futuro, funcionaria num ambiente novo e com gente de todo o mundo? Nossas
dinâmicas, que têm como referência o ambiente corporativo brasileiro e a nossa
cultura, poderiam ser consideradas inapropriadas diante de outros referenciais
culturais? Esses participantes comprariam a proposta e se engajariam da mesma
forma que os daqui? A competição que integra nosso treinamento cumpriria seu
propósito?
Percebemos
então que para ter credibilidade perante essa audiência diversa deveríamos
também nos internacionalizar. Reforçamos nosso time com consultores dos Estados
Unidos, da Austrália e da Inglaterra, dois deles com origens no mundo muçulmano
e latino, decisão importante para passar confiança a respeito das nossas
intenções. A essa altura, tínhamos o sinal verde para prosseguir. Mesmo diante
das nossas preocupações, a empresa disse o seguinte: o confronto cultural vai
ser parte dos desafios futuros desses líderes, então sigam.
O
primeiro passo sempre são as avaliações 360 dos participantes. Logo de cara,
algumas competências nos chamaram a atenção. Os treinandos foram bem avaliados
em relação à confiança com que atuam, à paixão com que exercem o trabalho e
pelo gosto de sempre aprender. Sem dúvida, um ótimo ponto de partida, especialmente
considerando que os resultados eram mais ou menos uniformes em todas as regiões
do mundo. Mas nos interessavam mesmo as competências com as piores avaliações,
pois são essas que deveriam ser trabalhadas.
Notamos
que as maiores dificuldades estão em dar feedbacks honestos e diretos,
estabelecer uma visão clara e motivadora para o time e delegar, basicamente, os
mesmos problemas que comumente se encontram no Brasil – e provavelmente em todo
o mundo. A questão da dificuldade de dar feedbacks foi particularmente
surpreendente porque apareceu com maior prevalência nos Estados Unidos, país
que cultiva a imagem de ter uma cultura de comunicação sem delongas.
Aparentemente, a realidade não é bem essa.
Com as demandas claras, sabíamos como
prosseguir. Nos cinco dias seguintes, os participantes foram submetidos a uma
intensa rotina que simula a realidade corporativa que tinha o objetivo não só
de pô-los à prova, mas de mudar modelos mentais particularmente no que se
referem às crenças limitantes. Nesse processo, simularam a criação de empresas,
criam jingles, fizeram exercícios logo cedo, meditaram, tudo em grupo,
reforçando laços entre eles e a capacidade de atuar em conjunto, com coaching e
feedback para se aprimorarem.
Os
resultados nos credenciaram a fazer duas novas rodadas de treinamento com o
grupo. Na primeira turma, 41% dos participantes foram promovidos ou
qualificados para um avanço próximo na carreira. Nada menos que 75% do total
apresentaram evolução no programa interno de liderança e o retorno das equipes
lideradas por essas pessoas foi extremamente positivo. É dessa forma que
aceleramos a formação de líderes para organizações que não podem parar de
evoluir.”.
(ARTHUR DINIZ.
CEO da consultoria paulistana de talento e desenvolvimento Crescimentum, em
artigo publicado no jornal ESTADO DE
MINAS, edição de 22 de julho de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
11 de julho de 2018, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de FERNANDO VALENTE
PIMENTEL, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de
Confecção (Abit), e que merece igualmente integral transcrição:
“A
Copa que o Brasil precisa vencer
Passada a expectativa
de conquistar o hexacampeonato na Copa do Mundo da Rússia, o Brasil vivencia um
complexo dilema no contexto de outra e mais importante competição
internacional: a ampliação do fluxo de comércio de bens, serviços e
investimentos com outras nações. É praticamente consensual a necessidade de o
país integrar-se de modo mais profundo à cadeia global de valor. Isso não se
discute. Entretanto, é crucial estabelecer uma agenda realista e responsável
para a concretização desse processo.
Assim
como a Seleção Brasileira precisa estar de fato preparada para disputar uma
Copa do Mundo, com uma defesa sólida, meio campo equilibrado e ataque
eficiente, nossa economia não pode concorrer de igual para igual no cenário
internacional sem o encaminhamento prévio dos problemas que afetam sua
competitividade. O risco de tomarmos outro Sete a um” é imenso no enfrentamento
de peito aberto do comércio exterior, em especial no presente cenário de
recrudescimento do protecionismo, protagonizado pelos Estados Unidos e a China.
Porém,
independentemente da conjuntura instável do comércio exterior, o Brasil precisa
desenvolver fundamentos eficazes para ampliar a abertura de seus portos, sem o
risco de tomar goleadas na balança comercial dos produtos manufaturados, da
desindustrialização e do desemprego, inclusive sofrendo contra-ataques dos
pretensos ganhos que, em tese, seriam decorrentes da abertura, caso esta seja
abrupta e sem planejamento.
Assim,
é preciso estabelecer forma e timing adequados para a necessária maior
integração do país ao mundo. Temos de construir nossa visão de futuro e ir
realizando movimentos os mais concatenados possíveis entre ganhos de
competitividade e produtividade sistêmica e aumento da abertura com redução de
tarifas. Não fazem sentido, a nosso ver, aberturas unilaterais, como proposto
por algumas correntes de pensamento e achar que um novo e melhor equilíbrio
dar-se-á ao final do processo. Será muito mais produtivo para o país realizar o
processo de maior integração global por meio de acordos, tal como estamos
fazendo, neste momento, com a União Europeia, além de outras negociações em
curso (Efta, Canadá e Japão).
Não há
dúvidas de que, se fizermos a abertura dentro de um cronograma adequado de
ganhos de produtividade e competitividade, poderemos desfrutar com
tranquilidade e crescimento econômico os benefícios advindos dessa
liberalização, gerando, assim, mais bem-estar para a sociedade brasileira.
Tudo
isso porém, deve, necessariamente, ser precedido por uma grande lição de casa,
no mínimo nas áreas tributária, de crédito, cambial, educacional e de
infraestrutura. É lamentável constatar, mas a estrutura de nossa economia é um
convite ao “ataque” e “artilharia” dos nossos concorrentes internacionais:
carga tributária, inclusive sobre os investimentos, entre as mais elevadas do
mundo; juros reais permanentemente entre os mais altos do planeta; câmbio
invariavelmente desfavorável às exportações; educação básica precária e acesso
restrito ao ensino superior de excelência, que conspiram contra a formação de
profissionais de alta produtividade; e infraestrutura deficiente e onerosa para
os custos da produção. Certamente, não será possível resolver todas as questões
críticas que nos afligem para só então avançarmos mais na integração com o
mundo. É preciso, porém, termos o caminho traçado e o veículo em movimento na
direção do que almejamos.
Infelizmente,
a não realização de reformas estruturais, como a tributária e a previdenciária,
a insistência com políticas econômicas que não primam pelo necessário
equilíbrio fiscal, o crônico descaso com a educação, transportes muito caros e
ineficientes e outros ônus do “custo Brasil”, como a burocracia e a insegurança
jurídica, são fatores que não permitem abertura imediata mais ampla de nosso
comércio. Uma redução repentina de nossa taxa média dos impostos de importação
significaria um golpe duríssimo e quase letal em nossa indústria, que é
bem-estruturada e tem uma história concreta de competitividade intramuros,
apesar do muito que ainda teremos de fazer para estar pari passu com a 4ª
revolução industrial em curso.
Não é
prudente queimar etapas no processo de desenvolvimento, adotando-se medidas
fáceis para solucionar algo muito complexo. No tocante ao comércio exterior,
temos, hoje, o grau de abertura que o nível de competitividade de nossa
economia permite. Nesse caso, colocar a zaga na frente da linha atacante e
convidar os adversários para o jogo é pedir, literalmente, para tomar um gol
atrás do outro. Se a experiência já foi muito amarga na fatídica partida da
Seleção contra a Alemanha, em 2014, além da desclassificação recente na Copa da
Rússia, o que dizer de uma derrota na Copa do Mundo do comércio global, que
ceifaria empresas, empregos e todas as nossas possibilidades de crescer de modo
seguro, sustentável e em patamar suficiente para nos converter em país de renda
alta?”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de
303,62% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial em históricos 311,89%; e já o IPCA, em junho,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,39%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação,
saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e,
assim, é crime...); III – o desperdício,
em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e
danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no
artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança
das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO:
Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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