“Manufatura
inteligente e indústria 4.0
Muito se fala em
manufatura inteligente nos dias atuais, com a chegada de tendências ditadas
pela indústria 4.0, como automação nas linhas de produção, aumento de número de
robôs e sensores para coleta de dados, redução de custos operacionais, IoT
(internet das coisas), uso de drones em plantações, colheitas e construções.
Inovações como essas pode ajudar as grandes empresas no esclarecimento sobre o
que é e para onde vai a manufatura no futuro.
Partindo
do princípio de repensar a qualidade do produto final com aumento de
produtividade usando a indústria 4.0, percebemos que infinitas possibilidades
são bem-vindas nessa jornada. Há uma quebra de paradigmas quando uma empresa implementa
em sua linha de produção alguma tendência prevista pela manufatura inteligente.
O objetivo disso é criar um espaço onde robôs e seres humanos possam trabalhar
em conjunto e também ambientes em que máquinas autônomas, integradas e
interconectadas, provêm dados estratégicos para tomadas de decisão.
Estudo
da Dell Technologies sobre a visão dividida do futuro mostra que a relação
homem-máquina vai impactar profissionais e empresas até 2030, quando 88% dos
executivos brasileiros (e 82% pelo mundo) acreditam que seus colaboradores
trabalharão integrados com as máquinas como uma equipe única nos próximos cinco
anos. Mas quais seriam os benefícios na migração de uma linha de produção
convencional para uma que utilize as tendências da manufatura inteligente?
Em
primeiro lugar, há um ganho de competitividade. Atualmente, não pensar em algo
que se disruptivo ou “digital”, mesmo em ambientes de chão de fábrica, é um
grande risco para alavancagens de negócios. Podemos adicionar a isso, ainda, o
aumento da produtividade, o alto padrão de qualidade nos produtos fabricados, a
redução de custos tanto para matéria-prima quanto para a energia que se gasta
numa fábrica convencional, a redução e a antecipação de defeitos no maquinário
ou no produto final e o avanço no desenvolvimento de novos produtos.
Em
linhas gerais, a manufatura inteligente já é essencial à sobrevivência das
empresas para modernizar os negócios e capacitar profissionais a operá-las. A
tecnologia não exclui profissionais que trabalham com tarefas operacionais.
Pelo contrário, os avanços tecnológicos fazem com que esses colaboradores agora
atuem em conjunto com as máquinas e robôs, otimizando ainda mais o trabalho e
os resultados esperados. A principal diferença é que os profissionais poderão
se dedicar a outras tarefas e a novas funções que surgirão justamente por conta
dessa transformação.”.
(ROBERTA
TOZELLI. Executiva e gerente de contas da Cognizant, em artigo publicado no
jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11
de janeiro de 2019, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de DOM
WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e
que merece igualmente integral transcrição:
“No
combate às barbáries
É inadiável combater as
barbáries que desfiguram o Brasil. Esse é o caminho para corrigir os
descompassos políticos, sociais e familiares que têm produzido inseguranças e
clara perda de rumos. Essa deve ser a prioridade de todos os cidadãos e
instituições, pois permanecer indiferente a esses graves cenários traz grave
consequência: a assimilação passiva de dinâmicas perversas, que fazem o cidadão
se acostumar com situações horrendas, naturalizando-as, de forma venenosa. Numa
perigosa dinâmica, passa-se a repetir comportamentos abomináveis,
compulsivamente, perpetuando-os. Agir com rigor no combate a situações
desoladoras é, assim, um necessário cuidado para não se deixar contaminar pelo
terrível processo de delinquência, que devasta a sociedade.
Superar
a indiferença deve ser o ponto de partida para enfrentar este “vale-tudo” que
se vive na atualidade, em que se age segundo os próprios interesses,
desconsiderando nobres valores. Sacrificam-se vidas, subjetivismos são impostos
como hegemonia. Patrimônios inegociáveis são trocados pelo dinheiro. O
desrespeito ao bem comum se torna regra, com apropriações indébitas do erário,
arquitetadas por diabólicos esquemas de corrupção e favorecimentos. A trágica
violência, que compromete o direito de ir e vir, levando segmentos da população
ao extermínio, é uma das mais graves consequências da indiferença. A sociedade
precisa acordar. Cada cidadão assuma o desafio de investir em uma nova
civilização, marcada por qualificados modos de relacionamento.
Sem
esse investimento não adianta mudar composição de instituições políticas, pois
a governabilidade estará sempre comprometida. Faltará a lucidez imprescindível
aos entendimentos, fundamentais para conduzir o Brasil rumo a uma realidade
promissora. Não basta apenas investir em segurança pública ou defender
propostas inconsistentes, a exemplo da concessão do direito legal ao porte de
arma. O fundamental para a sociedade brasileira é que haja profunda revolução
cultural no sentido de recuperar valores e princípios que sustentam o
altruísmo, a solidariedade e o compromisso com o bem comum.
Todos
têm responsabilidade na construção de rumos novos, pois a tarefa é grande,
requer empenho diário e tempo – a transformação almejada demandará décadas para
se efetivar. Mas sem buscar essa profunda mudança, continuarão a se multiplicar
situações de barbárie, a exemplo dos feminicídios e do extermínio de índios,
abominação motivada por interesses gananciosos, além das muitas outras
tragédias diárias. Ocorrências que revelam descompasso moral e emocional dos
cidadãos não só pela crueldade que as envolve, mas pela indiferença com que são
percebidas pela sociedade. Com urgência, é preciso reconhecer: há uma
infinidade de barbáries que vão moldando a sociedade. Um fenômeno cruel que
configura a interioridade de crianças e jovens, deseducando-os no sentido de
desqualificar valores e princípios imprescindíveis ao exercício da cidadania.
As
reações frente a esse cenário são urgentes e demandam amplo envolvimento que
vão além de ideologias partidárias, de interesses particulares, para
tornarem-se força efetiva de mudança. Mas, o que fazer? Por onde começar? O
ponto de partida é tomar consciência da dinâmica que envolve o mundo na
contemporaneidade. Convive-se com uma avalanche de informações irrelevantes e,
ao mesmo tempo, falta lucidez às pessoas. Consequentemente, gastam energias e
investimentos com processos que contam pouco e não deveriam ser prioridade.
A
avalanche de informações muitas vezes gera confusão e acaba causando o que pode
ser chamado de ditadura da opinião pública. Esse fenômeno, que se generaliza, é
caracterizado por pessoas e grupos que emitem juízos precipitadamente, a partir
de interpretações equivocadas, perpetuando o caos e alimentando a barbárie.
Para reverter esse quadro, deve-se cultivar a humildade: sabe-se menos do que
se pensa que sabe.
Não se
pode mais impor perspectivas sob o efeito de um saber ilusório, em um mundo que
se torna cada vez mais complexo. Perceber essa indomável complexidade permite
enxergar as próprias limitações, com humildade, o que favorece o diálogo e,
consequentemente, novos passos civilizatórios.
A
força do diálogo e o inegociável respeito às pessoas são fundamentais para
enfrentar as barbáries. Qualificar-se para dialogar e interagir, percebendo os
próprios limites, é conduta indispensável e coerente com a moralidade, a
espiritualidade e autênticas relações fraternas.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca
de 279,83% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 305,71%; e já o IPCA,
em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,75%); II –
a corrupção, há séculos, na mais
perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão sendo
apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já
se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar
uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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