“Ouvir
os gemidos da natureza
A cena do rio de lama
de rejeito de mineração e toxicidade a avaliar, arrastando tudo que estava no seu
caminho, causou profunda tristeza em todos nós. A terra literalmente vomitou
aquilo que não lhe pertencia e escancarou nossa incompetência para o mundo.
Enquanto assistia ao noticiário, me perguntava quanto daquela lama me pertencia
e o que esse desastre humano, ambiental e animal nos diz de nosso modo de
viver.
Um dos
princípios-chave da ecologia são os processos cíclicos. Na natureza, há
produção de resíduos, entretanto, o que é resíduo para um organismo é alimento
para o outro. Logo, não há “lixão” no mundo natural, muito menos barragem para
conter rejeitos. Entre nós, ao contrário, os processos são lineares. Extraímos
um bem natural, aproveitamos parte, descartamos em algum lugar o que não nos
interessa. Por onde passamos deixamos um rastro de lixos que serão recolhidos e
amontoados em algum lugar. Nesse sentido, temos parte nesse rejeito.
O
complexo do Paraopeba, onde estava a barragem da mina do Córrego do Feijão,
produzia minério de ferro, principal produto da Vale, que também produz minério
de manganês, carvão, níquel, cobre, cobalto e ouro. Os minerais, em geral, são
utilizados nas estruturas de edifícios, aviões, cabos elétricos, celulares,
carros, geladeiras etc. Ou seja, o conforto que demandamos e do qual não
abrimos mão exige a existência de mineradoras e, consequentemente, a produção
de rejeitos. Queremos equipamentos eletrônicos de “última geração”, mesmo
sabendo que ao sair da loja já estará ultrapassado? Sim! Então, onde fica a
“barragem” para tanto resíduo eletrônico? Segundo dados da United Nations Environment
Programme (Unep), das Nações Unidas, até 90% desse lixo são despejados de
qualquer jeito no continente africano, sem nenhum critério ou respeito pelas
pessoas ou pela natureza, pois custa mais barato do que reciclar, devidamente, no
mundo industrializado de onde se originam. Nesse sentido, temos parte nesse
rejeito.
Grande
parte daquilo que compramos não tem relação alguma com aquilo que, de fato,
iremos consumir ou mesmo precisar. O que é possível fazer? Recusar,
reaproveitar, reduzir, fazer compostagem e participar da coleta seletiva.
Pode-se, também, não fazer nada e deixar que tudo vá para o aterro “sanitário”
(onde houver) e lá deixar que despejem os rejeitos. Contudo, o aterro não é
eterno nem tão sanitário. Tem vida útil curta, em torno de 10 anos ou mais,
conforme a tecnologia, o volume e a localização, e soluciona apenas em parte os
problemas causados pelos excessos que produzimos. Nesse sentido, temos parte
nesse rejeito.
Precisamos
nos alimentar, entretanto, um terço da produção mundial de alimentos vai para o
lixo em algum momento do processo de colheita até chegar à mesa. Isso equivale
a 1,3 bilhão de toneladas por ano, o suficiente para alimentar todo o
continente africano, segundo relatório das Nações Unidas (2011). Isso me faz
lembrar que tenho parte nesse rejeito. Se a carne faz parte da minha
alimentação, é preciso considerar que a produção de um quilo consumo em torno
de 16 mil litros de água, segundo a Water Footprint. Esse bife foi, um dia, um
mamífero de proximamente 520 quilos que comeu todos os dias. Ocupou espaço e,
para isso, foi preciso desmatar para abrir pasto ou plantar soja para produzir
ração. Quando vivo, arrotou gás metano, produziu, segundo o Departamento
Federal de Viçosa, 30kg de fezes e urina por dia (21kg de fezes e 9kg de urina)
e viveu por volta de 18 meses. Se o rebanho bovino brasileiro está, segundo o
Censo Agropecuário 2017 – IBGE, na casa de 214,9 milhões de cabeças, isso
significa que são lançadas, diariamente, 6,447 bilhões de quilos de fezes em
algum lugar do Brasil, no pasto ou na área de confinamento. Se ajuntássemos
todo esse volume em um só lugar, precisaríamos de 537,25 represas/dia, como
aquela que se rompeu em Brumadinho, somente para conter esse rejeito. Nesse
sentido, é da nossa alçada, naquilo que serviços o nosso prato todos os dias,
não fazer parte desse rejeito.
A
tragédia de Brumadinho chega em um momento crítico para o meio ambiente quando,
lamentavelmente, ouvimos ameaças de ampliar o desmatamento para monoculturas
até na Amazônia; do Brasil sair do Acordo de Paris; de aprofundar a submissão
da política ambiental às políticas da agricultura; da indicação de nomes da
bancada do agronegócio para setores estratégicos em relação à preservação do
meio ambiente; da abertura das reservas naturais e indígenas em favor da
agricultura e da mineração; críticas às normas ambientais consideradas
rigorosas demais e o fim das multas ao setor agrícola. A morte dos rios já
denuncia este caminho suicida. Em nome de todos e de tudo aquilo que deixou de
existir em Brumadinho, pessoas, animais, árvores, rios e histórias, possamos
despertar para ouvir os gemidos da natureza e nos colocarmos com urgência em
sua defesa.”.
(ALELUIA
HERINGER. Diretora do Colégio Santo Agostinho de Contagem e doutora em
educação pela UFMG, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de fevereiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
5 de abril de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:
“Autênticos
e coerentes
A autenticidade e
coerência são valores que devem marcar o selo de qualidade da conduta cidadã,
especialmente neste momento desafiador da história. A ausência desses valores
pode explicar a grave crise institucional que tem impactado negativamente nos
segmentos importantes da sociedade. Situação que exige mudança de rumos e,
nesse sentido, reformas nos mais diferentes âmbitos da configuração social e
política são necessárias, mas insuficientes. Por si, não têm a força
transformadora capaz de resgatar os tesouros existentes na identidade de cada
pessoa – valores indispensáveis para se alcançar o sonho de uma sociedade mais
justa e solidária. Sem o devido cuidado com a interioridade humana, permanecerá
a lista de prejuízos na esfera governamental, no mundo religioso, na educação,
na saúde e no cuidado social.
As
derrocadas, cada vez mais frequentes, sofridas por toda a sociedade exigem
novas atitudes, sob pena se aumentar o enorme precipício que se interpõe nos caminhos
da humanidade. Não se trata aqui de
fazer terrorismo, mas alertar para os prejuízos em decorrência da falta de
comprometimento com a autenticidade e a coerência. Não se pode permitir que
esses princípios cedam lugar à inversão de valores, a exemplo da idolatria do
dinheiro, que faz crescer a indiferença entre as pessoas e à Casa Comum. É
urgente que todos reconheçam: buscar somente o próprio bem-estar, de modo
egoísta, submetendo tudo à lógica do dinheiro, impede o êxito dos esforços para
se alcançar a verdadeira paz. Uma atitude, comum e patológica, que torna a vida
um pesadelo, contribuindo, paradoxalmente, para alimentar as mazelas que vão
atingir, cedo ou tarde, os que se percebem seguros no seu bem-estar, ancorados
somente no que possuem.
A necessária
correção de rumos exige, assim, a superação do egoísmo e da indiferença. Nesse
sentido, um caminho seguro e aberto a todos é acolher a convocação redentora
deste tempo da quaresma, que vem do coração do Mestre e Salvador Jesus:
convertei-vos e crede no evangelho. Quem acolhe esse convite com humildade
consegue engajar-se verdadeiramente nas suas comunidades familiar, religiosa,
governamental e em tantas outras, de modo autêntico e coerente, indo além do
simples investimento no acúmulo de ganhos pessoais, das ações fundamentadas nas
futilidades e vaidades.
Mas
acolher o convite de Jesus é também um desafio, neste tempo de tantas
polarizações, comprovadamente perigosas. Quem age de modo coerente com o
evangelho não pode enrijecer-se nos estreitamentos de mentalidades e de juízos
tendenciosos, distantes da verdade, da justiça e, consequentemente, do amor.
Por isso mesmo, o tempo da quaresma pede a cada pessoa compromisso com a
humildade na vivência do jejum, da oração e da caridade – dedicação, principalmente,
aos que mais precisam de amparo. Caminho bem diferente do que é trilhado por
quem se contenta com o fracasso dos outros ou se dedica a propagar mentiras
para conquistar benesses e comodidades.
Lamentavelmente,
a mentira é também um mal que se expande velozmente no mundo contemporâneo,
contaminando os mais diversos tipos de relações. As pessoas parecem se
habituar, cada vez mais, com a mentira e, consequentemente, se distanciam da
verdade. Oportuno é lembrar o que diz Santo Agostinho, quando relata ter visto
muitas pessoas que enganam outras, mas jamais ter encontrado alguém que
gostasse de ser enganado. Se todos assumissem o propósito de nunca mentir por
não apreciar o prejuízo de ser enganado, a realidade mudaria para melhor e a
verdade seria reconhecida, de fato, como bem imprescindível. Há, pois, de se
tomar consciência sobre a negatividade ética das mais diversas formas da
mentira – a que é dita sobre os outros, a que se propaga para arquitetar a
corrupção, a que busca assegurar cargos nas instituições e também a que
alimenta ilusões sobre si mesmo.
Enfrentar
a mentira e as muitas crises que ameaçam a humanidade é uma urgência. A sincera
oração a Deus, inspirada pelas palavras de Santo Agostinho, contribui para a
superação desse desafio, qualificando a própria interioridade: “Fazei que eu
vos conheça, ó Conhecedor de mim mesmo, sim, que vos conheça como de vós sou
conhecido. Ó virtude da minha alma, entrai nela, adaptai-a a vós, para a terdes
sem mancha e sem ruga”. Todos tenham, assim, iluminados pela fé, oportunidade
de investir mais na autenticidade e na coerência, alicerces imprescindíveis para
a edificação da própria interioridade.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca
de 295,53% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 317,93%; e já o IPCA, em
março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,58%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura,
além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências
do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações,
da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da
paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental,
com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte
de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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