“O
país do futuro se constrói com inovação
O Brasil é um país de
desafios e oportunidades. Analisar a situação macroeconômica atual do país é
entender que há espaço para diferentes setores crescerem e conquistarem mercado
em meio à incerteza política.
Com PIB
projetado a 0,80% (conforme projeções do relatório Focus do Banco Central
publicado em 26/08/19) para este ano, discussões acerca das reformas da
Previdência, tributária e do cenário político, o país continua sendo um terreno
fértil para o desafio de todos os setores a encontrar uma saída para lucrar,
pois o potencial ainda é enorme por aqui.
Evidentemente,
se a economia caminha devagar em nível macro, diferentes setores acompanham o
ritmo lento. Na indústria, a falta de demanda, o acúmulo de estoque e as
condições financeiras debilitadas ganham
espaço como algumas das maiores preocupações apontadas por companhias que atuam
em território nacional, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Superar
essas adversidades depende de múltiplos fatores, relacionados a políticas
eficazes e com efeito suficientemente notório para o setor. Dentro de casa –
onde é mais fácil mudar as coisas de lugar –, a lição permanece a mesma:
investir em produtos e serviços modernos, capazes de atender à demanda dos
clientes de maneira eficaz, sempre procurando aumento da produtividade. Isso
está ligado à modernização de sistemas, evidentemente, antes disso, depende de
profissionais cada vez mais qualificados, aptos a entender a cadeia de produção
de maneira ampla.
Apesar de
parecer relativamente óbvio, esse é um ponto crucial em que muitas companhias
ainda falham. Enquanto isso, nos Estados Unidos e Japão, por exemplo, o
processo de formação envolve investimento contínuo em múltiplas frentes.
Profissionais deixam de lado o conhecimento técnico acerca de operação de
máquinas para compreender o processo com um todo, entendendo o impacto que cada
função exerce dentro da linha de produção.
Essa
consciência, aliada à modernização das estruturas industriais, garante a
competitividade, produtividade e liderança de alguns desses países em longo
prazo, com efeitos significativos nas indústrias eletrônica e automotiva. Não à
toa, mesmo com o impacto das guerras comerciais e da desaceleração da China, a
produção norte-americana continua crescendo (ou, no mínimo, estagnada, como
registrado em junho).
No
Brasil, mesmo que a passos lentos, alguns benefícios relacionados à
automatização de processos podem ser percebidos de maneira rápida e eficaz. No
setor de autopeças, por exemplo, aperfeiçoar processos humanos com
colaboradores treinados e ferramentas capazes de integrar dados do chão da fábrica
à esfera corporativa trazem como resultado a redução de erros, aumento da
transparência, qualidade e produtividade.
É
evidente que há divergências fundamentais entre ambos os países, em segmentos
que vão muito além do industrial. Contudo, o horizontem de inovação pode ser
mantido, dado o potencial que o mercado brasileiro representa.
No que
depender das perspectivas positivas dos executivos, o caminho está trilhado. O
mesmo estudo feito pela CNI mostra que as expectativas seguem positivas em
relação ao aumento da produção nos próximos anos, mesmo em meio ao cenário
geral tão desafiador.
Transformar
o pensamento positivo em realidade demanda tempo e investimentos. Em relação ao
primeiro, não há muito o que ser feito – a cronologia segue seu fluxo, dia após
dia; contudo, o segundo fator demanda um olhar mais atento de lideranças. Mais
do que sobreviver, é necessário investir para liderar e preparar-se para o
futuro que está logo à frente.”.
(FABIANO
LOURENÇO. Vice-presidente da Mitsubishi Eletric, em artigo publicado no
jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5
de setembro de 2019, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
19 de agosto de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de NELSON MISSIAS DE MORAIS, desembargador
e presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Minas
e o debate ambiental
A recente realização, em
Araxá, do 3º Congresso Brasileiro da Magistratura e do Ministério Público para
o Meio Ambiente trouxe à tona, mais uma vez, o debate sobre o papel do Poder
Judiciário na proteção ambiental, sob a perspectiva de sua missão garantidora.
O momento é oportuno, pois o debate sobre a proteção ambiental no Brasil parece
ter retroagido a patamar que esperávamos já estivesse superado, pelo enfoque
enviesado que está tomando.
A
consciência ambientalista brasileira – não confundir “consciência” com “movimento”
– há muito tempo já havia se convencido de que “não existe mais de um planeta
Terra” e se não nos preocuparmos com a preservação deste em que vivemos,
fatalmente estaremos condenados à extinção, a exemplo de espécies que deixaram
de existir há milhares de anos. Da mesma forma que não podemos escolher outro
mundo, também não podemos esperar outros milhares de anos para decidir como
queremos viver e que futuro queremos deixar para nossos descendentes. As
decisões têm que ser tomadas agora.
Diante desta
realidade, não é razoável admitir que o debate recue décadas, ao tempo em que o
conhecimento científico sobre a temática ambiental era ainda incipiente, para
privilegiar a contestação de dados científicos irrefutáveis, em nome de teorias
conspiratórias de grandes potências. Ora, o Brasil – até prova em contrário – é
um país suficientemente maduro para decidir por si mesmo como quer proteger seu
território e não precisa temer pseudoinvasões ideológicas contra sua soberania.
Esse debate é extemporâneo e prejudicial à tomada de decisões efetivas no
caminho da preservação de boas condições de vida para nós mesmos, nossos
filhos, nossos netos, bisnetos, enfim, todas as nossas gerações futuras.
Diante
disso, é essencial que os debates nos conduzam a ações políticas e de cidadania
que aumentem a consciência social a respeito da imprescindibilidade de
estabelecermos modos de vivência e de convivência que levem em conta a
sustentabilidade do planeta, como um todo, e da preservação dos elementos
indispensáveis à vida. O Brasil, em particular, tem enorme responsabilidade
sobre isso, pela sua natureza exuberante, e não podemos nos descurar dessa
responsabilidade.
O Poder
Judiciário, por todos os seus atores, teve presença marcante no referido
congresso e sabe que, talvez, tenha responsabilidades maiores que outros
segmentos sociais, pela sua capacidade moderadora e pela prestação
jurisdicional, capazes de evitar danos desnecessários e exagerados ao
patrimônio natural.
Minas
Gerais, particularmente por ter sido vítima dos dois maiores desastres
ambientais da recente história brasileira, tem por obrigação participar
ativamente desse debate, para que os erros e acertos cometidos em Mariana e
Brumadinho nos sirvam de base empírica e teórica para não repetirmos os
primeiros e aperfeiçoarmos os segundos.
Nosso
sofrimento pelas vítimas e pela degradação ambiental nos dois casos extrapolou
as fronteiras mineiras e causou danos ao país inteiro. Da mesma forma, a
vitimização humana e a degradação da Amazônia ou em qualquer outra de nossas
regiões será potencialmente danosa não apenas aos brasileiros, mas a toda a
humanidade.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados,
ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do
cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 300,29% nos
últimos doze meses, e a taxa de juros do
cheque especial chegou em históricos 318,65%; e já o IPCA, também no acumulado
dos últimos doze meses, chegou a 3,22%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e
irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito,
a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico
de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem
mostrando também o seu caráter transnacional;
eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos
borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um
verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque,
rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim,
é crime...); III – o desperdício, em
todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos,
indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O
Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança
das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria
da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.