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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUCIDEZ NOS PROBLEMAS E AGILIDADE NAS SOLUÇÕES E OS GRAVES DESAFIOS DO JORNALISMO NA SUSTENTABILIDADE


“Antecipamos problema e adiamos soluções
        As novas projeções relativas ao crescimento populacional, que acabam de ser divulgadas pelo IBGE, mostram que o Brasil perdeu uma boa oportunidade de fomento econômico e ascensão no patamar do desenvolvimento. Refiro-me ao fim do chamado bônus demográfico, caracterizado pela existência de maior número de pessoas economicamente ativas em relação aos idosos e crianças, fenômeno indutor do crescimento do PIB e da renda per capita nas nações que souberam potencializá-lo.
         É preocupante observar, nos presentes dados, que o fim do bônus demográfico ocorre cinco antes do que previa a projeção anterior do IBGE, que remetia a 2023. Portanto, a partir de agora, ingressamos em uma trajetória inversa ao que vinha ocorrendo, até chegar a 2060 com 58,2 milhões de idosos, o triplo do contingente atual, e 136,5 milhões de brasileiros em idade profissionalmente ativa, ante 144,7 milhões hoje.
         Ou seja, antecipamos um problema e adiamos as soluções. Em plena vigência de equação demográfica altamente favorável à prosperidade, nossa economia cresceu à média de 2,4% nos últimos 30 anos, ritmo de expansão pífio para nações emergentes. Como se não bastasse, vivenciamos a mais grave crise de nossa história, com dois anos de recessão e ínfima recuperação em 2017, conduzindo 13,5 milhões de habitantes e seus dependentes às agruras do desemprego.
         Nesse aspecto, vale uma observação: com tanta gente alijada do mercado de trabalho, também atingimos em termos práticos, já este ano, número inferior ao previsto para 2060 de pessoas economicamente ativas. A conta é a seguinte: 144,7 milhões de trabalhadores em potencial atualmente, menos 13,5 milhões de desempregados – 131,2 milhões, ante 136,5 milhões previstos para 2060.
         Ao baixo crescimento econômico, resultante de políticas públicas muitas vezes equivocadas, somamos outro fator de negligência ante o futuro: a manutenção de um Estado caríssimo para a sociedade, gerador de crescente déficit orçamentário, burocrático em excesso e inibidor da criação de um saudável ambiente de negócios. E teimamos em não aperfeiçoá-lo, adiando sucessivamente as reformas estruturais, em especial a tributária, a política e a previdenciária. Essa última, em especial, é indispensável para garantir sobrevivência ao número cada vez maior de idosos que o Brasil terá.
         Considerando a gravidade do problema evidenciado nas novas projeções, cabe lembrar estudo apresentado em 2011 pelo Banco Mundial (Bird), intitulado “Envelhecendo em um Brasil mais velho – Implicações do envelhecimento populacional para ao crescimento econômico, a redução da pobreza, as finanças públicas e a prestação de serviços”. O trabalho, corroborado agora pelo IBGE, enfatiza que “as nações desenvolvidas ficaram ricas antes de envelhecer”. Infelizmente, nosso país está envelhecendo antes de ficar rico.
         Portanto, urge adotar políticas públicas eficazes e éticas, capazes de nos levar a uma constante e duradouro crescimento econômico, equilíbrio fiscal e atendimento às mudanças que o envelhecimento da população suscitará nas áreas da saúde, previdência e educação. Nas eleições de outubro, a desafiadora missão coloca-se aos candidatos e convoca brasileiras e brasileiros ao exercício do voto consciente em favor daqueles que se comprometem com o futuro que devemos ter de progresso e igualdade de oportunidades!”.

(FERNANDO VALENTE PIMENTEL. Presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de outubro de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Eleição: importância da imprensa
        Escrevo este artigo antes da abertura das urnas. A temperatura eleitoral, marcada por preocupante radicalização e uma participação sem precedentes da cidadania, sobretudo na internet, transmitiu um forte recado à Presidência da República, aos governos estaduais e ao Congresso Nacional. A eleição despertou algo que estava adormecido na alma dos brasileiros: o exercício da cidadania. O povo percebeu, finalmente, que os governantes são representantes da sociedade, mas não são, como pretendem alguns, donos do poder. Os brasileiros, mesmo os que foram seduzidos pelas lantejoulas do marketing político, não estão dispostos a renunciar aos valores que compõem a essência da nossa história: a paixão pela liberdade e a prática da tolerância e da convivência civilizada.
         A radicalização ideológica, de direita ou de esquerda, não tem a cara do brasileiro. Tentam dividir o Brasil ao meio. Jogar pobres contra ricos, negros contra brancos, homos contra héteros. Querem substituir o Brasil da alegria pelo país do ódio e da divisão. Tentam arrancar com o fórceps da luta de classes o espírito mágico dos brasileiros. Procuram extirpar o DNA, a alma de um povo bom, aberto e multicolorido. Não querem o Brasil café-com-leite. A miscigenação, riqueza maior da nossa cultura, evapora nos rarefeitos laboratórios do fanatismo ideológico.
         O primeiro dever do jornalismo de qualidade é a independência. Não podemos sucumbir às pressões dos lobies direitistas, esquerdistas, homossexuais ou raciais. O Brasil eliminou a censura. E só há um desvio pior que o controle governamental da informação: a autocensura. Para o jornalismo não há vetos, tabus proibições. Informar é um dever ético. E ninguém, ninguém mesmo, impedirá o cumprimento do primeiro mandamento da nossa profissão: transmitir a verdade dos fatos.
         A preservação da democracia, sempre acossada por projetos autoritários de perpetuação no poder, depende, e muito, da qualidade técnica e ética da imprensa. Um exercício de autocrítica do nosso trabalho é necessário e conveniente.
         As virtudes e as fraquezas dos jornais não são recatadas. Registram-nas fielmente os sensíveis radares dos consumidores de informação. Precisamos, por isso, derrubar inúmeros desvios que conspiram contra a credibilidade dos jornais.
         Um deles, talvez o mais resistente, é o dogma da objetividade absoluta. Transmite, num pomposo tom de verdade, a falsa certeza da neutralidade jornalística. Só que essa separação radical entre fatos e interpretações simplesmente não existe. É uma bobagem. A neutralidade é uma mentira, mas a isenção é uma meta a ser perseguida. Todos os dias. A imprensa honesta e desengajada tem um compromisso com a verdade. E é isso que conta.
         Mas a busca da isenção enfrenta a sabotagem manipulação deliberada, a falta de rigor e o excesso de declarações entre aspas. O jornalismo engajado é sempre um mau repórter. Militância e jornalismo não combinam. Trata-se de uma mescla que traz a marca do atraso e o vestígio do sectarismo. O militante não sabe que o importante é saber escutar. Esquece, ofuscado pela arrogância ideológica ou pela névoa do partidarismo, que as respostas são sempre mais importantes que as perguntas.
         A grande surpresa no jornalismo é descobrir que quase nunca uma história corresponde àquilo que imaginávamos. O bom repórter é um curioso essencial, um profissional que é pago para se surpreender. Pode haver algo mais fascinante? O jornalista ético esquadrinha a realidade, o profissional preconceituoso constrói a história.
         É necessário cobrir os fatos com uma perspectiva mais profunda. Convém fugir das armadilhas do politicamente correto e do contrabando opinativo semeado pelos profetas das ideologias.
         Jornais de credibilidade oxigenam a democracia. As tentativas de controle da mídia, abertas ou disfarçadas, são sempre uma tentativa de asfixiar a liberdade. O jornalismo tropeça em armadilhas. Nossa profissão enfrenta desafios, dificuldades e riscos sem fim. E é aí que mora o desafio.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,53%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        




quarta-feira, 1 de agosto de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA NOVA FACE DA HUMANIDADE E A FORÇA DO JORNALISMO DE QUALIDADE NA SUSTENTABILIDADE (22/148)


(Agosto = mês 22; faltam 148 meses para a Primavera Brasileira)

“Uma nova vida aguarda para 
manifestar-se no planeta
        Aqueles que antecipam a manifestação de uma nova vida no planeta, os pioneiros desse porvir, mais que anunciá-la, devem incorporar em si mesmos os seus padrões sublimes. A cada etapa novas fronteiras são ultrapassadas; porém, em realidade jamais estiveram fechadas aos que, sem ambição e sem nada buscar para si, se empenharam em cruzá-las. A história dos místicos autênticos, seres raros, que conseguiram elevar-se acima da maioria dos homens e tocar os recônditos da natureza interior, evidencia esse fato.
         A necessidade de que a vida planetária se renove faz-se perceptível, e nem mesmo a manipulação feita pelos meios de comunicação desta civilização pode escondê-la. A Verdade, ainda que desconhecida, não permite que falsas atitudes prevaleçam como exemplos do padrão que o planeta deve manifestar. Mesmo que restrita ao coração dos puros, a irradiação da Luz cruza os mais obscuros espaços e neles desperta a centelha que, em algum ponto da manifestação externa do Universo, resplandecerá.
         A purificação desta planeta é uma necessidade inadiável. Momentos de dificuldade e conflito ainda mais agudos virão, como dores de um parto que anunciam o nascimento de uma vida. Na atual transição planetária, muitas provas estão sendo apresentadas aos homens, que terão a oportunidade de aprender acerca da correta canalização do desejo e dos pensamentos, e também acerca da verdadeira finalidade da existência material. Tais ensinamentos deverão ser amplamente oferecidos a eles antes do final deste ciclo.
         O sofrimento é ainda um potente instrumento de elevação desta humanidade; expõe as chagas que corroem o seu viver e, ao mesmo tempo, cauteriza-as. É energia de transmutação agindo onde a luz da vida foi ocultada; é o toque mais vigoroso da redenção, quando meios mais suaves já foram tentados e não surtiram efeito. Acolhido com serenidade pelos seres abnegados, é fonte de grande dor para os orgulhosos.
         Que importância pode ter a dor diante da magnificência da Luz que nos mundos internos se apresenta ao ser que sofre, mesmo conscientemente ele não a possa perceber?
         Na Terra a senda do sofrimento foi um dos caminhos mais breves para a liberação. Não há nessa afirmativa o cultivo de tendências masoquistas, mas sim o reconhecimento de um caminho de grandes revelações; a dor que liberta é aquela da matéria que, até então resistente, cede finalmente à Luz que a atrai ao Mais Alto.
         Desde o início da sua existência, o planeta traz, entretecido na sua composição, o jogo das forças involutivas. Tais forças, tão intimamente incorporadas à sua substância material, estão também presentes nos corpos do homem. Portanto, não há ascensão à Luz que não encontre resistências a serem dissolvidas; não há elevação que não demande purificação.
         Aquele que acolhe a dor como bálsamo sagrado saberá ver que tanto ela como a alegria são fases de um único caminho. Na senda da entrega e do desapego descobrirá a libertação. Ao identificar-se com a Fonte de Vida, constatará que aquele que sofre não é ele, mas a parte do seu ser que resiste a se transformar. Ultrapassando o estágio dos debates, da crítica, das argumentações, os seres que se mantiverem na correta sintonia ingressarão em experiências silenciosas, não mais necessitando de confirmações ou de comprovações acerca do processo subjetivo, pois o contato direto com a realidade interna será para eles consciente.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de julho de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de julho de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Jornalismo, alma da democracia
        Não existe um único assunto relevante que não tenha nascido numa pauta do jornalismo de qualidade. Os temas das nossas conversas são, frequentemente, determinados pelo noticiário e pela opinião dos jornais. A imprensa é, de fato, o oxigênio da sociedade. Sem ela as sociedades sucumbem às recorrentes aventuras populistas e autoritárias.
         As redes sociais reverberam, multiplicam, agitam. Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de conteúdo independentes. Sem elas a democracia não funciona.
         O jornalismo não é antinada. Mas também não é neutro. É um espaço de contraponto. Seu compromisso não está vinculado aos ventos passageiros da política e dos partidarismos. Sua agenda é, ou deveria ser, determinada por valores perenes: liberdade, dignidade humana, respeito às minorias, promoção da livre-iniciativa, abertura ao contraditório. Por isso, ao jornais são fustigados pelos que, à esquerda e à direita, desenham projetos autoritários de poder.
         O jornalismo sustenta a democracia não com engajamentos espúrios, mas com a força informativa da reportagem e com o farol de uma opinião firme, mas equilibrada e magnânima. A reportagem é, sem dúvida, o coração da mídia.
         As redes sociais e o jornalismo cidadão têm contribuído de forma singular para o processo comunicativo e propiciado novas formas de participação, de construção da esfera pública, de mobilização do cidadão. Suscitam debates, geram polêmicas, algumas com forte radicalização, exercem pressão. Mas as notícias que realmente importam, isto é, aquelas que são capazes de alterar os rumos de um país, são fruto não de boatos ou meias verdades disseminadas de forma irresponsável ou ingênua, mas resultam de um trabalho investigativo feito dentro de rígidos padrões de qualidade, algo que está na essência dos bons jornais.
         A confiança da população na qualidade ética dos seus jornais tem sido um inestimável apoio para o desenvolvimento de um verdadeiro jornalismo de buldogues. O combate à corrupção e o enquadramento de históricos caciques da política nacional, alguns acertando suas contas na prisão e outros sofrendo o ostracismo do poder, só são possíveis graças à força do binômio que sustenta a democracia: imprensa livre e opinião pública informada.
         Poucas coisas podem ter o mesmo impacto que o jornal tem sobre os funcionários públicos corruptos, sobre os políticos que se ligam ao crime, que abusam do seu poder, que traem os valores e os princípios democráticos. Políticos e governantes com desvios de conduta odeiam os jornais. Mas eles são, de longe, os grandes parceiros da sociedade, a alma da democracia.
         Penso que existe uma crescente demanda de jornalismo puro, de conteúdos editados com rigor, critério e qualidade técnica e ética. Há uma nostalgia de reportagem. É preciso recuperar, num contexto muito mais transparente e interativo, as competências e o fascínio do jornalismo de sempre.
         É preciso contar boas histórias. E apurar com verdadeiro empenho de isenção. Não se pode sucumbir ao politicamente correto. Certas matérias, prisioneiras de chavões inconsistentes que há muito deveriam ter sido banidos das redações, mostram o flagrante descompasso dos números e dos fatos. Resultado: a credibilidade, verdadeiro capital de um veículo, se esvai pelo ralo dos preconceitos. A precipitação e a falta de rigor são outros vírus que ameaçam a qualidade.
         Estamos em ano eleitoral. Os leitores esperam algo mais do que aspas, fofoca, intriga política e marketing superficial. Querem bons perfis dos candidatos, análise aprofundada das suas propostas, desconstrução de miragens demagógicas e populistas.
         A fortaleza do jornal não é dar notícia, é se adiantar e investir em análise, interpretação e se valer de sua credibilidade. Não é verdade que o público não goste de ler. Não lê o que não lhe interessa, o que não tem substância. Um bom texto, para um público que adquire a imprensa de qualidade, sem vai ter interessados.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 291,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 304,94%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,39%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.








quarta-feira, 11 de julho de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A ENERGIA DA LUZ INTERIOR E OS NOVOS CAMINHOS DO DESENVOLVIMENTO NA SUSTENTABILIDADE


“A natureza material não se eleva, 
é atraída por forças superiores
        A prova é uma oportunidade importante, como se pode ver no relato a seguir, de um curador em formação.
         ‘Nas últimas semanas, o ataque de forças negativas foi muito intenso.
         Vi-me diante de situações e de envolvimentos que pensava estarem resolvidos.
         Era como se os corpos estivessem sendo provados em pontos que o ser interno já havia superado. Há alguns anos vivi situações semelhantes, mas o que ocorria então era um processo da alma, que buscava imprimir nos corpos da personalidade certas determinações. Desta vez, percebia como se os corpos, eles mesmos, tivessem de superar estados negativos e atingir um nível vibração mais elevado.
         Foi um período difícil, de muitas lutas. Fiquei diante da natureza humana, com toda a sua limitação, constatando que nesse nível nada podia fazer por mim mesmo. A segurança que antes sentia com o respaldo da energia interna se esvaziou, transformando-se numa capa de orgulho a camuflar as tendências e idiossincrasias do ego. Não posso dizer que essa fase tenha sido uma ‘noite escura’, como aquela descrita por são João da Cruz em seus escritos, mas os corpos estavam entregues a si próprios. Nas quedas tinha intenção de levantar-me; nas vitórias, de prosseguir – mas caía em pensamento, em sentimento e em ação.
         A vigilância é necessária sempre, pois a convivência vai sutilmente se infiltrando, sugerindo pensamentos, insuflando a imaginação, estimulando desejos e, pior, justificando-os. A natureza material, por si mesma, não se eleva; por isso é preciso dar condições para que ela seja continuamente atraída para o Alto por uma energia superior.
         Orava muito nesses momentos, numa intensidade que há tempos desconhecia. Conscientemente invocava a ajuda e a luz da Hierarquia. Via que cada célula dos meus corpos tinha de acender o fogo em seu interior, também elas tinham de aspirar o Supremo.
         Lembrei-me do trabalho realizado pela Mãe do Ashram de Sri Aurobindo, no sentido de liberar a luz existente no âmago das células físicas. Ela dizia que seria fácil, para seu ser interno, tornar sadio o corpo que usava; porém, não era esse o trabalho que ela tinha de fazer, mas sim o de levar cada célula a liberar a sua luz, a aspirar ao Divino.
         Nas provas que eu vivera, constatei a limitação dos seres, enquanto restritos ao âmbito humano e, dessa constatação, emergiu a percepção do sofrimento que paira sobre a vida de superfície. Certo dia, tendo passado o período de lutas mais veementes, estava em quietude quando emergiu um intenso clamor, uma oferta a Deus, como nunca antes havia ocorrido. Não era um processo mental, era algo que fluía de dentro para fora, e me tomava por inteiro. O meu ser ofertava-se para assumir em si próprio a carga de sofrimento do mundo. Tal era a intensidade da energia naquele instante, que o consciente não apresentou temos algum a dores ou a doenças. Tampouco restrições ou expectativas. Não era um desejo, era um movimento interno, pleno, diferente de situações anteriores nas quais “tinha a intenção de doar-me”. Naquele momento a doação aconteceu e tomou todo o ser. Era algo que não se podia engendrar intelectual ou emocionalmente, nem os níveis humanos podiam cercear. Apesar de incluí-los e de neles imprimir sua vibração, esse energia era independente desses níveis.
         Estas linhas muito parcamente retratam o que realmente se deu, pois foi algo que pode ser descrito sem se tornar limitado”.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de julho de 2018, caderno O.PINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de julho de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“O Brasil pode dar certo
        Impressiona-se o crescente espaço destinado à informação negativa. A autoestima do brasileiro está lá embaixo. Nós, jornalistas e formadores de opinião, contribuímos com essa visão sombria quando ficamos reféns de pautas superficiais. A vida é feita de luzes e sombras. É preciso mostrar as chagas. Mas também é necessário iluminar a cena.
         Cerca de 70 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais deixariam o país se pudessem, mostrou recente pesquisa. O número representa 43% da população total do país. O percentual chega a 62% quando são consideradas somente as pessoas que têm de 16 a 24 anos. Ao todo, 19 milhões de jovens afirmam que, se tivessem opção, sairiam do Brasil.
         Entre os fatores que explicam o desejo estão a maior facilidade para se mudar e a frustração com o país. O êxodo, brutal no curto prazo, não significa ruptura afetiva com o Brasil. A médio prazo, o país pode ganhar profissionais mais bem formados.
         A pesquisa, no entanto, é um soco em todos nós. Que Brasil estamos ofertando para as gerações que nos sucedem? Os problemas estão gritando na nossa frente: corrupção, crise econômica e perigosa agonia política. Mas o pior legado, de longe, é a morte da esperança. O jornalismo de catástrofe é o grande propagador das fake news. Mostra um país em lá menor e oculta o Brasil que madruga, trabalha, empreende e dá certo.
         É preciso recuperar o equilíbrio entre a informação que denuncia, urgente e necessária, e o jornalismo construtivo. É o que farei neste breve comentário. Vou focar num serviço público de qualidade: o Poupatempo.
         O Programa Poupatempo, criado em 1997 pelo então governador Mário Covas para falicitar a vida dos cidadãos, completou 20 anos com índica próximo de 100% de aprovação dos usuários (98,3% de ótimo a bom na última pesquisa anual, divulgada em março deste ano). Das 72 unidades, 24% tiveram de ótimo e bom e 20 tiveram 99%.
         Desde a sua fundação, o Poupatempo prestou mais de 580 milhões de serviços, o número é mais do que o dobro da população total do Brasil e 12 vezes a do estado de São Paulo. Este ano, o Poupatempo foi eleito pelo quarto ano consecutivo o ‘Melhor Serviço Público de SP’ pelo instituto Datafolha.
         Ao completar duas décadas, o Programa Poupatempo passa por uma verdadeira revolução tecnológica, buscando o caminho trilhado pelos bancos brasileiros, ou seja, criando canais eletrônicos de atendimento que deem mais comodidade a quem necessita dos serviços, dispensando o cidadão da necessidade de deslocamentos. Com a tecnologia, muitas questões já podem ser resolvidas por aplicativos ou pela internet. Isso não beneficia apenas o público, mas também o governo, que pode usar os recursos dos impostos com mais eficiência.
         Um levantamento feito pelo Instituto de Identificação da Polícia Civil de São Paulo, a pedido do Poupatempo, mostra que 504 idosos com mais de 100 anos renovaram o RG nos últimos dois anos nos postos do Poupatempo. Em 2015, uma cidadã de 115 anos esteve no Poupatempo de Pindamonhangaba para renovar o RG. Maria Benedita Pereira da Silva, conhecida em Aparecida como dona Dita, nascer em 9 de agosto de 1900 e acompanhou, ao longo da vida, uma virada de milênio, duas guerras mundiais e oito trocas da moeda brasileira.
         É isso, amigo leitor. O Brasil do corporativismo, da impunidade do dinheiro e da força do sobrenome vai, aos poucos, abrindo espaço para a cultura do trabalho, da competência e do talento.
         Neste Brasil sacudido por uma tremenda crise ética, alimentada pelo cinismo e pela mentira dos que deveriam dar exemplo de integridade, há, felizmente, uma ampla classe média sintonizada com valores e princípios que podem fazer a diferença. E nós, jornalistas, devemos escrever para a classe média. Nela reside o alicerce da estabilidade democrática. O que segura o Brasil é o cidadão comum. É o trabalho honrado e competente. É o empreendedorismo que consegue superar o terreno minado pela incompetência. É o empresário que toca o negócio e não dá propina. Sou otimista. Apesar de tudo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 303,62% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 311,89%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,39%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.