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segunda-feira, 29 de abril de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS E O PODER DA INTEGRIDADE, DA ÉTICA E NOVAS TECNOLOGIAS E AS LUZES DA INOVAÇÃO, DO CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE


“Mais coragem e ambição
        Os argumentos dos senhores dos poderes em Brasília sugerem que o Brasil está diante do portão do inferno, assistindo à falência do Estado, tal como o Rio de Janeiro arrasado e rifado por corruptos, traficantes e milicianos, o que pode ser destino, se tomado ao pé da letra, ou prenúncio de transformações que já tardam.
         Depende da interpretação que se dê aos motivos mais citados para o nosso atraso em todas as dimensões; na do PIB, regredimos em nove anos de 6ª maior economia do mundo para 9ª – choque entre poderes da República, corrupção sistêmica, estagnação econômica etc.
         Tome-se a corrupção. Ela será tolhida com aumento da repressão ou com mudanças radicais que quebrem o sistema secular de apropriação privada do aparelho do Estado visando o enriquecimento de poucos?
         Uma solução amplia a burocracia e privilégios, não necessariamente a eficiência da governança estatal – razão da constitucionalização do teto de expansão do gasto público e da reforma da Previdência.
         A outra busca se antecipar ao crime com uso maciço de tecnologias que melhorem a transparência dos negócios públicos, mitigando a necessidade de dispendiosos aparatos de controle e repressão, além de instigar a economia do conhecimento, a nova fonte de riqueza das nações desenvolvidas (EUA, Alemanha, Japão, Israel) ou caminhando a passos firmes nesta direção (China, que está quase lá, e Índia).
         Desde o fracasso do plano de desenvolvimento do presidente Ernesto Geisel a ideia de governo preocupado com crescimento econômico se tornou maldita, exprimindo estatismo, inépcia, reserva de mercado, o que foi verdade na ditadura militar e ressurgiu como farsa nos devaneios de Lula e Dilma.
         O erro desde então foi termos tornado a exceção como regra, quando, de fato, governos sempre foram pivô do desenvolvimento em economias com firmes princípios liberais, como nos EUA (seja de Ronald Reagan ou de Barack Obama), na Alemanha, na Coreia do Sul, no Japão.
         Uma coisa é o governo intervencionista, outra é o que coordena as expectativas, orienta as prioridades por meio de regulação e banca a expansão da fronteira tecnológica (assim surgiram nos EUA a internet, o sequenciamento do DNA, a inteligência artificial, e quase tudo mais que impulsiona a economia movida pela inovação.

Qual a missão inarredável
        Unir a sociedade em torno de uma visão de futuro próspero é missão inarredável dos governos, razão pela qual na crise de 2008, quando Washington correu para deter a pindaíba de Wall Street, os gastos em inovação tecnológica nas empresas e na pesquisa científica nos laboratórios acadêmicos não foram cortados nos EUA. Ainda assim, a clivagem política só tem feito crescer entre os americanos.
         A disputa pelo domínio da inteligência artificial, da robótica, da internet das coisas, da biomedicina, é a motivação de fundo do conflito geopolítico entre EUA e China. Ambos os governos sabem que o poder global está nestas áreas, não em insumos primários. O valor da eletrônica embarcada num automóvel, por exemplo, equivale a mais de metade de seu custo total de produção.
         Se conhecimento tecnológico é o que move a economia moderna, o que fazemos para estar neste jogo? Não fazemos. Desde a estabilização monetária em 1994 não fazermos outra coisa que brigar por programas visando conter o gasto com privilégios da elite da burocracia, com caprichos dos políticos e com os juros da dívida pública.

Prefácio de qualquer reforma
        Por maior a urgência de mudar a Previdência, também devemos falar de crescimento e de progresso e não há como isso acontecer sem que o governo e o Congresso organizem a discussão. Existem para isso.
         O que deveria estar no prefácio das reformas é o que será o Brasil no mundo high tech diante de questões tais como: 1) economia estagnada e produtividade medíocre; 2) canais da política obstruídos; 3) Estado capturado por corporações cuja autonomia impede qualquer planejamento central; 4) educação ruim e currículo divorciado das prioridades: 5) dependente de divisas de setores com encadeamento produtivo limitado (minérios, petróleo, grãos); 6) maioria dos setores industriais atrás da curva de inovação, em especial o automotivo, que é o maior em termos agregados no PIB.
         Tais mazelas são sequelas de programas armados para travar guerras do passado, formulados por grupos incapazes de pensar para frente.

Tal como circo da Roma antiga
        Pensar para frente é, por exemplo, não arredar o pé da educação com notas exemplares em matemática, português e ciências. É não cogitar  nenhuma reforma dissociada do aparato da tecnologia da informação.
         É possível arrecadar tributos em tempo real com ou sem a mediação bancária, assim como fazer cirurgias complexas à distância graças à chamada telemedicina, ambas retardadas por lobbies setoriais.
         Um sistema de identidade único pode ativar, segundo estudo da consultoria McKinsey, um resultado econômico de US$ 374 bilhões em dez anos, 13% do PIB.
         Ou mudamos a mentalidade ou continuamos em queda, pondo culpa nos políticos – a versão moderna do circo da Roma antiga, operado pelos que querem desviar a nossa atenção das verdades inconvenientes.”.

(ANTÔNIO MACHADO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de abril de 2019, caderno ECONOMIA, coluna BRASIL S/A, página 10).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 16 de abril de 2019, caderno OPINIÃO, página 5, de autoria de MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES, pesquisador da Embrapa, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sem ciência, sem progresso, sem futuro.
        Há 30 anos, o astrônomo Carl Sagan já nos advertia sobre os riscos da ignorância científica, alertando que “vivemos em uma sociedade absolutamente dependente do conhecimento, na qual quase ninguém entende o que é ciência e tecnologia, o que é uma receita clara para o desastre”. Se estivesse vivo, Carl Sagan estaria, certamente, desapontado por não termos feito muito progresso na superação do perigo que antecipou. O movimento contra a vacinação – uma das maiores conquistas da saúde pública no século 20 – é o melhor exemplo da desinformação que ganha força nas redes sociais, trazendo de volta riscos considerados já superados e comprometendo a credibilidade da ciência, em momento em que a sociedade se mostra cada vez mais dependente de conhecimento.
         À desinformação se somam manchetes que alertam sobre problemas de controle de qualidade da ciência, com crescente publicação de resultados científicos que não podem ser reproduzidos ou, pior, com evidências de direcionamento de prioridades e até de resultados, de acordo com o interesse de financiadores. Infelizmente, muitos cientistas e instituições sucumbem às pressões do mercado, produzindo resultados mais norteados pelo poder econômico do que pelo interesse da sociedade. É preciso reconhecer que, em resposta à competição às vezes extrema no mundo acadêmico, pesquisadores têm sido premidos a publicar, a qualquer custo, o que acaba por alimentar as distorções descritas.
         Segundo pesquisa da Universidade de Ottawa, no Canadá, em 2009, o mundo ultrapassou a marca de 50 milhões de artigos científicos publicados desde 1665, e, aproximadamente, 2,5 milhões de novos artigos são publicados a cada ano. O número de cientistas ativos está aumentando a uma taxa de aproximadamente 4% a 5% ao ano. Esse crescimento acentua, ainda mais, a necessidade de atenção com a qualidade e a ética na ciência. É premente a necessidade de se construir e disseminar narrativas que explicitem de maneira clara e acessível a importância vital da ciência para a sociedade, além de implementar ações que coíbam a erosão da sua qualidade, cobrando mais responsabilidade por relevância e replicabilidade, além de mais colaboração que garanta compartilhamento robusto dos dados e conclusões produzidos pelos cientistas.
         Nesse momento de intensa disseminação de fake news e absurdos questionamentos de fundamentos científicos amplamente comprovados e consagrados, é preciso ampliar a capacidade de comunicar a ciência para o grande público, trazendo à luz seus inequívocos benefícios e sua essencialidade para o progresso da sociedade. Todo jovem precisa compreender como os cientistas responderam, por exemplo, à devastação causada pela epidemia de Aids nos 1980. Naqueles primeiros anos, os pacientes morriam meses após o diagnóstico, muitas vezes em agonia. Graças ao enorme acervo de conhecimento acumulado pela ciência, os pesquisadores conseguiram identificar o vírus, desenvolver testes de diagnóstico e criar drogas antivirais extremamente eficazes em curto espaço de tempo. Em meados dos anos 1990, terapias eficazes já estavam disponíveis, afastando o medo de uma epidemia global sem controle.
         O Brasil jamais teria alcançado a posição de sétima economia do mundo não fosse o investimento feito em ciência, tecnologias e inovação, que lhe permitiu produzir alimentos a preços acessíveis para sua população e, ainda, exportar excedentes para todos os cantos do planeta. E a ciência brasileira nos permitiu produzir aeronaves sofisticadas, extrair petróleo das profundezas do mar, produzir uma matriz energética limpa baseada no uso do etanol combustível, realizar eleições de forma automatizada com resultados divulgados praticamente em tempo real, produzir políticas públicas complexas – como o Código Florestal, entre muitos e muitos outros feitos.
         Mais do que em qualquer outro momento da história, o Brasil precisa cuidar com grande atenção da sua ciência. A falta de planejamento estratégico, de investimentos e de formação de cientistas poderá nos atrasar para posições de menor importância no cenário mundial. Há uma clara reconfiguração nas cadeias de valor globais, cada vez mais intensivas em conhecimento, e o Brasil precisará elevar, de forma substancial, a complexidade e a produtividade da sua economia, o que só ocorrerá com grande investimento na formação de talentos e na inovação tecnológica. O país precisa, também, estar atento à rápida reconfiguração da globalização, com a movimentação de commodities e mercadorias ao redor do globo perdendo espaço para os fluxos de serviços, bens e ativos intangíveis, configurando cadeias de valor que beneficiam países que investem na geração de conhecimento e inovações.
         Vários países se ajustam sabiamente à reconfiguração da economia global. O melhor exemplo é a China, que em 2018 passou os Estados Unidos como o maior país produtor de conhecimento científico no mundo, ficando a Índia, outro gigante asiático em ascensão, em terceiro lugar. O Brasil aparece em 12º lugar no ranking, com investimentos em C&T que totalizam apenas 2% do investimento chinês. A postura desses países precisa nos inspirar a entrar no time das nações que estão apostando em inteligência estratégica, investimentos e políticas científicas e tecnológicas robustas e de longo prazo – possivelmente os únicos caminhos na direção de um futuro sustentável.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 295,53% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 317,93%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,58%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



    



sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS NOVAS TECNOLOGIAS NA BOA GOVERNANÇA E OS BROTOS DA NOVA POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE


“GovTech é a solução
        O Brasil que já poderia ter sido e que não aparece na retórica dos candidatos, e talvez jamais apareça, despontou num evento realizado em São Paulo para expor o conceito de GovTech, o governo movido a tecnologia. Em síntese, um país em que as facilidades da tecnologia digital impulsionam a economia e estão a serviço das pessoas – da marcação de consulta no SUS à eliminação de custos e de burocracia.
         Nada mais se faz no mundo moderno sem a retaguarda da tecnologia da informação (TI), gerada graças à internet, sobretudo a partir de sua progressão para as redes de transmissão rápida – a banda larga.
         A fusão da tecnologia digital (que permite converter tudo o que se vê e se escuta em dados binários) com as redes físicas e sem fio de acesso a acervos remotos de informações viabilizou um sem-mundo de aplicações – da postagem de textos, fotos e filmes em redes sociais ao home banking, e-commerce, reserva de hotéis e passagens etc.
         Nas atividades produtivas, a disponibilidade de recursos digitais é determinante à sobrevivência dos negócios, qualquer negócio, seja a montagem de carros (onde cresce o emprego de robôs) ou a venda de quaisquer bens (adquiridos em e-commerce ou em loja física, com os pagamentos efetuados pelo comprador em terminais eletrônicos).
         Até o cartão de plástico tende a ser superado por aplicativos de pagamento no celular (com ou sem os logos das administradoras).
         Este mundo novo engatinha nas atividades privadas no Brasil. E, no setor público, nem isso. Não por faltar gente preparada nos setores de ponta da gestão estatal. Faltam governantes e assessores com a compreensão sobre o sentido das transformações, além de disposição para aplicá-las com convicção. Esse é o nosso maior déficit.
         Não há entre os ditos líderes políticos e os aspirantes em sê-los o senso do que apareceu estampado na camiseta do fundador do Waze, Uri Levine, um dos palestrantes do evento sobre GovTech “Apaixone-se pelo problema, não pela solução”. Ou de outra maneira, se mova pelos desafios, com coragem e objetivo, que as mudanças acontecem.

Vanguarda movida a paixão
        Aqui, há muito e muito tempo falta paixão, especialmente pelo bem público, exceto entre uns poucos visionários como a Fundação Brava, promotora do oportuno seminário sobre a transformação digital do setor público – alicerce dos países na vanguarda do avanço social e econômico, como China, Índia, Cingapura, Israel, Estônia, Coreia do Sul. Neles, tecnologia é meio estratégico de mudanças, não o fim.
         Nestes tempos de governos com o caixa à míngua, pacto federativo em crise, conflitos entre o Judiciário, o Parlamento e o Executivo, infraestrutura em ruína, desemprego, candidatos que não empolgam ou ultrajam a ordem pública, o país precisa de objetivos e ambições renovados. Crescimento econômico robusto é o mais necessário.
         Mas como? Por onde começar? É simplista formular reformas de cunho fiscal, supondo que o investimento, condição para o crescimento em base sustentada (e não o consumo), ecloda por geração espontânea.

Amazon como inspiração
        Foi-se o tempo em que bastavam ações tópicas para tudo se ajeitar. O somatório de ideias políticas superadas com atitudes retrógradas nas áreas do comportamento e da cultura desvia atenções sobre o que se deve fazer, enquanto as oportunidades são desperdiçadas e o país vai ficando para trás na corrida do progresso que move o mundo.
         Como expuseram os economistas Marcos Lisboa e Vinícius Carrasco no GovTech, não há futuro sem inteligência inovadora no setor público. Quer dizer, administração assentada no modelo de plataforma digital tanto na arrecadação fiscal quanto no gasto orçamentário tal e qual a complexidade das operações dos gigantes Amazon e Alibaba.
         Eles gerenciam redes de fornecedores, monitoram demanda e crédito, antecipam tendências, cuidam de logística, desfrutam de altas taxas de satisfação da clientela, tudo com estrutura integrada de gestão baseada em inteligência artificial. Temos a estrutura (ao menos nas ilhas de excelência do Estado). Falta a inteligência da governança.

Lobbies deformam o voto
        Onde estamos na corrida tecnológica? No desenvolvimento autônomo, muito mal, pois dependente de educação rigorosa, focada, sobretudo, em matemática, além de ausência de barreiras à gênese de empresas inovadoras. Quanto a serviços públicos de qualidade, a carência é de governança, cadeia de comando, direção, metas e transparência.
         Até 2020, deverá estar feito o recadastramento biométrico de toda a população acima de 16 anos, abrindo caminho para a identidade única digital e maior controle sobre movimentações de dinheiro. A emissão de moeda eletrônica é outra inovação em estágio avançado. Registro de imóveis com um único número nacional só depende de legislação.
         E também do fim dos cartórios, anacrônicos tanto quanto escrituras em papel e assinatura presencial. Mais não se faz devido à força de lobbies, que corrompem a política e deformam a intenção do voto.”.

(ANTÔNIO MACHADO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de agosto de 2018, caderno ECONOMIA, coluna BRASIL S/A, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 10 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Brotos da nova política
        ‘A esperança é a última que morre’, diz a sabedoria popular. Na verdade, a esperança não pode morrer, pois é chama que ilumina horizontes sombrios e permite enxergar rumos novos. Esse entendimento deve inspirar a sociedade brasileira neste ano eleitoral, quando todos são convocados a investir em “brotos” de uma nova política. Afinal, não é possível pensar em avanços, consertos e novas respostas sem a reconfiguração do universo político. E trata-se de uma obviedade dizer que graves problemas – corrupção, depredação e apropriação indevida do bem comum, entre tantos outros males – são alimentados pela velha política brasileira, que enterra a sociedade em um verdadeiro lamaçal. Então, como poderão surgir os brotos de uma nova política? Essa é uma pergunta que não pode ser respondida com facilidade, mas que deve orientar a participação cidadã de todos.
         Pode-se pensar em nomes que ainda não disputaram eleições, acreditar que tantos outros, já veteranos, corrigirão suas posturas. De todas as formas, constata-se que a lista das boas opções não é grande, pois a vaidade toma conta dos corações dos candidatos e não deixa espaço para valores humanísticos, prevalecendo interesses partidários pouco nobres. O contexto brasileiro requer verdadeira conversão política. Isso exige que os candidatos não se limitem a apresentar-se apenas como “inocentes” e “honestos”. Também são dispensáveis os discursos vazios, que objetivam passar falsa imagem ao eleitor. O desafio é reconhecer o autêntico sentido da política: lutar e contribuir para promover o bem comum.
         Ora, a finalidade da atividade política é o bem do Estado, nunca a sua depredação. A apropriação do erário por pequenos grupos e oligarquias, para o atendimento de interesses que são distantes dos anseios da coletividade, é inaceitável. A política deve se fundamentar na ordem moral e ter por objetivo a promoção do bem comum. Cada cidadão precisa trabalhar para que o universo político alinhe-se a essa perspectiva. Na Bíblia, o profeta Isaías evoca a imagem de um pano sujo para se referir ao que é podre e corrupto. Pode-se dizer que fizeram da política um “pano sujo”.  E a tarefa de todos é recuperar o sentido genuíno do exercício do poder. Para isso, antes de observar interesses partidários ou princípios ideológicos, a consciência cidadã precisa enxergar e buscar o que promove o bem comum.
         Consciente do sentido genuíno da política, o eleitor será capaz de questionar aqueles que exercem o poder e os que desejam ser representantes do povo. Sem esse questionamento, não se pode esperar que ocorram as necessárias mudanças no país. A eleição de pessoas capazes de conduzir a sociedade rumo a novas direções depende, sobretudo, do compromisso cidadão de transformar o contexto político. Somente com o qualificado exercício da cidadania será possível gerar os brotos de uma nova política. Nesse sentido, sejam combatidos discursos demagógicos, debates sem propostas, que se limitam ao ataque de concorrentes, procurando esconder as próprias limitações.
         Gerar e cultivar o broto de uma nova política é contribuir para ultrapassar a velha dinâmica que prioriza a busca egoísta pela satisfação de interesses pessoais ou de pequenos grupos, a partir do sacrifício de muitos. É vencer processos com burocratizações estéreis que levam a perdas significativas e revelam a incapacidade para urgentes discernimentos. Mais importante: o passo primeiro para qualificar as instâncias do poder é reconhecer o real objetivo da política – estar a serviço da vida.
         Para ser autêntica, a política não pode ser identificada como conjunto de trapaças e outras atitudes que revelam mesquinhez. O bem comum precisa ser a meta de todos – eleitores e candidatos. O ano eleitoral convoca todos para redobrar a atenção e buscar, esperançosamente, os brotos da nova política. Não é tarefa fácil, mas “a esperança é a última que morre”. A esperança não pode morrer.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 279,83% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 305,71%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,75%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
 

          

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DA OUSADIA NAS DECISÕES ESTRATÉGICAS E A SUPERIORIDADE DA VIDA NA SUSTENTABILIDADE


“Pensando grande
        A certeza que fica, depois da fase de peneira dos presidenciáveis, é que o atraso econômico que aí está é suprapartidário, com raízes que se infiltraram fundo na organização do setor público brasileiro e na cultura, comprometendo as instituições do Estado e o ambiente social.
         Em regra, identificam-se dois tipos de candidatos quando se põem a falar sobre as mazelas financeiras e fiscais do país, cuja solução ditará tanto a sorte da sociedade quanto do próximo presidente. Essa é uma condição sine qua non, mas há muitas evasivas e nenhuma ousadia.
         Com variações de ênfase, um lado propõe cortar gastos e encolher o Estado, para a dívida pública parar de crescer e os juros baixarem, viabilizando a expansão do crédito e do investimento. Outros alegam que, se há desemprego e déficit, a austeridade fiscal só serve para piorar o emprego e deprimir a receita tributária. A saída seria mais gasto público e maior ônus tributário. Tais modelos são conhecidos.
         Em outros tempos e cenários funcionaram no Brasil, assim como em diferentes países. Só que, nem no passado do país nem no mundo há o que nos tornou únicos entre as grandes economias: setor público com excesso de autonomia constitucionalizada e setor privado viciado em subsídio e protegido por tarifas de importação, regras regulatórias que bloqueiam a concorrência e estímulo à oligopolização setorial.
         Em síntese, as políticas públicas protegem a ineficiência privada, inclusive as multinacionais competitivas em todo o mundo e que, aqui, se comportam como refugiados em busca de ajuda humanitária, e criam um ambiente de privilégios e iniquidades em favor de corporações de servidores com poderes para coagir, cercear, prender e até legislar, aproveitando-se da má imagem e omissão do governo e do Congresso.
         A combinação dessas distorções é que faz o país estar há seis anos com déficit orçamentário – o tal déficit primário antes da conta de juros da dívida pública (que, à falta de superávit, é rolada com mais emissão de títulos de dívida do Tesouro Nacional). Não se sai desse enrosco apenas com disciplina fiscal, mas enfrentando os lobbies da elite da burocracia para cortar privilégios e restaurar o princípio da autoridade executiva do governo e a legislativa do Congresso.

Nas pegadas do digital
        Esse é o programa antecedente a qualquer outro, reivindicado pelas entidades empresariais e repetido pelos candidatos, conforme o gosto ideológico de cada um, como as reformas previdenciária e tributária.
         Não há o que falar de nenhuma delas sem discutir os processos e as rotinas de tudo o que envolve as relações do Estado com as pessoas, as empresas e os bancos. Tome-se o sistema tributário. É tortuoso, picado entre vários tributos redundantes (pois incidentes sobre a mesma base tributável), pleno de excepcionalidades, de apuração não transparente nem amistosa, tudo induzindo ao erro e à sonegação.
         Vivemos a era das redes digitais, da inteligência artificial, das máquinas que expandem o alcance das funções programadas quanto mais são acionadas. Mas ainda recolhemos tributo com cabeça analógica.
         Isso é velho. Novo é descontar impostos no ato de cada transação e a Receita informar ao contribuinte em base anual e até mensal o quanto ele recolheu, discriminado por tipo de tributo e talvez seu destino.

Adoçando o que azedou
        A arrecadação de imposto em tempo real é tecnologia ao alcance do Fisco federal e possível de ser implantada em prazo curto, ao menos junto aos grandes contribuintes. Reduz a inadimplência, dificulta a sonegação, simplifica o custo de apuração pelo contribuinte. Não há contraindicação, além de tornar ocioso o aparato de controle e, em consequência, autuações e recursos administrativos ou à Justiça.
         Um sistema assim forçaria a revisão dos impostos e alíquotas quase que de imediato, já que a carga tributária cobrada no tempo real da transação tenderia a atingir 45% do PIB, conforme as entidades da Unafisco, quando se desconsidera desoneração e inclui a sonegação. É certo também que daria forte impulso à criação de novas tecnologias.

Aproveitando a crise
        O que não se pode perder de vista é que a economia fraqueja devido a razões políticas que demoliram a sustentabilidade fiscal e financeira do setor público. Isso se deve não só a erros de política econômica.
         Se fosse isso, seria fácil resolver. É complexo, porque a reforma das anomalias exige afrontar interesses poderosos, que vão dos benefícios salariais da burocracia ao regramento arcaico da banca, da indústria, do agronegócio. A modernidade fere grupos econômicos acomodados, tosa privilégios, tira mercado de escritórios de advocacia e de cartórios.
         Nossa regressão teve método, já que mexer com lobbies dá trabalho e, sem informação, a população não entende as reformas. Mas, segundo os sábios, crises não devem ser desperdiçadas. E, graças à tecnologia, nada será como antes. O poder das redes sociais atesta a tese.”.

(ANTÕNIO MACHADO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de agosto de 2018, caderno ECONOMIA, coluna BRASIL S/A, página 10).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Brasil, escolha a vida
        Deve ecoar forte no coração da sociedade brasileira o grito e a convocação para que todos façam a escolha pela vida. É esta reação que indicará, aos legisladores e à Corte Suprema, que não se pode errar, permitindo a descriminalização do aborto. Omitir-se diante dessa convocação é empurrar a cidadania brasileira para o caos da permissividade e da hegemonia de grupos radicais. Por isso, todos são chamados a dizer “não ao aborto”. A mobilização na defesa da vida de envolver cada cidadão e cidadã, para que a força dessa união pelo direito de viver recomponha o tecido ético e moral da sociedade. O Poder Judiciário deve ter cuidado ao interpretar a legislação. Os representantes do povo – deputados e senadores – devem estar conscientes da tarefa de proteger a vida. E a população precisa permanecer atenta: neste ano eleitoral, não confiar seu voto em quem é pró-aborto.
         Agir com permissividade diante de situações diversas que ameaçam a vida, nas suas mais diferentes etapas, é se distanciar da oportunidade de recompor o caminho do Brasil, edificando uma sociedade mais séria, com dinâmicas culturais humanizadas, condizentes com o patrimônio religioso e cultural do país, de muitas tradições. Escolher a vida é o remédio que a nação precisa tomar, para que sejam corrigidos gravíssimos descompassos, a exemplo da endêmica corrupção que contamina diferentes lugares. A Bíblia apresenta importante lição nesse sentido. No Antigo Testamento, a partir da voz de Moisés, o povo, liberto da escravidão e rumo à terra prometida, ouviu uma convocação de Deus: “Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descendentes”. Naquela época, essa ordem reabriu o caminho da recomposição de uma sociedade. Hoje, essa ordem de Deus precisa ser acolhida pelo povo brasileiro.
         Espera-se que as autoridades não confundam os anseios de segmentos sérios da sociedade, de grande parte da população, com o que é desejo de um partido, isto é, de uma parte, sujeita às limitações do ambiente partidário. Mesmo diante de tantas conturbações que revelam fragilidades, ainda se acredita que a Suprema Corte e as outras instâncias do poder não autorizarão a prática do aborto. São abundantes os elementos conceituais, éticos e antropológicos que permitem enxergar uma verdade: posicionar-se favoravelmente ao aborto é o mesmo que concordar com a prática de um crime.
         Importante lembrar que o debate sobre a legalização do aborto ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF) porque não conseguiram tramitar essa proposta no Congresso Nacional – a instituição que tem o poder de legislar. Sabe-se que só uma Assembleia Nacional Constituinte pode modificar a Constituição nos seus preceitos fundamentais. E a Constituição Federal diz que a vida é inviolável. O aborto, portanto, é crime.
         A sociedade brasileira, pela força da sua voz, deve exigir que a interpretação de suas leis não seja pautada por interesses pequenos de grupos minoritários, com posicionamentos distantes da verdade e do bem. A apreensão deste momento, quando discussão a possibilidade de se permitir o aborto, deve converter-se em mobilização capaz de retirar a sociedade do lamaçal em que se encontra, formado por situações diversas que tem como base o desempenho ao direito de viver.
         Há um princípio moral que é inegociável, devendo orientar todas as normas e condutas: a vida é dom sagrado e inviolável. Precisa ser defendida em todas as suas etapas – da fecundação até o declínio com a morte natural. Cientistas de diferentes campos do saber, profissionais sérios da área médica, perspectivas religiosas, filosóficas e antropológicas apresentam argumentos convincentes nesse sentido. Nenhuma liberdade individual ou ideologia, de grupos ou partidos, pode relativizar a essencialidade desse princípio. Sua relativização leva à instalação hegemônica de um cenário desolador. Por isso unam-se as vozes para dizer não ao aborto. Brasil, escolha a vida!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 291,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 304,94%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.