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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A RIQUEZA DO CUIDADO COM A ÁGUA E OS NOVOS E DESAFIANTES HORIZONTES DAS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE


“A água está acabando?
        Uma boa notícia: não, a água não está acabando. Não existe um “ralo” por onde a água saia do planeta Terra. Mas a água disponível para o consumo humano, em qualidade e quantidade suficiente, essa sim pode entrar em extinção.
         A demanda por água doce está aumentando e ela está ficando mais escassa, com menor qualidade, como relatou, recentemente, a Unesco. A mudança do clima está provocando maior impacto no ciclo hidrológico, com eventos climáticos extremos mais frequentes, causando enchentes e alagamentos em diversas regiões, assim como estiagens e dificuldade no acesso à água em outras. A falta de água representa um risco econômico, riscos à segurança alimentar e à saúde humana. A água pode ficar cada vez mais cara e seu acesso mais restrito, provocando conflitos de interesse e disputa pelo seu uso.
         As metas estabelecidas pelo Brasil no Acordo de Paris incluem a restauração de 12 milhões de hectares de floresta. Em termos de adaptação à mudança do clima e pensando na natureza como solução, saber onde plantar esses 12 milhões de hectares faz uma grande diferença. A restauração ecológica é uma forma muito estratégica de usar os recursos naturais para atingir as metas globais e melhorar a qualidade de vida da população brasileira, especialmente considerando o aumento de resiliência às mudanças climáticas e a retenção de sedimentos que chegariam aos rios, com melhoria da qualidade hídrica e conservação da biodiversidade por meio do estabelecimento de corredores ecológicos.
         O relatório da Unesco denominado Soluções baseadas na natureza para a gestão da água, lançado em 2018, aponta a combinação de infraestrutura verde e cinza como opção para redução de custos e redução geral de riscos. A implementação de soluções baseadas na natureza para a gestão de inundações – que garantam a infiltração de água na terra e reduzam o escoamento superficial de água – é totalmente coerente com a criação de parques lineares, estratégia defendida pela Fundação Grupo Boticário para adaptação de municípios aos impactos causados por chuvas extremas.
         Estudos divulgados nos últimos meses, com a participação da instituição, apontam que o investimento em infraestrutura natural promove a retenção dos sedimentos que chegariam até os rios, reduzindo, assim, os custos de tratamento de água, além de aumentar a vida útil do manancial, retardando em muitos anos a necessidade de buscar outras fontes de abastecimento. Resultados semelhantes foram observados nas bacias do Cantareira, em São Paulo; Guandu, no Rio de Janeiro; e do Rio Vermelho, em Santa Catarina.
         O investimento na natureza traz benefícios relacionados ao controle de enchentes e aumento de resiliência que se estendem a outras localidades. Tal estratégia representaria custos evitados na ordem de quase R$ 2 milhões por ano aos catarinenses. Em São Paulo, a recuperação florestal de 4 mil hectares e a preservação das áreas naturais existentes levaria a uma redução de R$ 219 milhões em custos com o tratamento de água longo de três décadas.
         Isso porque a natureza não vê fronteiras: os benefícios de uma área preservada podem ser sentidos a quilômetros de distância. O relatório da Unesco também aborda esse conceito de integralidade dos serviços ecossistêmicos, mostrando que a chuva que abastece a Bacia do Rio da Prata vem da evapotranspiração da Bacia Amazônica.
         É preciso lembrar que as soluções baseadas na natureza trazem ainda benefícios adicionais, como o sequestro de carbono, que reduz os gases de efeito estufa na atmosfera e os impactos da mudança do clima, maior desafio que a nossa sociedade terá de enfrentar nas próximas décadas. A implantação de ações baseadas na infraestrutura natural permitem a expansão de hábitats para a biodiversidade, combatendo as duas principais causas de pressão sobre a biodiversidade apontadas pela Convenção da ONU sobre Biodiversidade, que são a degradação de hábitats e a mudança do clima.
         As soluções baseadas na natureza dependem de ecossistemas saudáveis e somente a proteção dos ambientes naturais garantem que poderemos contar com a natureza para nos ajudar a ter melhor qualidade de vida nos próximos anos. A biodiversidade depende de nós para que seja preservada, porém, nós dependemos ainda mais da biodiversidade para garantir a vida no planeta, tal como conhecemos. Esse é outra boa notícia: só depende de nós mudar a forma como tratamos a natureza e o quanto poderemos contar com as soluções que ela nos oferece!”.

(JULIANA BALADELLI RIBEIRO. Bióloga e analista de soluções baseadas na natureza da Fundação Grupo Boticário, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de fevereiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 31 de maio de 2018, mesmo caderno e página, de autoria de JOSÉ PIO MARTINS, economista e reitor da Universidade Positivo, e que merece igualmente integral transcrição:

“Tecnologia e o futuro do emprego
        Que o mundo está passando por uma gigantesca revolução tecnológica, ninguém duvida. Robô sapiens, internet das coisas, inteligência artificial, comunicação na palma da mão, redução de intermediação humana em várias atividades (bancária, compras, atendimento, fluxo de documentos etc.) são alguns exemplos do arsenal de mudanças em andamento. Todos os dias, lemos que livrarias estão fechando porque os compradores preferem o oceano de ofertas via internet; que as mais sofisticadas operações bancárias são feitas por computador e por celular; que os aplicativos de smartphone estão acabando com tarefas comerciais e burocráticas antes feitas presencialmente e com material físico.
         O mundo da burocracia está diminuindo (menos no Brasil). Coisas como ir a um cartório para fazer ou retirar um documento; ir ao laboratório para buscar resultados; gastar tempo para fazer coisas simples que tomam tempo e custam dinheiro são exemplos de atividades que vão sumir. Além dessas, há atividades altamente sofisticadas que estão sendo paulatinamente assumidas pelas tecnologias e vão eliminar milhares de tarefas e de trabalhos humanos. A ansiedade é saber para onde irão os empregos eliminados em face das novas aplicações tecnológicas.
         Já foi publicado que, nos Estados Unidos, 47% dos empregos estão ameaçados de extinção por substituição tecnológica. As pessoas estão assustadas e gritando: “Os robôs irão roubar nossos empregos!” No curto prazo, a explosão de novas tecnologias irá, sim, gerar um deslocamento nos empregos. Mas, no longo prazo, deve acontecer uma mudança nos padrões e formas de trabalho, e milhões de empregos de outro tipo serão criados. A revolução tecnológica irá aumentar a produtividade por hora de trabalho e diminuirá custos.
         Quando os custos diminuem, os preços também caem e, por consequência, milhões de consumidores de menor renda passam a ter o poder de comprar; logo, melhoram sua qualidade de vida, fazendo com que surjam novas formas de emprego. A alta tecnologia resulta de um mercado livre e competitivo e reduz, não apenas o custo dos produtos de consumo, mas também os bens de capital – sobretudo as novas máquinas de tecnologia moderna –, que também passam a ser produzidos a custos menores.
         Quando ocorre essa sequência de eventos econômicos – avanço da tecnologia, aumento da produtividade do trabalho, barateamento dos bens e serviços, barateamento dos bens de capital, aumento de consumo –, outro fenômeno explode: uma maior parte da renda das pessoas (consumidores) fica liberada para outras compras. E novas demandas surgem, outros bens e serviços têm de ser ofertados, outros empreendimentos são criados e outros tipos de emprego são gerados.
         Um computador pessoal, que hoje é comprado por US$ 500, custava quatro vezes mais há poucos anos. Os milhões de computadores vendidos no mundo decorrem da diminuição de seu preços nos últimos anos, e o número de empregados trabalhando em toda a cadeia de produção, venda e assistência técnica aumentou vertiginosamente. Em toda a história da humanidade, quando revoluções tecnológicas ocorreram – como a máquina a vapor, o motor a combustão e a eletricidade –, o resultado foi uma abundante criação de empregos. Empregos antigos se tornam obsoletos e são eliminados, e trabalhadores são liberados para os novos empregos.
         Em 1970, o Brasil tinha 46% da população vivendo na zona rural. Ou seja, para duas pessoas terem alimento, uma tinha de estar na lavoura, produzindo para ela própria e para mais uma. Em uma sociedade na qual metade da população tem de estar no campo produzindo comida, a pobreza será a norma corrente, e não haverá espaço para produzir educação, saúde, lazer, turismo e uma penca de bens industriais e serviços pessoais, a fim de melhorar o padrão médio de bem-estar.
         A possibilidade de a humanidade viver melhor veio com a introdução da tecnologia na agricultura e na pecuária, pelo fim da necessidade de tantas pessoas terem de trabalhar na produção de alimentos. A liberação das pessoas da zona rural propiciou a expansão da indústria, depois do comércio e dos serviços, e elevou o padrão de vida. Mas a tecnologia assusta. Quando a eletricidade sepultou velas e lampiões e os automóveis enterraram as carroças e charretes, não faltou quem prenunciasse o fim dos tempos. O desemprego tem outras causas, entre elas a explosão demográfica. O mundo tinha 1 bilhão de habitantes em 1830, em 100 anos dobrou, e atualmente somos 7,4 bilhões; seremos 9,4 bilhões daqui a 30 anos. A revolução tecnológica será a salvação, não a condenação.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 285,4% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 312,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em janeiro, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

        

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA RIQUEZA IMPERECÍVEL E A LUZ DA CIÊNCIA DA AÇÃO HUMANA NA SUSTENTABILIDADE


“A riqueza imperecível
        Gente suando por mais riqueza, títulos, poder e honras – sem tempo para olhar as estrelas, a natureza, as crianças, a vida que escorre e some pela via. Gente pisando na grama, atropelando a vida, sacrificando animais, arrancando flor pela raiz.
         Riqueza fantasiada de felicidade. Riqueza acima do necessário, riqueza arrancada sem escrúpulo, disputada a qualquer preço. Riqueza que desconhece a importância de sua origem, dos métodos usados, dos sofrimentos gerados.
         Riqueza maldita. Para quê? Ansiedade, provocação, afã, luta, suor e até sangue. Ter mais, mais que o vizinho, mais do que tudo. Riqueza sem objetivo, sem rumo, sem fim, sentada sobre um monte de vítimas.
         Riqueza para pagar guarda-costas e advogados, para perder o sossego; escancarada, vulnerável, sequestrável. Riqueza para fazer a festa de malandros, exposta à queda da Bolsa, à desvalorização cambial, ao assaltante e ao gatuno.
         Riqueza monumental guardada em palácios e moradas, que não cabe no caixão, que será gasta por outro fantoche. Um atrevido, um perdulário, um dissoluto, um bobo, um trapaceiro que a desintegrará, ou um santo, um místico que não saberá o que fazer e se livrará dela como de um peso.
         Riqueza que aquieta a sede ou que aflige a alma, que enche de preocupação e tormento. Fome de vento que nunca sacia. Inútil para o espírito que dela um dia se libertará como de um empréstimo. E o que dizer ao homem que não tem pão, incapaz de conseguir saciar o seu estômago e o de seus filhos? Homens diferentes. Uns ricos querendo ser mais ricos, outros pobres querendo ser ricos. Duas humanidades aparentemente diversas. Um único Deus, Quem tem muito não tem tempo para aproveitar nem sossego para dormir profundamente.
         Riqueza, para o rei Salomão, é sabedoria. Desta diz ele com entusiasmo: “É mais que a saúde e a beleza. Gozei da sabedoria mais do que a claridade do sol, porque a claridade que dela emana jamais se apaga”.
         Deixa claro o caminho, doce o pensamento, livre o agir. E mais: “Há na sabedoria um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, penetrante, puro claro, inofensivo, inclinado ao bem, agudo, livre, benéfico, benévolo, estável, seguro, sem inquietação, que pode tudo, que cuida de tudo... É ela uma efusão da luz eterna, um espelho sem mancha da atividade de Deus e uma imagem de Sua bondade”. “Eu a amei e procurei desde a juventude, me esforcei para tê-la por esposa... por meio dela obterei a imortalidade... e recolhido em minha casa, sem medo, descobridor da minha eternidade, repousarei junto dela...” Sem precisar de mais nada que não seja o essencial.
         Sabedoria: riqueza imperecível, grandeza do humilde; justiça do misericordioso; doçura do homem, força, inteligência de quem aprendeu o que é amor. Tudo sem nada em contraposição a nada com tudo. Sabedoria emprestada de Si por Deus, gerando o homem “à imagem e semelhança d’Ele. Nada custa, é de graça, apenas de quem a ama e a quer.”.

(VITTORIO MEDIOLI, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de novembro de 2018, caderno O.PINIÃO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de novembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de JOSÉ PIO MARTINS, economista e reitor da Universidade Positivo, e que merece igualmente integral transcrição:

“A ciência da ação humana
        O ser humano tem três necessidades básicas iniciais: alimento, abrigo e repouso. Se elas não forem atendidas, em poucos dias o homem morre. Nas comunidades primitivas, em que outras necessidades quase não existiam, os homens saíam de manhã e voltava com o produto de suas atividades de caça, coleta e pesca, e então se alimentavam das frutas coletadas, dos peixes pescados e dos animais abatidos. Por óbvio, nem todos os membros da comunidade participavam do trabalho, a exemplo das crianças.
         Para abrigar o corpo e se proteger das intempéries do clima, usavam couro de animais, folhagens e adentravam as cavernas, onde repousavam e dormiam. Assim viviam as comunidades primitivas, e também dividiam as tarefas e repartiam o que produziam. Se alguém quiser saber como nasceu a economia (sistema de produção, distribuição, circulação e consumo), basta remontar à história e ver que ela nasceu com a luta do animal homem para preservar sua vida.
         Nesse sentido, a economia é a ciência da ação humana, definida como o emprego de meios para atingir os fins. À medida que a população foi aumentando, instrumentos de produção foram inventados (os chamados “bens de capital”, como as ferramentas movidas pelos braços humanos); o conhecimento sobre as leis da natureza foi se ampliando; a coexistência em grupos se expandiu, provocando o surgimento de outras necessidades, outras atividades e formas novas de produção, distribuição e consumo.
         Com o passar do tempo, começaram a se misturar ações humanas de natureza puramente econômica com formas de organização das comunidades (é o caso das cidades e, com elas, o alvorecer da política) e as interações e conflitos da vida coletiva (estudados pela sociologia), e ação humana passou a ser observada, estudada e explicada por leis e regras que poderiam ser englobadas em uma única ciência: a ciência da ação humana, que existe com o de “praxeologia”, com sua teoria geral da ação humana.
         O termo praxeologia foi empregada por Espinas, talvez pela primeira vez, em 1890, e vem do grego práxis (prática, hábito, ação). A rigor, a praxeologia é uma ciência maior, que seria a soma da economia, sociologia, política e psicologia. Para as relações humanas em comunidade e para a ação humana no âmbito da economia e das relações de mercado, foram escritas as leis jurídicas a fim de regular e controlar a vida e os atos humanos em sociedade, um corpo de leis tendo por base uma filosofia do direito. Esse ordenamento regulatório passou a fazer parte do conjunto das ciências sociais que hoje regem o destino das nações.
         A economia é uma das mais novas ciências e, à medida que o homem foi inventando máquinas, processos e tecnologia – com a ajuda da física, da química e de outras ciências da natureza –, as necessidades se multiplicaram. Com o aumento da complexidade da vida social, descobriu-se haver uma regularidade e interdependência nos fenômenos de mercado, cujo entendimento deixou a humanidade aturdida e confusa, e levou à formação de um novo corpo de teorias para explicar a ação humana e suas consequências na luta diária para atender às necessidades múltiplas com os recursos escassos da natureza, do capital e do trabalho.
         Durante séculos, os filósofos e os estudiosos da ação humana tentaram descobrir as leis (científicas) que governam o destino e a evolução da história humana. A evolução da economia (a ciência, não o sistema) mostrou ao mundo que existe um outro aspecto, diferente do bem e do mal, do justo e do injusto, segundo o qual a ação humana podia ser considerada. Quem melhor analisou a ação humana sob as teorias das nova ciência foi o grande Ludwig von Mises (1881-1973), um desses gênios raros que habitaram o planeta.
         Mises dizia que toda ação humana representa uma escolha e, ao escolher, o homem opta não apenas entre bens materiais e serviços, mas entre todos os valores humanos. Assim, os teóricos começaram a entender a economia (agora, o sistema) como uma máquina de produzir, distribuir e consumir a partir de uma “ciência da escolha”. Isto é, até mesmo a escolha de seu trabalho e dos atos de compra e venda no mercado se conecta com as escolhas que o homem faz em relação aos valores que lhe são oferecidos para opção.
         Quando a economia comportamental ganhou fama, muitos pensaram estar diante de uma novidade. Mas não. O comportamento do agente homem no mercado já vinha sendo estudado desde ao menos 1850, provocando a união entre os fenômenos econômicos e as análises científicas oferecidas pela psicologia. A partir do momento em que o Estado começou a crescer e a se tornar uma fábrica de normas intervencionistas na vida do indivíduo, sobretudo após a Primeira Guerra Mundial, o entendimento da economia passou a exigir conhecimento das teorias econômicas e, também, da psicologia, da filosofia, do direito, da sociologia e da política. Como dizia Friedrich von Hayek, não é bom economista quem é apenas economista.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 278,69% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 301,36%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,56%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


 

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO AMOR NA NOVA HUMANIDADE E A CIÊNCIA DO PROGRESSO NA SUSTENTABILIDADE


“Nossa permissão é necessária 
para que a liberdade desperte
        O caminho evolutivo vai se estreitando à medida que é trilhado e traz ao indivíduo provas cada vez mais sutis. Quando elas se apresentam, o caminhante pode sentir-se agraciado, pois é sinal de que ele será elevado a outro plano de consciência.
         Os que estão conseguindo contatar níveis superiores de consciência são os que estão desenvolvendo o consciente direito após terem entregado o livre-arbítrio à sua própria Alma, ao seu Eu Superior. Entregar o livre-arbítrio não significa tornar-se um autômato nas mãos de forças estranhas, mas sim deixar de viver às cegas.
         Quando o homem faz suas escolhas baseado em experiências que acumulou, não pode saber que direção está tomando. Mas quando entrega seu livre arbítrio, renuncia a andar às escuras e dá início a outro tipo de caminho: o do conhecimento das leis evolutivas superiores, emanadas do Cosmos, não da mente humana.
         Os que fizeram essa renúncia e aspiram a servir entram em novos padrões de conduta, o que os leva a usarem todo o seu tempo (até suas horas livres) em benefício de tarefas inseridas em vasto Plano Evolutivo que gradualmente vão conhecendo. A renúncia e o serviço são básicos para que os demais aspectos desse plano lhes sejam pouco a pouco apresentados.
         Alguns procuram chegar a essa disciplina e aspiração, mas usam o próprio tempo em benefício de si mesmos ou daqueles que lhes estão coligados por diferentes tipos de laços terrenos. Um dos passos que precisam dar, segundo os novos padrões planetários, é ocuparem-se primordialmente do serviço incondicional ao Plano Evolutivo, independentemente de preferências por pessoas, conceitos, dogmas, raças ou situações.
         Fará parte da nova vida que se instalará sobre o planeta a entrada do homem em um estado de energia mais pura que lhe dará mais liberdade de agir. Essa liberdade já está à disposição de alguns de nós e neste momento cíclico já se podem encontrar os meios para alcançá-la. Os que optam por ela buscam orientar sua vida através do conhecimento das leis cósmicas que regem o Universo.
         Como se sabe, as águas dormem enquanto não são movidas. Analogamente, é necessário darmos permissão para que a nossa liberdade interior desperte e viva não apenas no profundo do ser, mas se expresse também externamente.
         A primeira Lei que rege o Cosmos em toda a sua dimensão e extensão infinita é a Lei do Amor. Dela emanam outras Leis Cósmicas, como as que governam as galáxias e os planetas. Emanam segundo o Plano o Plano Evolutivo dos Universos, elaborado para que as etapas se desenvolvam em cada planeta segundo a conjuntura em que ele se encontra.
         “Sois merecedores quando entregais algo e, se nada entregais, menos ainda recebeis”. Esta Lei também é aplicável a todos os planos e a todas escalas evolutivas. Sem ela não poderiam reger-se nem aplicar-se as outras. O Cosmos dá quando existe em seus filhos, sincera e autêntica entrega. Seja qual for nossa escala ou etapa evolutiva, do seio do Cosmos será vertida sobre todos nós uma graça especial.
         Se cumprimos a Lei do Amor, a Lei Primeira, tudo o mais teremos em acréscimo. Se com amor aceitarmos a Lei da própria força que nos elevará espiritualmente, ingressaremos na escala ascendente que nos aguarda. O Amor tudo pode.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de JOSÉ PIO MARTINS, economista e reitor da Universidade Positivo, e que merece igualmente integral transcrição:

“A ciência da bondade
        Um candidato às próximas eleições fazia uma palestra e, ao final, disse que a política é a ciência do bem comum e, mais, é a ciência da bondade. A primeira expressão pode ser aceita, mas a segunda é, claramente, um exagero. Nos debates, afirmei que a economia se contenta em ser a “ciência da realidade”. O filósofo Thomas Carlyle (1795-1881), ao estudar o funcionamento do sistema produtivo, deparou-se com a dura realidade da vida e afirmou que a economia é a “ciência sombria” (ou “ciência melancólica”, em outras traduções).
         Lembrei ao candidato que os políticos, até para merecer o cargo que ocupam, deveriam saber que o Estado (no sentido de ente público) somente dá à sociedade o que dela tenha retirado. O governo não administra recursos próprios. Ele administra os recursos que a sociedade lhe entrega em forma de tributos. Ao decidir em que gastar o dinheiro arrecadado, o governo se depara como limites e a necessidade de optar. Um dólar gasto em uma direção não será gasto em outra. Um dólar gasto na compra de um fuzil não será gasto na compra de uma vacina.
         Instado a explicar sua visão da política como a ciência da bondade, ele mencionou os gastos a favor dos pobres, como Bolsa-Família, postos de saúde, seguro-desemprego e outros. Lembrei-lhe que não há bondade alguma nisso; trata-se de simples obrigação do governo. O capitalismo tem duas máquinas. A máquina de produzir (o setor privado) e a máquina de distribuir (o setor público). O governo é um mero síndico e o dinheiro que ele retira da população é para executar programas sociais, serviços públicos e investimento em obras de interesse nacional.
         Cumprir as funções de “máquina de distribuir” (com o dinheiro que a sociedade privada lhe entregou) não é bondade, é mera obrigação, como também não é por bondade que o síndico de meu prédio mantém o pátio limpo e o elevador funcionando. Ambos arrecadam dinheiro exatamente para serviços coletivos a quem paga a conta: os contribuintes. O candidato havia defendido aumentar o imposto sobre herança (que hoje é de 4% em alguns estados e 8% em outros) e tributar a distribuição de dividendos, num total de uns R$ 135 bilhões. Com isso, a arrecadação tributária do governo passaria de 34% da renda nacional para 36%.
         Argumentei que o lado realista da economia se impõe sobre qualquer intenção bondosa. Ora, se o governo tomar mais R$ 135 bilhões da sociedade, é fácil concluir que o consumo das pessoas e o investimento das empresas vão diminuir, logo, menos empregos serão gerados no setor privado. E há outro aspecto, que grande parte dos políticos parece não entender: se o governo gastar toda receita nova em aumentos salariais do funcionalismo público já existente, nem um centavo a mais irá para o bolso dos pobres (porque perderá R$ 135 bilhões com o aumento de impostos), investirá menos e gerará menos empregos, e a população pobre não terá nenhum benefício.
         No Brasil, há uma clara cultura antilucro e antiempresarial, coisa ilógica, pois dos 104 milhões de brasileiros em condições de trabalhar, 13 milhões (12,5%) trabalham no setor público e 91 milhões (87,5%) trabalham no setor privado. Se mais dinheiro for tomado das pessoas e das empresas via aumento de tributos, como já foi dito, menos investimentos serão realizados e menos empregos serão gerados no setor privado. A economia é a ciência da realidade, que pode ser dura e difícil. O país somente sairá da pobreza se o produto nacional crescer mais do que o aumento da população, se o governo for eficiente, se houver menos corrupção e se todos entenderem que governo não gera recursos, mas apenas gasta recursos dos outros.
         O problema é que se criou no Brasil a ideia de que o lucro é um mal. Em uma sociedade livre, um dos pilares do progresso é o direito de propriedade privada e os meios de produção pertencem às pessoas e às empresas. Em países ricos, o número de pessoas ricas é maior e o padrão de bem-estar social médio é maior. Se o Brasil tivesse o dobro de fábricas, lojas, escritórios, empresas de serviços, máquinas, equipamentos, prédios etc., haveria o dobro de riqueza, logo, muito mais gente rica. A tal “ciência da bondade” não existe.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 291,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 304,94%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.