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quinta-feira, 2 de abril de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS GRAVES CLAMORES DAS DESIGUALDADES SOCIAIS E OS ILUMINADOS CAMINHOS DA ECOLOGIA INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE (41/129)


(Abril = mês 41; faltam 129 meses para a Primavera Brasileira)

“Desigualdade social e coronavírus
        No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde decretou que há uma pandemia no mundo causada pelo novo coronavírus chamado Sars-Cov-2, que a causa a doença Covid-19. As recomendações das autoridades sanitárias, de saúde e de infectologia são acessíveis para a maioria da população e se resumem em medidas de higiene e confinamento, evitando-se aglomeração das pessoas para frear a capacidade de contágio do vírus e não sobrecarregar o sistema de saúde.
         Essas recomendações, entretanto, não são simples para moradores  de assentamentos informais, conhecidos também por favelas, principalmente aquelas muito adensadas, cujos imóveis são pequenos e com pouca ventilação e que não possuem saneamento básico, com o agravante de que seus habitantes trabalham, em sua grande maioria, em atividades informais, o que pode provocar a falha no plano de contenção dessa doença infectocontagiosa.
         Neste contexto, a pandemia do coronavírus se tornou uma oportunidade para evidenciar que a desigualdade social traz reflexos perversos para toda a sociedade e não apenas para os desafortunados que nela estão inseridos.
         Estudos sugerem uma relação intrínseca entre a desigualdade de renda e a criminalidade, ou seja, quanto maior a desigualdade social, maior a violência.
         O Brasil, de acordo com o índice Gini, está entre os países mais desiguais, e suas capitais mais populosas, como São Paulo, apresentam altas taxas de homicídios, índices usados para medir a violência. Esse quadro é nefasto para grande parte da sociedade: para aqueles que possuem o suficiente para viver, há o medo do assalto, roubos e furtos; e os que nada possuem também são violentamente humilhados por uma sociedade de consumo, já que não podem ter nada daquilo que é vendido como necessidade.
         Especialistas estão chamando a atenção para a prevenção do coronavírus nas favelas, e o consenso é que nos locais onde o acesso à água se dá de forma irregular e que não há ao menos saneamento, o atendimento às recomendações de isolamento social e de higienização das mãos não poderá ser suficiente, aumentando consideravelmente o risco de esses  locais tornarem-se um foco de contaminação, impactando o restante da sociedade.
         As desigualdades sociais devem ser combatidas não apenas por altruísmo, mas pelo próprio instinto de sobrevivência. É inaceitável que seres humanos não possam ter ao menos um local digno de moradia servido de água, luz e saneamento básico, condições mínimas para se viver saudavelmente. No momento, além de injusta, essa situação se mostra contraproducente para se tentar conter um vírus com alta capacidade de transmissão.
         Além das condições de higiene, os moradores de favelas que vivem no mercado informal terão sua renda comprometida com o rápido desaquecimento da economia, paralisação de vários setores e aumento de desemprego, especialmente no comércio. Há várias iniciativas para se pensar no estabelecimento de uma renda mínima que estão na contramão das políticas neoliberais recentemente implantadas e em expansão.
         O momento deve ser de cuidado, mas também de reflexão sobre a sociedade que queremos. O estabelecimento de políticas públicas como a renda mínima para desempregados e trabalhadores informais é somente uma das primeiras medidas que podem ser tomadas. Outras devem ser viabilizadas para alcançar os objetivos preconizados em nossa Constituição Federal – de uma sociedade justa e solidária, na qual a diminuição da pobreza é uma meta.”.

(Cleide Aparecida Nepomuceno. Defensora pública em atuação na Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais (MG), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de abril de 2020, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com.br, edição de 27 de março de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Voz do pobre, coro de lucidez
        O Brasil e o mundo estão sob o embargo de um exigente silêncio obsequioso. A exigência de não sair de casa, um dos incontestáveis remédios capazes de interromper a disseminação do Covid-19, enquanto se trata e recupera os contaminados, faz prevalecer no ambiente doméstico e nos lugares públicos um grande silêncio, incontrolável, a exemplo do vírus que contamina, fortemente, a sociedade contemporânea. Essa sociedade que é tão habituada a um ritmo frenético, fonte de adoecimento para a humanidade e a natureza, de distorções em sistemas sociais, políticos, econômicos e culturais, que levam à perda de rumos e à desconsideração do sentido da vida – dom e compromisso. O incômodo deste silêncio, fecundado por medos e inseguranças, por vezes emoldurado por indiferenças e considerações inconsequentes, irresponsáveis, pode guardar força terapêutica de grande valia. Este obsequioso silêncio confronta-se com a avalanche de palavrórios, propalados na ânsia de querer falar muito sobre aquilo que pouco entende, na ousadia de considerar saber mais do que, de fato, conhece.
         Esse silêncio pode oferecer à humanidade a oportunidade de escutar mais, reconhecer aquelas direções que foram negligenciadas, os entendimentos desprezados, as vozes que não são ouvidas e, consequentemente, os sentidos que passam desapercebidos. Este tempo, com o seu silêncio, indica a necessidade de superar a idolatria do dinheiro, o absurdo das ganâncias dos que se apegam à falsa segurança do acúmulo de posses, que enfraquecem os seres humanos a ponto de a humanidade se desestabilizar. É preciso reconhecer: a vida é dom. Neste dom, inscreve-se o compromisso de estar a serviço do semelhante, que é irmão.
         Por isso, causa perplexidade ver que ainda há gente indiferente, convivendo pacificamente com outras pandemias – a da exclusão social, dos desmandos políticos responsáveis por migrações forçadas, dos extermínios de mulheres, indígenas e de pobres moradores nas ruas, dentre tantas outras. Agora chega uma pandemia que bate à porta de todos, igualmente, desmontando sociedades e suas economias, comprovando que o meio ambiente precisa ser balizado pelos princípios e lições sábias no horizonte da ecologia integral. O mundo tem gritado pelas vozes dos mais pobres, dos que nada têm. Já os que muito possuem e têm de sobra, precisam, a partir do atual silêncio, escutar essas vozes, reconhecendo-as como um coro de lucidez. A partir dessa sensibilidade, debelar as pandemias das irresponsabilidades e de palavras inconsequentes, exigir providências urgentes para superar incompetências humanísticas, governamentais e de indivíduos deletérios.
         O ciclo novo almejado, a ser construído pela sociedade brasileira, não permite ufanismos. Requer intuições que fortaleçam as instituições governamentais, livres de fisiologismos ideológicos e dos atendimentos de interesses oligárquicos, para que cumpram adequadamente suas responsabilidades no contexto democrático. Para fazer surgir nova realidade, é preciso se renovar, exigência comum a empreendimentos e empreendedores, a instituições políticas e governamentais, não poupando o mundo religioso e cultural. Qualquer indiferença ou relativização ante a exigência de renovação, perpetuará hábitos que merecem ser revistos e fará com que outras pandemias enfraqueçam ainda mais a humanidade.
         Urge, na batalha contra o Covid-19, com investimento em práticas solidárias, reconhecer a tarefa prioritária de se escutar a voz dos pobres, deixar-se interpelar pelo coro de lucidez para, humildemente, contribuir na constituição de novo ciclo humanitário. Pela via da solidariedade, que exige renúncias, partilhas e o reconhecimento da igualdade humana no direito à vida digna, todos se sintam envergonhados pelas exclusões, 0para fazer surgir lógica diferente, capaz de orientar programas dedicados ao amparo dos mais pobres, dos vulneráveis, no horizonte incontestável da ecologia integral. Cada pessoa reconheça que tudo está interligado, o tempo e o espaço não são independentes entre si, como assevera o papa Francisco, na sua carta encíclica sobre a casa comum. O papa sublinha ainda que os vários componentes do planeta – físicos, químicos e biológicos – se relacionam, assim como as espécies vivas formam uma trama que nunca acabaremos de individuar e entender. Que a humanidade comece a pensar a sua nova etapa civilizatória, sensível à voz do pobre, coro de lucidez.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 322,6% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,01%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




sexta-feira, 13 de abril de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS CAMINHOS DA VIDA SAUDÁVEL E AS NOVAS EXIGÊNCIAS DO JUDICIÁRIO NA SUSTENTABILIDADE


“Vida saudável exige mudanças de hábitos
        A falta de tempo é um dos principais motivos para cerca dos 76% dos brasileiros não praticarem exercícios físicos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), divulgada em 2017. Além de não realizarem exercícios físicos, geralmente, muitas pessoas ainda não se alimentam bem, consumo muitos produtos industrializados e não realiza consultas médicas de maneira regular. Em 6 de abril, Dia Nacional da Mobilização pela Prevenção da Saúde e Qualidade de Vida, chamamos a atenção para a importância de mudanças de pequenos hábitos que proporcionam bem-estar e aumentam a qualidade de vida.
         Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma vida só é considerada saudável quando o indivíduo tem bem-estar completo, físico, mental e social, ou seja, não só quando não há afecções e enfermidades. A atividade física é o hábito mais adotado para iniciar uma vida saudável. Entretanto, há outras ações que ainda permitem auxiliar a conquista de um estado saudável.
         Atitudes pequenas, até no horário de trabalho, podem proporcionar ao corpo grandes mudanças, como beber água. A água compõe cerca de 60% do corpo humano e são eliminados cerca de 2,6 litros ao dia, portanto, a sua reposição é importante para um bom funcionamento do organismo. A hidratação evita doenças como infecção urinária, renal e constipação intestinal, além de desintoxicar, auxiliar na absorção de nutrientes e glicose, emagrecer e deixa a pele revitalizada.
         Dormir bem também pode melhorar, e muito, a qualidade de vida. A qualidade do sono pode ajudar em processos físicos e é fundamental para a saúde mental. O cérebro processa várias informações ao longo do dia e, ainda, faz com que tudo funcione no seu corpo, portanto, uma noite maldormida faz com que nosso cérebro não descanse e não opere de forma adequada no outro dia. Isso pode causar perda da memória, desvio de atenção, estresse, irritação e envelhecimento precoce. Para considerar uma boa noite de sono, vale ressaltar que, além de dormir no mínimo sete horas por noite, é preciso evitar alguns costumes, como comer muito antes de dormir, ingerir cafeína e ver TV, estudar ou ler.
         Engana-se quem acredita que para ter uma alimentação saudável é necessário gastar muito. Alguns alimentos, principalmente orgânicos, que têm produção mais difícil por não levar nenhum produto químico, são realmente mais caros. Há alguns alimentos, porém, que não pesam tanto no bolso do consumidor, como é o caso do brócolis, que é rico em vitaminas C, K e B; batata-doce, rica em cálcio, potássio e ferro; repolho verde, que reduz problemas cardiovasculares; cenouras, que podem diminuir o risco de câncer de próstata e de estômago e quinoa, que, diferentemente de outros grãos, é completa em proteínas.
         Seis em cada 10 pessoas só procuram um médico quando estão doentes, é o que mostra pesquisa do Instituto Data Popular, de 2013. Manter as consultas e exames em dia também auxiliam na prevenção de doenças. Tenha um profissional de referência, que acompanhe todos os seus procedimentos e conheça bem seu corpo. Vida saudável é vida com bem-estar, com acompanhamento médico, com atividades físicas regulares e bom estado emocional. Aproveita mais a vida, conviva com amigos e pessoas amadas, tire um tempo para fazer o que gosta. Essas ações são essenciais para viver mais e melhor.”.

(JAQUELINE APARECIDA SILA XAVIER. Gerente de gestão da saúde da Vitallis Sanitas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de JOÃO DEWET MOREIRA DE CARVALHO, engenheiro-agrônomo, e que merece igualmente integral transcrição:

“A âncora estabilizadora
        A Bíblia dos cristãos cita no versículo oitavo do Salmo 12: “Quando a corrupção é enaltecida entre os filhos dos homens, os malfeitores andam livremente por toda parte”. E não há nada mais atual e visível no dia a dia de certas nações do que essa mensagem escrita há mais de três mil anos. Principalmente nos países que aparentam estar em vias de degenerescência existencial. Afinal, apesar de ter ocorrido tanto evolução tecnológica nos últimos tempos, a natureza humana e suas manifestações corrompidas continuam se rebelando. Evidenciando nessa rebeldia a ausência das virtudes civilizatórias que foram aprimoradas na evolução histórica da raça humana. E dos mecanismos que foram criados para erradicar tais deficiências rebeldes.
         Por isso, grande é a responsabilidade das altas cortes judiciárias dessas nações. Principalmente, devido ao erro que cometem. Pois, ao proceder de maneira questionável no seu modo operacional, então, elas acabam enviando à sociedade sinal invertido. E, com isso, sequestram o futuro de bem-estar do seu povo, deixando em seu lugar insegurança social. Além de promover injustiça em detrimento da aplicação justa e efetiva da ação corretora e repressora da lei.
         E todo esse modus operandi provoca imensos distúrbios. Pois todas as sociedades humanas vivem baseadas em expectativas. E ao não reprimir severamente esses desvios de conduta, indicam à população que o crime não só compensa, como é o caminho mais rápido e fácil para o enriquecimento. Devendo ser praticado por todos os que queiram se dar bem na vida. Afinal, o trabalho suado e honesto é coisa apenas para otários.
         Por isso, a existência de um Judiciário ético, imparcial e eficaz faz toda a diferença para qualquer país que queira viver em harmonia. Pois o sistema Judiciário, cuja integridade é inquestionável, torna-se a âncora estabilizadora de sua nação.
         O contrário também é verdadeiro. Sendo abominável, principalmente, quando o onipresente corruptor vil metal se torna o responsável por absolver criminosos, apesar da existência de incontestáveis provas criminais acusativas contra eles, produzidas de forma imparcial pela promotoria pública desses países. Cujo único objetivo é através do uso punitivo da lei fazer valer a máxima de que ninguém está acima dela, nem fora do seu alcance.
         Pois, como é notório, em muitas dessas nações, existe o famoso jeitinho malandro de se viver. No entanto, torna-se preocupante quando essas malandragens adentram as altas cortes e passam a privilegiar judicialmente assassinos e corruptos disfarçados de paladinos da justiça social. Ao tentar, forçosamente, subverter a legalidade em atos discricionários. E, com isso, ressaltando que a lei não se aplica a todos, indistintamente. Então, explicita o nefasto provérbio que para o rei e seus amigos tudo é permitido.
         No entanto, os juízes que procedem desse modo questionável são frutos de uma parcela da classe judicial que não teve valorizada na sua formação a importância dos valores morais como elos imprescindíveis da engrenagem social de uma nação. Portanto, não importa quão alto eles estejam. Aliás, quanto mais alta a corte, maior são as evidências desses vícios e maior a vergonha que deveriam sentir os que os praticam. Será que não sentem nem mesmo uma comichão?
         Pois os togados desses países deveriam saber que as virtudes éticas são frutos do desenvolvimento civilizatório. E, por isso, fazem parte de um estágio superior da inter-relação existencial entre cidadãos, cujas civilizações evoluíram visando minimizar seus atritos sociais. E, com isso, desfrutarem de uma virtuosa vida de trabalho em paz.
         Portanto, em qualquer país que seja, não cabe a presença de irresponsáveis, vaidosos e inescrupulosos togados que se julgam intocáveis e supremos. Pois os seus procedimentos questionáveis só os revelam perante suas nações como seres abjetos a serem descartados de alguma forma na reconstrução civilizatória da qual a lei esteja, de fato, acima de todos. E não apenas do povão. Afinal, a lei é dura. E, como tal, deve ser dura para todos. Indiscriminadamente. Ou que não seja para mais ninguém. Caso contrário, a Justiça torna-se sem valor e irrelevante. Evidenciando não passar de um supremo balcão de negócios. Exclusividade mercantil de certos mercenários da camisola preta.
         Por tudo isso, o sistema judiciário, como um dos pilares da democracia, deve desempenhar o intransferível papel de âncora estabilizadora da sociedade. Em todos os seus degraus. Sendo responsável, transparente e confiável em cada passo. Para que o caos social não se imponha perante a nação. Destruindo sua existência futura. E com isso lhe negando a sublime vocação que lhe cabe de ser a boa pátria-mãe a todos os seus filhos. Indistintamente.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






segunda-feira, 8 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA SAÚDE E O IMPRESCINDÍVEL PRIMADO DA ÉTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Eficiência é o antídoto para a saúde
        Na última sexta (7) comemoramos o Dia Mundial da Saúde. No Brasil, o tema é uma de nossas maiores preocupações.
         Apesar de estar ligada à economia, à educação e à infraestrutura, a mudança do modelo assistencial e uma maior integração entre público e privado produziriam melhores indicadores. Para isso, o país precisa ter maturidade para debater questões profundas, com base apenas em análises técnicas.
         As organizações sociais (OS) em São Paulo servem de exemplo. Segundo o Bando Mundial, os hospitais de OS têm taxa de ocupação de 80,9%, contra 72,1% dos públicos, e o custo médio diário do leito é 20% menor. É premente ampliar parcerias semelhantes com a rede privada lucrativa. O Estado deve, cada vez mais, regular, acompanhar e fiscalizar, entregando ao setor privado o que ele sabe fazer: a gestão.
         E precisamos planejar, tornar o sistema mais eficiente. Mais de 60%  dos nossos 6.129 hospitais têm até 50 leitos. Para ser exequível, pesquisas mostram que um hospital deve ter, pelo menos, 200. Na relação de 3 leitos para cada grupo de mil habitantes, que é a média mundial, um hospital só seria viável em cidades com mais de 50 mil habitantes.
         Apenas 12,3% dos municípios brasileiros, segundo o IBGE, possuem esse perfil. Em nosso país, a população é de menos de 20 mil habitantes em 3.810 cidades (68%).
         Hospitais de pequeno porte têm baixa resolutividade, tanto que a taxa média de ocupação dos leitos do SUS é inferior a 40%, enquanto que em hospitais de alta complexidade é superior a 80%. Um dos problemas da fila para cirurgias e tratamentos eletivos no SUS está justamente na baixa resolutividade dos leitos, e não na inexistência deles.
         A solução para esse problema passa pela implantação de redes de saúde articuladas entre os vários níveis de assistência. O Banco Mundial mostra que 30% das internações poderiam ser evitadas no Brasil com tratamento ambulatorial. Isso geraria uma economia de R$ 10 bilhões por ano.
         Além disso, com um sistema organizado e eficiente, 80% da demanda seria resolvida no atendimento primário. Sistemas de troca de informações que auxiliem a tomada de decisões e integrem as redes são necessários para agilizar o atendimento e evitar desperdícios.
         A padronização de processos, diminuição de erros e valorização dos recursos humanos viriam com maior investimento em qualidade e segurança – só 5% dos nossos hospitais são certificados.
         Outra vertente importante é a prevenção. Levantamento do BNDES mostra que 65% das internações de crianças com menos de 10 anos são provocadas pela deficiência ou inexistência de esgoto e água limpa. Metade da população brasileira não tem acesso à coleta de esgoto e somente 40% dele é tratado. Segundo a Organização Mundial de Saúde, para cada US$ 1 investido em saneamento básico há uma economia de US$ 4,3 em saúde.
         A limitação dos gastos públicos acarreta o mérito de trazer para discussão a qualidade desse gasto. Na saúde, isso aumenta a responsabilidade de empresários e gestores em encontrar novas soluções.
         Este momento traz oportunidades de mostrar que somos capazes de produzir mais em saúde. Eficiência é o antídoto de que precisamos.”.

(YUSSIF ALI MERE JR., médico nefrologista, é presidente da Federação e do Sindicato de Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, em artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 9 de abril de 2017, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS/DEBATES, página A3).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Brasil e o momento atual
        A consciência cidadã reconhece a gravidade do atual momento vivido pelo Brasil. Não se trata de alarmismo ou pessimismo, mas oportunidade para uma atitude: é preciso que cada um assuma a corresponsabilidade na busca por soluções para os muitos problemas. A gravidade deste atual momento político e econômico aponta para a necessidade de investir na formação de um novo tecido cultural capaz de fazer surgir um tempo diferente, marcado pela superação das crises terríveis que prejudicam, principalmente, os mais pobres. Nesse sentido, fundamental é compreender que não basta, embora seja importante, avançar na configuração formal e legislativa das reformas. Os processos que norteiam as necessárias mudanças têm significativa influência para que as transformações garantam mais justiça. Por isso mesmo, todos devem acompanhar, debater e contribuir com a efetivação das reformas. Porém, ainda mais determinante é compreender a importância da cultura e a necessidade de investir na sua renovação.
         Cultura refere-se ao conjunto de hábitos e modos de agir no cotidiano. Posturas que revelam como determinada civilização estabelece relações e, consequentemente, exerce a representatividade política, respeitando ou não o bem comum. Assim, é preciso perceber que para a sociedade brasileira não é suficiente promover mudanças apenas na dimensão normativa. É preciso despertar o apreço pelo respeito ao outro e, a partir disso, conquistar um patamar civilizatório balizado por valores inegociáveis, fundamentados no bem e na justiça.
         O tecido cultural da sociedade brasileira está corroído e por isso mesmo o país convive com a corrupção endêmica. Consequentemente, há um consenso sobre a falta de credibilidade da esfera política – os políticos são considerados cidadãos em quem não se pode acreditar. Ao mesmo tempo, perde-se o sentido de solidariedade. Percebe-se a falta de sensibilidade social a indisponibilidade para partilhar o que se tem, apoiando projetos sociais e outras iniciativas capazes de promover o desenvolvimento de toda a sociedade. Ao se comparar com outras culturas, em um ranking de sociedades solidárias, os cidadãos brasileiros deveriam ficar com os brios mexidos. Esse é o contexto que causa apreensões, em razão da delicada conjuntura política, econômica e social pela qual passa o país.
         Os bispos do Brasil, reunidos em Assembleia Geral da CNBB com a missão de levar a todos a luz do evangelho de Jesus Cristo, apresentaram a seguinte pergunta: o que está acontecendo com o Brasil? A resposta sublinha a perplexidade do povo diante de agentes públicos e privados que desconsideram a ética e negociam princípios morais. As consequências são as práticas e hábitos que agravam a situação do país, já tão preocupante. Em mensagem, os bispos indicam que o caminho para a regeneração é a retomada da ética como condição indispensável. Somente por essa via o Brasil poderá reconstruir o seu tecido social.
         A gravidade do momento nacional é uma ameaça ao Estado democrático de direito, pois crescem o descrédito e o desencanto com a política e com os poderes da República, que se distanciam das justas aspirações de boa parte da população. Assim, as reformas e, especialmente, a reforma política, devem se configurar em oportunidade para a recomposição do tecido cultural do Brasil. Nesse sentido, não se pode acirrar a indiferença com a política. Apenas ignorar os políticos, sem acompanhar, atentamente e de modo participativo, o que fazem os representantes do povo, é passo rumo à bagunça geral, que leva a irreversíveis prejuízos. A economia, dependente da política, continuará impactando negativamente na vida da população, pois prevalecerá a primazia do mercado ao bem-estar das pessoas, a prevalência do capital sobre o trabalho.
         A raiz das muitas crises vividas tem caráter antropológico, ao negar a prioridade do ser humano, conforme sublinha a Igreja Católica nos ensinamentos de sua doutrina social. Percebe-se que o Estado não pode ser jamais submetido ao mercado. Submisso à “lógica financista”, que é intrinsecamente perversa, o Estado se enfraquece e deixa de cumprir seus deveres. Sempre oportuno é recordar o que diz o papa Francisco: o dinheiro é para servir, e não para governar. O importante processo de reconstrução do Brasil tem no diálogo amplo, com a participação de todos, efetivo exercício da cidadania, o seu ponto de partida e referência para o seu equilíbrio. É, especialmente, vetor que impulsiona a civilização rumo à conquista de um novo tecido cultural, capaz de sustentar as transformações necessárias. Para incitar novos passos e não ocorrerem acomodações, leve-se em conta o que adverte o papa Francisco, ao falar na sessão plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais: “A simples atualização das antigas categorias do pensamento ou o recurso a sofisticadas técnicas de decisão coletiva não são suficientes”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...