segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A SUSTENTABILIDADE ATRAVÉS DA COMPLIANCE E A LUZ DE UM NOVO TEMPO

COMPLIANCE TRABALHISTA E
A PREVENÇÃO DE RISCOS
Como reflexo da exigente legislação trabalhista e do rigor das fiscalizações realizadas pelo Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho, nos últimos anos as empresas vêm sofrendo com o excessivo aumento do número de reclamações trabalhistas, ações civis públicas e de multas decorrentes de autos de infrações, gerando grande perda financeira. Em muitos casos, referidos débitos trabalhistas, somados a outros fatores, culminam com a falência de algumas empresas, sobretudo quando se trata de pequenas e microempresas.
Leis, decretos, portarias, normas regulamentadoras, convenções coletivas de trabalho. São inúmeras as exigências legais no âmbito trabalhista, o que dificulta aos empresários, muitas vezes leigos no assunto, a manutenção de suas empresas em conformidade com todas essas demandas.
Neste cenário, a fim de reduzir o número de reclamações trabalhistas e de autos de infrações, algumas empresas estão investindo na prevenção destes incidentes através da implantação de programa de compliance (programa de integridade ou conformidade) específico para a área trabalhista.
         Este instrumento consiste na adoção de medidas profiláticas, pautadas na ética e na legislação trabalhista vigente, que buscam garantir um ambiente de trabalho mais seguro e ético aos trabalhadores, evitando, por exemplo, a ocorrência de acidentes do trabalho e o desenvolvimento de doenças profissionais. Além disso, o programa também reduz os riscos de possíveis autuações e ações judiciais, detecta eventuais conflitos a tempo de resolvê-los extrajudicialmente e, ainda, aumenta o grau de satisfação e de confiança do empregado na empresa.
         É inquestionável que os empregados almejam trabalhar em um ambiente saudável, ético, íntegro, que respeite os valores intrínsecos ao ser humano e que efetivamente busque o bem da coletividade. Um programa eficaz de compliance permite que se alcancem esses objetivos.
         Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), atualmente, o Brasil está em 4º lugar no ranking mundial de países com maiores números de acidentes de trabalho que resultam em morte. De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), a média é de 710 mil acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, gerando um prejuízo de cerca de R$ 8 bilhões para a Previdência Social, sem contar as despesas geradas à saúde pública com atendimentos médicos e hospitalares.
         Referido programa, através de auditorias in locu e fiscalização do ambiente de trabalho, detecta os locais e os equipamentos que oferecem riscos à segurança dos trabalhadores, prevenindo a ocorrência de acidente de trabalho, bem como o desenvolvimento de doenças profissionais.
         O compliance trabalhista é formado por uma equipe multidisciplinar que atua na detecção e prevenção de riscos por meio de auditorias in locu e documentais. Outros mecanismos de eficiência do programa consistem na elaboração de um código de conduta comportamental, estabelecendo os padrões de condutas exigidos pela empresa, bem como aqueles que são intoleráveis, inclusive com previsão de penalidades em caso de descumprimento da política interna da companhia.
         Importante destacar, ainda, que nas relações comerciais as empresas priorizam contratar com corporações éticas, que respeitam as normas legais, incluindo a legislação trabalhista. Sendo assim, uma empresa  com baixos índices de reclamações trabalhistas e livre de autuações melhora sua imagem perante o mercado e, consequentemente, tem mais chances de ser contratada, inclusive no cenário internacional, onde esta política de conformidade já está mais avançada.
         Pouco a pouco, as empresas brasileiras estão abandonando aquela mentalidade, típica de alguns países subdesenvolvidos, de infringir a legislação trabalhista com a finalidade de angariar lucro. Felizmente, as companhias atingiram um grau de maturidade, no sentido de que estão investindo na política preventiva. Recentemente, diversas empresas anunciaram a implantação do compliance trabalhista voltado para a segurança do trabalho, com o objetivo de garantir a adequação de todas as suas unidades às normas de segurança de trabalho vigentes no país.
         Nota-se que as vantagens do programa de compliance trabalhista vão muito além dos benefícios financeiros, pois, mais importante que reduzir os números de demandas judiciais e de multas decorrentes de eventuais autos de infrações, a empresa garante um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, reduzindo os riscos de acidentes e doenças profissionais. Além disso, funcionários saudáveis e satisfeitos produzem mais, faltam menos, são mais criativos e não mudam de emprego, fatores que refletem diretamente na qualidade e no sucesso da empresa.”.

(CIBELE NAOUM MATTOS. Sócia da Ferreira de Mello, Neves e Vaccari Advogados Associados, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de dezembro de 2016, caderno DIREITO 7 JUSTIÇA, página 4).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Advento, um tempo novo
        Os cristãos se preparam para a celebração do Natal de Jesus em um tempo chamado advento, com momentos de espiritualidade e celebrações que recuperam a sintonia dos corações com o coração de Deus. Um tempo de esperança, que pode fecundar um futuro melhor sonhado por todos, particularmente quando se avalia o peso dos muitos percalços vividos na contemporaneidade – a desolação provocada pelos esquemas de corrupção, as irresponsabilidades e o gravíssimo descaso pelo outro, que é um irmão. De modo muito especial, o advento da vinda do Messias tem propriedade para reavivar sensibilidades perdidas, o gosto pelo bem, e sedimentar a convicção da importância de todas as pessoas, sem distinções.
         Isso pode parecer mera teoria diante da dificuldade para se vivenciar a beleza e a delicadeza deste tempo, pois há uma avalanche de apelos nessa época para estimular o consumismo e as festas. Convive-se com a fantástica e ilusória sensação do belo, a partir das luzes e cores com fugacidade própria – logo após esse período vem a realidade com seus desafios. A força necessária para todos vem justamente do amor e da experiência de se encontrar com Jesus Cristo. Ora, o que define a vida e as pessoas não são as circunstâncias, nem mesmo os desafios da sociedade. Acima de tudo, o que define a autenticidade da condição humana e os rumos novos da história é o amor. E o amor torna-se realidade na experiência de se buscar Jesus Cristo. Eis o sentido da celebração do Natal, oportunidade singular e inigualável para se desenhar um horizonte diferente, conferir à vida uma orientação decisiva.
         A alegria que nasce do encontro com Jesus não é artificial, diferentemente das que são produzidas por mecanismos ilusórios, efêmeros. É a felicidade que nasce da experiência de aproximar-se da fonte inesgotável do amor de Deus, Pai misericordioso, que transforma, recria e salva. Sem esse encontro, não há como passar da morte para a vida, da tristeza para a alegria, do absurdo para o sentido profundo da existência, do desalento para a esperança. Não se aproximar do Messias Salvador é perder a chance de se qualificar como ser humano e, assim, contribuir para melhorar a sociedade. Distante dessa necessária espiritualidade profunda, que deve ser experimentada na dimensão existencial – longe de misticismos ou fundamentalismos –, a humanidade não avançará rumo aos avanços almejados. As estatísticas serão sempre vergonhosas, revelando que a sociedade adoece cada vez mais, convivendo com o medo e o desespero. Permanecem as dinâmicas que levam ao desrespeito, à violência e à desigualdade social.
         Sem o encontro com Cristo, que promove transformações nas pessoas, a humanidade continuará regida pela economia da exclusão, pela falta de compromisso com a solidariedade e com a busca pelo bem da coletividade. A idolatria perversa do dinheiro será sempre doença incurável e o povo permanecerá carente de governantes competentes, com sólida moral. Somente com uma profunda espiritualidade, temperando todas as práticas, será possível promover reformas fundamentadas na ética.
         O convite permanente, com força singular no tempo do advento, é fixar o olhar n’Ele, Cristo, o Messias Salvador. Conhecê-Lo, dialogar com Ele, deixar-se transformar por suas propostas e lições – os valores do evangelho. Essa experiência espiritual qualifica a existência, as ações e escolhas do ser humano. Pr isso, é hora de aceitar a proposta de se encontrar com Jesus Cristo – abertura ao advento de um novo tempo.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e já em novembro o IPCA acumulado também nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E O IMPULSO DOS SONHOS E DO APRENDIZADO

“O verdadeiro diferencial
        Há muito tempo se fala em diferencial. Aquele algo a mais que torna uma pessoa realmente melhor do que as outras, que faz com que um seja escolhido para uma vaga de emprego, ou, talvez, a razão do sucesso de um empreendedor diante de tantos outros que fracassaram.
         “Pessoa diferenciada”, o “colaborador como diferencial das organizações”, “ele tem um diferencial”. Escutamos frases como essas corriqueiramente. Isso me fez pensar: afinal, qual é o verdadeiro diferencial que uma pessoa pode ter para superar outras? Afinal, vivemos num mundo extremamente competitivo.
         Obter acesso à informação não é mais um grande desafio. Jornais, revistas, livros, apostilas, e vários outros, mas, principalmente, internet estão acessível a um número cada vez maior de pessoas e a um custo cada vez mais baixo. Hoje, podemos ter acesso a inúmeros materiais impressos que, se não de graça, quase de graça. Já existem vários projetos de cidades digitais em que todo o território urbano contará com rede de internet sem fio banda larga gratuita. Basta um celular, palm ou notebook, acessórios cada vez mais populares, que o usuário poderá ter acesso ao conteúdo praticamente infinito de informação disponível na internet.
         Cursos de graduação, pós-graduação, MBA, doutorado, pós-doutorado etc. vêm se espalhando vertiginosamente, e, também, a um custo cada vez menor. Aliás, isso é um dos benefícios do capitalismo, produtos melhores a custos mais baixos continuamente. Temos um sem-número de universidades, faculdades, e, consequentemente, vestibulares. Há alguns anos, era raríssimo encontrar vestibulares com menos de 10 candidatos por vaga. Hoje, à exceção das opções públicas, são raros os concursos que apresentam mais de sete, oito candidatos por vaga.
         Assistimos, lemos, ouvimos, diversas informações valiosas. Por que não as colocamos em prática, em uso? Por que não nos beneficiamos dessa enorme quantidade de informação que temos disponível? Em minha opinião, o maior problema, e que consequentemente se torna o maior diferencial, chama-se disciplina. Todos temos acesso a dados, pesquisas, biografias, cases etc. Mas só alguns poucos usarão essas informações e as colocarão em prática a seu favor. Só a disciplina faz com que aquilo que você escutou naquela palestra, que faz total sentido, que é verdadeiro, seja levado adiante, e gere uma real mudança de comportamento. Pouquíssimos saem diferentes de uma palestra ou curso, com alguma atitude diferente para determinado assunto.
         Todos sabemos do poder das indicações num processo de vendas. Quantos vendedores, depois de concretizada uma venda, pegam por escrito no mínimo três indicações, por exemplo, com seu cliente. Cliente esse que, obviamente ficou satisfeito com o atendimento recebido, senão não teria efetuada a compra. E não o fazem porque não têm a disciplina de criar uma sistemática em que isso seria um padrão a ser seguido.
         Alemanha e Japão sabem bem o poder da disciplina na competição mundial. Países arrasados por guerras, com poucas riquezas naturais, mas que de alguma forma figuram entre as quatro maiores economias mundiais há anos, e são referência quando o quesito é disciplina. Essa qualidade faz com que o indivíduo busque, estude e analise as melhores práticas existentes para determinado processo e se beneficie disso.
         Até mesmo para a nossa saúde, disciplina é o fator fundamental. Todos sabemos quais hábitos levam a uma vida saudável e quais não levam. No entanto, grande parte da população é obesa ou tem sérios problemas de saúde.
         E você, leitor, ao ler esse artigo vai ter a disciplina necessária para mudar? Aperfeiçoar-se, buscar o melhor no assunto de seu interesse e colocar em prática? Se sim, meus parabéns, você realmente tem diferencial em relação às outras pessoas.”.

(EVANDRO VEIGA NEGRÃO DE LIMA JUNIOR. Vice-presidente de Comunicação Social do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 4 de dezembro de 2016, caderno LUGAR CERTO CLASSIFICADOS, coluna MERCADO IMOBILIÁRIO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de MARCELO VIANNA, sócio-diretor da Conquest One, empresa especializada em contratação de profissionais especializados em TI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Carreira dos sonhos e aprendizado
        Ao longo dos anos nos questionamos sobre as melhores e mais eficientes maneiras de motivar e engajar um funcionário. E a cada nova geração, os objetivos mudam, se adaptam à realidade do país, à situação econômica, política e a mais uma série de outros eventos. Depois de 15 anos pesquisando as empresas mais desejadas pelos profissionais brasileiros, as empresas DMRH e a Cia de Talentos decidiram mudar e, segundo o que considero ser o melhor caminho, optaram por mudar a pesquisa Empresa dos Sonhos 2016 para Carreira dos Sonhos 2016.
         O estudo claro que, apesar de o mercado estar caminhando, ainda temos muito a aprender. E isso para todas as gerações, considerando o que a pesquisa dividiu em “jovens”, “média gestão” e “alta liderança”; o que podemos entender como as gerações dos baby boomers até a geração Z. E, de acordo com os resultados, é fácil compreender que vivemos uma mudança de era, a boa remuneração, apesar de desejada, não está mais no topo das aspirações, mas sim a qualidade de vida e o fato de trabalhar com propósito, sabendo exatamente o que se quer alcançar.
         Para os três grupos pesquisados o fator sucesso profissional foi elencado entre os três mais importantes; no caso dos jovens e da média gestão, esse sucesso está em primeiro lugar (67% e 62%, respectivamente); já para a alta liderança, ficou em segundo lugar, com 48%. Seguidos de boa relação familiar e do desejo de aproveitar a vida, viajar e conhecer novas culturas. O que faz total sentido, uma vez que jovens e média gestão estão em fases de experimentação e construção de trajetória profissional, e a alta liderança procura ter mais tempo para se dedicar à família.
         Obviamente que a paixão pelo que se faz e o prazer diário no trabalho fazem parte do chamado sucesso profissional, mas ainda mais importante do que isso é o fator de a realização pessoal dessas pessoas, o sucesso pessoal estar, de maneira unânime, ligado ao equilíbrio de vida. Primeira lição de casa: o que as empresas estão gerando para esses colaboradores?
         E se o dinheiro não fosse uma preocupação? Os três grupos responderam que fariam algo diferente. De maneira mais clara, 73% dos jovens, 83% da média gestão e 77% da alta liderança demonstram que o atual modelo de trabalho não satisfaz. Mas que modelo é esse oferecido pelo mercado? Como já dito, o salário é importante, mas equilíbrio de vida é ainda melhor.
         Entre as experiências desejadas, mais uma demonstração de que fazer algo diferente é um dos caminhos buscados: dos jovens à alta liderança, a opção de “abrir um negócio próprio” está presente. Mas como as empresas podem gerenciar e atrair talentos que já têm a veia do empreendedorismo? Eles são essenciais às companhias, uma vez que têm visão de negócios e senso de responsabilidade.
         A possível saída para isso são as lideranças inspiradoras, as que promovem a autonomia do colaborador e o instiguem a ter e a desenvolver ideias. Talvez por isso, nomes como Steve Jobs, Barack Obama, Jorge Paulo Lemann e Abílio Diniz estejam na lista.
         Um detalhe interessante é que cada vez menos profissionais têm uma empresa dos sonhos. O mundo hiperconectado e ansioso pela transparência fez com que o mundo corporativo repensasse políticas e estratégias na hora de atrair talentos. E dentro dos critérios que levaram os profissionais a escolher certas companhias, e que por sua vez irão retê-lo, estão o desenvolvimento profissional, elencado na lista dos três níveis, a boa imagem da empresa no mercado, os desafios e a realização de um impacto positivo na sociedade. Mais uma vez, o item remuneração/benefícios foi menos considerado. Ele aparece como última opção do grupo de média gestão. Já para a alta liderança, o interessante é o fato de que esse time continua a procurar empresas que prezem pelo seu crescimento e desenvolvimento profissional, mostrando que sempre há mais para aprender e desenvolver.
         É hora de entendermos que os padrões de comportamento estão caindo por terra. Padrões, que antes ditavam o que cada profissional devia ou não fazer estão mudando. E assim como no mundo do consumo, as empresas agora olham para a experiência dos seus funcionários. Afinal, engajamento e motivação são fundamentais para o sucesso de qualquer negócio e parceria entre colaborador e empresa.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 

          


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DE LÍDERES E A FAMÍLIA NA SUSTENTABILIDADE

“Por onde andam nossos heróis?
        O índice de abstenção, votos brancos e nulos foi recorde nas eleições municipais deste ano. Da mesma forma, o plebiscito ocorrido na Colômbia no mesmo dia teve uma pequena participação popular: o referendo que definiria o fim do conflito entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), instaurando um período de paz no país, contou com aproximadamente um terço da população. Em junho, também com uma tímida participação de eleitores, o Reino Unido decidiu sair da União Europeia.
         Esses fatos podem nos levar à seguinte reflexão: ao contrário do senso comum, não seríamos somente nós, brasileiros, que não sabemos ou não queremos votar? Poderíamos pensar em uma descrença globalizada em relação aos ideais de governança, modelos políticos e econômicos?
         As manifestações populares que tomaram as ruas do país, em 2013, já apresentavam uma característica em comum: a falta de liderança. Vários grupos de pessoas, com interesses diversos, denunciavam problemas e demandavam soluções imediatas, porém sem a convergência de seus anseios para um único endereço.
         O declínio de ideais de liderança promoveu um movimento reverso na opinião pública: gritar o que não se quer, de certa forma, desobrigou aquilo que se pensava quase impossível na atualidade: a escolha de uma representação ideológica. Parece que se tornou mais fácil destituir do que instituir.
         Diferentemente de tempos atrás, quando os ídolos eram muitos e o amor a eles incondicional, quase cego, percebe-se hoje uma certa volatilidade nas relações dos indivíduos com os referenciais por eles escolhidos e que, de um dia para o outro, perdem esse lugar.
         Contudo, apesar desse desencantamento ocasionado pela perda da representatividade política, um fato me chama a atenção: todos os anos, no mês de outubro, as manifestações de carinho aos professores são bastante expressivas. Alunos, pais, amigos e profissionais de outras áreas apresentam seu reconhecimento à profissão do docente.
         Afinal, ainda que o atual cenário não seja receptivo a representantes políticos de quaisquer classes sociais, o professor permanecerá como uma grande referência, mesmo em tempos de individualismos e autossuficiências?
         A educação mudou muito no decorrer dos anos, o papel do professor também. Por mais irônico que pareça, talvez o ato heroico dos profissionais da educação seja sobreviver a tamanha transformação das relações sociais. Essa sobrevivência revela a crença na profissão e uma insistência do professor em sua profissão e na transformação do homem e do mundo e, por parte de quem ainda o reconhece, a necessidade da legitimação de laços de admiração.
         Acredito que estamos atravessando um momento de reflexão e revisão de valores com um olhar menos romântico e voltado para o sentido mais profissional das questões políticas e econômicas.
         Enquanto caminhamos para o amadurecimento político, carentes por não ter quem admirar, torço para que os olhares se voltem para a educação, principalmente para as pessoas que nos ensinam e aprendem conosco.
         Provavelmente, estamos iniciando um tempo de desmistificação, de perceber que ídolos e heróis não têm superpoderes, não estão distantes, intocáveis e nem irão resolver todos os nossos problemas. Os verdadeiros são aqueles em que se fundamentam nossas referências de formação de valores e ética, e que, ao fazermos um exercício de olhar o nosso entorno, podem ser encontrados em casa, na escola, no trabalho, nos grupos de amigos e, quem sabe, dentro de nós mesmos.”.

(SÉRGIO PORFÍRIO. Diretor de ensino do Colégio Magnum Buritis, especialista em educação e em psicanálise, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de julho de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Vida familiar, uma escola
        Há uma perigosa, progressiva e ameaçadora perda do sentido da vida como dom precioso. São muitos os cenários que comprovam a maneira relativista com que se vem tratando a vida: o resultado é a crescente perda de seu valor sagrado. Assim, torna-se urgente compreender e investir sempre mais em processos educativos que permitam o enfrentamento dessa realidade problemática e ameaçadora. Isso porque a dinâmica da delinquência, incentivada pela impunidade, entra sorrateiramente no tecido da cultura urbana, moldando o comportamento de pessoas e grupos.
         Nesse cenário gravíssimo é constatar o quanto está corroído o núcleo da consciência individual pelas escolhas subjetivistas, voluntaristas, norteadas por conveniências que relevam até mesmo preconceitos e ódios. Desse modo, esses adiantados processos de delinquência surgem na contramão de tudo o que se pode presumir. Há um pisca alerta em último grau indicando a urgência de programas educativos mais efetivos para enfrentar esse caos. Os altos preços já pagos e os prejuízos evidentes alertam para o agravamento dos mais diversos tipos de violência, desde o terrorismo de estado até aquelas que se escondem no silêncio dos lares, a exemplo das abomináveis agressões às mulheres.
         Não bastam, porém, apenas intervenções pontuais nessas situações todas. É preciso completa reorganização nos funcionamentos da sociedade, considerando, sobretudo, o apreço sagrado pelo dom da vida. Inclui-se aí o enorme desafio de articular a complexidade e a diversidade das linguagens e das simbologias em meio às velozes transformações socioeconômicas, religiosas, políticas, culturais e ambientais. Também não bastam as intervenções estruturais na organização externa das realidades urbanas. É preciso investir em contextos com impactos estruturantes. No cenário amplo dos investimentos educativos, os governos, as igrejas, as academias, e os demais segmentos devem priorizar a família, sempre mais.
         Mesmo considerando-se superada a fase vivida recentemente, de relativização da família e até mesmo da preconização do seu fim, ainda não necessários ajustes na compreensão do que ela realmente representa. É essencial ter-se a clareza da importância de se constituir o núcleo familiar para ser qualificado no contexto educativo e, assim, ser capaz de questionar as realidades. Antes e acima do ensino formal está a família. Escola indispensável, nela se configuram os elementos estruturantes do caráter, da socialização, do exercício da liberdade, da cidadania e da capacidade de amar. Tudo isso mantém acesa a chama do respeito à sacralidade da vida, força capaz de reconfigurar os cenários que a ameaçam.
         É na família que nasce o novo caminho no enfrentamento daquilo que esgarça o tecido da cultura urbana, ao formar cidadãos capazes de oferecer a força do testemunho imprescindível a toda transformação, fundamentado na justiça, na verdade e na paz. Essa competência para intervir positivamente na realidade estrutura-se primeiramente a partir das relações familiares. Com a preponderância das figuras parentais é que se dá o aprendizado da indispensável dinâmica da reciprocidade, do sentido do outro, de sua dignidade e, sobretudo, do gosto por amparar e promover a vida.
         A primeira e mais importante escola da vida não pode, contudo, caminhar sozinha. Esses desafios todos exigem políticas públicas adequadas, espiritualidade qualificada, sentido social e político da cidadania, que resultem em práticas capazes de fecundar o respeito incondicional à vida.
         Âmbito da socialização primária, a família oferece os meios insubstituíveis de produção de um tecido urbano mais civilizatório, constituindo-se em lugar privilegiado para se repensarem hábitos, relacionar-se com os outros, respeitar, ouvir e dialogar. Se não se aprendem as boas maneiras de convivência em casa, comprometido estará o modo de se habitar em meio à comunidade, empurrando, mais aceleradamente, a sociedade para o caos.
         A abordagem desta questão emoldurada pela complexidade da cultura urbana contemporânea e pela realidade desafiadora própria da família, convida a refletir, debater e investir em novos cenários para fazer da vida familiar uma verdadeira escola. Todos somos sempre aprendizes.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 

          
  
          
   

         

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DA SAÚDE INFANTIL E A URGÊNCIA DE MAIS IDIOMAS

“Pela saúde de nossas crianças
        O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu acesso, mês passado, ao resultado de centenas de fiscalizações realizadas pelos conselhos regionais de medicina (CRMs) ao longo de 2015. Em meio ao calhamaço de informações para subsidiar os auditores, um ponto se destaca: o descaso para com a infraestrutura da rede pública de atenção primária.
         É justamente nas 41 mil unidades básicas de saúde (UBSs) espalhadas pelo país que os pacientes deveriam ter acesso às ações de promoção da saúde, de prevenção de doenças e de cuidados. Uma rede que, idealmente, deveria apresentar índice de mais de 80% de resolubilidade.
          Plenamente eficientes, ajudariam a reduzir a incidência de doenças e a controlar os problemas crônicos, com menos sequelas e mortes, esvaziando hospitais e, o que mais gostam de ouvir os gestores, diminuindo custos.
         Contudo, os dados mostram uma rede à margem de suas possibilidades. A falta de instalações adequadas, de equipamentos e insumos não permite que cumpram suas missões. É o abandono da população, justamente quando se encontra mais frágil.
         Das e266 UBSs vistoriadas pelos conselhos de medicina, em 2015, 739 (58%) apresentavam mais de 30 itens em desconformidade com o estabelecido pelas normas legais em vigor. Sob a responsabilidade dos atuais gestores, deixaram de cumprir exigências criadas pelo próprio Ministério da Saúde, entre outros órgãos, com o objetivo de proporcionar ao médico e ao paciente um ambiente adequado para o trabalho dos profissionais e o atendimento das comunidades.
         O descaso transparece em contextos incompatíveis com a dignidade humana e a responsabilidade técnica. Em 41% das unidades não havia um negatoscópio (aparelho para avaliar uma radiografia). A falta de estetoscópio foi registrada em 23% das fiscalizações e a do esfignomanômetro (usado para medir a pressão), em 20%.
         A falta de instalações mínimas em locais onde a limpeza é fundamental também foi percebida. Em 3% das UBSs visitadas não havia sanitários para os funcionários; em 8% faltavam pias ou lavabos; a falta de sabonete líquido foi percebida em 16%, e de papel-toalha em 18%.
         A pediatria é uma das especialidades que mais sofrem com esta situação que beira o surreal. No Brasil, há 35 mil especialistas na área. Pouco mais de 70% deles atuam na rede pública, principalmente nesta rede que, como provam os conselhos de medicina, carece de quase tudo. Mesmo assim, num contexto completamente adverso, eles têm se desdobrado para oferecer às crianças e adolescentes o mínimo do que precisam.
         Eles cuidam da saúde de 50 milhões de brasileiros, com idades de até 18 anos, que dependem exclusivamente do SUS para ter acesso a consultas médicas, exames, internações e cirurgias. No entanto, no cenário atual, profissionais e pacientes enfrentam situações-limite que causam desespero nas famílias e impõem dilemas éticos aos médicos, cerceados por fatores que fogem ao seu controle.
         Em nome da saúde e do bem-estar dos jovens brasileiros, esta realidade deve ser transformada com urgência por meio de uma gestão competente. Neste contexto, a assistência pediátrica de qualidade tem que ser vista como prioridade, pois se ocupa fundamentalmente daqueles que, mais que todos, precisam de um governo que compreenda seu papel e entenda que o povo exige respeito à sua cidadania.”

(LUCIANA RODRIGUES SILVA, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), e SIDNEI FERREIRA, diretor do Conselho Federal de Medicina (CFM), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de agosto de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de novembro de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de MARCELO BARROS, diretor de educação do CNA e diretor e conselheiro vitalício do BRAZ-TESOL, e que merece igualmente integral transcrição:

“Brasil bilíngue: o sonho distante
        The book is on the table. O cliché nunca fez tanto sentido para ilustrar a relação do brasileiro com o inglês. Literalmente, o livro está sobre a mesa, pois aprender o idioma nunca foi tão “fácil” quanto agora. Seja por meio dos cursos presenciais com preços mais acessíveis, ou mesmo das tecnologias de ensino a distância que facilitam a prática, a grande questão é que jamais houve tantas possibilidades diferentes para aqueles que querem conquistar a fluência na segunda língua. Dito isso, a pergunta que fica é: por que, mesmo assim, a imensa maioria dos brasileiros não fala inglês?
         Já é sabido que dominar o inglês aumenta, significativamente, as chances de um salário maior, como apontou uma recente pesquisa conduzida pela Catho. Segundo o estudo, um profissional em nível de coordenação, por exemplo, pode ganhar em média 61% a mais do que aquele que não fala o idioma. Isso sem falar nos benefícios econômicos que o país pode ter, alavancando o turismo e a internacionalização dos negócios. Mesmo assim, levantamentos ainda mostram que apenas 3% da população brasileira pode ser considerada fluente no inglês, um número extremamente baixo, principalmente quando comparado ao de outros países latino-americanos próximos, como o Chile e a Argentina.
         A empresa de educação internacional Education First (EF) divulga, anualmente, um ranking que avalia o nível de proficiência em inglês em diferentes países, no mundo inteiro. No levantamento de 2015, o Brasil ocupava a 41ª colocação em 70 países. Na mesma lista, países como Argentina, República Dominicana, Peru, Chile, Equador e México estão à frente. E os motivos para essa defasagem, a meu ver, são sobretudo culturais.
         Um importante ponto que precisa ser desmistificado para aumentar a relevância do inglês é o argumento de que, antes de nos preocuparmos em ensinar um segundo idioma, precisamos concentrar nossos esforços na língua materna do brasileiro. Na verdade, é inegável que o aprendizado da língua portuguesa é fundamental e ainda há muito trabalho a ser feito nesse sentido. Mas, ao contrário do que muitos pensam, o ensino dos dois idiomas não é excludente entre si, muito pelo contrário. Pesquisas de linguística e neurociência já comprovaram que quanto mais idiomas uma pessoa domina, maior a facilidade para aprender os demais. Isso se dá, principalmente, pela possibilidade de estabelecerem relações entre o que já foi aprendido e o novo conhecimento.
         Outro ponto polêmico que precisa ser debatido é o papel de recursos como músicas, filmes e séries na aprendizagem do idioma. Na verdade, assim como uma criança não aprende todos os aspectos do português apenas ouvindo os seus pais conversando, o aprendizado do inglês também não ocorre apenas pelo acompanhamento dos diálogos na TV ou pela tradução de letras de músicas. É verdade que a prática é muito válida como reforço da aprendizagem, porém, é fundamental que haja esforço e sistematização para a compreensão conjunta das quatro habilidades básicas da língua: o speaking (fala), o listening (compreensão auditiva), o reading (leitura) e o writing (escrita), respeitando, inclusive, as regras gramaticais e discursivas que coordenam sua composição. Em muitos casos, a comunicação dos “autodidatas” pode até ocorrer, mas geralmente dentro de um quadro limitado – quando a pessoa pode entender e falar, mas pode não escrever ou ler corretamente, por exemplo. A proficiência, nesses casos, fica bastante comprometida.
         Por fim, é fato que inúmeros outros obstáculos também precisam ser superados para que o brasileiro comece a priorizar e a estudar o inglês como se deve. Até mesmo o acesso a ferramentas de educação que ofereçam oportunidades reais para a prática do idioma ainda é escasso, o que pode aumentar o desinteresse ou prejudicar o aprendizado da língua.
         Felizmente, a tecnologia, em suas várias formas, vem ajudando os educadores e aprendizes a superarem essa barreira e já vemos soluções ótimas para estimular a compreensão e a conversação. Em geral, a mensagem mais clara que fica é que precisamos promover logo uma verdadeira mudança no pensamento e na forma como as pessoas encaram o tema, pois só assim colocaremos em curso a mudança que fará do Brasil um país verdadeiramente fluente em inglês. The book is on the table, e precisamos que ele seja lido.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...