segunda-feira, 8 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA SINTONIA ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA E AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO DO VOTO NA SUSTENTABILIDADE


“Acolhendo a família na escola
        Sabemos que o mundo está vivendo uma fluidez de informações e a rapidez é hoje o roteiro e o ritmo de vida da maioria das pessoas. Para entrar na contramão dessa correria que apaga e constrange o real objetivo dos relacionamentos verdadeiros e felizes, é necessário ter projetos que acolham os pais na escola.
         Por meio da compreensão do quanto os pais são importantes na vida da criança e também o papel da escola em seu desenvolvimento, é viável analisar a proposta de ter uma ação na qual podemos compor um cenário com a participação de ambos – escola e família –, valorizando essa interação, e o tempo como grande aliado na construção de uma nova visão do valor da troca afetiva e da participação real dos pais no contexto escolar da criança.
         Para cada faixa etária existe uma necessidade específica e que precisa ser contemplada com atenção e cuidado, respeitando-se não só o desenvolvimento físico, mas também o emocional da criança.
         O objetivo é sensibilizar os pais para a importância da parceria escola-família, oportunizando recursos e horários para esse convívio, no qual os mesmo se tornarão protagonistas e compreenderão a diferença entre os papéis de educar e ensinar.
         Segundo o clínico psicológico Gottman, a importância de estabelecer com os pais um aprendizado no sentido de capacitá-los a lidar com as emoções de seus filhos está na “preparação emocional”, que ajuda os pais a lidar com os sentimentos difíceis como raiva, medo e tristeza, sem tirar-lhes o importante papel de colocar limites, gerando segurança e, enfim, promovendo a consciência de que é fundamental estar junto com a criança nos momentos marcantes de sua vida.
         A conquista de um trabalho voltado para pais dentro da escola necessita de tempo para implantação, objetivos claros ao longo do processo e muito comprometimento de diversos profissionais, como professores, equipe técnica e direção, a fim de incorporar ao ambiente de ensino essa nova formação. O limite claro na atuação de cada um, bem como a melhor forma de unir forças para a evolução biopsicossocial da criança, é uma das grandes metas.
         Sendo assim, além do vínculo natural que gradativamente é construído entre professor e aluno, paralelamente, os pais, nessa perspectiva de aproximação efetiva, também criam um vínculo com a escola, mudando posturas e atitudes que antes eram justificadas pela insegurança, mas agora podem ser traduzidas em parceria, ressignificando a importância de cada um no desenvolvimento emocional da criança.”.

(KEILA FRASSEI. Psicóloga e pedagoga, orientadora educacional da educação infantil do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré – Internacional, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de outubro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Labirinto eleitoral
        Às vésperas das eleições, a sociedade brasileira se vê em um complexo labirinto. O eleitor está desafiado a fazer suas escolhas, e é importante ressaltar: são escolhas, no plural, pois, além de ser preciso definir o voto para a Presidência da República, deve-se escolhe, entre os candidatos, quem merece ocupar o governo dos estados, compor as assembleias legislativas e o Congresso Nacional. Para o eleitor que define o seu voto ancorado na ideologia de um partido, a escolha parece ser tarefa menos difícil, mas há sempre o risco de se exercer a cidadania de modo limitado. Incontestavelmente, os partidos têm a maior responsabilidade pelo descrédito da política, em razão dos procedimentos duvidosos e modo cartoriais de atuação, com prejuízos para o bem comum. A política não pode ser entendida e praticada como se fosse um serviço a partidos e correligionários.
         Muito mais do que se envolver na disputa de legendas, o exercício da cidadania relaciona-se com algo bem diferente dos discursos e refrões eleitoreiros. Uma sociedade política é aquela que promove o bem comum a partir da participação de todos. Porém, muitos consideram que o contexto político é caminho para alcançar vantagens pessoais. Ambicionam benefícios apenas para os que estão no poder. Ao restante da população, especialmente para quem é mais pobre, destina-se pouco, perpetuando situações de miséria. Sinais dessa concepção equivocada de política e, consequentemente, do exercício da cidadania, são as propagandas partidárias, em que candidatos buscam conquistar o eleitor a partir de ataques aos adversários. Quem se apega às legendas acaba por protagonizar disputas sem qualquer tipo de reflexão, com certa semelhança ao que ocorre nas arquibancadas de estádios esportivos.
         Esse cenário de equívocos no exercício da cidadania, e também do poder, revela falta de qualificada visão antropológica a respeito da sociedade. Os descompassos não ocorrem apenas no contexto da política partidária, mas incidem também nos âmbitos religioso e de outros segmentos contaminados pelas manipulações, instrumentalizados para atender a interesses de pequenos grupos de “amigos”. Consequentemente, a fé, os bens que são de propriedade do povo e a força das instituições são submetidos a dinâmicas medíocres, justificadas a partir de certas ideologias. Não se reconhece que a “lente” da ideologia, de qualquer natureza, permite apenas uma visão limitada, sem nitidez. Prevalecem, assim, conclusões que desconsideram a complexidade da sociedade e de suas instituições.
         A chatice dos debates, restritos à troca de acusações e autoelogios, sem o aprofundamento de temas importantes, deriva também desse apego cego às legendas e às suas ideologias. Perde-se a oportunidade de se alcançar, a partir da troca de argumentos, um nível de inteligência que permite abrir novos caminhos, capazes de levar o país a novos patamares, necessários para o seu desenvolvimento. Mesmo diante dessas dificuldades, de um cenário distante do ideal, o cidadão deve estar atento. É verdade que o eleitor se perde num verdadeiro labirinto no exaustivo exercício da reflexão e diálogo para definir o voto. Mas é preciso perseverar, pois piora ainda mais a situação a omissão diante da responsabilidade de se votar bem.
         O exercício da liberdade cidadã para escolher seus candidatos exige algo que ultrapassa a simpatia por quem se enquadra em determinado contexto ideológico-partidário. Também não se deve decidir o voto a partir da troca de favores. Critérios relevantes devem sustentar escolhas acertadas, para que sejam eleitas pessoas capazes de promover os consensos e entendimentos necessários à recuperação da máquina pública e à realização das reformas necessárias. Entre esses critérios, fundamental é verificar aqueles que têm competência, ampla visão de mundo e, principalmente, partilham valores relacionados à promoção da vida e da dignidade do ser humano.
         Para os cristãos, os valores do evangelho de Jesus Cristo são critérios inegociáveis. De cada pessoa, exige-se profundo discernimento, envolvendo sensibilidade social e espiritual, para mais assertividade nas escolhas. Assim, talvez, seja possível encontrar a saída desse confuso labirinto eleitoral, para o bem da sociedade brasileira.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        



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