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sexta-feira, 27 de julho de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO DIREITO NAS MUDANÇAS SOCIAIS E A FORÇA DA ECONOMIA NAS CIDADES INTERATIVAS E SUSTENTÁVEIS


“O direito e a nova sociedade
        Já era hora de mudanças. A atuação do profissional da área de direito mudou. Há novas especificidades que podem e devem ser levadas em conta pelas escolas para aproximar os alunos dos futuros desafios que vão encontrar na profissão. A graduação mais procurada no país passa por reformulação, após 14 anos. Números do Ministério da Educação (MEC) apontam que, de 2004 a 2016 (últimos dados disponíveis), o total de cursos de graduação em direito cresceu 50% e a oferta de vagas 62%. No mesmo período, o número de inscritos nos processos seletivos teve um aumento (122%) superior ao de vagas efetivas (88%).
         O Conselho Nacional de Educação (CNE) iniciou uma reformulação na matriz curricular dos cursos de direito, com o intuito de torna-los contemporâneos e em concordância com as mudanças tecnológicas e da sociedade. O objetivo é atender a um país continental com cinco regiões e mais de 5,5 mil municípios, em que as escolas podem ter missões diferentes. Orientada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), cada instituição de ensino poderá desenhar sua matriz curricular. Ou seja, o direito penal pode ser constituído de três disciplinas em uma escola e, em outra, em apenas uma disciplina, com diferentes cargas horárias, dependendo das especificidades locais e da missão da escola.
         A perspectiva de uma base nacional comum conceitual da área do direito foi discutida durante audiência pública em Brasília. A ideia é diversificar a base em atenção às especificidades locais e regionais dos cursos e, ao mesmo tempo, em consonância com as demandas da contemporaneidade, como a inovação, a tecnologia, o empreendedorismo, a internacionalização, a interdisciplinaridade, as novas metodologias de ensino e de aprendizagem e a comunicação com a sociedade.
         Neste sentido, a concepção do Projeto Pedagógico do Curso de Direito deve ter em conta, além das peculiaridades do campo de estudo, sua contextualização em relação à sua inserção institucional, política, geográfica e social. As condições objetivas da oferta devem ser caracterizadas segundo a concepção do seu planejamento estratégico, especificando a missão, a visão e os valores pretendidos pelo curso, além da vocação que o caracteriza. A construção do conhecimento, a articulação dos saberes, e seu resgate em diferentes dimensões, demandam a explicitação dos modos de integração entre teoria e prática, com a especificação das metodologias ativas utilizadas no processo de formação.
         A metodologia de ensino e a aprendizagem merecem guardar relação com os princípios acima descritos e, assim, proporcionar uma relação de ensino-aprendizagem que atenda a um processo de construção de autonomia, de forma pluridimensional, aos pilares do conhecimento: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
         A proposta de mudança chega num momento importante, em que o país necessita estar em sintonia com o que há de mais moderno e atual no âmbito do ensino do direito. Por isso, é fundamental que o projeto contemple as formas de tratamento transversal dos conteúdos exigidos nas diretrizes nacionais, tais como as políticas de educação ambiental; a educação em direitos humanos, a educação das relações étnico-raciais e histórias e culturas afro-brasileira, africana e indígena, entre outras. Nossa sociedade merece!”.

(SÉRGIO MURILO BRAGA. Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 19 de julho de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de PAULO HANSTED, empreendedor com formação em marketing na Universidade da Califórnia – Berkeley, nos Estados Unidos, e desenvolvedor do conceito de cidades móveis, e que merece igualmente integral transcrição:

“Cidades interativas e a economia
         Pensar que um dia você poderia dialogar com sua cidade é algo que só poderia ser imaginado por leitores e fãs das mais loucas histórias de ficção de H.G. Wells ou Arthur Clarke. Algo muito duvidoso até mesmo para as não tão distantes gerações analógicas dos 80 e 90, que veem a relação de tempo e espaço serem alteradas de forma tão brutal, que fazem seus walkmans e videocassetes parecerem coisas do século passado. E são, afinal, estamos no século 21, presenciando uma revolução silenciosa que está alterando o sentido de valor de tudo o que nos cerca.
         Na era da internet das coisas, tempo é um bem precioso. Um minuto pode ser uma eternidade, tempo suficiente para fazer vídeos no Stories, twittar e acessar um amigo em outro continente. Em sua inexorabilidade, o dia tem e sempre terá 24 horas, mas o que podemos fazer com elas é que não para de se multiplicar. Da incapacidade de se envolver com tantas novidades, a sociedade digital torna-se altamente reativa a tudo que não traduza sentido e valor. As responsabilidades do dia a dia se acumulam e a sensação de sufocamento aumenta. Mais do que perguntas, busca-se respostas. Uma dica precisa vale muito mais do que uma crítica fundamentada. Conveniência é a palavra de ordem e é aí que a coisa toda ganha uma outra dimensão.
         Com a virtuosa disseminação dos devices móveis – celulares, tabletes etc. da banda larga, a sociedade moderna está permanentemente conectada. Onde quer que esteja, pode-se acessar, ser acessado e até mesmo ser precisamente localizado. Se, em meio à falta de tempo, vivemos em um diálogo permanente com pessoas que conhecemos ou nunca vimos, a extensão dessa prática na relação com as cidades pode traduzir ganhos e benefícios nunca antes imaginados.
         As cidades interativas abrem espaço para o diálogo, elas se comunicam com aqueles que nela vivem ou estão apenas de passagem. Em muitos estados americanos, governos e municípios estão investindo em soluções que transformam suas cidades históricas em verdadeiros museus a céu aberto. A integração de sistemas de localização e navegação on-line permite o acesso a rotas e experiências de todos os tipos. Em Atlanta, na Geórgia, por exemplo, o simples caminhar pelas ruas da cidade abre espaço para a interação com passagens e personagens marcantes da Guerra Civil americana. Os locais que foram palco de batalhas e momentos históricos estão lá, prontos para ser desvendados. Cada esquina pode revelar uma surpresa. Pessoas de todas as idades, munidas de um celular, podem fazer de uma despretensiosa caminhada verdadeira viagem no tempo. Recursos de vídeo, fotos e textos auxiliam a compreensão dos momentos que cercaram o conflito naquela região. No estado do Mississipi, o governo investiu no desenvolvimento de rotas digitais, também acessíveis por celular, que oferecem experiências enriquecedoras.
         Para os amantes da boa música, as rotas do blues e country levam moradores e visitantes a conhecer locais onde nasceram, fizeram carreira e morreram grandes ídolos da música americana. Informações detalhadas de suas vidas estão por toda a parte. A dinâmica é tão bem organizada e acessível que até o lendário “Crossroads”, encruzilhada das rodovias 49 e 61, onde, reza a lenda, Robert Jackson vendeu a alma ao diabo, está lá, fácil de ser localizada numa singela rua da cidade de Clarcksdale. Através desse sistema interativo, legiões de pessoas passaram a visitar a região.
         Nas cidades interativas, a informação é organizada em forma de estímulos, como se convidando que moradores saiam de casa e se envolvam com tudo o que a cidade pode oferecer.
         Os encantos, a história, a diversão podem estar em cada esquina, prontos para dar início a uma boa conversa. Ter a cidade na palma da mão altera a referência de valor. Lugares por onde passamos, e muitas vezes desconhecemos ou damos pouca atenção, podem traduzir grandes experiências. Dessa forma, tendo mais motivos para sair de casa, as pessoas interagem mais, se divertem mais e consomem mais. Por conta disso, movimentam mais a economia. Estima-se que as cidades interativas tenham o poder de triplicar o valor econômico gerado por cidadãos e turistas.
         A simples reorganização da equação de valor e da acessibilidade às atrações que uma cidade já oferece dinamiza o comércio e toda a cadeia produtiva. A tecnologia abre espaço para uma infinidade de experiências que passam a traduzir benefícios imediatos. Não há espaço para a rotina. Toda hora, cada minuto, pode ser um bom motivo para ligar para um amigo, reunir a família, ou até mesmo sair pela cidade sozinho e desvendar tesouros que muitas vezes estão ali bem perto, mas que na correria do dia a dia os olhos não veem.
         Neste momento, exemplos como esses multiplicam-se por todo o mundo. Muito em breve, cidades analógicas serão conhecidas apenas pelos livros de história.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 303,62% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 311,89%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,39%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DOS PROCESSOS EVOLUTIVOS E OS DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO (12/158)

(Outubro = mês 12; faltam 158 meses para a Primavera Brasileira)

“Requisitos para a pura entrega 
do ser para a evolução de todos
        Não se pode assegurar que ao começar a colaborar com o Plano Evolutivo o ser seja de imediato canal para manifestação de leis superiores em sua vida. Porém, a possibilidade de essas leis se expressarem em fatos positivos por seu intermédio existe, e nelas está fundamentada a reestruturação da Terra.
Em geral, grande é a distância entre o que se passa nos níveis internos de um ser e o que ele exprime externamente. A tarefa dos que assumem a senda evolutiva é reduzir essa distância para que um canal direto de comunicação entre o mundo interior e o exterior se firme com pureza e cristalinidade.
         A fim de que o contato do ser com as leis suprafísicas se estenda a sua vida diária e ao seu serviço, é preciso ausência de julgamento e de críticas. É necessário também um coração puro. Isso significa reconhecimento e vivência da fé, preciosa energia emanada pelo espírito e dinamizada pela alma. Aquele que se doa ao Plano Evolutivo, ao reconhecer o valor e a importância dessas atitudes, torna-se capaz de remover de si e dos seus semelhantes os obstáculos à realização interior. Isso ele faz pela silenciosa prática das leis espirituais e pela própria disponibilidade ao serviço.
         Nesta época, em que as energias de síntese se fazem tão presentes e atuantes na Terra, não são necessárias complexas disciplinas para se atingir o controle do pensamento. O indicado é a decidida atenção ao centro do ser, dirigir-se com firme querer para o núcleo interno da consciência.
         A concentração excessiva nos níveis materiais da vida torna-se obstáculo ao verdadeiro serviço à ascensão do ser. Esses níveis serão curados, redimidos, transformados e transmutados pela atuação de energias sobrenaturais, pela intercessão de forças cósmicas de potência inimaginável.
         Cada vez que com pura entrega um ser humano se volta para o próprio interior, uma energia curadora aproxima-se dos estratos materiais e os permeia com maior intensidade. A cada instante da sua vida é-lhe facultado aderir a essa energia ou renegá-la. Pode contatá-la e irradiá-la para o mundo, ou pode afastá-la de si. Por isso a vigilância é imprescindível aos que percorrem a senda do serviço e da libertação.
         Àqueles que buscam servir é pedido simplesmente entrega, despojamento de si e cumprimento imediato das tarefas evolutivas que lhes forem dadas, por pequenas e humildes que sejam.
         Para que o serviço tenha qualidade, é bom que a pessoa renuncie às próprias tendências humanas, preferências e até boas intenções. Fazer o melhor significa cumprir fielmente o que lhe é transmitido a partir do interior. Suas limitações e suas qualidades são conhecidas por Aqueles que guiam nos níveis internos da vida, e já estão levadas em conta quando uma tarefa lhe é atribuída. Portanto, não há razão para que se oferta ao serviço preocupar-se consigo mesmo; é preciso, sim, que se dedique de corpo e alma à realização da parcela que lhe cabe no Plano Evolutivo.
         A premência desta época reflete-se no grau de aspiração do servidor e na sua presteza em colaborar na realização do propósito evolutivo. Seu esforço está em manter acesa a chama que o impulsiona a expressar as qualidades da Vida Divina. O verdadeiro colaborador do Plano é fiel a essa Vida, que silenciosamente verte suas energias sobre o planeta. Para isso deve manter firme a decisão de prosseguir e lembrar-se de que já não está em tempos normais.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de outubro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de setembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ADEMAR PEREIRA, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), e que merece igualmente integral transcrição:

“Alfabetizar em qual idade?
        Durante a finalização do processo de revisão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), observamos um impasse quanto à questão da idade certa para a alfabetização de nossas crianças. O Conselho Nacional de Educação (CNE), responsável por analisar e aprovar o documento, defende o atual critério no qual o término do ciclo de alfabetização se dá ao final do 3º ano, fase em que as crianças têm 8 anos. Já o Ministério da Educação (MEC) propôs a antecipação desse limite para o 2º ano, quando os alunos estão com 7 anos. Mas, afinal, o que é o melhor para as nossas crianças? Quando os alunos devem estar alfabetizados?
         A revisão da BNCC tem sido discutida no CNE e em audiências públicas nos estados, e a previsão é de que o novo documento seja finalizado até novembro deste ano. O acordo para tal impasse seria de que o ciclo de alfabetização se mantenha em três anos, mas garantindo que o letramento seja em dois. O MEC deverá fazer a avaliação nacional de alfabetização ao final do 2º ano, e não no 3º, como é atualmente. Como não há base nacional no Brasil, os padrões estão estabelecidos pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNA-IC) e pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelecem a conclusão da alfabetização das crianças até o fim do 3º ano do ensino fundamental, em escolas públicas e privadas. O MEC acertou ao tentar adiantar o fim do ciclo de alfabetização para o segundo ano, mas o ideal seria que isso ocorresse ainda no primeiro ano. Assim, em cinco anos teríamos reduzido drasticamente o número de analfabetos funcionais no Brasil.
         A decisão de antecipar o término do ciclo de alfabetização do terceiro para o segundo ano nos remete a uma posição realista, do ponto de vista social, indo além da questão apenas educacional. Ocorre que as crianças devem ser alfabetizadas no primeiro ano, e as poucas que não conseguem atingir a alfabetização precisam ser mantidas nesse processo de aprendizagem para que amadureçam. Nessa idade – com um bom trabalho na educação – teremos, ao fim do primeiro ano, não mais do que 10% de estudantes que chegam sem ler a esta fase. Deste pequeno percentual, temos crianças que, em sua maioria, são imaturas, ou nascidas no final do ano. E, ainda, temos de considerar alguns casos em que já é possível identificar manifestação de alguma das mais de 25 síndromes ou transtornos humanos.
         O grande problema social da educação básica que enfrentamos é que, com o término do ciclo de alfabetização ao final do terceiro anos, temos aumentado significativamente o número de analfabetos funcionais, pois as avaliações têm demonstrado que aproximadamente 50% dos nossos estudantes chegam ao 5º ano do ensino fundamental sem conseguir ler um texto de cinco linhas e contar o que entendeu. Aí residem as consequências desta decisão de se deixar para depois, de empurrar todas as crianças para as séries seguintes, mesmo que sem condições e despreparadas para assumir a nova fase escolar. Fundamentalmente, passar o aluno do primeiro para o segundo ano, sem que ele esteja devidamente alfabetizado, é uma desumanidade com o futuro das nossas crianças, pois com essa atitude comprometemos a vida escolar de um grande número de estudantes.
         Além do analfabetismo funcional como consequência desse adiamento da alfabetização, temos de observar que, na segunda etapa do ensino fundamental, temos um grande número de abandonos. E a explicação é muito simples! Nessa etapa, em todas as disciplinas, os conhecimentos são apresentados em forma de problema ou enunciado. Para compreender o que se pede, o estudante precisa, necessariamente, saber ler e interpretar. Entretanto, como mais de 50% não estão devidamente alfabetizados, as escolas acabam minimizando a profundidade dos conteúdos e conhecimentos, para não ter um grande número de reprovação, acima do aceitável. Com isso, prejudicamos todos os estudantes com este nivelamento inferior, e mantemos o “pacto da mediocridade” na nossa educação.
         Soma-se a isso o grande medo de prefeitos e governadores de que não conseguem manter – ou de terem diminuídas – as médias (que já são baixas) de suas regiões nas avaliações de ensino. Então, notamos que é mais fácil manter as aparências, e continuamos empurrando nossa juventude para a escuridão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,46%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!...