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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUCIDEZ NOS PROBLEMAS E AGILIDADE NAS SOLUÇÕES E OS GRAVES DESAFIOS DO JORNALISMO NA SUSTENTABILIDADE


“Antecipamos problema e adiamos soluções
        As novas projeções relativas ao crescimento populacional, que acabam de ser divulgadas pelo IBGE, mostram que o Brasil perdeu uma boa oportunidade de fomento econômico e ascensão no patamar do desenvolvimento. Refiro-me ao fim do chamado bônus demográfico, caracterizado pela existência de maior número de pessoas economicamente ativas em relação aos idosos e crianças, fenômeno indutor do crescimento do PIB e da renda per capita nas nações que souberam potencializá-lo.
         É preocupante observar, nos presentes dados, que o fim do bônus demográfico ocorre cinco antes do que previa a projeção anterior do IBGE, que remetia a 2023. Portanto, a partir de agora, ingressamos em uma trajetória inversa ao que vinha ocorrendo, até chegar a 2060 com 58,2 milhões de idosos, o triplo do contingente atual, e 136,5 milhões de brasileiros em idade profissionalmente ativa, ante 144,7 milhões hoje.
         Ou seja, antecipamos um problema e adiamos as soluções. Em plena vigência de equação demográfica altamente favorável à prosperidade, nossa economia cresceu à média de 2,4% nos últimos 30 anos, ritmo de expansão pífio para nações emergentes. Como se não bastasse, vivenciamos a mais grave crise de nossa história, com dois anos de recessão e ínfima recuperação em 2017, conduzindo 13,5 milhões de habitantes e seus dependentes às agruras do desemprego.
         Nesse aspecto, vale uma observação: com tanta gente alijada do mercado de trabalho, também atingimos em termos práticos, já este ano, número inferior ao previsto para 2060 de pessoas economicamente ativas. A conta é a seguinte: 144,7 milhões de trabalhadores em potencial atualmente, menos 13,5 milhões de desempregados – 131,2 milhões, ante 136,5 milhões previstos para 2060.
         Ao baixo crescimento econômico, resultante de políticas públicas muitas vezes equivocadas, somamos outro fator de negligência ante o futuro: a manutenção de um Estado caríssimo para a sociedade, gerador de crescente déficit orçamentário, burocrático em excesso e inibidor da criação de um saudável ambiente de negócios. E teimamos em não aperfeiçoá-lo, adiando sucessivamente as reformas estruturais, em especial a tributária, a política e a previdenciária. Essa última, em especial, é indispensável para garantir sobrevivência ao número cada vez maior de idosos que o Brasil terá.
         Considerando a gravidade do problema evidenciado nas novas projeções, cabe lembrar estudo apresentado em 2011 pelo Banco Mundial (Bird), intitulado “Envelhecendo em um Brasil mais velho – Implicações do envelhecimento populacional para ao crescimento econômico, a redução da pobreza, as finanças públicas e a prestação de serviços”. O trabalho, corroborado agora pelo IBGE, enfatiza que “as nações desenvolvidas ficaram ricas antes de envelhecer”. Infelizmente, nosso país está envelhecendo antes de ficar rico.
         Portanto, urge adotar políticas públicas eficazes e éticas, capazes de nos levar a uma constante e duradouro crescimento econômico, equilíbrio fiscal e atendimento às mudanças que o envelhecimento da população suscitará nas áreas da saúde, previdência e educação. Nas eleições de outubro, a desafiadora missão coloca-se aos candidatos e convoca brasileiras e brasileiros ao exercício do voto consciente em favor daqueles que se comprometem com o futuro que devemos ter de progresso e igualdade de oportunidades!”.

(FERNANDO VALENTE PIMENTEL. Presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de outubro de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Eleição: importância da imprensa
        Escrevo este artigo antes da abertura das urnas. A temperatura eleitoral, marcada por preocupante radicalização e uma participação sem precedentes da cidadania, sobretudo na internet, transmitiu um forte recado à Presidência da República, aos governos estaduais e ao Congresso Nacional. A eleição despertou algo que estava adormecido na alma dos brasileiros: o exercício da cidadania. O povo percebeu, finalmente, que os governantes são representantes da sociedade, mas não são, como pretendem alguns, donos do poder. Os brasileiros, mesmo os que foram seduzidos pelas lantejoulas do marketing político, não estão dispostos a renunciar aos valores que compõem a essência da nossa história: a paixão pela liberdade e a prática da tolerância e da convivência civilizada.
         A radicalização ideológica, de direita ou de esquerda, não tem a cara do brasileiro. Tentam dividir o Brasil ao meio. Jogar pobres contra ricos, negros contra brancos, homos contra héteros. Querem substituir o Brasil da alegria pelo país do ódio e da divisão. Tentam arrancar com o fórceps da luta de classes o espírito mágico dos brasileiros. Procuram extirpar o DNA, a alma de um povo bom, aberto e multicolorido. Não querem o Brasil café-com-leite. A miscigenação, riqueza maior da nossa cultura, evapora nos rarefeitos laboratórios do fanatismo ideológico.
         O primeiro dever do jornalismo de qualidade é a independência. Não podemos sucumbir às pressões dos lobies direitistas, esquerdistas, homossexuais ou raciais. O Brasil eliminou a censura. E só há um desvio pior que o controle governamental da informação: a autocensura. Para o jornalismo não há vetos, tabus proibições. Informar é um dever ético. E ninguém, ninguém mesmo, impedirá o cumprimento do primeiro mandamento da nossa profissão: transmitir a verdade dos fatos.
         A preservação da democracia, sempre acossada por projetos autoritários de perpetuação no poder, depende, e muito, da qualidade técnica e ética da imprensa. Um exercício de autocrítica do nosso trabalho é necessário e conveniente.
         As virtudes e as fraquezas dos jornais não são recatadas. Registram-nas fielmente os sensíveis radares dos consumidores de informação. Precisamos, por isso, derrubar inúmeros desvios que conspiram contra a credibilidade dos jornais.
         Um deles, talvez o mais resistente, é o dogma da objetividade absoluta. Transmite, num pomposo tom de verdade, a falsa certeza da neutralidade jornalística. Só que essa separação radical entre fatos e interpretações simplesmente não existe. É uma bobagem. A neutralidade é uma mentira, mas a isenção é uma meta a ser perseguida. Todos os dias. A imprensa honesta e desengajada tem um compromisso com a verdade. E é isso que conta.
         Mas a busca da isenção enfrenta a sabotagem manipulação deliberada, a falta de rigor e o excesso de declarações entre aspas. O jornalismo engajado é sempre um mau repórter. Militância e jornalismo não combinam. Trata-se de uma mescla que traz a marca do atraso e o vestígio do sectarismo. O militante não sabe que o importante é saber escutar. Esquece, ofuscado pela arrogância ideológica ou pela névoa do partidarismo, que as respostas são sempre mais importantes que as perguntas.
         A grande surpresa no jornalismo é descobrir que quase nunca uma história corresponde àquilo que imaginávamos. O bom repórter é um curioso essencial, um profissional que é pago para se surpreender. Pode haver algo mais fascinante? O jornalista ético esquadrinha a realidade, o profissional preconceituoso constrói a história.
         É necessário cobrir os fatos com uma perspectiva mais profunda. Convém fugir das armadilhas do politicamente correto e do contrabando opinativo semeado pelos profetas das ideologias.
         Jornais de credibilidade oxigenam a democracia. As tentativas de controle da mídia, abertas ou disfarçadas, são sempre uma tentativa de asfixiar a liberdade. O jornalismo tropeça em armadilhas. Nossa profissão enfrenta desafios, dificuldades e riscos sem fim. E é aí que mora o desafio.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,53%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        




quarta-feira, 25 de julho de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DE LÍDERES GLOBAIS E A COPA DAS PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES NA SUSTENTABILIDADE


“Formar líderes globais
        A globalização atingiu tamanho estágio de complexidade e intensidade que hoje impõe particularmente às empresas atuantes em multimercados a necessidade de formar líderes em velocidades assombrosas. E não basta formar líderes efetivos que levem a cabo as realizações almejadas pela organização e pelos acionistas. É preciso também que eles sejam peças fundamentais na expressão da identidade da empresa, que cada vez mais se veem e se reconhecem como instituições internacionais, a despeito de suas origens.
         Nesse cenário, ganham espaço as tecnologias de base neurolinguística que, com a combinação de diferentes metodologias, permitem não só acelerar a formação de líderes para as necessidades da empresa, como também consolidar nessas organizações uma identidade interna mais favorável à atuação desse novo líder globalizado. E na esteira desse movimento, consultorias de RH de todo o mundo estão se movimentando para buscar referências e metodologias que sejam efetivas num ambiente de organização internacional.
         Logo depois de um projeto-piloto com resultados promissores, uma grande fabricante norte-americana de eletrodomésticos recentemente nos pediu auxílio para realizar um programa de formação de líderes nos moldes acima. A ideia era treinar 200 executivos seniores vindos de 20 países já selecionados no Nine Box da organização como pessoas de alto potencial. A expectativa era que futuramente esses líderes, com o máximo de suas competências desenvolvidas, assumissem desafios ainda maiores na organização.
         Ao iniciar o trabalho, no entanto, algumas precauções vieram à mente. Nossa metodologia que já é aplicada no Brasil há 15 anos por meio do programa Líder do Futuro, funcionaria num ambiente novo e com gente de todo o mundo? Nossas dinâmicas, que têm como referência o ambiente corporativo brasileiro e a nossa cultura, poderiam ser consideradas inapropriadas diante de outros referenciais culturais? Esses participantes comprariam a proposta e se engajariam da mesma forma que os daqui? A competição que integra nosso treinamento cumpriria seu propósito?
         Percebemos então que para ter credibilidade perante essa audiência diversa deveríamos também nos internacionalizar. Reforçamos nosso time com consultores dos Estados Unidos, da Austrália e da Inglaterra, dois deles com origens no mundo muçulmano e latino, decisão importante para passar confiança a respeito das nossas intenções. A essa altura, tínhamos o sinal verde para prosseguir. Mesmo diante das nossas preocupações, a empresa disse o seguinte: o confronto cultural vai ser parte dos desafios futuros desses líderes, então sigam.
         O primeiro passo sempre são as avaliações 360 dos participantes. Logo de cara, algumas competências nos chamaram a atenção. Os treinandos foram bem avaliados em relação à confiança com que atuam, à paixão com que exercem o trabalho e pelo gosto de sempre aprender. Sem dúvida, um ótimo ponto de partida, especialmente considerando que os resultados eram mais ou menos uniformes em todas as regiões do mundo. Mas nos interessavam mesmo as competências com as piores avaliações, pois são essas que deveriam ser trabalhadas.
         Notamos que as maiores dificuldades estão em dar feedbacks honestos e diretos, estabelecer uma visão clara e motivadora para o time e delegar, basicamente, os mesmos problemas que comumente se encontram no Brasil – e provavelmente em todo o mundo. A questão da dificuldade de dar feedbacks foi particularmente surpreendente porque apareceu com maior prevalência nos Estados Unidos, país que cultiva a imagem de ter uma cultura de comunicação sem delongas. Aparentemente, a realidade não é bem essa.
          Com as demandas claras, sabíamos como prosseguir. Nos cinco dias seguintes, os participantes foram submetidos a uma intensa rotina que simula a realidade corporativa que tinha o objetivo não só de pô-los à prova, mas de mudar modelos mentais particularmente no que se referem às crenças limitantes. Nesse processo, simularam a criação de empresas, criam jingles, fizeram exercícios logo cedo, meditaram, tudo em grupo, reforçando laços entre eles e a capacidade de atuar em conjunto, com coaching e feedback para se aprimorarem.
         Os resultados nos credenciaram a fazer duas novas rodadas de treinamento com o grupo. Na primeira turma, 41% dos participantes foram promovidos ou qualificados para um avanço próximo na carreira. Nada menos que 75% do total apresentaram evolução no programa interno de liderança e o retorno das equipes lideradas por essas pessoas foi extremamente positivo. É dessa forma que aceleramos a formação de líderes para organizações que não podem parar de evoluir.”.

(ARTHUR DINIZ. CEO da consultoria paulistana de talento e desenvolvimento Crescimentum, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de julho de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de julho de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de FERNANDO VALENTE PIMENTEL, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), e que merece igualmente integral transcrição:

“A Copa que o Brasil precisa vencer
        Passada a expectativa de conquistar o hexacampeonato na Copa do Mundo da Rússia, o Brasil vivencia um complexo dilema no contexto de outra e mais importante competição internacional: a ampliação do fluxo de comércio de bens, serviços e investimentos com outras nações. É praticamente consensual a necessidade de o país integrar-se de modo mais profundo à cadeia global de valor. Isso não se discute. Entretanto, é crucial estabelecer uma agenda realista e responsável para a concretização desse processo.
         Assim como a Seleção Brasileira precisa estar de fato preparada para disputar uma Copa do Mundo, com uma defesa sólida, meio campo equilibrado e ataque eficiente, nossa economia não pode concorrer de igual para igual no cenário internacional sem o encaminhamento prévio dos problemas que afetam sua competitividade. O risco de tomarmos outro Sete a um” é imenso no enfrentamento de peito aberto do comércio exterior, em especial no presente cenário de recrudescimento do protecionismo, protagonizado pelos Estados Unidos e a China.
         Porém, independentemente da conjuntura instável do comércio exterior, o Brasil precisa desenvolver fundamentos eficazes para ampliar a abertura de seus portos, sem o risco de tomar goleadas na balança comercial dos produtos manufaturados, da desindustrialização e do desemprego, inclusive sofrendo contra-ataques dos pretensos ganhos que, em tese, seriam decorrentes da abertura, caso esta seja abrupta e sem planejamento.
         Assim, é preciso estabelecer forma e timing adequados para a necessária maior integração do país ao mundo. Temos de construir nossa visão de futuro e ir realizando movimentos os mais concatenados possíveis entre ganhos de competitividade e produtividade sistêmica e aumento da abertura com redução de tarifas. Não fazem sentido, a nosso ver, aberturas unilaterais, como proposto por algumas correntes de pensamento e achar que um novo e melhor equilíbrio dar-se-á ao final do processo. Será muito mais produtivo para o país realizar o processo de maior integração global por meio de acordos, tal como estamos fazendo, neste momento, com a União Europeia, além de outras negociações em curso (Efta, Canadá e Japão).
         Não há dúvidas de que, se fizermos a abertura dentro de um cronograma adequado de ganhos de produtividade e competitividade, poderemos desfrutar com tranquilidade e crescimento econômico os benefícios advindos dessa liberalização, gerando, assim, mais bem-estar para a sociedade brasileira.
         Tudo isso porém, deve, necessariamente, ser precedido por uma grande lição de casa, no mínimo nas áreas tributária, de crédito, cambial, educacional e de infraestrutura. É lamentável constatar, mas a estrutura de nossa economia é um convite ao “ataque” e “artilharia” dos nossos concorrentes internacionais: carga tributária, inclusive sobre os investimentos, entre as mais elevadas do mundo; juros reais permanentemente entre os mais altos do planeta; câmbio invariavelmente desfavorável às exportações; educação básica precária e acesso restrito ao ensino superior de excelência, que conspiram contra a formação de profissionais de alta produtividade; e infraestrutura deficiente e onerosa para os custos da produção. Certamente, não será possível resolver todas as questões críticas que nos afligem para só então avançarmos mais na integração com o mundo. É preciso, porém, termos o caminho traçado e o veículo em movimento na direção do que almejamos.
         Infelizmente, a não realização de reformas estruturais, como a tributária e a previdenciária, a insistência com políticas econômicas que não primam pelo necessário equilíbrio fiscal, o crônico descaso com a educação, transportes muito caros e ineficientes e outros ônus do “custo Brasil”, como a burocracia e a insegurança jurídica, são fatores que não permitem abertura imediata mais ampla de nosso comércio. Uma redução repentina de nossa taxa média dos impostos de importação significaria um golpe duríssimo e quase letal em nossa indústria, que é bem-estruturada e tem uma história concreta de competitividade intramuros, apesar do muito que ainda teremos de fazer para estar pari passu com a 4ª revolução industrial em curso.
         Não é prudente queimar etapas no processo de desenvolvimento, adotando-se medidas fáceis para solucionar algo muito complexo. No tocante ao comércio exterior, temos, hoje, o grau de abertura que o nível de competitividade de nossa economia permite. Nesse caso, colocar a zaga na frente da linha atacante e convidar os adversários para o jogo é pedir, literalmente, para tomar um gol atrás do outro. Se a experiência já foi muito amarga na fatídica partida da Seleção contra a Alemanha, em 2014, além da desclassificação recente na Copa da Rússia, o que dizer de uma derrota na Copa do Mundo do comércio global, que ceifaria empresas, empregos e todas as nossas possibilidades de crescer de modo seguro, sustentável e em patamar suficiente para nos converter em país de renda alta?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 303,62% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 311,89%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,39%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





  

sexta-feira, 23 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E OS DESAFIOS DOS JUROS CIVILIZADOS NA SUSTENTABILIDADE


“O profissional certo para a sua empresa
        Toda organização quer maximizar seus resultados com times cada vez mais enxutos. Os profissionais altamente capacitados são cada vez mais valorizados e contratações assertivas são fundamentais para construir empresas capazes de evoluir.
         Para garantir a alta performance de um time, o processo seletivo deve ser muito bem planejado e preciso. Hoje, um dos principais desafios nas organizações na hora de contratar é a falta de preocupação na definição do perfil e requisitos adequados para o cargo. Outro ponto relevante é o recrutamento e seleção realizados com urgência, onde o fechamento da vaga a qualquer custo se sobrepõe ao planejamento e análise.
         Em muitos momentos, torna-se imprescindível a contratação de uma consultoria de recursos humanos com expertise em recrutamento e seleção e ampla experiência em todas as etapas do processo seletivo. A consultoria viabiliza um resultado em curto prazo, de forma a atender as necessidades do cliente.
         Para se ter maior assertividade na contratação, é de suma importância que o profissional que conduzirá o processo tenha amplo conhecimento da empresa, da área, do gestor imediato, do time que irá conduzir, bem como da cultura, clima e valores da empresa e, principalmente, que faça um rico alinhamento de perfil, para, posteriormente, ir à busca do candidato ideal. O alinhamento de perfil deve ser realizado em conjunto com o RH e o gestor da área que o colaborador irá atuar.
         Para posições estratégicas, geralmente realiza-se um mapeamento de mercado e posteriormente: divulgação, análise de currículo, entrevistas por competência, aplicação e correção de testes comportamentais e técnicos, elaboração de pareceres. Feito isso, definição do short list para apresentação dos finalistas ao cliente. Enfatizando que o hunting, o banco de talentos e o networking são ferramentas muito ricas para se encontrar o candidato desejado.
         É muito importante que o profissional de recrutamento e seleção oriente o candidato quanto às informações relevantes sobre a empresa, o cargo, o desafio que estará assumindo, entre outros pontos, pois caso aconteçam falhas nesse percurso, é comum desistências e, consequentemente, recontratações. Ou seja, todo aquele ciclo de contratação recomeça. Isto implica em custos dobrados, o que, em época de crise, não é positivo para as organizações.
         Uma boa seleção deve ser capaz de analisar as habilidades e competências do candidato, bem como identificar se o mesmo está alinhado com os valores da empresa. O investimento pode reduzir uma série de custos indiretos no futuro.”.

(FERNANDA ANDRADE. Gerente de hunting e outplacement da NVH – Human Inteligence, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de FERNANDO VALENTE PIMENTEL, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), e que merece igualmente integral transcrição:

“Círculo vicioso dos juros
        A divulgação do lucro contábil não ajustado dos quatro maiores bancos brasileiros em 2017, fabulosos R$ 57,63 bilhões, num ano no qual a economia apresentou modestíssimo crescimento, repete a histórica distorção da exagerada transferência do capital dos setores produtivos para a área financeira. É algo comparável a uma transfusão de sangue do paciente para uma pessoa saudável, dificultando muito a recuperação. Para que não pairem dúvidas sobre nossa posição, somos absolutamente favoráveis ao lucro. Ademais, um sistema financeiro hígido é condição para a irrigação de crédito e para que as pessoas sintam-se seguras em lhe confiar os recursos que poupam.
         A gravidade do desequilíbrio relativo ao volume de dinheiro canalizado ao setor financeiro vem de longa data. O problema mostra-se ainda mais agudo ao constatarmos que, nos 12 meses encerrados em setembro de 2017, o lucro contábil dos quatro grandes bancos no período (R$ 54 bilhões) ficou praticamente empatado com o registrado por 260 companhias abertas não financeiras (R$ 55,3 bilhões). A rentabilidade média das instituições financeiras ficou em 13,9%, contra 4,5% das empresas não financeiras.
         Não se trata, aqui, de uma crítica ideológica aos bancos, mas sim ao modelo perverso que vem limitando o desenvolvimento. Há uma série de causas para os juros elevados: concentração bancária excessiva; insegurança jurídica e dificuldade para recuperação de créditos em default; impostos exagerados; depósitos compulsórios em percentuais muito altos, limitando a capacidade dos bancos de emprestarem recursos; política monetária conservadora; governos gastadores e ineficientes.
         Essas e outras considerações, porém, não eliminam as consequências danosas da manutenção de juros elevadíssimos no país por tanto tempo, uma das principais responsáveis pelo baixo crescimento e a intermitência de recessões. O que está sendo feito há anos é a retroalimentação de um círculo vicioso e pernicioso, com a produção de crescente déficit orçamentário e aumento da dívida pública, cujo serviço é sustentado por títulos com juros muito altos, que, por sua vez, aumentam o rombo fiscal.
         O governo (e os contribuinte), as empresas e as famílias sofrem muito com a falta do dinheiro direcionado ao pagamento de juros. São recursos que saem da economia produtiva e alimentam a ciranda financeira. Os efeitos das altas taxas são perversos: só em 2017, o setor público pagou R$ 400,8 bilhões em juros (União, R$ 341 bilhões; estados e municípios, R$ 59,9 bilhões) e as empresas e famílias, R$ 789,9 bilhões, quase o dobro. Nada pode justificar juros acima de 300% ao ano em linhas como a do cheque especial e rotativo do cartão de crédito, como ocorreu em 2017. A prática de juros básicos elevados por tantos anos, além de impactar todas as outras taxas, limita e onera muito os investimentos produtivos, torna insuportável o custeio das empresas, desestimula o consumo, amplia a inadimplência e engessa a economia.
         A decisão do Copom de reduzir, paulatinamente, a Selic, agora em 6,75%, menor taxa desde 1999, é positiva, assim como a agenda BC + voltada à revisão de questões estruturais do Banco Central e do sistema financeiro. Ainda assim, temos um dos juros básicos mais elevados do mundo. Além disso, a redução da Selic não chegou com a mesma intensidade às taxas e spreads do sistema financeiro junto aos tomadores finais, principalmente pessoas jurídicas. Caso isso continue ocorrendo, poderá ficar comprometida a expectativa de que o volume de crédito cresça entre 3% e 5% em 2018, o que seria a primeira variação positiva em dois anos.
         Os números são inquestionáveis ao apontarem a premência de, paralelamente às reformas estruturais (previdenciária, tributária e política), se reduzirem substancialmente os juros, sem voluntarismos e prestidigitações, pois as altas taxas têm sido letais para a economia produtiva, os investimentos das empresas não financeiras e o mercado de trabalho. Há diagnósticos suficientes e competência adquirida para que se estabeleça uma cruzada pela normalidade das taxas de juros e do crédito. Nesse sentido, muito ajudarão as novas tecnologias, as quais permitirão, provavelmente, maior competição no mercado financeiro e novas formas e maneiras de fazer o crédito chegar ao tomador final.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2018 a ainda estratosférica marca de 327,92% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,70%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em fevereiro, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.