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segunda-feira, 2 de março de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA MOTIVAÇÃO NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E A TRANSCENDÊNCIA DA FRATERNIDADE NA SUSTENTABILIDADE (41/129)


(Março = mês 41; faltam 129 meses para a Primavera Brasileira)

“Motivação do colaborador como estratégia de liderança
        Investir em práticas de governança inovadoras e eficientes é fundamental para que as empresas se destaquem no mercado. Mas, para manter e ampliar a competitividade, também é preciso direcionar esforços para a gestão de pessoas. Os colaboradores são os principais responsáveis por colocar em prática os ideais da organização, por isso é importante que eles estejam sempre motivados.
         De nada adianta contar com uma equipe tecnicamente capacitada se os integrantes não sentem desejo de potencializar suas competências para atingir os objetivos da empresa.
         Buscar colaboradores motivados é importante, mas, para que não expire, essa motivação deve ser nutrida. Afinal, quando exercida em troca de mera remuneração, qualidade do trabalho tende a cair com o tempo.
         Pesquisas comprovam a existência de uma relação entre a motivação e a produtividade no ambiente de trabalho. Um estudo da Right Management, empresa de consultoria especializada em gestão de pessoas, apontou que profissionais motivados são 50% mais produtivos. O levantamento ouviu 30 mil pessoas em 15 países, entre eles o Brasil.
         Além dos benefícios comprovados para a produtividade, a motivação pode ser um fator estratégico na busca pela retenção dos talentos e redução do turnover, ou seja, o índice que mede a rotatividade dos funcionários. Afinal, trata-se de um atrativo cada vez mais buscado no ambiente profissional, principalmente pelos colaboradores mais talentosos e promissores.
         A pesquisa Millennial Survey de 2019, realizada pela consultoria empresarial Deloitte, aponto que 49% dos jovens profissionais no mercado pretendem mudar de emprego nos próximos dois anos. Esse número chama atenção para a necessidade de que as organizações ofereçam ambientes de trabalho mais atrativos para aumentar o engajamento dos funcionários.
         Mas como influenciar a motivação dos colaboradores? Muitos investem na oferta de benefícios, tais como descontos em produtos em produtos e parcerias com fornecedores de serviços diversos. Essa estratégia tem sido amplamente utilizada por grandes empresas atualmente. A Coca-Cola oferece descontos nas compras de automóveis; já o Facebook disponibiliza verba adicional para despesas com adoção de crianças; a Dream Works, por sua vez, promove atividades físicas em suas dependências.
         No entanto, a oferta de benefícios deve estar alinhada a ações de melhorias do clima organizacional, como a prática de feedbacks constantes, a realização de programas de capacitação, e a adoção de uma estratégia de comunicação interna que permita o compartilhamento de objetivos entre líderes e colaboradores. Dessa forma, os funcionários se sentem mais pertencentes e passam a enxergar o sucesso da empresa como uma vitória pessoal.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 28 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“ ‘Cuida dele’ – o remédio
        O tempo da Quaresma, por seus quarenta dias, é uma delicadeza de Deus. Profecia que ressoa no coração da humanidade, pela voz da Igreja Católica, com sua liturgia de rica tradição e guardiã de tesouros de sabedoria e interpelações. Desafia a sociedade, sensibilizando corações a se emprenhar por um tempo novo de justiça e paz.
         A Igreja Católica no Brasil, há 56 anos, a partir de Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enriquece o caminho quaresmal com interpelações proféticas e indispensáveis à realidade brasileira, que geme de morte e clama por novas dinâmicas, práticas solidárias e urgentes remédios. A Campanha da Fraternidade convida dos cristãos a caminhar, no tempo de seu viver, revestidos da cidadania do Reino de Deus. Isso exige marcar a cidadania civil com as feições do Reino de Deus. Compreende-se, assim, de onde vem a exigência de conversão pessoal e cidadã comprometida com transformações urgentes e inadiáveis, debelando os cenários vergonhosos de miséria, pobrezas, extermínios, corrupções e manipulações políticas.
         A Igreja Católica não se ilude com projetos de poder político-partidário. Não mistura o que requer distinções. Age por uma intrínseca exigência profética, pela luz e pela força do Evangelho de Jesus Cristo, para ajudar a sociedade, a partir de experiência autêntica e comprometida de fé. Contribui para que todos reconheçam o remédio capaz de curar males e enfermidades que adoecem a humanidade: a lição do cuidado. Aprendizado que arranca indivíduos, instâncias e instituições da mesmice egocêntrica, desdobrada em ganâncias, nas indiferenças e nas superficialidades de escolhas para o viver – frutos das relativizações responsáveis pelo aumento das violências, dos suicídios, do esvaziamento da mente que atinge representantes do povo, governantes e líderes de diferentes segmentos, religiosos, culturais, educativos e tantos outros.
         A interpelação, “Cuida dele, o remédio”, vem da sábia e magistral indicação do coração de Jesus, na parábola do Bom Samaritano, para responder, de modo assertivo e completo, à pergunta que deve ecoar no coração de cada pessoa: quem é o seu próximo? Respondê-la adequadamente é o passo fundamental para que a sociedade brasileira consiga colocar a vida em primeiro lugar. Ainda que sejam reconhecidos sinais de esperança em atitudes cidadãs, em projetos e programas envolvendo instituições e instâncias, diferentes cenários trazem exigências e urgências muito grandes e complexas. Pedem novas posturas e atitudes capazes de gerar transforçaões urgentes – nenhum cidadão pode se conformar, contentando-se com mediocridades.
         Há muito que fazer. Basta pensar que a desigualdade é um distintivo inaceitável da sociedade brasileira, consequência de dinâmicas autodestrutivas que atacam o meio ambiente, a exemplo do desarvoro e descontrole da mineração predatória. Faltam mais compreensão e recursos humanísticos aos grandes líderes para que possam pensar adequadamente e contribuir para o fortalecimento, para a qualificação das instituições democráticas, ao invés de enfraquecê-las com ataques figadais. Sem lucidez, estão em risco patrimônios humanos, religiosos e culturais, necessários para que a sociedade avance e não se feche em estreitezas. Diferentes estatísticas mostram que a sociedade brasileira precisa mudar. Comprovam a necessidade urgente de um caminho espiritual renovador, diferente daquele que é partidário e estreitado pelo fundamentalismo de um cristianismo torto.
         O caminho espiritual renovador é percorrido por uma opção que nasce da capacidade de cuidar dele, do próximo, da Casa Comum e, sobretudo, dos mais pobres e dos indefesos. Assim, a Campanha da Fraternidade neste ano, no horizonte interpelante do tempo Quaresmal – convite à conversão e às mudanças de rumos, em favor da vida – interpela cada pessoa a acolher o chamado: “Cuida dele!”. Trata-se de eficaz remédio para corrigir descompassos. A adoção das dinâmicas simples e ao mesmo tempo abrangentes dessa indicação evangélica contribuirá para que a sociedade supere violências e extermínios, indiferenças e ganâncias, impulsionando os diálogos, os entendimentos cidadãos e a democracia, urgências deste tempo.
         Cuidar do próximo é espiritualidade com força para qualificar a cidadania, no horizonte da compreensão de que a vida é dom e compromisso. Urge-se uma envergadura humana e espiritual em cada pessoa, para que o cuidado com o semelhante inspire ações, tarefas e atuação em todos os âmbitos. Projeta-se, nesse horizonte de interpelação, a figura admirável de Santa Dulce dos Pobres, mulher fisicamente frágil, gigante na envergadura moral, espiritual e humana, com força para criar e perpetuar serviços transformadores, por ser fiel discípula de Jesus, por acolher, amorosamente, a mística do remédio que está no convite-convocação, ao olhar o meio ambiente, a comunidade de fé, a própria família, os pobres, o próximo: “Cuida dele!”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 316,79% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 165,60%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



       

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E OS INESTIMÁVEIS ENCANTOS E POTENCIALIDADES DA AMAZÔNIA NA SUSTENTABILIDADE


“Insight sobre a carreira profissional
        A taxa de desemprego fechou 2019 em 11,9%, atingindo 11 milhões de pessoas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em tempos incertos, para se ter acesso a uma oportunidade para trabalhar, com base na própria experiência de vida, é preciso combinar decisões complexas e cotidianas, tendo o domínio sobre tecnologias, sem esquecer a versatilidade de comportamentos e habilidades.
         É um experimento de muitas emoções e racionalidade caminhando juntos. Ante uma decisão desse porte, chega a hora de fazer a si perguntas e buscar respostas. Saber mais de você e ter a sensação de escolha.
         É impossível falar de carreira sem olhar para o propósito, a intencionalidade. Uma carreira de sucesso é definida por cargos, remuneração, promoções e privilégios? É preciso fazer algo fora de você para estar apto a responder por uma demanda com efetividade?
         O futuro chega velozmente, de sobressalto, oriundo de boatos ou previsões, exigindo respostas rápidas que surpreendem e demandam, de pronto, a presença de novas habilidades. Ainda não há aptidão para responder por novos e, até mesmo, não conhecidos desafios? Com certeza ée preciso confiança para reconhecer que a mudança é interna e que sempre haverá imagens e sonhos que, intimamente, não refletem o caminho. A carreira, de fato, é definida por habilidades e competências, e por como são usadas.
         Cabe uma nota sobre o “mindsete”, lembrando que, segundo a pesquisadora Carol Dweck, trata-se da atitude mental com que encaramos a vida. Existe o “mindset fixo”, em que a inteligência, assim como certas características da personalidade, não pode mudar, e o “mindset em crescimento”, em que o nível de inteligência pode ser aumentado, e suas características de personalidade, transformadas.
         Dentro do exposto, não são somente o talento, as habilidades e os recursos que garantem o êxito. as competências de inteligência emocional como a autoestima, capacidade de realização e a resiliência se fazem presentes. Tudo vai ao encontro, também, da originalidade, que ressalta como os inconformistas mudam o mundo.
         A situação é simples! Você busca e sente-se feliz com o contentamento dos clientes em relação ao seu trabalho. Importa-se com as suas experiências individuais e sempre busca se superar. Existem preparações no cotidiano que podem proporcionar prosperidade em tempos incertos. As habilidades e competências são adquiridas e ganham força no dia a dia. Nada de milagres que acontecem fora de você.
         Acredite firmemente que você é dono e responsável por sua carreira, assim como por sua vida, pois dessa forma terá a total capacidade de se moldar e superar mais do que qualquer outra pessoa.
         A mensagem é simples. Crie uma imagem mental construtiva e flexível de si mesmo. Construa, assim, o seu futuro. Acredite, faça e realize. A marca de uma grande carreira é que cada decisão tomada tem um propósito e que somente você é o ator.”.

(Efigência Vieira. Chief executiv officer da Upside Group, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 14 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Alinhados com os sonhos de Francisco
        ‘Sonho com uma Amazônia que lute por direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida. Sonho com uma Amazônia que preserve a riqueza cultural que a caracteriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana. Sonho com uma Amazônia que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas. Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo a Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos” – é o que partilha, sábia e corajosamente, o papa Francisco na exortação apostólica Querida Amazônia.
         Fruto esperançoso do abençoado Sínodo dos Bispos para a Amazônia, a exortação apostólica, com sua linguagem sapiencial, poética e profética, tem força de convocação: todos são desafiados a seguir o percurso indicado em suas linhas, para promover a vida e ser fiel à missão de toda a Igreja. Cada pessoa, especialmente os evangelizadores, se comprometa a cultivar um novo modo de viver no horizonte intocável do Evangelho de Jesus Cristo. Assim a Igreja inteira assume o compromisso de dedicar-se, sempre mais, à Amazônia, que se apresenta aos olhos do mundo com todo o seu mistério, o seu esplendor e o seu drama.
         Dedicar-se à Amazônia exige abertura para o diálogo, escutando especialmente os que mais entendem da realidade desse território, os povos amazônicos e, assim, ajudar de maneira mais qualificada os pobres, excluídos, indígenas, quilombolas, ribeirinhos e migrantes. “Deus queira que toda a Igreja se deixe enriquecer e interpelar por este trabalho; que os pastores, os consagrados, as consagradas e os fiéis leigos da Amazônia se empenhem na sua realização e que, de alguma forma, possa inspirar todas as pessoas de boa vontade”, eis o primeiro sonho do papa Francisco apresentado na exortação apostólica Querida Amazônia.
         A exortação apostólica, além de indicar a necessidade do cuidado com a Amazônia, orienta a Igreja e o mundo a aprender com o próprio território amazônico, escola de experiências, sabedorias e lições, para mudar dinâmicas e possibilitar vivências coerentes com os ensinamentos de Jesus Cristo. Particularmente, a Amazônia pode ajudar a Igreja de Cristo na exigente tarefa de percorrer caminhos novos e encontrar novas respostas. Consequentemente, contribuir, sempre mais, para que o mundo contemporâneo se aproxime dos valores atemporais do Evangelho. Na exortação apostólica, o papa Francisco convida a Igreja a sonhar. E os sonhos partilhados pelo Santo Padre, se acolhidos como meta e lição, terão propriedade para se tornar realidade na Igreja, no território da Amazônia e em todos os lugares. São quatro sonhos indicados pela papa Francisco: um sonho social, um sonho cultural, um sonho ecológico e um sonho eclesial.
         No coração pulsante de cada uma das aspirações indicadas na exortação apostólica estão interpelações norteadoras. Sonhos que, acolhidos como se espera, reconfiguram juízos e escolhas, fortalecendo a Igreja. Desmontarão, assim, o que já não tem força missionária e reaviverá a nova profecia – a ser anunciada na voz da Igreja – para interpelar o mundo a estar no horizonte e a caminho do Reino de Deus, possibilitando novas lógicas de organização e governos, mais fraternidade, justiça e paz para todas as sociedades. Esse caminho leva ao verdadeiro desenvolvimento integral, com novos hábitos, práticas e lógicas.
         O papa Francisco, em seu sonho social, detalha uma Amazônia que deve integrar e promover todos os seus habitantes, para que possam consolidar o “bem viver”, com a força de um grito profético e um árduo empenho dedicado aos mais pobres. Para isso, são necessárias atitudes que façam frente às injustiças e aos crimes cometidos, aos que ferem o meio ambiente e seus povos. No âmbito cultural, o papa Francisco sonha com ações que busquem cuidar das tradições. Nas raízes do povo amazônico está a força para se contrapor “à visão consumista do ser humano, incentivada pelos mecanismos da econômica globalizada, que a homogeneizar as culturas e a debilitar a imensa variedade cultural, que é um tesouro da humanidade”. O sonho ecológico do papa trata da oportunidade para se conquistar a libertação das escravidões a partir de nova aprendizagem. Se o cuidado com as pessoas é inseparável da dedicação aos ecossistemas, isso se torna ainda mais evidente na realidade amazônica. Sobre o sonho eclesial, o papa indica o desafio da Igreja na busca de novos caminhos, por sábia e profética enculturação, do ministério e na liturgia, assegurando serviços pródigos a todos. A Igreja deve valorizar sempre e mais a religiosidade dos povos e procurar, continuamente, novos modos de servir, para que todos sejam contemplados com os dons dos sacramentos, especialmente a Eucaristia. O sacerdócio seja capaz de oferecer novas respostas e a Igreja se configure, cada vez mais, como Casa da Palavra de Deus, a partir da força vivificante das mulheres, com práticas criativas, inovadoras, autênticas respostas às demandas de evangelização.
         No coração de cada pessoa esteja a força interpelante dos sonhos partilhados pela papa Francisco e, assim, aprendidas as lições da exortação apostólica Querida Amazônia.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

                         

           
        

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DA BOA GOVERNANÇA E AS ÂNCORAS DOS PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICO-MORAIS NA SUSTENTABILIDADE


“Agências reguladoras necessitam de governança
        Atuei cerca de 22 anos na iniciativa privada, ingressando em seguida no serviço público em 2013, como analista administrativo. E me surpreendi ao perceber a imensa diferença entre a forma de trabalho da iniciativa privada e a utilizada no âmbito do funcionalismo. Por se tratar de um negócio público, há muitas regras, leis e normas a serem seguidas, a fim de garantir princípios gerais como os de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, o que, sob vários aspectos, é correto. Contudo, a sistemática básica desse arcabouço normativo – a burocracia – remanesce de uma forma de trabalho originada há mais de 200 anos e que vem prejudicando a administração pública moderna. Não é à toa que a sociedade tem criticado o servidor, pois, em muitos casos, ela não consegue obter serviços públicos de qualidade, com custos competitivos e em tempo razoável. Boa parte dos cidadãos desconhece que o servidor público só pode realizar estritamente aquilo que está nas normas e nas leis, ao contrário deles próprios, que podem fazer tudo o que a lei não proíbe. Ficou claro para mim que, se a administração pública quiser ser tão eficiente quanto a iniciativa privada, as leis e normas que regem o funcionamento da primeira devem se aproximar daquelas que são utilizadas pela segunda, permitindo ao gestor e ao servidor público ser mais flexíveis para alcançar melhores resultados. Em outras palavras, a administração pública deve se modernizar e adotar leis, normas, sistemas, mecanismos e técnicas que permitam ao servidor ser tão eficiente quanto os profissionais da iniciativa privada. Princípios como meritocracia, “empowerment”, transparência e “accountability”, entre outros, devem ser seriamente adotados para o aprimoramento do serviço público, sob o manto da governança corporativa.
         O conceito de governança corporativa surgiu em empresas e corporações e se municiou de diversos mecanismos de controle a fim de garantir que os interesses de seus “stakeholders” fossem mediados. Apenas recentemente, ele passou a ser aplicado também à esfera pública, para as organizações públicas e seus agentes serem monitorados e avaliados por seus dirigentes e pelo seu maior “stakeholder” – a sociedade – quanto à entrega do valor público esperado.
         As agências reguladoras são órgãos relativamente jovens no Brasil e desempenham importante papel nos cenários tecnológico, econômico e social. O desempenho delas depende de quão eficientes e efetivas elas de fato são, sobretudo, na busca pelo equilíbrio de interesses entre a sociedade e o mercado, os quais exigem qualidade e velocidade na apresentação de resultados.
         A implementação ampla e séria do conceito de governança, associada a uma profunda reformulação da maneira de se conduzir a administração pública, pode proporcionar melhores condições para o alcance de resultados, ao favorecer princípios como transparência, responsabilidade corporativa, equidade e “accountability” no serviço público.”.

(Carlos Jorge Arruda Lima. Analista administrativo da Anatel, filiado à União Nacional dos Servidores de Carreira das Agências Reguladoras, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de novembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Trinfo de nulidades
A dolorosa visão de cenários desfigurados e perversos na sociedade contemporânea faz brotar forte indagação: há triunfo das nulidades? Pode parecer uma perspectiva dramática ou pessimista, mas é real. Não é exagero constatar que esse triunfo, lamentavelmente, está em curso. Considerar, cotidianamente, os desatinos que ameaçam a humanidade e a conduzem, com velocidade, rumo a precipícios, é uma urgência. Afinal, muitas vezes não é possível retornar do fundo do abismo, ou é necessário longo prazo para a recuperação. Ao mesmo tempo, as urgências humanitárias e civilizatórias exigem respostas imediatas. Não se pode mais suportar pesos, sofrimentos e descompassos que atingem frontalmente o bem comum e ferem a humanidade. Por isso mesmo, é preciso mais cuidado e responsabilidade para mudar essa realidade, o que exige dos cidadãos e cidadãs a remodelação de atitudes - de hábitos domésticos até decisões em instâncias que impactam os muitos processos da vida.
Vê-se o crescimento da indiferença, acompanhado de descuido proposital e perverso na vivência de valores, no respeito a princípios, o que torna as pessoas potenciais avalanches demolidoras, umas passando por cima das outras. O resultado: a devastação moral, física e humanitária com altos preços a pagar. Diante disso, é cada vez mais atual a expressão iluminada de Rui Barbosa, ainda no início do século passado, com força de repreensão, ao dizer que se tinha vergonha de ser honesto, de tanto ver triunfar as nulidades, prosperar a desonra, o crescimento da injustiça, com o agigantar-se dos poderes nas mãos dos maus. Assombra, hoje, a naturalidade com que o mal é aceito, destruindo, sorrateiramente, o indispensável humanismo e a envergadura moral necessária ao exercício de responsabilidades.
Todos os processos da vida pessoal, familiar, profissional, religiosa e cidadã estão contaminados pela banalização do mal. Para além da abordagem filosófica - se o mal é dotado de um ser - considera-se que o pensamento moderno questiona a sua existência. Também por isso, a humanidade paga na própria pele os seus efeitos desastrosos. O mal faz troças da racionalidade humana que, sozinha, não consegue enfrentá-lo e reverter quadros, mudar situações e requalificar indivíduos.  Mais que um problema, o mal é um mistério a ser afrontado, com humildade e atenção, para, especialmente, o ser humano não se tornar agente da maldade e seguir na direção oposta à condição de cada pessoa: a dignidade maior de ser filho e filha de Deus - que é bom, porque é amor.
As diferentes corrupções que enlameiam a sociedade têm suas raízes no mal. Sua perigosa banalização vai ganhando, avassaladoramente, a regência da vida. Com isso, o mal passa a definir as dinâmicas da sociedade, com força de convencimento, para fazer, por exemplo, que se considere verdade o que é mentira. Narrativas do Evangelho a respeito da tentação sofrida por Jesus no deserto sublinham a fragilidade da condição humana e apontam o caminho experiencial de sua superação. Essa perspectiva merece atenção de toda sociedade para, seguindo o exemplo de Jesus, se debelar o crescimento assustador do poderio do mal. Ao ser desconsiderado, o mal se apresenta como única alternativa, desvirtuando a verdade e o amor, comprometendo a paz social e a justiça. A força do mal é tão incidente que perverte até mesmo religiosos, distanciando-os da conduta esperada dos que professam a fé. Quem crê, autenticamente, pauta a própria vida, seus atos e momentos na verdade e no amor, desdobrados em solidariedade fraterna e em testemunho de uma realidade que ultrapassa o tempo, o espaço e as ideias - o Reino de Deus. Vive, neste tempo, o sonho e a luta para efetivar as lógicas do bem.
Por onde caminhará, com a banalização do mal, a defesa da justiça? Os argumentos advocatícios passam a ser tarefa irracional, com agressividade e até sem o mínimo senso de civilidade. Permite-se defender o indefensável, fazer valer a mentira como verdade. A força do mal seduz os operadores da sociedade, nos seus diversos campos de ação e produção. Faz valer a lógica da ganância e do lucro, com justificativas que comprovam o poder do mal. As instituições ficam à mercê de interesses espúrios, seus atores e responsáveis, incapacitados.
O tecido humanístico, carcomido pelo mal, fortalece lógicas que negam a preciosidade do dom da vida. E a cidadania sofre, pois se vê privada da qualidade indispensável de urbanidade. Cada um se reveste de uma condição voraz e, permitindo-se passar por cima de tudo e de todos, provoca o caos social e político. A sociedade está desafiada a combater a forma como tem assimilado o mal, a lutar por investimentos ético-morais em princípios e valores, por práticas que amansem o coração humano. Assim, será alcançada a competência exigida neste momento da história, único caminho para se conter, com urgência, o triunfo de nulidades.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.