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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A CIDADANIA, A IGUALDADE NA MEDICINA E OS PROMOTORES DA PAZ (5/19)

(Janeiro 2015 = Mês 5; Faltam 19 meses para a Olimpíada de 2016)

“Uma medicina igual para todos
        Há três tipos de doenças. As primeiras são as de causa conhecida, mas que não requerem tratamento, porque quase todos os casos evoluem para a cura naturalmente. Os exemplos típicos são muitas viroses como a dengue e a gripe. A seguir, estão aquelas de patogenia parcialmente entendida, mas que há procedimentos clínicos ou cirúrgicos para curá-las, como a tuberculose e a apendicite. Finalmente, temos o maior grupo, representado pelas chamadas patologias crônicas degenerativas, as quais não sabemos nem a causa e nem a cura. Tão antigas quanto a humanidade e mesmo sabendo como explicá-las integralmente, são realizadas cirurgias ou usados medicamentos para minimizá-las. Podemos citar o diabete, a hipertensão arterial, o câncer, a aterosclerose e suas devastadoras consequências, como o infarto e o derrame.
         O maior desafio da medicina são essas moléstias crônicas incuráveis e sempre houve um grande esforço na busca da cura. Os médicos e hospitais particulares disputam a preferência da população e fazem publicidade prometendo tratamentos avançados. Num passado recente, a moda entre os mais endinheirados era procurar tratamento no exterior, especialmente nos Estados Unidos. Por ocasião da enfermidade de um presidente eleito, que faleceu antes de tomar posse, buscaram um especialista nos EUA e que voltou no mesmo avião, depois que diagnosticou que não havia nada mais a ser feito. Também o cantor sertanejo que morreu de câncer foi aconselhado nos EUA a se tratar aqui, pois o resultado seria idêntico. Alguns tipos de câncer podem ser curados apenas quando são extirpados no início da doença.
         Hoje, presenciamos o desfile de celebridades entrando e saindo dos mais equipados e caros hospitais privados. Enquanto isso, os pobres que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) formam filas reclamando ou, em casa, pela televisão, assistem a este vaivém de famosos se lamentando de não terem a mesma sorte. Mas eles não sabem que o resultado final do tratamento é o mesmo, quando falamos de patologias crônicas degenerativas. Quando temos um doente ilustre são arranjadas entrevistas mostrando que ele se recupera – pura publicidade. Em caso de moléstia crônica degenerativa, nunca existe melhora e relação a ela, embora possa parecer assim quando episódios de agudização são tratados. O paciente sempre recebe alta pior do que entrou.
         Muitos são seduzidos pela propaganda e se dão mal. Recentemente, um político internou-se num desses hospitais para fazer um checape, foi vítima de uma complicação num exame invasivo e faleceu. Pelo menos disso os pobres são poupados. O sentimento de impotência diante das enfermidades crônicas degenerativas, que assombra o sono dos médicos, não é uma exclusividade daqueles que atuam no SUS. As taxas de mortalidade no SUS são maiores porque os critérios de internação são mais rígidos e os doentes sempre chegam num estado mais adiantado da doença.
         Qualquer médico tem acesso rápido às mais modernas técnicas do mundo. Em medicina, ninguém faz milagre, o que pode ser realizado no luxuoso hospital particular também pode ser feito no SUS. O que não se consegue tratar num também não tem cura no outro. Os hospitais particulares não são instituições de caridade, são empresas que vivem do lucro. Os hospitais privados podem incluir exames sofisticados na propedêutica, mas isso não acrescenta nada no tocante à cura. Com a informática, a medicina evoluiu muito no diagnóstico, mas em relação ao tratamento dos velhos e mortais males degenerativos crônicos anda a passos de tartaruga. Os médicos ainda têm muito que aprender.”

(PAULO TIMÓTEO FONSECA. Médico, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de janeiro de 2015, caderno OPINIÃO, página 5).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Promotores da paz
        O ano de 2015 chegou e, como disse Carlos Drummond de Andrade, “quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial”. Todos têm a oportunidade singular de rever o caminho percorrido nos últimos 365 dias e planejar um recomeço urgente e necessário. Não se convencer da necessidade de reiniciar, em parâmetros novos e com dinâmicas não tão equivocadas, é escolha que compromete a paz almejada. É não assumir a maravilhosa responsabilidade, confiada por Deus a cada pessoa, de se promover a paz, celebrada mundialmente no dia 1º de janeiro. Com o início do ano-novo, um pacto precisa ser assumido para além de superstições, remanescendo mais do que o gosto da champanhe, reluzindo mais os fogos de artifício que já se apagaram: pela perpetuação do abraço fraterno, que ajusta as diferenças e as transforma em riquezas, é preciso promover a paz.
         O papa Francisco, na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz desde ano-novo, sublinha que é urgente recuperar a consciência de que “nossa vocação comum é colaborar com Deus e com todas as pessoas de voa vontade para a promoção da concórdia e da paz no mundo”. É hora de reconhecer e assumir o comportamentos que sejam dignos de nossa condição humana e cidadã. O ano de 2014, já passado, registrado nas páginas da história pode ser, embora com as lamentações inevitáveis do que nele ocorreu, uma oportunidade de ouro para que a sociedade brasileira renasça das cinzas, como uma fênix. Muitas cinzas foram produzidas e deixaram desolações abomináveis. Cenários de corrupção se multiplicaram, em razão da perda do sentido autêntico do dom da vida e do segredo da simplicidade como remédio para a ganância.
         Como conseqüência, cresceu a globalização da indiferença e aumentou o medo que empurra, na sua força paralisante, para o cuidado egoísta de si, dos seus e das suas coisas. Permanecem esquecidos os pobres, uma vergonha nacional, que nem um tratamento compensatório pode encobrir e deixar de incomodar governantes, religiosos, cidadãos e construtores da sociedade pluralista. A busca pela paz requer, no Brasil e no mundo, a sensibilidade e o empenho de cada cidadão para que prevaleçam novas posturas. Sem essa novidade, entre outras ameaças, corre-se o risco de uma irreversível deterioração do nosso tecido cultural, que tem tudo para ser construtivo e igualitário. Uma cultura edificada com a colaboração de personagens históricos, tempos e etapas, privilegiada em sua natureza, que sempre oferece indicações sobre o caminho certo a ser seguido e a conduta cidadã a ser adotada.
         É urgente o despertar de uma consciência nacional que faz cada pessoa assumir a tarefa e a missão de ser promotor da paz. Não basta um grupo, um segmento, uma confissão religiosa, alguns projetos – trata-se de um dever de todos. Esse despertar não é um simples hino, nem uma manifestação passageira. Não basta um protesto, nem mesmo as investigações indispensáveis e as inadiáveis punições. É preciso reconhecer com simplicidade de aprendiz os muitos sinais de morte que transformam, aceleradamente, o tecido de nossa cultura em violência, dependência química e em outros males. Gradativamente, são perdidos os sentidos da fraternidade e da concórdia.
         Lançar o olhar sobre a realidade e tratá-la adequadamente deve ser prioridade para evitar o comprometimento dos projetos que impulsionam na direção do bem. O papa Francisco, na sua mensagem pela paz, adverte que “há alguns de nós que, por indiferença, porque distraídos com as preocupações diárias, ou por razões econômicas, fecham os olhos”. Pois é hora de abri-los bem. Caso contrário, a mediocridade vai empurrar a sociedade para um estado gravíssimo de escravidão, amenizado pelos luxos sem sentido, pelas esnobações de todo tipo e pelo atraso que faz crescer o abismo entre ricos e pobres. A alegria, o bem e a beleza podem ajudar na reconstrução da sociedade.
         O ano começou com a posse de governantes e parlamentares. Se esta virada pela promoção da paz começar por eles – devedores da confiança da representatividade que os obriga a servir o povo – e incluir os mais diversos segmentos, todos ancorados na convicção de que bom é ser honesto, será dado o salto esperado na sociedade brasileira. Todos têm o dever de se reconhecer e de agir como promotores da paz.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País  no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, e mais uma vez, o petróleo em si não mancha as mãos dos trabalhadores; mas as mãos dos corruptos mancham até o petróleo...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


O BRASIL TEM JEITO!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A CIDADANIA, OS ROLEZINHOS QUE DENUNCIAM A SOCIEDADE E A FRATERNIDADE NA ECONOMIA (56/4)

(Fevereiro = Mês 56; faltam 4 meses para a Copa do Mundo)

‘Rolezinhos’ que denunciam a sociedade e a fraternidade na economia
        
         O fenômeno dos “rolezinhos” que ocuparam shopping centers no Rio e em São Paulo suscitou as mais disparatadas interpretações. Eu, por minha parte, interpreto da seguinte forma tal irrupção.
         Em primeiro lugar, são jovens pobres, das grandes periferias, sem espaços de lazer e de cultura, penalizados por serviços públicos ausentes ou muito ruins, como saúde, escola, infraestrutura sanitária, transporte, lazer e segurança. Veem televisão, cujas propagandas os seduzem para um consumo que nunca vão poder realizar. E sabem manejar computadores e entrar nas redes sociais para articular encontros. Seria ridículo exigir deles que teoricamente tematizem sua insatisfação, mas sentem na pele o quanto nossa sociedade é malvada porque exclui, despreza e mantém os filhos e filhas da pobreza na invisibilidade forçada.
         O que se esconde por trás de sua irupção? O fato de não serem incluídos no contrato significa ter garantidos os serviços básicos: saúde, educação, moradia, transporte, cultura, lazer e segurança. Quase nada disso funciona nas periferias. O que eles estão dizendo com suas penetrações nos “bunkers” do consumo? Eles estão, com seu comportamento, rompendo as barreiras do apartheid social. É uma denúncia de um país altamente injusto (eticamente), dos mais desiguais do mundo (socialmente), organizado sobre um grave pecado social, pois contradiz o projeto de Deus (teologicamente). Nossa sociedade é conservadora e nossas elites, altamente insensíveis à paixão de seus semelhantes, por isso, cínicas.
         Em segundo lugar, eles denunciam nossa maior chaga: a desigualdade social, cujo verdadeiro nome é injustiça histórica e social. Releva constatar que, com as políticas sociais do governo do PT, a desigualdade diminuiu, pois, segundo o Ipea, os 10% mais pobres tiveram, entre 2001 e 2011, um crescimento de renda acumulado de 91,2%, enquanto a parte mais rica cresceu 16,6%. Mas essa diferença não atingiu a raiz do problema, pois o que supera a desigualdade é um infraestrutura social de saúde, escola, transporte, cultura e lazer. O “Atlas da Exclusão Social”, de Márcio Pochmann (Cortez, 2004), nos mostra que há cerca de 60 milhões de famílias no Brasil, das quais 5.000 detém 45% da riqueza nacional. Os “rolezinhos” denunciam essa contradição. Eles entram no “paraíso das mercadorias” vistas virtualmente na TV para vê-las realmente e senti-las nas mãos. Eis o sacrilégio insuportável para os donos dos shoppings. Estes não sabem dialogar, chamam logo a polícia para bater e fecham as portas a esses jovens. Os marginalizados do mundo inteiro estão saindo da margem e indo rumo ao centro para suscitar a má consciência dos “consumidores felizes” e lhes dizer: essa ordem é ordem na desordem.
         Por fim, os “rolezinhos” não querem consumir. Eles têm fome, sim, mas fome de reconhecimento, de acolhida na sociedade, de lazer, de cultura e de mostrar que sabem: cantar, dançar, criar poemas críticos, celebrar a convivência humana. E querem trabalhar para ganhar a vida. Tudo isso lhes é negado porque, por serem pobres, negros, mestiços, sem olhos azuis e cabelos loiros, são desprezados e mantidos longe, na margem.
         Essa espécie de sociedade pode ser chamada ainda de humana e civilizada? Ou é um forma travestida de barbárie? Esta última lhe convém mais. Os “rolezinhos” mexeram numa pedra que começou a rolar. Só vai parar se houver mudanças.”

(LEONARDO BOFF. Filósofo e teólogo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 31 de janeiro de 2014, caderno O.PINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, mesma edição, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, que é arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Fraternidade na economia
        
         A fraternidade na economia é uma premissa determinante na construção da paz. Lamentavelmente, a idolatria do dinheiro tem estreitado mentes e corações, negociações e pactos, em razão da hegemonia exercida sobre o desejo e sobre as razões de viver das pessoas, de povos, grupos e culturas.
         Entre as dinâmicas da idolatria do dinheiro, além da mesquinhez que limita as oportunidades de partilhas, apoios e desenvolvimento de projetos básicos para o crescimento das populações, inscreve-se a devoradora compulsão pelo consumo. Conduta que está na base da crise de valores, experimentada em todo o mundo, por reduzir a pessoa ao seu poder aquisitivo.
         O desarvoro do consumo gera voracidade e tiranias incontroláveis no íntimo das pessoas, determinando dinâmicas perversas para a sociedade contemporânea. Como enfrentar adequadamente as graves crises financeiras e econômicas deste tempo? O lucro é determinante e deve ser sempre maior. Impõe o esvaziamento antropológico de entendimentos sobre o que é essencial na vida das pessoas, impedindo investimentos, partilhas e apoios. Torna-se meta principal, sacrificando projetos e programas que poderiam fazer a diferença em cenários de pobreza. A lógica do lucro que expulsa a fraternidade das dinâmicas da economia gera outras consequências igualmente preocupantes, tecendo uma rede de violências, perversidades e corrupção. Destrói o que poderia se traduzir em exercícios ricos de fraternidade. O papa Francisco, na convicção que rege o serviço evangelizador da Igreja, constata e chama à reflexão sobre o afastamento do homem, de Deus e do próximo e sobre o empobrecimento das relações interpessoais e comunitárias como causas fatais dessa realidade contemporânea.
         As pessoas são consequentemente empurradas na direção do consumo, na busca do lucro a todo custo e fora da lógica de uma economia saudável. O cenário é de desgoverno e de descontrole, realidade que pesa sobre todos os ombros. Não se pode continuar crescendo e avançando, comprometendo aspectos essenciais, gerando prejuízos irreversíveis, como a perda do sentido fundamental de humanidade que sustenta cada pessoa. O sistema de produção e os meios de comunicação, já dizia o bem-aventurado João Paulo II, têm enorme responsabilidade pela forte influência no dia a dia das pessoas e na formação de conceitos, que não priorizam o que, de fato, é importante.
         É clara a convicção de que as crises econômicas e suas injunções devem levar os construtores da sociedade pluralista, dirigentes governamentais e cidadãos a repensar os modelos de desenvolvimento e os estilos de vida. Transformações que têm sido claramente indicadas como possibilidades de proteger cada pessoa da agressividade dos mecanismos da sociedade do lucro e do consumo. A mudança de estilo de vida – frisa o papa Francisco, em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, não pode abrir mão do cultivo das virtudes da prudência, temperança, justiça e fortaleza.
         A mudança da sociedade não virá, nem se sustentará, simplesmente pelas dinâmicas próprias da economia, que não possui arcabouço suficiente em si mesma para promover as transformações que a cultura contemporânea necessita. Apostar em outro modelo econômico como solução para as sociedades faria, apenas, aumentar a lista dos fracassos  na busca da paz e adiaria a possibilidade de uma justiça social mais abrangente e mais significativa.
         A fraternidade sim, tem a energia necessária para mudar a economia. Vivida e cultivada pela força motriz das virtudes tem propriedades singulares e únicas para extinguir a guerra, humanizar as relações econômicas e promover o entrelaçamento de pessoas. A fraternidade tem o poder de iluminar a inteligência gerando entendimentos que arquitetam pactos sociais e políticos. A fraternidade, como via para a paz, é o caminho novo para a economia.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas transformações em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis  prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreversíveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 639 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (transporte, trânsito, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São gigantescos desafios, e bem o sabemos, mas que, de maneira alguma abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária,   que permita a partilha de suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, AS DROGAS E A FAMÍLIA

“Tráfico e classe média

Engana-se quem pensa que tráfico de drogas é exclusividade dos morros e das favelas. Operações policiais, com frequência preocupante, prendem jovens de classe média vendendo ecstasy, LSD, cocaína e maconha. Segundo a polícia, eles fazem a ligação entre traficantes e os vendedores de drogas no ambiente universitário. Crise da família, aposta na impunidade, ganho fácil e consumo garantido explicam o novo mapa do tráfico de entorpecentes. O tráfico oferece a perspectiva do ganho fácil e do consumo assegurado. E a sensação de impunidade – rico não vai para a cadeia – completa o silogismo da juventude delinquente.

Não é de hoje que jovens da classe média e média alta têm freqüentado o noticiário policial. Crimes, vandalismo, espancamento de prostitutas, incineração de mendigos, consumo e tráfico de drogas despertam indignação e perplexidade. O novo mapa do crime transita nos bares badalados, vive nos condomínios fechados, estudo em colégios e universidade da moda e desfibra o caráter no pântano de um consumismo sem fim.

A delinquência bem-nascida mobiliza policiais, psicólogos, pais e inúmeros especialistas. O fenômeno, aparentemente surpreendente, é o reflexo de uma cachoeira de equívocos e de uma montanha de omissões. O novo perfil da delinquência é o resultado acabado da crise da família e da educação permissiva.

Os pais da geração transgressora, em geral, têm grande parte da culpa. Choram os desvios que cresceram no terreno fertilizado pela omissão. É comum que as pessoas se sintam atônitas quando descobrem que um filho consome drogas. Que dirá então quando vende. O que não se diz, no entanto, é que muitos lares se transformaram em pensões anônimas e vazias. Há, talvez, encontros casuais, mas não há família. O delito não é apenas o reflexo da falência da autoridade familiar. É, frequentemente, um grito de revolta. Os adolescentes, disse alguém, necessitam de pais morais, e não de pais materiais.

Alguns pais não suportam ser incomodados pelas necessidades dos filhos. Educar dá trabalho. E nem todos estão dispostos a assumir as consequências da paternidade. Tentam, então, suprir o vazio afetivo com carros, mesadas e presentes. Erro mortal. A demissão do exercício da paternidade sempre acaba apresentando sua fatura. A omissão da família está se traduzindo no assustador aumento da delinquência infantojuvenil e no comprometimento, talvez irreversível, de parcelas significativas da nova geração.

Não é difícil imaginar em que ambiente afetivo terão crescido os integrantes do tráfico bem-nascido. Artigos, crônicas e debates tentam explicar o fenômeno. Fala-se de tudo. Menos do óbvio: a brutal crise que maltrata a família. É preciso ter a coragem de fazer o diagnóstico. Caso contrário, assistiremos a uma espiral de violência. É só uma questão de tempo.

Psiquiatras, inúmeros, tentam encontrar explicações para os desvios comportamentais nos meandros das patologias. Podem ter razão. Mas nem sempre. Independentemente de eventuais problemas psíquicos, a grande doença dos nossos dias tem um nome menos técnico, mas mais cruel: desumanização das relações familiares. A delinquência, último estágio da fratura social, é, frequentemente, o epílogo da falência da família.

Teorias politicamente corretas no campo da educação, cultivadas em escolas que fizeram a opção preferencial pela permissividade, também estão apresentando um perverso resultado. Uma legião de desajustados e de delinqüentes, crescida à sombra do dogma da tolerância, está mostrando suas garras. Gastou-se muito tempo no combate à vergonha e à culpa, pretendendo que as pessoas se sentissem bem consigo mesmas. O saldo é toda uma geração desorientada e vazia. A despersonalização da culpa e a certeza da impunidade têm gerado uma onda de infratores e criminosos. A formação do caráter, compatível com o clima de verdadeira liberdade, começa a ganhar contornos de solução válida. É pena que tenhamos de pagar um preço tão alto para redescobrir o óbvio: é preciso saber dizer não! A recuperação da família, a educação da vontade e o combate à impunidade compõem a melhor receita para uma democracia civilizada.”
(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de janeiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de janeiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A aventura de educar

Os desafios e as demandas estampados no horizonte de nossa sociedade, com tarefas de reconstrução e urgências de recomeçar, remetem-nos imediatamente à necessidade da educação. As lições que precisam ser aprendidas, a partir das catástrofes, das perdas e do consequente sofrimento revelam a prioridade do ensino.

As comparações a respeito dos processos educativos brasileiros em relação a outras nações, a partir da análise de estatísticas, práticas e procedimentos, nos convencem de que a educação entre nós ainda é um desafio crônico. É importante refletir mais e melhor sobre os processos. Também, abrir-se a inventividades que projetem crescimentos e conquistas, caminho para qualificar a educação e, consequentemente, alavancar o crescimento cultural e socioeconômico de toda sociedade.

Além de infraestrutura, investimentos e outros elementos necessários para qualificar o ensino, a questão que ainda permanece é o desafio de uma mudança profunda de posturas. É necessário avançar na compreensão e adequação tecnológica para que a educação se transforme na garantia do desenvolvimento integral. O conjunto de exigências para qualificar o aprendizado na sociedade faz dessa tarefa, conforme explica o para Bento XVI, na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano, uma aventura. O papa considera essa aventura difícil, mas fascinante.

Prensando nos jovens, Bento XVI fez uma reflexão sobre o ponto de partida fundamental na compreensão do que é educar. A etimologia latina educere significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo à plenitude que faz crescer uma pessoa. Não se trataria, portanto, apenas de uma apropriação de conteúdos e técnicas. É um processo que alavanca e sustenta uma cultura da vida, da justiça e da paz. Por isso mesmo, o processo educativo, acentua o papa, é o encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Da parte do discípulo é exigida uma abertura para deixar-se guiar no conhecimento da realidade. Da parte do educador, uma disposição para dar-se a si mesmo. Portanto, trata-se de um processo que ultrapassa uma simples oferta de informações e de regras. O educador há de ser uma testemunha autêntica, capaz de ver sempre mais longe, vivendo o caminho que propõe, garantindo um amor e uma dedicação que vão além de um simples cumprimento de dever profissional.

É claro que a escola não pode prescindir da referência à família, célula originária da sociedade, onde primeiro se aprende, e de maneira determinante, os valores humanos e cristãos, que permitem uma convivência pacífica e construtiva. Não se pode correr o risco de perder a convicção de que é na família que se aprende a solidariedade entre as gerações, o respeito às regras, o perdão e o acolhimento do outro, diz o papa Bento XVI, afirmando ainda que ela é a primeira escola onde se educa para a justiça e a paz.

A reconhecer a importância da educação, não se pode transferir toda a expectativa para a escola na sua configuração formal. Para qualificar o ensino, é preciso pensar a escola e a família. De modo especial, há de se considerar o contexto atual, caracterizado pelo desafio de assegurar aos filhos o bem precioso que é a presença dos pais. A convivência familiar é uma indispensável dinâmica educativa que permite o acervo de experiências, valores e certezas. Configura o tecido de cada pessoa, estabelecendo as bases para que o indivíduo faça a diferença na sociedade em que vive.

Assim, torna-se urgente criar iniciativas para que cada família tenha condição de assegurar um favorável ambiente educativo. As autoridades públicas têm o dever de investir na educação, considerando-a desde o lar, na relação entre pais e filhos. O papa Bento XVI, na sua mensagem sobre o Dia Mundial da Paz, também fez um apelo aos meios de comunicação, para que prestem sua contribuição educativa, focando sua força não apenas na missão de informar, mas também na tarefa de formar o espírito de seus destinatários. Educar é uma longa jornada, uma grande aventura, porque além da capacitação, alcança meta maior quando abre os caminhos para a verdade, a liberdade, a justiça e a paz. Que todos embarquem nessa grande aventura.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES, PEDAGÓGICAS e OPORTUNDAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES em nossas POSTURAS e estruturas EDUCACIONAIS, FAMILIARES, SOCIAIS, POLÍTICAS, CULTURAIS, ECONÔMICAS e AMBIENTAIS de modo a promovermos a inserção do PAÍS no rol das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS, CIVILIZADAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Destart, URGE a efetiva necessidade também de PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, metrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) o COMBATE, severo e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos, quais sejam: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de modo a se manter em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, câncer se espalhando por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, igualmente ocasionando INESTIMÁVEIS perdas e danos, certamente irreparáveis;
c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ABISSAL e INTOLERÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO da DÍVIDA, também a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Assim, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que MINA nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, ao lado de extremas NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO e nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDADES SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) neste ano; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...