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sexta-feira, 2 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DAS REFORMAS ESTRUTURAIS E O PODER DA ÉTICA E DA ESPIRITUALIDADE NA CONSTRUÇÃO DA PAZ (17/153)


(Março = mês 17; faltam 153 meses para a Primavera Brasileira)

“A decadência estrutural da República
        Somos um grande país governado pelo pensamento pequeno. A busca e proteção de interesses pontuais bloqueia o surgir de uma lógica pública impessoal. Nossa democracia carece de um autêntico projeto de nação. Se o poder emana do povo, a política tem sido decidida por poucos a favor de alguns. Por consequência, os anos passam, sonhos se desfazem e as palavras da Constituição viram ecos despidos de significado real. E, quando a lei perde consistência, as injustiças ganham relevo nos contornos sociais.
         Diante da insistente ausência de mínimos resultados concretos, o sistema começou a ruir. Trata-se de um movimento sem volta. É hora de admitirmos que os velhos instrumentos da política não funcionam mais; estamos vendo a fadiga dos materiais de um modelo republicano falido. Sim, durou muito, até mais do que devia. O fato é que os mecanismos de governo perderam vitalidade e eficiência prática. No apagar das velhas teorias, abre-se um vácuo de dúvidas e questionamentos pulsantes. Com a decadência estrutural da República, a sociedade navega perdida em uma época de explícito relativismo moral.
         O diagnóstico é claro e determinado: temos um sistema político medieval em um mundo de tecnologia digital. Ou seja, o tempo da política não mais condiz com a atual velocidade da vida. Os lerdos e solenes processos do passado são flagrantemente incompatíveis com as urgentes necessidades do hoje. Sim, é sabido que algumas mudanças exigem um natural período de maturação. Todavia, não podemos negar uma realidade autoevidente: ou a política muda ou será mudada pelo calor das circunstâncias.
         Ora, em vez de depender de movediças variáveis incertas, sempre é melhor antever os desejos sociais, adaptando as instituições aos contextos que se desenham no horizonte. Cabe à política – a grande arte de regência da vida coletiva – captar os ventos da mudança, construir um persuasivo discurso público legitimador e, ao final, transformar ideias em atos efetivos de aperfeiçoamento humano. Da teoria constitucional à prática política precisamos acabar com a visão paternalista estatal, extinguindo os feudos ineficientes, antieconômicos e corruptos da máquina pública. Sem integridade pessoal, coerência interna e responsividade, nenhum sistema político ficará de pé nas próximas décadas.
         O jogo do futuro é substancialmente outro. Com as carcomidas estruturas da política atual, apenas viveremos crises institucionais sucessivas. A tendência do amanhã está desnuda aos olhos de todos. O sucesso das redes sociais bem demonstra que os modelos verticais hierarquizados não mais condizem com as modernas relações de poder. Em vez da imobilidade burocrática, a gestão pública vencedora será feita de dinamismo transformador. Para tanto, é fundamental impor uma nova lógica no sistema democrático brasileiro. Precisamos de gente que pense diferente, que acredite em um país melhor e que não mais aceite a atual forma indigna de se fazer política.
         Para mudar, é preciso querer. E só quem sonha é capaz de ir atrás do que quer. Então, que Brasil queremos nós?”.

(SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR.. Advogado, vice-presidente da Federasul, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de fevereiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 16 de fevereiro de 2018, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Desafio das violências
        As diferentes formas de violência crescem assustadoramente em todo o mundo, exigindo da humanidade urgência na busca pela paz. Uma tarefa árdua que não se realiza com promessas ou decisões simplistas, pois se trata de um fenômeno complexo: requer análises multidisciplinares, vontade política e o envolvimento de toda a sociedade.
         As estatísticas, os números assustadores, delineiam um amplo quadro de perversidades. Além disso, há de se considerar, também, as muitas histórias compartilhadas nas redes sociais e as notícias que revelam situações absurdas, verdadeiros atentados contra a vida. Reconhecendo a importância dos números, das informações e das providências governamentais no âmbito da segurança pública, é preciso enfrentar a violência a partir de suas raízes, que têm origem na compreensão do ser humano a respeito da vida e do que significa cada pessoa. Trata-se de um conjunto de valores que configuram o próprio exercício da cidadania.
         Nessa realidade, são inadiáveis os investimentos para se estabelecer um tecido socioantropológico capaz de restaurar uma referência inegociável: a compreensão da vida de todos, não apenas a própria vida, como dom de Deus. O investimento a ser feito toca os mais diferentes campos que integram a existência humana – o contexto familiar, escolar, a religiosidade, as práticas e os costumes que constituem a cultura de um povo. Esses campos devem estar unidos na configuração de uma nova mentalidade. Afinal, sem o reconhecimento da sacralidade de cada pessoa, prevalecem a banalização da vida e a consequente expansão das violências.
         Mais importante que todas as medidas reconhecidamente necessárias para combater a violência, o que se espera é uma verdadeira mudança de mentalidade, com força para fazer emergir novas posturas. Assim, a sociedade poderá superar o atual cenário, em que inúmeras mortes são provocadas por motivos banais – atenta-se contra a vida de alguém para apropriar-se de um bem material, por exemplo. É a verdadeira banalização do mal o que se vive na contemporaneidade. Por isso mesmo, embora sejam importantes as análises de especialistas, pois permitem o conhecimento mais aprofundado sobre as diferentes situações de violência, há um desafio que é de todos na busca pela paz.
         Esse desafio contempla assumir as próprias responsabilidades e deixar de delegar sempre ao outro a atribuição de superar o mal. Deixar de acreditar que apenas as instituições ligadas à segurança pública têm o dever de vencer a violência. Urge contribuir para que todos partilhem uma nova compreensão a respeito da vida, do sentido de viver, que leve à prevalência das relações fraternas e solidárias. É assim que se alcança a nova dinâmica  cultural alicerçada na paz.
         Para superar a violência, o percurso a ser seguido contempla muitas ações: cultivar a solidariedade, conhecer e respeitar a própria história, se perceber como alguém que realmente pertence a um povo, assumindo o compromisso de cuidar das pessoas que estão ao redor. Essas atitudes são contrárias às banalizações de todo tipo que alimentam o mal – das ações exclusivamente motivadas por interesses econômicos sedutores, manipuladores, aos comportamentos cotidianos que revelam falta de limite ético-moral.
         Vale prestar atenção redobrada e cultivar valores fundamentais capazes de fazer surgir a fraternidade como princípio que ordena os diferentes modos de viver. Nesse sentido, todos os segmentos da sociedade partilham a responsabilidade de reavaliar as próprias atitudes, as posturas, para serem capazes de redesenhar um novo horizonte. Tarefa que exige sólido arcabouço ético-moral e a espiritualidade que reconfigure a vivência humana, na superação do desafio das violências. Esta deve ser a nossa grande batalha diária pela paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica marca de 334,55% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,85%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




  

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA ECOLOGIA INTEGRAL E A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA DEMOCRACIA NA SUSTENTABILIDADE (14/156)


(Dezembro = mês 14; faltam 156 meses para a Primavera Brasileira)

“A concepção do ser humano nos 
limites de uma ecologia integral
        Em sua encíclica “Sobre o Cuidado da Casa Comum”, o papa Francisco submeteu a uma rigorosa crítica o clássico antropocentrismo de nossa cultura a partir da visão de uma ecologia integral, cosmocentrada, dentro da qual o ser humano nos limites dessa ecologia integral.
         Perguntamo-nos, não sem certa perplexidade: quem somos, afinal, enquanto humanos? Tentando responder: o ser humano é uma manifestação da energia de fundo, de onde tudo provém (vácuo quântico ou fonte originária de todo ser); um ser cósmico, parte de um universo, possivelmente entre outros paralelos, articulado em 11 dimensões (teoria das cordas); formado pelos mesmos elementos físico-químicos e pelas mesmas energias que compõem todos os seres; somos habitantes de uma galáxia média e circulamos ao redor do Sol, estrela de quinta magnitude, uma entre outras 300 bilhões, situada a 27 mil anos-luz do centro da Via Láctea, no braço interior do espiral de Órion; morando num planeta minúsculo, a Terra, tida como como um superorganismo vivo, que funciona como um sistema que se autorregula, chamado Gaia.
         Somos um elo da corrente da vida; um animal, portador da psique ordenado por emoções e pela estrutura do desejo, de arquétipos ancestrais e coroada pelo espírito que é aquele momento da consciência pelo qual se sente parte de um Todo maior, que o faz sempre aberto ao outro e ao infinito; capaz de intervir na natureza e, assim, de fazer cultura, de criar e captar significados e valores e se indagar sobre o sentido derradeiro do Todo e da Terra, hoje em sua fase planetária, rumo à nooesfera, pela qual mentes e corações convergirão numa humanidade unificada.
         E somos mortais. Custa-nos acolher a morte dentro da vida e a dramaticidade do destino humano. Pelo amor, pela arte e pela fé pressentimos que nos transfiguramos através da morte. E suspeitamos que, no balanço final das coisas, um pequeno gesto de amor verdadeiro e incondicional vale mais que toda a matéria e a energia juntas. Por isso, só vale falar, crer e esperar em Deus se Ele for sentido como prolongamento do amor, na forma do infinito.
         Pertence à singularidade do ser humano não apenas apreender uma presença, Deus, perpassando todos os seres, senão entreter com ele um diálogo de amizade e de amor. Intuir que Ele seja o correspondente ao infinito desejo que sente, infinito que lhe é adequado e no qual pode respousar.
         Esse Deus não é um objeto entre outros, nem uma energia entre outras. Se assim fosse, poderia ser detectado pela ciência. Comparece como aquele suporte, cuja natureza é mistério, que tudo sustenta, alimenta e mantém na existência. Sem Ele, tudo voltaria ao nada ou ao vácuo quântico de onde cada ser irrompeu. Ele é a força pela qual o pensamento pensa, mas que não pode ser pensado. O olho que tudo vê, mas que não pode ser visto. Ele é o mistério sempre conhecido e sempre por conhecer, indefinidamente. Ele perpassa e penetra até as entranhas de cada ser humano e do universo.
         Podemos pensar, meditar e interiorizar essa complexa realidade, feita de realidades. Mas é nessa direção que deve ser concebido o ser humano. Quem ele é e qual é seu destino derradeiro se perde no incognoscível, sempre de alguma forma cognoscível, que é o espaço do mistério de Deus ou do Deus do mistério. Somos seres sendo sem parar. Por isso, é uma equação que nunca se fecha e que permanece sempre em aberto. Quem revelará quem somos?”.

(LEONARDO BOFF. Teólogo e filósofo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de novembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de novembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR., advogado, vice-presidente da Federasul, e que merece igualmente integral transcrição:

“O pós-estadolatria
        É lugar-comum dizer que o Brasil precisa mudar. Nosso principal desafio é romper o círculo vicioso da irracionalidade crônica e passar a impor uma lógica funcional para o desarranjo institucional estabelecido. Não dá mais para negar uma realidade que pulsa. Os sinais de exaurimento do modelo vigente são sensíveis e incontornáveis.
         Comecemos pelos parlamentos, outrora referências de alta cultura e inteligência. Hoje, não mais conseguem fazer a reflexão crítica necessária aos complexos desafios da contemporaneidade. Já os governos, entre dívidas impagáveis e uma burocracia inorgânica, perdem capacidade de decisão e agilidade de resolução eficaz. Por sua vez, o sistema judicial, diante da invencível enxurrada de processos, tem extrema dificuldade em prestar uma jurisdição materialmente justa com celeridade. Enfim, os sintomas do presente impõem o dever de repensarmos as estruturas de poder.
         Como bem aponta Tom Nichols em seu excelente The death of expertise, as soluções tradicionais não funcionam mais. Estamos a viver uma grande transformação em escala global com o surgimento frenético de novos players, negócios e possibilidades de futuro. Consequentemente, há em curso uma substantiva alteração das variáveis da equação do poder geopolítico. Daí a instabilidade dos tempos atuais.
         Nesse mundo em mudança acelerada, não podemos mais incentivar o mau hábito da dependência estatal, da paralisia econômica e da agressiva implosão das contas públicas. Especialmente a partir do Estado Novo, desenvolvemos um cacoete de que tudo deveria passar direta ou indiretamente pelas bênçãos palacianas. Se em um período histórico de precária urbanização e incipiente iniciativa privada isso fez algum sentido, é hora de admitirmos que tal modelo de indução estatal acabou. Objetivamente, a tecnologia é a maior arma criada pelo inteligência humana para atacar o monopólio e a excessiva burocracia de máquinas públicas fisiológicas, assistemáticas e ineficientes.
         Por mais que as forças do atraso gritem contra os ventos do progresso, estamos diante de um jogo jogado. Assim como vendedores de lampião e querosene se insurgiram contra a eletricidade, o cupim da burocracia será varrido pela eficiência tecnológica. No todo, é incrível que, em uma época de progressiva desmaterialização da economia, agilidade de procedimentos, inteligência artificial e versatilidade dinâmica, o Brasil siga a investir em elefantes brancos e em bonecos de palha que custam muito para fazer muito pouco.
         Nossa “estadolatria”, em vez de um ídolo, criou um monstro – um bicho feio, inchado e egoísta a seus próprios interesses. Por assim ser, antes de ser apto a pensar o Brasil e promover o bem comum em largo espectro, o Estado brasileiro ficou refém de profundas amarras classistas que se projetaram sobre gigantescas fatias do orçamento público, imobilizando-o.
         Após quase morrer de inanição, o Estado respira com o auxílio de aparelhos. Ano após ano, vamos empurrando com a barriga como se a dívida pública pudesse tender ao infinito. Não pode. É hora de interrompermos esta estratégia perversa de comprometimento do futuro dos brasileiros. Chega de irresponsabilidade e populismo demagógico. É preciso, urgentemente, explicar às pessoas que os modelos legislativos do ontem são inaptos a regrar o hoje, além de impedir o progresso do amanhã.
         Entre sonhos inatingíveis e possibilidades concretas, a vida ensina que só muda quem tem a coragem de romper com hábitos vencidos, quebrando paradigmas ultrapassados. Estamos diante da fronteira de um novo mundo. Hora de romper com os bloqueios físicos, psíquicos e emocionais que caracterizam a pacata cidadania do velho Brasil. Uma democracia viva requer uma mentalidade criativa, livre e ousada, pois o mundo será dos não conformistas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro/2017 a ainda estratosférica marca de 337,94% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,70%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.





  

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DAS ELEVADAS ASPIRAÇÕES E AS GRAVES EXIGÊNCIAS DA LIDERANÇA NA SUSTENTABILIDADE

“Tua atividade deve exprimir 
as mais elevadas aspirações
        Cada ser possui uma dinâmica própria, diferente dos demais. Indivíduos e grupos respondem às energias de modo peculiar e agrupam-se de acordo com similaridades vibratórias. O trabalho grupal evolutivo não sectário e livre de fanatismos é a base para a materialização de uma rede de serviço planetária.
         Contudo, a humanidade ainda não decidiu ir além de si mesma. É preciso que a parte divina do ser o atraia com poder suficiente para ele encontrar forças e seguir ao encontro do desconhecido, o que, na verdade, é o início de sua libertação. O ser humano só ousa lançar-se à vida real quando tocado pela energia sobre-humana da alma, fonte da fé.
         A alma revela ao homem a vontade espiritual, o amor-sabedoria e a inteligência ativa; incumbe-se da integração dos corpos materiais à corrente evolutiva superior e conecta energias espirituais com as energia humanas. Há indivíduos em serviço que já têm sua consciência polarizada na alma.
         A energia anímica, esse impulso ao novo estado do ser, age em momentos inesperados e de forma inusitada. Um pequeno intervalo entre atividades práticas, por exemplo, pode tornar-se oportunidade rica para os integrantes de um grupo estarem reunidos em silêncio, abertos ao toque da energia interior que, mesmo em poucos segundos, pode deixar um sinal indelével. Por ser mais amplo e profundo que as vibrações comuns da vida externa, não raro, esse sinal é percebido como um vazio, porém, todo-preenchedor. No momento em que ele se revela, a mente parece deixar de existir, diluem-se limites, fronteiras e padrões estabelecidos por conceitos mentais.
         No processo de elevação e serviço é necessário ter em conta que as dádivas recebidas também são provas: é preciso usar corretamente os dons e bens entregues a cada um. Quando um ser desperdiça os recursos de que dispõe, gera carma restritivo, o que redunda em prejuízo. Não há detalhe que não deva ser considerado. Portanto, a água, a eletricidade, os alimentos, os transportes, o labor, o sono, a palavra, o sentimento, o pensamento, tudo deixa de pertencer ao indivíduo ou a um grupo e passa a ser visto como expressão da essência que alenta os universos, a Consciência Única.
         Há os que temem o trabalho e o cansaço. Buscam preservar-se. Esses não compreenderam que, apenas quando polimos o diamante, sua beleza é revelada: é pelo labor que o signo de Deus se imprime nesta Terra.
         Há também os que refutam o rigor, confundindo-se com a rigidez. De fato, a rigidez é fria e cega, cristaliza a consciência em etapas ultrapassadas, é apenas repetição de padrões artificiais. Ao contrário, o rigor, necessário quando o que rege são as leis superiores, é fundamental para se contar com maior potencial energético, pois a energia é sábia e não se deixa desperdiçar.
         É preciso imbuir-se da certeza de que há uma Energia Maior continuamente presente em cada ser e deixar de valorizar o que não é essa energia. Ela se revela como a Luz mantenedora da vida.
         É assim que vida externa e vida interna vão se fundindo espontaneamente. A harmonia surge sem esforço, como fruto da entrega e do esquecimento de si. As tarefas passam a ser cumpridas não por obrigação externa, mas por percepção interna de que devem ser realizadas. A vida se descomplica e, na singeleza, a voz interior fala com liberdade.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de julho de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de julho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR., advogado, e que merece igualmente integral transcrição:

“Escravos do atraso
        A atual instabilidade global é o reflexo de uma profunda transformação da macroestrutura do poder geopolítico, caracterizada pelo surgir de novos players, métodos e práticas de participação pública. Sim, em pouco tempo, grande parte da elite dirigente mundial estará condenada ao ostracismo; a velocidade da transformação será impressionante e sepultará as cabeças que ficarem na inércia do comodismo. Aqueles que se adequarem ao agudo impacto das radicais inovações político-comportamentais seguirão participando do jogo, mas sem a influência de outrora. Isso porque as pautas estáticas de dominação e massificação cultural estão rompidas pelo incontrolável fluxo de informações entre os cambiantes pontos de conexão da atual sociedade em rede.
         Mobilidade, inteligência, versatilidade e conectividade, eis as palavras-chaves do modelo econômico que está surgindo. A ideia de aprendermos uma habilidade específica e desempenharmos um ofício até a aposentadoria está definitivamente superada. Aliás, antes de querer parar, o profissional do século 21 quer uma atividade que lhe dê prazer de trabalhar até os seus últimos dias da existência. Chega daquela visão atrasada de ver o trabalho como um martírio diário; o futuro será daqueles que progredirem na vida com responsabilidade, divertimento e consciência cívica.
         Como os ciclos negociais serão cada vez mais rápidos e dinâmicos, teremos que desenvolver aptidões humanas abertas, inclusivas e maleáveis. Aquele velho modelo de nossos pais de ter um emprego para a vida inteira está sendo geneticamente substituído pela pulsante possibilidade de êxito em vários campos de negócios, concorrentes ou subsequentes. Ou seja, a realização profissional deixa de estar enclausurada a padrões fixos, libertando a inteligência humana para relações colaborativas sem fronteiras geográficas.
         Em países atrasados como o Brasil, precisamos mudar – urgentemente – a mentalidade que governa nossas vidas. Em vez de querermos ser empregados ou depender do Estado, temos que querer ser empreendedores e donos do nosso próprio nariz. Em outras palavras, o patrimonialismo estatal brasileiro, que também beneficia muitos empresários amigos do rei, além de implodir as contas públicas, impede a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento nacional.
         Por exemplo, nosso arcabouço sindical-trabalhista é um fator de inibição do crescimento econômico, impedindo a plena integração de nossa cadeia produtiva. Tal fato, além de prejudicar nossa competitividade global, bloqueia a entrada de uma infinita gama de novos negócios, privando o trabalhador brasileiro de participar ativamente do mundo laboral-tecnológico. Portanto, os sindicatos e algumas estruturas estatais – que, no passado, tiveram um importante papel na implementação de direitos sociais – devem readequar verticalmente suas premissas, discursos e posturas.
         Os novos modelos de sucesso no mundo afora são essencialmente colaborativos, fazendo da soma interligada de inteligências o maior fator de geração de valor agregado, com consequente inclusão social. Nesse contexto em pulsante transformação, os governos e os agentes diplomáticos são elementos estratégicos de inserção do Brasil nas cadeias produtivas globais, devendo abrir consistentes canais de intercâmbio humano, econômico e cultural.
         Por assim ser, com a inata criatividade e solidariedade de nosso povo, estamos habilitados a sonhar grande neste futuro desafiador que está para chegar. Para tanto, precisamos de novas lideranças agregadoras e o fim da classe política extrativista que pensa o mundo com diâmetro do próprio umbigo. Não podemos mais ser escravos de incompetentes, desonestos e oportunistas.
         No final, a pergunta é uma só: até quando seremos reféns das forças do atraso que insistem em governar o Brasil?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho/2017 a ainda estratosférica marca de 378,30% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 322,60%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,00%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        

  


           

quarta-feira, 19 de abril de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DE CIDADES CRIATIVAS E A EXIGÊNCIA DE NOVAS DEMOCRACIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Cidades criativas
        No próximo mês, a Associação Mineira dos Municípios (AMM) realizará o 34º Congresso Mineiro de Municípios. A questão central do evento esbarrou na temática a ser desenvolvida e promovida a tantos interessados na causa municipalista. Após várias discussões, prevaleceu o consenso de que chegou a hora de focarmos em soluções. E a largada para o alcance desse objetivo repousa na criatividade, elemento fundamental para que os municípios possam superar esse momento tão grave de crise. Cidades criativas e soluções, portanto, foi aquilo que encontramos para sintetizar um desejo nacional de superação dos nossos equívocos, especialmente na lida cotidiana na administração pública, ao mesmo tempo em que significa uma abertura incondicional à criatividade. Superar, portanto, é a palavra de ordem e, para isso, temos que inovar, elaborar novas práticas, vencer a burocracia e partir em direção a uma gestão pública por vir...
         Ressalta-se que a experiência humana é vivenciada na cidade. No espaço urbano reúne-se a ambivalência dos encontros e despedidas, do som e do silêncio, do caminhar sozinho e da manifestação das multidões, do trabalho e do lazer. Enquanto ela dorme, muitos estão acordados. Quando ela acorda, muitos estão dormindo. Assim, o espaço urbano que constitui um genuíno espaço de compartilhamento de experiências, locus privilegiado da criatividade que surge da convivência inesperada com o outro. A cidade é o espaço mais fluído e democrático do existencial humano, mas qual a democracia gostaríamos de vivenciar? Por que ela se encontra tão diferida e longe do nosso alcance?
         Não será o sentido dessa democracia um sentido para além do que estamos acostumados e que se designa “democracia por vir” (termo criado pelo filósofo franco-argelino Jacques Derrida). Consiste ela, portanto, em um lugar ainda discreto e quase secreto que se baseia na afinidade, na esperança, na fraternidade e na hospitalidade incondicional entre os homens. Na realidade, constitui-se na antítese à violência, à desigualdade, à exclusão, à fome e tantas outras atrocidades cometidas em nome dos direitos do homem e do progresso humano. Suas bases se estruturam na consensualidade, na participação cidadã, na transparência e zelo com os recursos públicos e, por conseguinte, na boa prestação de serviços.
         Neste sentido, a esta referência – democracia por vir – seu eixo está no “restar” por vir. Ela é aquilo que pode, indefinidamente, ser aperfeiçoada, e, nesse sentido, carrega uma insuficiência por ser apenas uma promessa futura e nunca o presente, mas pertencente ao instante da possibilidade, mas que transporta a chance e o por vir de uma democracia que está sempre ameaçada por esse algo melhor que supomos possa se transformar.
         É a coexistência entre o ideal e o real. Ela também vai muito além da nossa realidade (na medida em que vários são privados da cidadania e de várias maneiras), pois se acredita no poder levar a cidadania do município ao mundo – sem limites – e sem privações. Aqui repousa, também, a criatividade e soluções que nos convidam a repensar a cidade, o estado, o país e o mundo em que vivemos. Aqui repousa uma nova concepção da cidadania, que seja inicialmente elaborada e dissociada para muito além do velho conceito de cidade.”.

(GUSTAVO NASSIF. Advogado, doutor em direito público, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de abril de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de abril de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR., advogado, e que merece igualmente integral transcrição:

“Uma cleptocracia decadente
        O poder é uma forma de dominar muitos, governar em favor de poucos e fazer da política um baile de máscaras para a distração popular. Enquanto o povo assiste ao espetáculo alegremente, a paz reina na República. O problema surge quando as pessoas cansam de ser insistentemente enganadas. Sim, a paciência é grande, mas um dia acaba. Aí, surgem as crises fiscais e seu conhecido enredo, os discursos inflamados, as promessas de austeridade, os milagrosos planos econômicos e as ocas reformas legislativas. Quantas vezes já vimos esse filme?
         Pois é e, mesmo assim, os fatos se repetem. Aliás, há exatos 150 anos, a inteligência superior de Eça de Queiroz deu traços de verdade à mentira da política lá estabelecida, vindo a afirmar com as ácidas letras de sua pena invulgar: “As nossas finanças estão perdidas, a nossa instrução esquecida, o nosso Exército desorganizado, o nosso funcionalismo corrupto, as nossas leis dispersas, o nosso comércio enfraquecido, a nossa autoridade moral perdida. De quem é culpa? Não é destes nem daqueles, é da fatalidade das decadências “.
         O tempo passou e aquilo – que já decadente estava – decaiu ainda mais. Olhamos para a política atual e temos a firme convicção de que elegemos incompetentes, corruptos e inaptos à vida pública digna e responsável. A situação faz a ironia rir da aparente lógica da vida. Afinal, durante anos, lutamos para ter o direito de voto e, quando obtido, não temos mais candidatos decentes, preparados e capazes de honrar os altos deveres da representação popular. Falando nisso, haverá democracia autêntica quando o voto apenas elege ladrões, bandidos e canalhas?
         Ora, claro que não.
         Sem cortinas, o que estamos vendo no Brasil é uma cleptocracia fantasiada de democracia. Sim, o ideal democrático foi falsificado em nosso país; nosso sistema eleitoral é uma farsa; não temos partidos verdadeiros e nos faltam políticos modelares. Temos, portanto, uma classe política abertamente antidemocrática que usurpa à soberania popular para chegar ao poder e, ato contínuo, fatiar o governo entre peças de uma robusta engrenagem delitiva, fazendo da corrupção a corrente sanguínea de um sistema feito para saquear as riquezas de nosso país.
         Com o desenvolvimento assistemático dos mercados, o macrocapitalismo globalizado acabou por penetrar nas estruturas internas do poder e, mediante negócios espúrios, veio a comprometer a necessária paridade de armas, lisura e a livre concorrência entre os agentes econômicos. A aliança defectiva entre a política e o alto capital criou aquilo que o pensamento crítico de Sheldon Wolin chamou de inverted totalitarism – um sistema político-econômico intrinsecamente corrupto, feito para beneficiar os inquilinos do poder e seus influentes amigos de ocasião. Consequentemente, acabamos sem uma democracia autêntica em um capitalismo despido de preceitos éticos.
         Em um campo aberto sem fronteiras morais firmes e determinadas, a subterrânea institucionalização de um mecanismo ilícito de propinas e subornos acaba por tornar democracia representativa uma grande mentira venal. Objetivamente, com congressistas consorciados a corruptores, o exercício da representação popular perde a necessária imparcialidade, independência e impessoalidade que fundam o espírito republicano superior. Os parlamentos, então, viram um bordel político, regados por dinheiro sujo em favor de prazeres inconfessáveis.
         No cair das máscaras, os parlamentares corruptos não são políticos, mas meros jagunços do poder econômico hegemônico; por sua vez, os empresários corruptos, ao invés de capitalistas liberais, não passam de agiotas da ilicitude desbragada. Sim, enquanto as aparências enganam, a roleta do poder diverte muita gente. Todavia, quando as cortinas, o sol começa a nascer quadrado para alguns tidos e havidos por intocáveis. E isso é uma mudança substantiva em nosso país.
         Por tudo, os impressionantes fatos desnudados pela Operação Lava-Jato estão disponíveis aos olhos de todos; só não vê quem não quer ou quem tem algum interesse a justificar uma cegueira bandida. Felizmente, contra uma política decadente, surge uma promissora, mas ainda tímida cidadania ascendente. Aqui, reside a nossa esperança. Enquanto houver a bravura de cidadãos de bem, a democracia seguirá sendo uma possibilidade pulsante. E o pulso há de ser nosso, pois eles apenas querem corromper o Brasil.
         A democracia autêntica faz do cidadão um sujeito, e não um objeto da política. E só é um sujeito de verdade quem assume as intransferíveis responsabilidades de sua vida. A independência democrática, antes de um direito, é um sentimento vivo que não sabe calar para as injustiças e para os abusos de uma cleptocracia indecente. Essa luta não é, nunca foi e jamais será fácil. Mas é o triunfo sobre os incontornáveis enfrentamentos da vida que nos torna livres daquilo que nos oprime. Ou será recompensador viver como um subserviente fantoche do poder?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro/2017 a ainda estratosférica marca de 481,46% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 326,96%; e já o IPCA em março, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 

           
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