Mostrando postagens com marcador A alegria do Evangelho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador A alegria do Evangelho. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E OUSADIA DA QUALIFICAÇÃO DO APRENDIZADO E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Educação: a única saída
        A inovação é hoje uma das principais ferramentas de crescimento, tanto de empresas quanto de nações. Inovar se tornou a chave para expandir o mindset de empresários de maneira a enxergar novas saída para antigos problemas e, sobretudo, driblar as crises locais e mundiais.
          A economia nunca dependeu tanto de um modo de pensar inovador. Entretanto, inovar depende muito mais das pessoas do que de tecnologias, como dita nosso preconceito natural. É por isso que, mesmo investindo em processos e tecnologias, ainda é preciso dar um passo importante rumo ao investimento em capital humano.
         Em um país onde a educação é um problema constante, o Brasil está ficando para trás em inovação justamente porque falta ao brasileiro um espírito de eterno estudante, antes do espírito do arrojado empreendedor. Inovar demanda se atualizar, estar em constante movimento de aprendizado, deixando a mente fértil para receber ideias novas.
         Trabalhador o brasileiro sempre foi. Porém, a nutrição de conhecimentos e pensamentos inovadores ainda é fraca, porque temos péssimos incentivos ao aprendizado. Isso se reflete até mesmo nos cursos disponíveis em universidades. Até existem formações, mas elas são poucas, nem sempre bem certificadas, e quase sempre falta um guia direcional para o estudante se desenvolver em inovação.
         Não existe mudança de paradigma sem capacitação de gente. Mudar milhares de processos não vai adiantar nada se a mente de quem movimenta a empresa não mudar. Inclusive, atualizar-se nem sempre é fazer uma nova faculdade. Cursos livres, ler livros, buscar especializações, programas de inovação são até mais importantes que as velhas formas de estudar.
         Nós ainda acreditamos que, ao completar uma faculdade, está tudo resolvido e que agora só é preciso trabalhar até se aposentar. É preciso mudar esse jeito de ver o estudo: como uma etapa chata a ser vencida e esquecida.
         Assim, investir em capital humano é a saída para as empresas. Porém, antes disso, é preciso investir na mudança de paradigma de aprendizado e educação do brasileiro. Fazer isto demanda tempo e esforço, e com certeza precisa de diversas partes: empresas, governo e, acima disso, de cada profissional.
         Quando uma empresa busca inovar, ela precisa fazer isso primeiro com seus colaboradores, em seguida em seus processos, e aí sim está pronta para lidar com novas tecnologias e ideias. É um processo que, se não partir da educação, será apenas uma iniciativa sem seguimento, rasa. Essa é a única maneira efetiva de inovar.”.

(ALEXANDRE PIERRO. Engenheiro mecânico, bacharel em física aplicada pela USP e fundador da Palas, consultoria em gestão da qualidade e inovação, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 4 de janeiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Ser cristão no 3º milênio
        Impacta sempre, e muito, a fugacidade do tempo. Nada tem força para deter a voracidade do tempo, que passa inexoravelmente. Só o horizonte da eternidade, para aqueles que têm fé no Filho de Deus – Salvador e Redentor da humanidade – consola e é certeza da vitória definitiva sobre a fugacidade do tempo. As abordagens filosóficas e antropológicas sobre o tempo carregam riquezas preciosas, lições que, aprendidas, qualificam o existencial humano e dá ao tempo que passa sentido consistente. Desenham o horizonte de uma vida marcada para o desabrochamento que a eterniza.
         Buscar uma qualificada razão para viver é dinâmica intrínseca da condição humana, com a incidência não apenas no cotidiano de indivíduos, mas em toda a sociedade. Neste momento em que se completam duas décadas deste terceiro milênio, exercício indispensável é uma avaliação pessoal capaz de identificar quais mudanças são necessárias à própria vida. Com os instantes que transcorrem, marcados por incontáveis e impactantes avanços tecnológicos, torna-se urgente conceber equivalentes progressos humanísticos e espirituais, tão necessários a este tempo.
         A realidade se sobrepõe a qualquer argumento ao demonstrar que os importantes avanços tecnológicos e cibernéticos são insuficientes para garantir qualidade de vida a todos. A base para a evolução da humanidade alicerça-se em pilares humanísticos e espirituais, que devem fazer frente a diferentes ideologias – linhas de pensamento que deterioram valores éticos e morais, resultando em graves prejuízos para todos. A perda desses valores gera intolerância, permissividade, desrespeito e desfiguração de identidades – de indivíduos e instituições – produzindo diferentes formas de violência.
         É preciso buscar o que está faltando para reverter as dinâmicas que deterioram a vida humana, pois as duas primeiras décadas deste terceiro milênio ainda não ofereceram sinais de melhorias dos males que marcaram o século 20. Os processos educativos formais, até mesmo nos grandes centros acadêmicos e científicos, não estão dando conta de promover ampla qualificação humanística, com incidências transformadoras na realidade. Há, pois, nesse campo, insubstituível meta, que deve ser assumida por todos: promover e reconhecer a preciosidade da vida humana, razão pela qual o Verbo de Deus se fez carne e veio morar entre nós, para salvar a humanidade.
         Todos têm responsabilidade nessa missão de promover os princípios éticos e morais. De modo especial, é tarefa dos cristãos superar disputas entre si, com ou sem razões confessionais, no sentido de oferecer ao mundo uma fonte inesgotável de valores humanísticos: a Palavra de Deus, que tem força para combater o relativismo defendido por ideologias, com a troca de certos princípios por uma liberdade ilusória. Ouvir e acolher o evangelho produz frutos e qualifica a interioridade humana. Buscá-lo é atitude essencial para fazer da terceira década deste milênio mais do que simplesmente um tempo promissor.
         Na escuta do evangelho, vale dedicar-se de modo especial ao Sermão da Montanha, com a sua força transformadora. Quem busca essa Palavra coloca-se diante de Deus, em atitude de escuta, que faz reverberar o sentido de fraternidade solidária, a partir da consciência de que todos são filhos de Deus. Ouvir a Palavra causa impacto, é uma experiência que permite aprender misticamente a imprescindível lição que vem do coração de Deus. “Ouvistes o que foi dito: amarás o teu próximo e odiarás o tem inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” O cristão tem, pois, uma grande contribuição a oferecer nesta corrida contra o tempo: partilhar os valores do evangelho neste terceiro milênio.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 279,83% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 305,71%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,05%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


          

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIANTES E FASCINANTES HORIZONTES DO NOVO MUNDO E A LUZ DO EVANGELHO NA SUSTENTABILIDADE


“Um novo mundo chamado VUCA
        Sempre que a civilização passa por revoluções disruptivas e dissonantes, o mundo inteiro muda de maneira profunda. Nos últimos tempos, essas mudanças têm sido mais rápidas e intensas, o que gera maior probabilidade de interrupção dos modelos já conhecidos.
         Isso tem impactado as experiências, principalmente as empresas, que se viram com novos desafios nas últimas décadas. As que não conseguiram navegar pelas rápidas novidades trazidas em seu mercado por esses tipos de forças agora enfrentam mudanças inevitáveis. Entretanto, a carência de liderança, flexibilidade e imaginação para se adaptar tem ocasionado resultados negativos, o que leva a um alerta para os negócios, instituições e estados.
         Esse movimento fez surgir o termo “mundo VUCA”, que se refere ao estado atual e imprevisível dos novos tempos. VUCA é um acrônimo que significa volatility (volatilidade), uncertainty (incerteza), complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade). Criada na década de 90, a ideia foi introduzida para descrever as mudanças drásticas que acontecem no mundo, focando nas incertezas e multilateridade das ações. Posteriormente, foi adotada por líderes empresariais para descrever as alterações vividas no ambiente de negócios, que se tornou caótico, turbulento e extremamente volátil, resultando na incerteza e falta de previsibilidade de problemas e eventos.
         O modelo VUCA identifica as condições internas e externas que afetam as organizações. A maioria das regras antigas já não se aplicam mais, e os limites em torno das empresas estão mudando, formando redes globais de relações complexas entre as partes interessadas.
         Para superar essa nova onda, algumas habilidades podem ser desenvolvidas para ajudar a dar sentido às lideranças em um ambiente VUCA. Algumas delas são visão, entendimento, clareza e agilidade.
         Criar uma visão e “dar sentido ao mundo” talvez seja mais importante do que em qualquer momento da história moderna para muitas empresas, já que a economia global abrange todos os países. Para isso, é necessário entender os próprios valores, mas também as intenções dos outros, capacidade essencial de saber o que você quer ser e aonde quer ir, mas se tornando aberto a várias maneiras de atingir o objetivo final.
         A busca pela clareza em relação a si mesmos e por relacionamentos e soluções sustentáveis contribui para saber como liderar nos momentos de desordem, que exigem maior capacidade de utilizar todas as facetas da mente humana. A agilidade também acaba sendo essencial, sendo ela o equilíbrio para enfrentar as forças turbulentas que não podem ser evitadas – assim, se é capaz de se adaptar rapidamente para aproveitar as vantagens que se apresentam no novo cenário.
         Com esse novo cenário, há duas possibilidades: olhar para o mundo por meio de uma lente chamada VUCA e dizer “é um mundo difícil”, ou aprender e desenvolver habilidades corretas e dizer “é um mundo que está mudando rapidamente e pode-se navegar por ele com sucesso”.”.

(DÉBORA MORALES. Mestra em engenharia de produção (UFPR) na área de pesquisa operacional, especialista em engenharia de confiabilidade (UTFPR) e graduada em estatística e em economia, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de dezembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 7 de dezembro de 2018, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Evangelho sem ideologias
        Os cristãos não podem se conformar com este mundo. Esta indicação do apóstolo Paulo é bem adequada para a atualidade, quando as pessoas se deparam com diferentes ideologias. Cada uma delas capaz de promover variadas configurações para os contextos social, político e cultural. Diante dessas ideologias, os cristãos não podem negociar os ensinamentos do evangelho do reino de Deus e, consequentemente, a cidadania civil, de modo a qualificá-la.
         Obviamente, ser fiel aos princípios cristãos, diante das mais diversas ideologias, não significa isolar-se ou distanciar-se do mundo. Os discípulos de Jesus têm o compromisso insubstituível de testemunhar, com a vida, a sua fé. Vale retomar o que ensina o sermão da montanha. Jesus, na sua maestria, define e convoca seus discípulos a serem “sal da terra e luz do mundo”. Conforme orienta o Mestre, a luz, referência a comportamentos e condutas, não pode ser colocada debaixo de um caixote, por ter a propriedade de iluminar todos os que estão na casa. No que se refere ao sal – referência à sabedoria – não pode perder o seu sabor, tornando-se insosso.
         Sal e luz, alusões diretas e instigantes ao comportamento cristão, no contexto de sombras e dissabores próprios do mundo. Por isso, a tarefa missionária de todos é cultivar um jeito de ser que esteja em sintonia com a condição humana de filhos de Deus. Dessa forma, cada pessoa torna-se instrumento para alcançar o que se antevê pela fé: a consumação do reino de Deus. Jesus, no capítulo 17 do evangelho de São João, ora pelos discípulos e pede a Deus que não os retire do mundo, mas, ao mesmo tempo, não os deixe “ser do mundo”. Permaneçam fiéis e íntimos do Pai, a exemplo de Jesus, para alcançar a audaciosa meta: que “todos sejam um”.
         O evangelho, no conjunto da revelação que a palavra de Deus apresenta, é um arcabouço espiritual e moral insubstituível, páginas que configuram a identidade do discipulado em Jesus Cristo. Dedicar-se às sagradas escrituras revela uma certeza: a palavra de Deus é maior que ideologias, sempre marcadas por limitações. Os cristãos não podem permitir que o evangelho de Jesus, límpido e cristalino ensinamento, seja confundido, misturado, substituído ou negociado, para se adequar a qualquer tipo de ideologia – seja política, de gênero, cultural ou qualquer outra. Ora, distorcer o que ensina o evangelho é, justamente, estar na contramão do que diz a palavra de Deus. Trata-se de um grande risco, pois todos podem ser arrastados pelos estereótipos de “esquerda” ou de “direita” que empunham bandeiras incontestavelmente opostas às lições de Cristo.
         A complexidade desse risco se agrava no momento em que certas ideologias disseminam características aparentemente similares às do evangelho, mas, na verdade, promovem a mistura “do joio com trigo”. Existem, ainda, os que dizem defender os ensinamentos cristãos, mas, na prática, agem na contramão do evangelho. Deve-se, pois, ter clareza sobre os valores e princípios que nascem da palavra de Deus, para não misturá-los com o emaranhado de ideologias que permeiam o caminho sociocultural e político da sociedade.
         Os panoramas históricos e tipológicos de ideologias comprovam as suas complexidades, demonstradas pelas relativizações ou defesa de certas situações compreendidas como “verdades absolutas”. Isso é bem diferente do evangelho, origem de uma antropologia e uma espiritualidade que não permitem adaptações. Sabe-se que é impossível para uma sociedade ser distante ou isenta em relação a ideologias. Por isso mesmo, é muito necessário reconhecê-las como uma circunscrita visão de mundo. Uma perspectiva, entre tantas, que se torna ponto de partida para ações de pessoas ou grupos. A partir dessa realidade, pede-se a cada cristão, diante da ideologia de gênero, de ideologias político-partidárias ou culturais, para resistir, na força do testemunho de fé. Uma postura necessária para fazer valer a ética e a moral do evangelho de Jesus, no conjunto de sua palavra, que é de Deus, desdobrada na doutrina da fé e nos seus ensinamentos.
         Oportuno e qualificado exercício é ler, meditar e orar o sermão da montanha, capítulos cinco a sete do evangelho de Mateus, para uma avaliação pessoal e de grupos sociais. Quem se dedicar a esse exercício, diariamente, viverá um processo contínuo de purificação, livre de ideologias, acima delas. Testemunhará com fidelidade o evangelho.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 275,68% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 300,37%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,05%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE E A LUZ E ALEGRIA DO EVANGELHO NA SUSTENTABILIDADE


“Morosidade e indiferença
        Em nosso país, observamos, com tristeza, a morosidade e a indiferença conquistarem espaços em várias instituições e empresas. Por motivos diversos, os serviços aos cidadãos e às suas justas reivindicações não são agilizados, o que tenciona as relações sociais, causando sofrimento às pessoas envolvidas.
         As atitudes de lentidão e, muitas vezes, de proposital indiferença, nos assustam. Chama-nos a atenção, nos grandes centros urbanos, a demora exagerada – e a burocracia – de algumas instituições e empresas em responder às reclamações e reivindicações das pessoas que pagam pelos seus serviços. As empresas de telefonia, de cartão de crédito, de canais de televisão, entre outras, sabem muito bem do que estamos dizendo. Em cidades menores e áreas rurais, as conduções, além de morosas, são atrapalhadas. As negociações com os proprietários rurais acometidos pelos desastres ecológicos e pelas construções de usinas hidrelétricas são exemplos gritantes do que afirmamos.
         É fundamental que as instituições e empresas enxerguem as pessoas nos processos que conduzem e se mobilizem para atender de forma justa e ética às demandas que recebem. Caso contrário, causarão um mal terrível. A preocupação maior é, sem dúvida, de se acostumarem com as práticas vigentes, acreditando que elas fazem parte das rotinas, fluxos e protocolos.
         Para ilustrar a nossa discussão, buscamos na área da saúde – sobretudo na saúde coletiva – uma expressão muito utilizada nos estudos epidemiológicos. Referimo-nos à expressão “evento sentinela”, que faz referência aos agravos, doenças e situações que estão ocorrendo, mas que poderiam ser evitados. Pois bem, nos serviços de saúde, uma vez identificados esses eventos, há grande mobilização dos profissionais de saúde, levando-os a tomar medidas no sentido de verificar os fatores envolvidos e as formas de superar o problema encontrado. Podemos fazer uma analogia aplicando o significado dessa expressão quando constatamos as atitudes de morosidade e indiferença que não deveriam ocorrer em nosso meio e que, embora evitáveis, lamentavelmente passaram a ser muito frequentes no nosso cotidiano.
         Repensar os processos e investir em formas mais respeitosas, ética e competentes de condução, parece-nos ser o melhor caminho. Sabemos quão difíceis e desgastantes são determinadas negociações e acordos. Muitas vezes de ambos os lados. Entretanto, não podemos desconsiderar que é preciso mudar a forma de negociar, visivelmente ligada ao “levar vantagem em tudo”, ao “ganhar tempo e cansar o outro”, ou “aguardar o momento ‘certo’ para que aceite qualquer proposta.
         Acreditamos que é fundamental investir na qualificação (técnica e moral) das gerências e dos profissionais de algumas instituições e empresas – públicas e privadas –, sobretudo no que diz respeito ao acolhimento, à atenção e à condução dos direitos do cidadão. Só assim os “eventos sentinela”, que atormentam a prática e as relações empresa-instituição-cidadão, já tão frequentes em nosso meio, diminuirão. Oxalá desapareçam. A incorporação do zelo, da delicadeza e a capacitação para atender as pessoas em seus direitos e necessidades proporcionarão mudanças substanciais nas relações e encaminhamentos das empresas e instituições de forma a torná-los mais ágeis, efetivos e humanos.
         A esperança que temos é que chegará o dia em que será desnecessário ocupar os serviços da Justiça com questões conhecidas e reconhecidas por todos como direito do cidadão por serem extremamente óbvias – e esperar por longo período a sua resposta –, porque haverá responsabilidade e sensibilidade para com o ser humano.”.

(ARISTIDES JOSÉ VIEIRA CARVALHO. Médico e professor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Amado papa Francisco
        ‘Sem nada ter, tudo pode ser e cantar feliz’, eis a expressão de São João da Cruz que bem define a exemplar caminhada do papa Francisco, na missão de promover a universalidade da Igreja. A partir de sua rica experiência de vida consagrada e pastoral, de sua proximidade das palavras sempre pertinentes, o papa Francisco nutre no coração da humanidade sinais de esperança. Assim, unem-se ao papa multidões do mundo inteiro – clérigos, autoridades governamentais, formadores de opinião, líderes, membros de diferentes confissões religiosas, cidadãos de diferentes lugares. Todas essas vozes, a partir do pontificado de Francisco, formam um coro que canta a alegria de enxergar, no horizonte, uma “Igreja em saída”, que vai ao encontro de todos, superando molduras antiquadas para deixar brilhar a força da tradição – capaz de levar à interioridade de cada pessoa a luz do evangelho de Jesus Cristo.
         Importante reconhecer: valorizar a tradição não significa limitar-se ao apego cego a tudo o que é antigo, pois Deus, pela ação do Espírito Santo, gera sempre renovação. Zelar pela tradição da Igreja Católica é reconhecer a sua irrenunciável missão de fazer chegar a todos a luz incandescente do evangelho. E o papa Francisco ergue a tocha com essa luz, exercendo, com coragem e simplicidade, o seu ministério. A luminosidade do evangelho incide sobre seu rosto e permite, a cada pessoa, reconhecê-lo como sucessor do apóstolo Pedro. Por isso, o seu pontificado gera conversão, possibilitando que muitas pessoas assumam seus próprios pecados e fragilidades.
         O evangelho de Jesus Cristo, o diálogo com Deus, faz brotar no coração humano a sabedoria que permite compreender: não importam roupagens, títulos ou posições hierárquicas que, muitas vezes, garantem certas benesses e honrarias. O fundamental é cultivar uma autêntica vida cristã, um jeito de ser que é bem distante de qualquer tipo de postura egoísta. Na história bimilenar da Igreja Católica, admiráveis homens e mulheres, cristãos leigos e leigas, gente simples, mas também nomes reconhecidos – papas, bispos, padres, religiosos –, em diferentes lugares e culturas, nos mais variados momentos da história da humanidade, foram exemplares por ser autênticos cristãos. Hoje, o olhar volta-se para os que corajosamente se dedicam às frentes missionárias, chamados a testemunhar a fé no mundo contemporâneo. Liderando essa multidão de discípulos e discípulas de Cristo está o amado papa Francisco, que faz a cada pessoa um convite corajoso: aproximar-se mais da luz do evangelho.
         Acolher esse convite é a única possibilidade para a superação das muitas sombras, também na Igreja, em razão dos estreitamentos humanos e dos desafios do mundo atual. Há certas dinâmicas contemporâneas que estão na contramão do evangelho. A lista é extensa, mas é importante, neste momento, dedicar atenção especial a um desses males: o moralismo perverso de certos indivíduos que, motivados por interesses pessoais e pouco evangélicos, sentem-se no direito de atacar outras pessoas. Esses indivíduos, quando criticam, não buscam promover correção ou conversão, pois são movidos pela mágoa. Em vez disso, não raramente, atacam para encobrir seus próprios limites. Adotam, pois, a estratégia de tentar destruir outras pessoas, distanciando-se da luz do evangelho, que escancara escuridões. Quem busca seguir Jesus, nas muitas situações do cotidiano, pode gerar certo incômodo para os que, veladamente, arquitetam manobras e ilegalidades.
         Para a Igreja, seguir Cristo não é opção, mas razão de existir, tarefa que se exerce dedicando-se ao mundo. É o que pede o amado papa Francisco: uma Igreja cada vez mais servidora, muitas vezes ferida por debruçar-se, misericordiosamente, nas diferentes vicissitude da vida humana. E o coro de vozes que se une ao papa Francisco é muito grande. Deve crescer ainda mais, para que ninguém fique de fora. As vozes desse coro, unindo corações em um coração só, revelam que multidões cultivam a disposição corajosa de se deixar iluminar pelo evangelho – a tradição que é a herança intocável da Igreja. Permaneça, assim, viva a esperança de se construir um novo tempo, a partir do caminho indicado pelo amado papa Francisco.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.