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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO ÉTICA DA SOCIEDADE E A LUZ DA SABEDORIA DAS LIÇÕES PASSADAS NA SUSTENTABILIDADE


“O Brasil rumo à OCDE?
        O ano de 2020 começou com diversas novidades que, apesar de serem aparentemente desconexas, estão fortemente interligadas. Um dos destaques foi o apoio recebido pelo Brasil dos EUA à sua candidatura para se tornar membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da qual já participam potências como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Japão, além de países latinos, como México e Chile.
         O atual governo demonstra forte interesse em ter o Brasil na OCDE, um processo que, contudo, demanda diversas etapas e cumprimento de ritos e requisitos. Para entre neste grupo, conhecido como “clube dos países ricos, será preciso atender regras e réguas desse seleto clube, adotando recomendações em áreas como ambiente, macroeconomia e combate aos crimes financeiros, entre outros temas.
         Assim como as empresas colhem frutos quando adotam boas práticas de governança, promovendo uma cultura de integridade, os países podem crescer e proporcionar melhores condições de vida à população quando adotam boas práticas de gestão pública e políticas eficazes e combatem a corrupção. Essas medidas atendem requisitos para atrair investimentos, além de obter empréstimos com juros mais baixos, o que ajuda na criação de empregos e negócios e no crescimento econômico.
         Levantamento recente realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo de Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que as principais preocupações do consumidor brasileiro são o combate ao desemprego e a melhora da saúde pública, seguidos de investimento em educação e, na sequência, combate à corrupção. E como promover emprego, saúde e educação? De onde virá o dinheiro?
         Por isso, a importância de investir em boa gestão pública, políticas eficazes e, é claro, no combate à corrupção. O dinheiro público deve ser utilizado para o benefício da população, e não para fins privados, ganhos individuais ou de pequenos grupos. O custo da corrupção está embutido no consumo da população brasileira e nas mazelas sofridas pelo povo. Pagamos caro por isso.
         No Fórum Econômico Mundial em Davos, o secretário geral da OCDE, José Angel Gurría, declarou que o combate à corrupção é um dos grandes desafios da América Latina, um câncer que afeta os diversos países da região – fato que o recém-publicado relatório anual da Transparência Internacional, conhecido como Índice de Percepção da Corrupção (IPC), ajuda a corroborar. O Brasil não está bem nesse ranking. E não é algo recente, tampouco pontual. O resultado do relatório precisa ser visto como um alerta.
         Como nação, precisamos mudar esse cenário. Podemos fazer mais para combater a corrupção e crimes associados, como a lavagem de dinheiro. E isso será requisito para o plano do Brasil de ingressar na OCDE ou para simplesmente encontrar um caminho de crescimento, geração de emprego e renda à população. Isso não é só papel de um presidente, de uma autoridade, de um professor, de um empresário, de um jornalista ou de qualquer cidadão, isoladamente. É trabalho árduo e amplo, que envolve a participação da sociedade civil, das diversas organizações públicas, privadas e do terceiro setor, os pactos setoriais, a boa gestão pública e atuação política efetiva e pró-Brasil.
         Não dá para desejar posição na OCDE ou crescimento sustentável sem ações efetivas de combate à corrupção e a outros crimes financeiros. A bandeira deve ser apartidária e defendida por cada cidadão.
         Precisamos combater o conflito de interesses, promover a transparência, aprimorar os instrumentos legais e regulatórios e fortalecer os conceitos de cidadania, democracia e ética em nosso ciclo de educação. A própria Transparência Internacional propõe ações de melhoria. Outra importante fonte para saber o que precisa ser feito são as novas medidas contra a corrupção, promovidas pela Transparência Internacional – Brasil, Instituto Ethos e outros.
         Evoluímos, mas precisamos fazer mais. Há paradigmas e círculos viciosos a serem quebrados e mudados. Daqui a cinco ou dez anos, um novo relatório do IPC será lançado pela Transparência Internacional. Conseguiremos estar efetivamente melhores? E quais manchetes terão destaque? A resposta está em nossa atuação quanto sociedade para que os jornais estampem a notícia que queremos ler: os brasileiros vivendo em melhores condições e progredindo.”.

(Jefferson Kiyohara. Professor em ética e compliance da FIA Business School, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 12).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de julho de 2019, mesmo caderno, página 7, de autoria de JOÃO DEWET MOREIRA DE CARVALHO, engenheiro-agrônomo, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sabedoria é nunca
esquecer o passado
        A história da economia ensina que as pessoas e os governos nunca aprendem, de forma alguma, com seus erros passados. Ou seja, sempre que houve algum período de favorecimento econômico na vida pessoal ou de uma nação, a euforia momentânea sempre iludiu o favorecido e impediu que precauções, sempre necessárias ao futuro equilíbrio financeiro, fossem tomadas. Por quê? Porque, normalmente, as pessoas e os países agemcomo se momentâneos ventos da prosperidade fossem eternos. Esquecem-se eles que, além de os ciclos econômicos serem sempre ressurgentes, a sabedoria da fábula da formiga e da cigarra nunca deve ser desprezada. Afinal, o velho ditado diz que todo enorme progresso econômico sempre gera uma crise logo adiante. Tudo por falta de sensatez da parte dos governantes. Pois, o sucesso momentâneo sempre cega, completamente, os filhos dos homens. São fatos da vida. Incontestáveis.
         E tudo isso ocorre, apesar de toda boa equipe econômica saber que deve trabalhar sempre como o objetivo de manter a responsabilidade na contabilidade fiscal, além de conduzir a inflação sob controle. Principalmente, em países que trazem em seu histórico uma longa trajetória angustiosa de luta contra o descontrole dos preços, como o Brasil. Seja do lado inflacionário, quanto do fiscal. Afinal, qualquer neófito economista sabe que a manutenção de taxas de inflação baixas é pré-requisito para a queda da taxa básica de juros a um nível propício ao contínuo desenvolvimento de uma nação. Pois possibilita reduzir o risco sistêmico. Sendo uma das condições primárias para o aquecimento do comércio.
         Por isso, deve-se ficar atento com as excessivas alavancagens, tanto das empresas privadas quanto dos estados federativos. Pois, no início, é gerada uma falsa impressão de progresso, mas logo a fatura chega para ser paga. Pois o acúmulo de dívidas sempre dificulta a gestão e impede a sobra de caixa para investimentos. E sem contar que tudo isso aumenta o risco sistêmico nacional. E não é outra a situação atual dos estados brasileiros que tentam vender o almoço para comprar a janta., sem nenhum êxito. Pois a não ser que suas previdências façam parte da reestruturação nacional em curso e passem os responsáveis, em seguida, a praticar boas gestões administrativas, além de simplificar a estrutura organizacional e tributária estatal, fatalmente o caos tomará conta. E o que ocorrer, isoladamente, nos estados contaminará toda a nação. Com isso, o êxito da União e dos mais bem-organizados estados será transformado em fracasso pela falência dos entes federativos mais fragilizados. Contaminação falimentar é caso tão grave que deveria estar acima de qualquer mesquinha picuinha política.
         Em vista dessas questões, deve-se ter em mente que de nada valerá o excelente Mercosul com a União Europeia (EU). Afinal, o tremendo ganho comercial que trará a união aferida entre blocos poderá ser prejudicado pelo desequilíbrio econômico em curso. Por isso, as vaidades políticas devem ser contidas em nome de uma possível recuperação econômica da nação. Pois só assim será viável reativar o tão combalido mercado interno. E, com isso, prover de esperança de recolocação no mercado de trabalho milhões que se encontram atualmente desempregados.
         As crises econômicas são tão antigas quanto a existência do dinheiro, do comércio e dos mercados financeiros. Se no passado os soberanos diluíam o ouro ou a prata das moedas na ilusão de resolver seus dilemas econômicos, hoje em dia, os incapazes e arrogantes governantes pensam que suas supostas espertezas políticas os manterão a salvo dos custos produzidos pelas loucuras administrativas que se tornaram rotinas em seus governos. Ainda que alguns estejam pagando na cadeia por tais desatinos, mesmo assim, diante da memória curta da raça humana, muitos insistem nos mesmos caminhos dos criminosos alcançados pela Lava-Jato. Afinal, pensam, ilusoriamente, ter grandes poderes. Pois, ainda não perceberam que o verdadeiro poder já se encontra de novo de posse do povo brasileiro. No entanto, todos os que insistem em continuar a trilhar o caminho das trevas descobrirão da pior maneira que a paciência da população já se esgotou.
         Contudo, se a perspectiva futura estava totalmente escura, dias atrás, agora, depois de selado o acordo Mercosul com a EU, uma nova porta de esperança se abre para o Brasil. Por isso, como diz o famoso ditado dos interiores do país, das roças e d’outros rincões: “Estou batendo na cangalha para ver se o jegue entende”. Afinal, sabedoria é nunca esquecer o passado. E o do Brasil é recheado de oportunidades perdidas. Por tudo isso, fica o questionamento: seria o novo acordo Mercosul com a EU e as imprescindíveis e urgentes reformas o ponto de parte para o Brasil se tornar, desta vez, a nova potência mundial? Ou apenas fumaça ilusória?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


quarta-feira, 10 de abril de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA GESTÃO ELETRÔNICA NO COMBATE À CORRUPÇÃO E AS LUZES DA ESPIRITUALIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Gestão eletrônica para subir no ranking contra a corrupção
        O combate à corrupção ganhou forma e corpo no Brasil ao longos dos últimos anos graças, principalmente, às investigações realizadas por operações como a Lava-Jato. Contudo, esse discurso ainda não passou à prática. Apesar de toda a indignação da população, o país segue em queda livre nos principais estudos e rankings de transparência e boa governança. Isso reforça a tese de que, por mais importante que seja o processo judicial, a mudança só é possível quando a gestão pública se tornar digital e acessível a todos.
         O último relatório do Índice de Percepção da Corrupção, realizado pela organização Transparência Internacional, mostra que o Brasil recuou nova posições e ocupa o 105º lugar no ranking anticorrupção – quanto melhor a posição, menos o país é considerado corrupto. É o pior desempenho desde 2012 e representa a quinta queda consecutiva. Em 2016, por exemplo, ocupava a 79ª colocação. Estamos atrás de nações bem menos desenvolvidas, como Cuba e Gana, e estamos empatados com Costa do Marfim, Egito, Timor-Leste e Zâmbia, entre outros.
         Atualmente, a maioria dos processos na esfera pública é realizada manualmente demanda uma quantidade imensa de documentos e papéis. Dessa forma, o trâmite desses arquivos torna-se totalmente burocrático, fazendo com que seu andamento seja muito mais lento do que deveria e, pior, sem a necessária transparência em todos os procedimentos. Por mais que a Lei de Acesso à Informação esteja em vigor, não sabemos em qual departamento está determinada solicitação ou por quais motivos ela está parada. Essa situação favorece a corrupção.
         É essencial que o poder público informatize seus processos com a gerência eletrônica de documentos. Dessa forma, toda a tramitação está disponível no ambiente virtual, de ponta a ponta, e disponível à população e aos próprios servidores. Isso permite, por exemplo, que os órgãos de todas as esferas tenham de forma rápida e fácil o andamento de cada demanda, com registro de quem e quando a documento foi lida, o responsável, por quanto tempo está em andamento e até mesmo os problemas resolvidos por cada profissional.
         Com todo o trâmite documentado, informatizado e disponível ao cidadão, gabinetes e secretarias podem ser avaliados de acordo com sua eficiência, engajamento e qualidade, rendendo benefícios fundamentais quando se trata de recursos públicos. Convenhamos, é bem mais difícil cometer atos ilícitos quando todos o procedimento é registrado no internet. A própria investigação ganha novos métodos para averiguar denúncias de corrupção e pessoas com más intenções pensarão bem antes de fazer qualquer irregularidade.
         As demandas por desburocratização e transparência tendem a crescer ainda mais com o avanço da tecnologia. É inadmissível perceber que ainda hoje as repartições públicas evitem a adoção de recursos que aceleram processos e, consequentemente, seguem camuflando péssimas práticas de corrupção. Tribunais de Justiça, hospitais, escolas, bancos e até leilões já ocorrem no ambiente on-line. Passou da hora de o poder público fazer o mesmo.”.

(JÉFERSON DE CASTILHOS. Fundador da 1Doc, plataforma web de comunicação, atendimento e gestão documental para órgãos públicos, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de março de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de abril de 2019, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“O santo foi pecador
        O ódio é uma forma detestável. Contudo, é uma forma no “reino de Deus”, que pode estar protegendo a pessoa de uma influência sob a qual ela ainda poderia sucumbir.
         Diferente da insignificância, o desprezo pelo mentiroso, pelo hipócrita, por aquele que se mostra cruel para com o fraco, é uma emoção útil para quem a sente e também para aquele contra o qual se dirige, pois tende a preservar a pessoa de cair em pecados semelhantes.
         O desprezo desencadeia ainda o sentimento de vergonha, e isso pode elevar o indivíduo acima do atoleiro em que está mergulhado. O “ódio construtivo” protege quem o nutre de cair em tentação, embora não seja a forma mais elevada da personalidade em construção do indivíduo.
         Para a pessoa que apresenta tendência a determinado tipo de pecado, o ódio contra aqueles que o praticam protege-a de incorrer na mesma prática.
         Chegará com o tempo a distinguir o pecado do pecador, e diminuirá a repulsa por este último, limitando seu ódio para o pecado.
         Quando mais tarde alcançar a segurança provocada pela virtude, já não nutrirá mais ódio para o malfeitor nem para o mal, vendo neles apenas um estágio inferior do crescimento humano. Dessa forma se empenhará, liberto das atrações dos vícios, para ajudar, com meios adequados, os seus “irmãos” a superar o estágio de provações.
         Não podemos negar que expressões como “indignação justa”, “nobre desprezo”, “ira controlada” são formas de reconhecer a utilidade dessas emoções de “ódio dissimulado” na medida em que deixam para trás situações piores. São lentos e contínuos passos de distanciamento do ponto de partida para alcançar a purificação das influências bestiais.
         Em determinado estágio a intolerância para com o mal é muito melhor que a indiferença a ele e uma salvaguarda importante para a pessoa que a nutre. Embora nessa fase deseje evitar os pecados grosseiros, ainda não se libertou completamente deles. Dessa forma, a escolha de evitá-los se manifestará em ódio contra quem os pratica. Sem esse ódio ficaria mais vulnerável.
         À medida que o ser humano vai evoluindo, se distancia das tentações e passa a manter destacada repulsa pelo pecado, mas aumenta a sua compaixão pelo pecador, e só quando se um “santo, se dará a não odiar o próprio pecado, reconhecendo nele uma situação que o indivíduo precisa ultrapassar.
         Assim, quando sentimos repulsa por alguém, podemos estar certos de que temos nós alguns traços que no odiado nos desagradam. Como os anticorpos fora do controle consciente enfrentam as bactérias invasoras, a personalidade se põe de guarda com reações que tendem a facilitar o enfrentamento Quando um homem perfeitamente sóbrio sente repulsa acentuada pelo bêbado, é sinal de que ainda não ultrapassou a atração por uma bebida.
         Afirma Annie Besant que “uma mulher superiormente pura não prova a menor repulsa por uma irmã decaída, cujo contato repugnaria as mulheres menos puras. Quando chegarmos à perfeição, haveremos de amar tanto o pecador como o santo, e talvez mais o pecado, porque o santo pode lutar sozinho, ao passo que o pecador sucumbirá se não receber alguma ajuda”.
         Para a grande teosofista no livro “Um estudo sobre a Consciência”, “sentimo-nos diferentes dos outros constitui uma grande heresia, visto que a separatividade é uma força destrutiva e o todo divino evolui para a unidade. O sentimento de separação em definitivo é errado... o santo perfeito identifica-se tanto com os criminosos quanto com outros santos, pois os dois são igualmente filhos de Deus em diferentes estágios de evolução”.
         Ela aconselha aqueles que conseguem sentir um pouco dessa verdade a praticá-la no dia a dia, ainda que imperfeitamente. Ao tratarem com os menos evoluídos, devem fazer o possível para nivelar o muro divisor e fecundar a compreensão dos irmãos.
         Ao homem, há desejos de expandir suas relações de amor por considerar o bem-estar de sua comunidade da mesma forma que da sua própria família. Surge disso a grande virtude do espírito público verdadeiro, precursor infalível da prosperidade da comunidade e nacional.
         O servidor da humanidade – algo que o político tem a obrigação de ser – não pode negligenciar os seres humanos que estão junto à sua porta e que lhe são dados como seus primeiros irmãos. Mas tem que evitar privilegiar uns com o sofrimento de outros.
         Nunca poderemos esquecer que o mal é a ausência do bem, do amor, nem esquecer que o santo já foi pecador.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 295,53% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 317,93%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,58%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




quarta-feira, 1 de maio de 2013

A CIDADANIA, A CORRUPÇÃO, A CRIMINALIDADE, A MAIORIDADE E A RACIONALIDADE (47/13)


(Maio = Mês 47; Faltam 13 meses para a Copa do Mundo)

“O Brasil no ranking da corrupção
         
         Corrupção não é um assunto novo no Brasil. Alguns chegam a atribuir à nossa formação cultural e racial as origens de tantas ocorrências no país. No entanto, ao contrário do que se prega com facilidade, para muitos brasileiros é inadmissível qualquer ato que possa ferir seus preceitos éticos apreendidos. Quando o governo pratica a corrupção, a frustração é ainda maior, já que políticos devem trabalhar em prol da população. Contudo, podemos, algumas vezes, nos considerar diretamente responsáveis por aqueles que estão nos parlamentos e governos em geral. Afinal, por meio da nossa escolha, eles estão no poder para conduzir, da melhor forma, como serão usados os recursos e gerir a coisa pública.
         A ONG Transparência Internacional divulgou o Índice de Percepção da Corrupção em 176 países, avaliando-os de zero (absolutamente corrupto) a 100 (muito transparente). Em 2012, o Brasil passou a ocupar a 69ª posição no ranking, quatro a menos que no anterior. Na América Latina, ficamos atrás do Chile e do Uruguai, que dividiram a 20ª posição. Os demais países latinos tiveram pontuação abaixo de 50, no que pesa à percepção da população sobre subornos, abuso de poder e acordos ilegais. O primeiro lugar do ranking, como países menos corruptos, foi compartilhado por Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, com 90 pontos.
         Esse levantamento é apenas um indício dos níveis de corrupção no mundo, ainda muito elevados. Não existe uma fórmula exata para aproximar do nível 100, porém, algumas medidas e ações são passíveis de análise pelos governantes. A maioria da população brasileira desconhece informações acerca dos órgãos públicos. A transparência entre governo e cidadão é imprescindível para uma relação de confiança. Os jovens e estudantes de hoje, por exemplo, não se interessam por política, talvez porque as recentes notícias às quais têm acesso sejam sempre ligadas a atos de corrupção.
         Não se ouve falar mais em caras-pintadas, como nos anos 1990, por exemplo. O mais rebelde que os fazem, em termos de protestos, e ativar redes sociais e compartilhar sua indignação, mas não “ultrapassam as janelas de nossas casas”. O descrédito nas instituições democráticas também é algo lamentável que, talvez, leve a isso.
         Nem todos são engajados para lutar por justiça. Entretanto, os cidadãos que buscam isonomia, isenção, transparência e seus direitos conseguem alcançar grandes vitórias. Parece, contudo, que as iniciativas particulares ou não-governamentais repercutem com mais facilidade e capilaridade social. Temos que saber analisar os dados que são passados. Até porque, a pesquisa da ONG Transparência Internacional menciona a percepção da população sobre seu estado.
         A Lei da Ficha Limpa é um exemplo interessante. A pressão pública, nesse caso, é totalmente validade. Os cidadãos se mobilizarem e “forçar” seus representantes a aprovar um projeto de lei nascido da vontade popular é exemplo primordial de democracia institucionalizada. Ainda que esse projeto de lei pudesse prejudicar e afastar algumas figuras da política nacional. Louvável que, no caso, integrantes do poder escutem o povo e façam a vontade desse, pois ali estão buscando a legitimidade de seus cargos no Legislativo e no Executivo. Se a lei deu resultado nas últimas eleições, somente o tempo dirá. Mas a impressão da população, ao menos, é de que pode participar das decisões do estado.
         Agora, abordando o Judiciário, temos que falar do julgamento do século, em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou e condenou políticos e empresários. O julgamento do mensalão vem sendo tratado como algo extraordinário, fantástico. Entretanto, é preciso analisar até que ponto essa cobertura midiática acaba afetando os seres humanos que julgam pessoas de bem e pessoas do mal, num maniqueísmo  cruel. Muitas vezes, o sujeito é levado a julgamento e, antes mesmo de ter analisadas suas razões e provas, tem revogado seu princípio constitucional da inocência. Esse – importante lembrar – inserido na Constituição de 1988, como forma de defesa contra abusos de outrora, como os ocorridos no período ditatorial. Será que ninguém mais foi condenado no Brasil por atos similares? Será que ninguém foi condenado injustamente nesse episódio específico? Será que a sede por justiça e probidade não é tamanha que a população quer, a qualquer custo, ver pessoas atrás das grades? Ainda que o julgamento de um ou de outro, no meio de tantos, tenha sido injusto? São questões passíveis de reflexão.
         O Judiciário não deve se prestar a clamores da população. Isso não é sinônimo de justiça. A Constituição e as leis devem ser seus guias, com análise específica de cada caso e razão das partes, a fim de se tentar encontrar a resposta para aquela situação específica.
         A democracia significa a busca incessante dos povos. O Brasil, jovem democracia de 24 anos apenas, ainda é considerado um país muito corrupto e mudanças estão acontecendo a passos pequenos. A melhora nesse ranking de transparência internacional, talvez, seja indício dessas modificações. A sociedade também deve estar atenta para cobrar e ter mais participação nos debates públicos, ajudando no combate à corrupção.
Essa, entendida aqui como qualquer ofensa àquilo que é constitucionalmente estabelecido, merece dar espaço cada vez maior aos ditames de um texto da década de 1980, que se consolida a cada dia.”
(ARTHUR GUERRA. Especialista em direito público e sócio do escritório AS Guerra Sociedade de Advogados, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de abril de 2013, caderno DIREITO & JUSTIÇA, página 8).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de abril de 2013, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, que é diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), e que merece igualmente integral transcrição:

“Crime, emoção e racionalidade
        
         Recente pesquisa Datafolha mostrou que 93% dos moradores da capital paulista concordam com a diminuição da idade em que uma pessoa deve responder criminalmente por seus atos. Outros 6% são contra, e 1% não soube responder. Em consultas anteriores, em 2003 e 2006, a aprovação à medida pelos moradores da cidade foi de 83% e 88%, respectivamente.
         A redução da maioridade penal é o recurso de uma sociedade acuada pela força da violência cotidiana. Ao completar 16 anos, o adolescente brasileiro pode votar. Está capacitado para escolher o presidente da República, mas, paradoxalmente, não é considerado responsável por seus atos no campo criminal. Vive sob um regime penal diferenciado. Não é, na prática, punido pela barbaridade de um assassinato. E tem consciência disso.
         Os defensores da manutenção da atual legislação penal afirmam que não se deve legislar sob a influência da emoção provocada por um crime bárbaro. Nem sempre. A indignação pode ser positivamente transformadora. A Lei da Ficha Limpa, por exemplo, só foi aprovada sob o impulso da revolta popular com os recorrentes escândalos de corrupção. A emoção, devidamente orientada pela racionalidade, costuma produzir bons resultados.
         Reduzir a maioridade penal é uma proposta que emerge com o vigor incontido da revolta, da indignação e da dor. Tem forte carga emocional. Reconheço. Funcionará? Sim, desde que articulada no contexto de políticas públicas sérias e de um verdadeiro esforço de recuperação.
         As drogas, especialmente o crack, estão na raiz da imensa maioria dos homicídios. O empenho na recuperação deve ser a grande aposta que todos nós, governantes, cidadãos, jornalistas, formadores de opinião, devemos fazer. É preciso punir com firmeza. Mas é necessário investir na recuperação dos infratores.
         É elevadíssimo o número de delinquentes com problemas de dependência de drogas. Ora, dependência não tratada é recaída segura lá na frente. O que significa, na prática, alto risco de retorno à criminalidade. O governo deveria firmar convênios com comunidades terapêuticas, sobretudo nas cidades que contam com algumas instituições idôneas.
         Impõem-se também políticas públicas voltadas para a educação, esporte, cultura e lazer. Juventude abandonada é uma bomba relógio ativada. A preocupação social, felizmente, começa a mobilizar muita gente. Multiplicam-se iniciativas sérias de promoção humana e social. Sem um autêntico mutirão de inclusão social, a simples punição não dará resultados sustentáveis. O crime deve ser punido. Mas é preciso diagnosticar as causas profundas da criminalidade. A injustiça, a falta de oportunidades e a péssima qualidade da educação, resultado acabado de tanto desgoverno, são o caldo de cultura da violência e da criminalidade. Não é possível olhar a pobreza como ferramenta de marketing político ou com o distanciamento de uma pesquisa acadêmica.
         Os bandidos juvenis são criminosos perigosos. Frequentemente, mais violentos que os adultos. Matam. Roubam. Estupram. Precisam ser retirados do convívio social. Imediatamente. Vamos reduzir a maioridade penal. Mas, ao mesmo tempo, não abandonemos a racionalidade. É preciso investir pesado na recuperação e no resgate social. Só isso, de fato, conseguirá virar o jogo da delinquência alucinada.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas transformações em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, severo e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades,  também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 610 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tanta sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; saúde; saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana; logística reversa); meio ambiente; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); habitação; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; minas e energia; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; logística; turismo; esporte, cultura e lazer; sistema financeiro nacional; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa das Confederações em junho; a 27ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho; a Copa do Mudo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das empresas, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...

O BRASIL TEM JEITO!...  

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A CIDADANIA, O GOVERNO E A ÉTICA

“Basta de descalabro

Segundo noticiário da imprensa, deputados e senadores aprovaram aumento de 61,8% no próprio salário. Já o presidente da República, vice e ministros terão reajuste de 133,96% a 148%. Conforme denunciou o EM (14/12) o impacto é estimado em R$ 1,8 bilhão por ano. Estamos diante de descalabro que, como bem frisou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), “aprofunda o abismo entre a sociedade e o parlamento”. É chegada a hora dos que têm o poder de influenciar a opinião pública, sobretudo a imprensa, de capitanear grande movimento neste país, para sustar a ganância de nossos homens públicos, insensíveis à realidade de miserabilidade em que vivem 40% de nossa população e as agruras de nossa classe média.

É de fazer um apelo, no mínimo, ao bom senso de todos quantos prezam a cidadania, para que clamem contra a insensatez de nossos governantes. Gostaria que esse clamor chegasse aos ouvidos da nossa presidente eleita, a mineira Dilma Rousseff. Para reforçar esse clamor já público, seria mais do que oportuno que a sociedade refletisse sobre a PEC de julho de 2008, proposta pelo então deputado Clodovil Hernandes (já falecido). Sintetizando-a: reduzir o número de deputados de 513 para 250 e na mesma proporção o de senadores. Segundo o texto, nenhuma unidade federativa teria menos de quatro nem mais de 35 representantes. Hoje, a que tem menor número chega a oito e a maior, a 70. Naquela época, se a PEC passasse , para a atual legislatura, com o corte de 263 deputados teríamos uma economia bastante significativa. Basta dizer que, segundo a ONG Transparência Brasil, o custo de cada deputado é de R$ 6,6 milhões e o de cada senador é de R$ 33,1 milhões por ano. Se aquela PEC passasse, a economia no Legislativo seria de R$ 3,1 bilhões.

Como bem lembrou o EM, o dinheiro resultante do atual aumento do Legislativo poderia ir para a educação, saúde e segurança. Lembremos que a poupança embutida na proposta da referida PEC corresponde a R$ 17 por habitante. Por ironia, a verba destinada hoje à saúde corresponde a R$ 0,64. Nossos governantes, não apenas os legisladores, deveriam refletir seriamente sobre suas decisões, sobretudo as que ultrapassam o limite do bom senso e atingem a região da insensatez. Na cabeça de cada um importa ter sempre presente a frágil resistência de nosso sofrido povo. Mas o fraco encurralado por muito tempo pode tornar-se agressor violento. A revolta das massas, tanto quanto a violência dos morros, costuma eclodir diante do descalabro de seus governantes. Penso que esse comportamento dos deputados e senadores em abusar de seu poder para fazer leis em causa própria em nada difere da atitude que leva os homens públicos a se corromper. O aumento injustificado dos próprios salários é inquestionavelmente expressão de imoralidade e corrupção.

Nunca é demais relembrar a principal causa da Revolução Francesa. Justamente os desmandos da corte de Luís 16 diante da situação de miserabilidade do povo – emblematicamente expressa pelo “tumulto do pão” – foram a gota d’água para derrubar a monarquia. Tenho para mim que, se nossos responsáveis pela imprensa de todo tipo e matiz tomarem a si essa causa, em breve daremos um basta à ousadia sem peias de nossos governantes, a começar por nossos legisladores. Não esqueçamos: nossa omissão, nosso conformismo têm dado força aos que abusam do poder a eles delegado.”
(DÉLCIO VIEIRA SALOMOM, Professor da UFMG (aposentado), em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de dezembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de dezembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 13, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa/ADCE-MG, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Governo e ética

O Brasil tem avançado no campo da ética e dos valores, embora ainda muito lentamente. Apesar das malufadas de última hora, a Lei da Ficha Limpa é o exemplo mais recente e apresenta saldo positivo, mas ainda é pouco diante dos descaminhos que se veem no país. Nos últimos dias de 2010, uma série de acontecimentos pouco edificantes coloca a sociedade em posição de alerta: a tentativa de legalização dos bingos e de recriação da CPMF, o aumento superior a 60%, que se autoconcederam deputados e senadores, e a divulgação de pesquisa que aponta o Brasil como campeão da cobrança de impostos no mundo. No caso dos parlamentares, registre-se que passam a ganhar mais que seus pares de países desenvolvidos – quinze por cento mais que parlamentares dos Estado Unidos, cuja economia é 10 vezes maior que a brasileira. De outro lado, o Brasil se consolida como o país emergente que mais cobra impostos em todo o mundo – em 2010, a carga tributária chegou a 34,5% do Produto Interno Bruto (PIB), superior à praticada em países como Espanha, Suíça, Estados Unidos, Chile, México e Reino Unido, como pelo menos duas diferenças fundamentais: na maioria desses países, o nível de serviços que o Estado oferece é muito superior ao vigente no Brasil; e, neles, também a qualidade do gasto público é melhor, não ocorrendo despesas questionáveis como, por exemplo, a compra de um novo avião para servir à Presidência da República.

Na verdade, a ineficiência e a ganância tributária no setor público começam pela forma como ocorrem as tratativas para a composição das equipes de governo, como vimos ocorrer este ano. O modelo utilizado no preenchimento dos cargos públicos no Brasil explica os descaminhos que caracterizam a ineficiência da gestão pública, ainda farta em exemplos de corrupção. Nesse processo, lamentavelmente, o que menos conta é a competência e o mérito dos escolhidos. É compreensível que alianças e composições façam parte da política, mas os partidos têm o dever de apresentar nomes honrados, que tenham predicados e espírito público para ocupar seus postos. O que estamos assistindo é ao exercício do toma lá, dá cá. Todos querem o controle sobre grandes orçamentos, que ofereçam potencial para barganhas políticas. A contrapartida é a formação da base aliada no Congresso, que assegura apoio incondicional na apreciação de propostas do poder central, independentemente de sua importância para o país. As consequências são deletérias: anula-se a oposição na sua capacidade e missão legislativa de fiscalizar o Executivo, transforma-se o Congresso Nacional em mera extensão do Executivo e elimina-se o contraditório, o que, quase sempre, leva a decisões de má qualidade, desconectadas dos reais interesses da sociedade.

Nunca é demais lembrar que membros do Executivo e do Legislativo são eleitos para servir ao povo, não para servirem a si mesmos, quase sempre mutuamente, numa relação simbiótica e espúria, do tipo é dando que se recebe. Só que na política brasileira, em vez de representar doação gratuita e amorosa da oração de São Francisco, a expressão se traduz em benesses, privilégios e trocas interesseiras de favores. Este é um tema absolutamente pertinente, uma vez que celebramos, no começo do mês, o Dia Mundial de Combate à Corrupção, quando a ONG Transparência Internacional lançou o indicador Barômetro da Corrupção: a constatação é a de que para 64% dos brasileiros a corrupção aumentou no país nos últimos três anos (somente 9% viram redução nos índices). E a revista inglesa The Economist, divulgou o índice de democracia, no qual o Brasil caiu seis posições no ranking mundial entre 2008 e 2010.

Não há alternativa: a reversão desse cenário, com a transformação do país, começa com cada um de nós. Compete a cada um, e a todos, dar o exemplo de ética e retidão, de se indignar com os descalabros de agir e demonstrar, claramente, a insatisfação. Compete a nós, igualmente, atuar para influir nas decisões que nossos representantes no Poder Legislativo tomam no dia a dia. Para isso, na composição da equipe de governo, o primeiro compromisso deve ser formar quadros capazes de conduzir com ética e responsabilidade a coisa pública, além de zelar pelo bem-comum, pressupostos que se destacam na doutrina social cristã na qual se inspira a ADCE. A presidente Dilma Rousseff enfrenta o desafio da boa escolha. É importante que ela se lembre de que o apoio majoritário que obteve nas urnas vale também para lhe assegurar independência na formação e na manutenção da equipe de governo.”

São estas, pois, mais ADEQUADAS e PERTINENTES abordagens e REFLEXÕES que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM na grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...