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quarta-feira, 21 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DA SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES E A QUALIFICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NA SUSTENTABILIDADE


“A crise e o temor da pobreza
        Para falar sobre este assunto é necessária uma breve análise da economia nos últimos três anos, porque uma crise econômica faz estragos em todas as atividades e não somente na chamada cadeia produtiva e segmentos financeiros. Essa crise brasileira atual, que começa a dissipar-se, ainda timidamente, é, certamente, a mais grave de toda a nossa história, não só pela velocidade espantosa como que ela nos atingiu, mas, sobretudo, pela sua magnitude. O PIB brasileiro, em 31;12/2014, era de US$ 2,456 trilhões. Fazendo a conversão para o real, como o dólar estava baixo, cotado a R$ 2,65, tínhamos um PIB de R$ 6,508 trilhões. Em 31/12/2017, o PIB acusou US$ 1,595 trilhão. Convertendo em reais, pois o dólar estava mais alto, cotado a R$ 3,33, tínhamos um PIB de R$ 5,311 trilhões. Acontece que a diferença é ainda maior porque o dólar sofre uma inflação de cerca de 2,5% ao ano, e o Brasil teve inflação, nesse período, de 10,67% em 2015, 6,29% em 2016, e 2,95% em 2017. Deixando de lado a inflação, o PIB brasileiro, em três anos, recuou R$ 1,197 trilhão (R$ 6,508 trilhões/R$ 5,311 trilhões).
         Essa pancada na economia gerou a pior consequência: 12 milhões de desempregados. Entretanto, há que se pensar no outro lado da moeda. Os chineses, que estudam há milênios os opostos, defendem que na vida não há ganho, como também não há só perda. O dinheiro quando é farto, a primeira impressão é que ele só traz ganhos, mas não, ele pode fazer sérios estragos na alma. Como disse Santo Agostinho: “O dinheiro, é a maior evidência de que o diabo existe”. Temos visto, como frequência, o mal que ele a endinheirados e famosos, sobretudo jogadores de futebol e artistas, que, sem preparo humano, não se sentem felizes e escorregam nas regras sociais mais elementares. Estudo inglês mostra que nas crises, como a nossa, aumentam os casos de alcoolismo, depressão, problemas psiquiátricos, desintegração familiar, e até suicídios. As vítimas que sofrem maior impacto são os ricos, executivos e empresários, porque o tombo é maior. Acostumados aos luxos entram em pânico ao primeiro sinal de perda de status e risco de uma vida modesta.
         Em uma empresa, começa pelos sócios e vai até o mais humilde empregado, que teme pelo emprego. Uma breve consequência dessa insegurança, portanto, é a síndrome da pobreza, que causa medos em todos aqueles que só veem segurança no dinheiro. Esses medos, grande parte, são irreais. Quanto mais se tem, mais se quer e mais sujeito ao temor de ser pobre. A sabedoria budista nos ensina que quem deseja mais do que pode sofre. Quem deseja aquilo que pode, vive. Quem deseja menos do que pode, vence. Em tese, essa crise não poupou quase ninguém, porque ela se espalhou, silenciosamente. A origem de tudo está na ganância de muitas pessoas que surrupiaram o país sem escrúpulos. Dessa forma, o primeiro a trilhar é ver o outro lado, sustentado em pensamentos sólidos e genuínos, para transformar as perdas de agora em ganhos futuros. Desejar menos, quem sabe, é a melhor saída. Para os pobres, entretanto, a vulnerabilidade é cruel, porque eles dependem totalmente do emprego e, é claro, dos governos que, hoje, estão sem rumo.”.

(GILSON E. FONSECA. Sócio diretor da Soluções em Engenharia Geotécnica (Soegeo), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de RONALDO MOTA, chanceler da Estácio, e que merece igualmente integral transcrição:

“Economia e educação
        Vivenciamos grandes transformações, rápidas, profundas e em todos os setores. O motor principal que impõe tal velocidade e que define o nível de radicalidade das mudanças está associado à migração, ainda em curso, em direção a uma sociedade em que a informação se torna totalmente acessível, instantânea e basicamente gratuita.
         Os hábitos e os costumes se moldam também a partir de novos pressupostos, despertando a necessidade de os interpretarmos sob diferentes ângulos. Em resumo, algo está acontecendo, é de grande monta e a todos afeta, permitindo ser visto sob qualquer ponto de vista.
         Como referência ilustrativa, adota-se aqui um aspecto específico, a capitalização de mercado, que é somente uma das medidas do tamanho de uma empresa. Trata-se do valor de mercado total das ações em circulação de uma empresa, também conhecido como limite de mercado.
         Durante o século passado, as maiores empresas do mercado acionário estiveram associadas à energia (basicamente petróleo), à indústria automobilística e ao setor bancário. Na virada do século, há apenas 17 anos, entre as cinco primeiras aparecia, de forma inédita, uma empresa do mundo da informática, a Microsoft. Neste caso, dividindo as primeiras colocações com duas de energia (Exxon e GE), um banco (Citi) e uma empresa de varejo (Walmart).
         O quadro atual, conforme descrito no Relatório 2017 da respeitável PricewaterhouseCoopers, lembra pouco aquele anterior. A empresa que atualmente é, pelo sexto ano seguido, a número um do ranking (Apple) nem seque constava entre as cinco maiores no começo deste século. Além disso, a única que ainda sobrevive nesse restrito clube é a Microsoft. Desnecessário chamar a atenção para o fato de que atual, todas, sem exceção, estão diretamente associadas ao mundo das tecnologias digitais. Por outro lado, empresas como a GE já não constam entre as 100 maiores.
         Atualmente, empresas baseadas em tecnologias digitais representam a maioria, acompanhadas, com certa distância, por aquelas do setor financeiro e, na sequência, companhias do setor de varejos. Os Estados Unidos, ao contrário do que possa parecer aos incautos, têm aumentado sua participação (hoje em 55%) entre as 100 maiores e é a sede das 10 principais empresas. É cada vez mais notável a presença crescente de empresas chinesas, como era de se esperar, e a Europa, que detinha 36% do mercado há 10 anos, agora detém somente 17%. A título de comparação, o Brasil, em 2009, tinha três companhias listadas entre as 100 maiores, hoje resta somente uma.
         As transformações na economia impactam, bem como são afetadas pelos cenários educacionais vigentes. As tecnologias digitais invadem as escolas e impregnam o seu entorno, em especial no que diz respeito aos cidadãos e profissionais que nelas se formam. Elas transcendem os espaços de aprendizagem e também ocupam e definem as oportunidades de novos empregos e de negócios inovadores.
         Assim, as consequências educacionais são complexas, múltiplas e ilimitadas. Uma delas, a mais simples e direta, é que os modelos educacionais e as estratégias de ensino e aprendizagem fortemente influenciados pelos referenciais Fordistas/Tayloristas, dominantes no século 20, já não são mais suficientes. Ou seja, a escola tradicional, que desempenhou, com competência e pertinência, papel central em tempos recentes, está distante de atender plenamente às demandas do mundo contemporâneo.
         Se no século passado a capacidade de memorizar conteúdo e a aprendizagem de técnicas e procedimentos eram centro, atualmente, o amadurecimento dos níveis de consciência do educando acerca de como ela aprende torna-se gradativamente mais relevante. Em termos mais simples, aprender a aprender passa a ser tão ou mais importante do que aquilo que foi aprendido.
         Explorar esta nova realidade, em que todos aprendem, aprendem o tempo todo e cada um aprende de forma personalizada e única, é o maior de todos os desafios do mundo da educação.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2018 a ainda estratosférica marca de 327,92% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,70%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em fevereiro, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




          

segunda-feira, 19 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA CREDIBILIDADE NOS VALORES E OS DESAFIOS DAS STARTUPS NA SUSTENTABILIDADE


“Inversão de valores
        Fico imaginando como serão os estudos históricos daqui a uns 300 anos ou mais. O que falarão da nossa época? Que interpretações serão feitas? Quem serão os chamados vencidos e os eminentes vencedores? Como seremos identificados? E mencionados nos anais da história, nas discussões em sala de aula? Como seremos usados como exemplos e ponderações em textos, livros e artigos?
         Parecem simplórias as perguntas, bem como as eventuais respostas, mas será que são mesmo? Num futuro não tão distante, quais as fontes históricas merecerão credibilidade? Até mesmo os indicadores considerados como oficiais, fornecidos por agências ou órgãos governamentais, serão confiáveis e aceitos como portadores do retrato oficial?
         Como o nosso tempo é estranho! Lutamos pela liberdade de expressão, conquistamos oportunidades de ter voz, haja vista as redes sociais; acredito que seja muito mais fácil publicar um livro nos nossos dias do que em épocas passadas; e mesmo assim, que tempo estranho o nosso! Conquistamos os meios e os enchemos de besteiras, mentiras, calúnias, distorções da linguagem para traçar um discurso politicamente correto. Estamos resgatando com excelência e ainda de forma mais elaborada os discursos de muitos gregos antigos que eram reconhecidos como os mestres da enganação e ferrenhamente combatidos pelos filósofos. Aos poucos, muitos de nós, a exemplo dos ludibriadores gregos, estamos nos tornando os reis da falácia, das mentiras com ares de verdade.
         Nossa democracia, por permitir e incentivar a liberdade de expressão (e ainda bem que ela existe), acabou gerando um efeito colateral que pode ser considerado, no mínimo, nocivo para ela mesma, pois nossas falácias proporcionaram uma profunda crise de credibilidade. E dela a inversão dos valores institucionais, onde a própria democracia começa a ser percebida por muitos como algo já ultrapassado ou que não atende mais aos interesses da população.
         A era da transparência, devido aos tantos meios de informação e comunicação, tornou-se a era da crise da credibilidade, pois, infelizmente, não sabemos mais em quem acreditar. As pessoas perderam a credibilidade; os líderes não lideram mais; as instituições, algumas milenares, estão passando por momentos tensos de falta de confiança de muitos de seus seguidores.
         E como combater esse efeito colateral? Seria possível? Complexo demais! Ainda mais quando se trata de um povo que lê pouco, interpreta mal, e entre os poucos que fazem o contrário, muitos são contaminados pela visão de ler sempre os mesmos autores ou aqueles que comungam e defendem suas próprias ideias. Assim nos afastamos do contraditório, da famosa dialética de Platão e vivemos o salve-se quem puder. E a crise da credibilidade a cada dia se agrava mais. Infelizmente!”.

(WALBER GONÇALVES DE SOUZA. Professor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 13).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DIEGO FISCHER, CEO da InstaCarro, startup que viabiliza negócios rápidos, seguros, transparentes e com os melhores preços de lojas e concessionárias para quem quer vender o carro, e que merece igualmente integral transcrição:

“Desafios para startups
        Na América Latina, residem as pessoas mais felizes do mundo. Temos times de futebol internacionais dominantes. Mais da metade da população utiliza a internet, um dos maiores usos diários da rede mundial de computadores de todo o mundo. Compreensivelmente, com um número de habitantes maior do que a Rússia e a América combinadas, a América Latina difere em vários pontos em relação aos norte-americanos. E, para ser honesto, se uma startup dos Estados Unidos fosse aberta em nosso ecossistema, ela desmoronaria sob o peso de um mundo muito distinto. Quero ajudá-lo a entender o porquê.
         Altas cargas tributárias: independentemente de sua definição do que é a América Latina (alguns acreditam que Porto Rico faz parte desse continente), a região tem algumas das maiores taxas marginais de imposto corporativo no mundo. Argentina, Suriname, Brasil e Venezuela, todos têm 34% ou mais em impostos. Ou seja, nossos tributos são, em média, naturalmente maiores do que os praticados na América do Norte.
         No Brasil, enfrentamos taxas de juros caóticas – embora a Selic esteja abaixo de 7%, já chegou a atingir 15,4% em 1999 e 14,25% em 2015. Aqui, somos pessoalmente atingidos com um fluxo interminável de impostos para as empresas, fazendo com que os produtos eletrônicos e de consumo sejam tributados, subindo seus preços rapidamente, a exemplo de um PlayStation 4, que custa U$ 1.845!
         É verdade que isso foi o quanto PS4 custrou em 2013, mas a Sony, deliberadamente, começou a fabricar consoles no Brasil para reduzir drasticamente o preço. No entanto, essa prática não é habitual e mostra os desafios que empresas de tecnologia enfrentam na América Latina. Isso significa que não só os impostos sobre o seu negócio são incrivelmente altos, assim como os custos de aquisição de tecnologia. Ou seja, é melhor você estar bem financiado.
         A adoção do consumidor pela tecnologia é mais lenta: apesar de o mercado de smartphones ser o mais rápido de crescimento no mundo, a América Latina sofre com vários tributos de luxo. Por exemplo, um iPhone custa 150% mais na Argentina; um laptop básico no Brasil pode alcançar o valor de US$ 1.400. Isso significa que as empresas que dependem de tecnologia mais nova terão problemas. O ARKit da Apple, por exemplo, pode ser executado em qualquer aparelho depois do iPhone SE. Porém, no Brasil, o iPhone SE de dois anos (que pode ser comprado da Best Buy por US$ 149,99, na América), custa R$ 1.999 – o equivalente a US$ 615.
         Recrutamento é um desafio e os funcionários são caros: a emoção de deixar uma universidade superior como Stanford e ser pago em equidade com a esperança de ótimas oportunidades seria algo considerado, na melhor das hipóteses, um sonho na América Latina. O patrimônio não significa nada aqui – a segurança, sim.
         Em comparação com a consultoria de gestão e os serviços financeiros, carreiras que, naturalmente, decorrem de um bom título universitário, uma startup que oferece uma oportunidade logo depois da universidade não é nada comparada à renda tangível. É uma tendência que muda lentamente, mas, por enquanto, não é possível oferecer equidade ou sonhar com os mais brilhantes e melhores – é preciso oferecer dinheiro.
         E quando você consegue contratar alguém, pelo menos no Brasil, é incrivelmente caro mantê-lo. Os custos de folha de pagamento são pelo menos 68,18% ao mês do salário do empregado. Esse gênio de R$ 90 mil por ano que você acabou de encontrar custou, na realidade, R$ 151.362.
         Abrir uma conta bancária leva meses e o financiamento é uma dor de cabeça: devido a uma alta taxa de fraude, abrir uma conta bancária empresarial, no Brasil, demora cerca de três meses. Sem ela não é possível receber receita. Ou financiamento. Ou muito de qualquer coisa. Isso significa que, mesmo para começar seu negócio, você terá que passar por uma burocracia sem fim e aguardar, formulário após formulário, para provar ao banco que vai dirigir um negócio legal. Isso significa que o início de uma startup começa de uma forma que não pode ser “interrompida” ou “inovada” – estas são as leis, e devemos respeitá-las. E você também, se quiser vender em território nacional.
         Finalmente, quando o empreendedor obtiver receitas com uma empresa, será preciso buscar financiamento. E é aí que o empresário pode bater em uma parede. Como existe uma verdadeira falta de capital de risco latino-americano, e o resto do mundo apenas voltou os olhos para nós recentemente, nos faltam luxos, como rodadas de pontes, e existe uma enorme taxa de mortalidade após a série A para as startups. Na América Latina, quando você tropeça dá para cair muito mais rápido do que em outras regiões do mundo.
         Não estou dizendo que me arrependo. Nosso mercado é fluido, emocionante, surpreendente e podemos atender às necessidades de centenas de milhões de pessoas. É um trabalho árduo, e que gera alguns dos mais interessantes e maravilhosos empresários do mundo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2018 a ainda estratosférica marca de 327,92% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,70%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em fevereiro, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS GRAVES DESAFIOS DAS REFORMAS E A FORÇA DAS CAPACIDADES COMPUTACIONAIS NA SUSTENTABILIDADE

“Brasil travado
        Não é preciso ser nenhum especialista, apenas ter um pouco de senso de observação para ver que o Brasil, infelizmente para todos nós brasileiros, ainda terá grandes dificuldades para deslanchar economicamente. Sem superávit primário é impossível reverter os estragos feitos na economia nos últimos anos, ao contrário do que dizem todos os governantes que entram e saem. No momento que está governando, a maioria, recorrendo a todo tipo de superlativos e hipérboles, diz que os anos seguintes serão melhores. Os milhões de desinformados e outros contaminados pela esperança, Brasil afora, vão acreditando nas promessas vazias. Também, porque fomos educados, por princípios religiosos e filosóficos a sempre esperançar. O lado negativo é que, procedendo assim, enxergamos a realidade fracionada ou pela metade.
         As reformas estruturais, como a tributária, fiscal e previdenciária, que dariam dinâmica à gestão e à economia, enfrentam uma ferrenha defesa de interesses escusos da classe política. A reforma trabalhista, depois de um longo parto, ainda foi tímida. A triste consequência é a crônica concentração de poder e riqueza que não prioriza as potencialidades e talento de cada indivíduo e, beneficia só os espertalhões. A renda per capita de US$ 9.500 por ano seria baixíssima se excluídos os rendimentos dos 10% mais ricos. Vários empresários já possuem patrimônio acima de US$ bilhão. Banqueiros, empresários de mineração, siderurgia, energia, construção pesada, cimento e telefonia amealham grande parte das riquezas geradas, enquanto micro e pequenos empresários, maiores geradores de empregos, sofrem com a perversa tributação. Além disso, só as grandes empresas podem contar com os bancos de fomento para obtenção de financiamento de capital de giro.
         Economia e política são irmãs siamesas, precisam andar juntas e defender interesses coletivos. A concentração de poder faz tanto mal quanto a corrupção, pois trava os projetos socioeconômicos. A falta de oposição aos governantes facilita os apadrinhamentos e conchavos. O Brasil anda preso aos interesses corporativos, oligopólios e cartéis, porque há abrigo nas casas legislativas executivas. Essas circunstâncias ferem de morte a melhor distribuição de renda. E é ela que pode destravar o Brasil, porque nossa economia é sabidamente ancorada no consumo interno que, hoje, chega aos 60% PIB. Na outra ponta de geração de riquezas, falta-nos competência para a exportação que poderia ser consideravelmente maior. O superávit na balança comercial, neste ano, aparece mais pela baixa nas importações, consequência da falta de investimentos. Se emprego e renda caem e o endividamento aumenta, os consumidores somem. O governo tem recorrido a paliativos para gerir a economia, como redução de IPI aqui e acolá, mas nosso PIB continua refratário ao crescimento. Muitos estrangeiros estão vindo para cá, porque nos falta qualificação, tecnologia e competitividade, pois a educação, base de tudo e tão cobrada, continua sem atenção dos governantes. As eleições que aconteceram, a cada dois anos, só aumentam nossas decepções: continuam eleitos os espertalhões e corruptos.”.

(GILSON E. FONSECA. Diretor e sócio da Soluções em Engenharia Geotécnica Ltda – Soegeo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de outubro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de FREDERICO SILVA PERPETUO, professor do Colégio ICJ, e que merece igualmente integral transcrição:

“Jovens com DNA digital
        Na atualidade, cada vez mais cedo, crianças e adolescentes entram em contato com computadores, celulares, jogos digitais e redes sociais. Contudo, parece imperar uma cultura da banalização, na qual esses jovens usuários, em sua grande maioria, fazem uso irrefletido dessas tecnologias, utilizando-as apenas como passatempo ou lazer. É daí que nasce uma nova demanda e um novo desafio: trazer a informática para a sala de aula, não apenas como entretenimento, mas como conhecimento sólido e refletido, do qual os alunos possam se apropriar e, a partir dele, deixar de ser meros usuários e se tornarem protagonistas na produção de novas tecnologias. Como fazer isso? Simples, trazendo o ensino das linguagens de programação para a sala de aula.
         Códigos, algoritmos e dados ganham a atenção de estudantes e provocam uma verdadeira revolução no cenário educacional. Tal realidade reflete a preocupação com os anos futuros, baseados essencialmente na tecnologia, na inteligência artificial e na internet das coisas. É um caminho sem volta e, por isso, a escola precisa extrapolar os muros e possibilitar o desenvolvimento lógico ao ensinar à geração atual a trabalhar de forma organizada e estruturada, refletindo em ideias criativas.
         O jovem exposto à linguagem de programação adquire habilidades que repercutem diretamente na sua capacidade de pensar, pois ele desenvolve o raciocínio lógico e matemático, aprende a lidar com desafios cognitivos e a pensar de maneira sequencial e lógica, melhora a escrita, ganha fluência na língua inglesa, é favorecido na organização pessoal e aumenta, consideravelmente, a clareza, a rapidez e a fluidez dos pensamentos. Não nos esqueçamos do trabalho em equipe, uma vez que programar é, também, colocar-se em contato com outras pessoas, para resolver problemas e lutar por uma causa comum. Na escola, esses benefícios sociais são importantíssimos. No Colégio ICJ, por meio do “Matrix out Project”, proporcionamos o ensino de programação para estudantes, fortalecendo o vínculo deles com o mundo digital.
         É preciso formar alunos digitais, com capacidade de criar soluções e resolver problemas. O mundo pede isso. As empresas querem isso, seja em escritório de advocacia, uma clínica médica, uma entidade sem fins lucrativos ou uma gigante, como a Apple. Por menor que seja, o ambiente corporativo precisa de rede funcionando, de softwares, entre outros. Hoje, as operações bancárias podem ser realizadas no sofá de nossas casas, mudança estrutural e de comportamento que se deve, também, ao empenho de programadores. Um exemplo da importância de fomentar a linguagem de programação desde os primeiros anos de escolarização é o florescimento de startups, que, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABS), já são mais de 4,2 mil em nosso país. Os estudantes têm o DNA desse modelo de negócio – caracteristicamente enxuto, colaborativo e altamente tecnológico. Não é sem motivo que, no ICJ, vimos um empreendimento desse tipo nascer, a “The Life Project – Soluções Tecnológicas”, fundada por alunos do ensino médio com foco no setor esportivo.
         A decisão de contemplar o ensino de programação de computadores na grade curricular garante maior conscientização e melhor presença de crianças e adolescentes no ciberespaço. Enquanto educadores, temos a missão de debater questões importantes, como os prejuízos de hackers e a exposição indevida de fotos de terceiros, por exemplo. A codificação é tão importante quanto disciplinas como português, matemática, química e física.
         É um novo jeito de pensar, uma nova relação entre homem e máquina. Mesmo as escolas com baixo orçamento e dependentes de recursos públicos podem incluir a programação nas aulas e formar alunos mais preparados para o mundo moderno. Muitos sites disponibilizam gratuitamente materiais de apoio com diversas atividades off-line. A democratização desse tipo de conhecimento é perceptível ao passo que todos os professores, seja no ensino do espaço e das formas geométricas ou no processo de alfabetização e letramento, podem lançar mão de recursos da programação. Independentemente da forma, o importante é atribuir à linguagem computacional uma nova forma de expressão e uma maneira de aumentar a aproximação e o envolvimento do aluno com todos os tipos de conhecimento.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...