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quinta-feira, 16 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA TRANSFORMADORA DA INOVAÇÃO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA INTEGRIDADE E BOA GOVERNANÇA NA SUSTENTABILIDADE


“Protagonismo da crise no impulsionamento da inovação
        Desde que a pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil, temos enfrentado uma série de desafios, tanto no âmbito social quanto no econômico. No entanto, isso não é motivo para deixar que o pessimismo prevaleça. Os problemas existem, mas até eles têm seu lado positivo. E um deles é motivar as pessoas a buscarem soluções e alternativas. O resultado disso são novos modelos de negócios, inovadores e criativos, que comprovam, cada vez mais, o potencial e a expertise do ser humano.
         Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), feita com mais de 400 empresários de todo o país, concluiu que 83% deles consideram as soluções inovadoras decisivas para a sobrevivência no chamado “novo normal”. Por isso, dar visibilidade a essas novidades é essencial para fomentar a inovação.
         Uma das maiores necessidades atualmente diz respeito à infraestrutura de saúde, que está na linha de frente no combate à pandemia. Nesse sentido, destacam-se os esforços para o desenvolvimento de equipamentos como respiradores, que precisam ser seguros e de baixo custo para atender à demanda crescente. Pensando nisso, a Life Tech Engenharia criou a chamada Bolha de Respiração Individual Controlada (Bric). Trata-se de um tipo de capacete que funciona como respirador mecânico e, ao mesmo tempo, protege o profissional da saúde em atendimento.
         É importante chamar atenção ainda para as inovações no âmbito da prevenção, que podem se manter em alta até após a pandemia. Um exemplo de solução que apresenta esse potencial é o Baumer Purifica. Trata-se de um equipamento voltado para a captura e tratamento do ar, reduzindo a carga viral no ambiente em que está instalado. Nessa mesma linha há um projeto da Universidade de Guarulhos (UNG), uma “cortina especial” que permite desinfetar entradas e saídas utilizando a clorexidina, substância voltada para antissepsia de superfícies.
         Além disso, há soluções de tecnologia da informação que também exercem um papel importante no combate à pandemia. A startup brasileira Ilhasoft desenvolveu um chatbot de combate às fake News chamado Health Buddy, que compila e disponibiliza informações sobre o avanço do contágio por meio de uma integração com o sistema da Universidade John Hopkins.
         Esses exemplos ilustram a possibilidade de se aproveitar de problemas e imprevistos para criar novas soluções. Há números, inclusive, que comprovam que a sobrevivência na crise depende da habilidade do empreendedor de observar o contexto e manter o foco no cliente. Como é o caso de uma pesquisa da aceleradora ACE, que mostrou que aproximadamente 15% das startups brasileiras conseguiram crescer durante a pandemia. Não é uma tarefa fácil. Mas, com atenção especial ao mercado, aos processos internos e às demandas da sociedade, está longe de ser impossível.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 13 de julho de 2020, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Os óbitos por corrupção
        ‘O tonel vazio é o aquele que faz barulho’, diz o ditado popular italiano. Quanto mais oco, sem nada por dentro, mais entediante ele fica.
         O candidato a um cargo eleitoral, no período que antecede a eleição, aquele que, sem honestidade, conteúdo, proposta, experiência, propósito decente, visão e consciência do que o aguarda, não raramente adota meios abjetos para alcançar seu propósito. Mente, frauda, difama os adversários, escondendo-se atrás de atitudes mesquinhas.
         Com propósitos eleitorais, procura enganar os ingênuos, aqueles que não se apercebem do interesse sórdido, da finalidade egoísta de prestígio e riqueza imerecidos, que de outra forma, com suor e trabalho, nunca conseguiria.
         São esses tonéis vazios os futuros protagonistas dos mensalões, dos petrolões, do desmonte da máquina pública, dos esquemas que dilapidam as finanças do país. São exatamente eles que já deixaram ou ainda deixarão os mais necessitados morrerem nas filas da saúde, os hospitais em estado vergonhoso, roubando o que é imprescindível para salvar uma vida, enquanto gastam o que desviaram em luxos descabidos.
         Costuma-se encontrar “eleitos” que transpiram a inutilidade cívica e humana de suas ações, que confirmam o uso malandro de suas largas prerrogativas. Estes chegam ao fim de um mandato sem poder dizer “contribuí para o bem dos meus eleitores, da sociedade, da nação”. Assim, são enterrados na vala dos esquecidos, dos sem méritos.
         Os antissociais que almejam um cargo eletivo passarão pelo mandato imerecidamente conquistado, labutando incessantemente para manter o poder pessoal, e para isso fazem qualquer coisa, “até o diabo”, como confessou uma ex-presidente da República.
         Deu um susto ao planeta, no fim de semana, o presidente estadual de um partido, no Estado do Rio de Janeiro, incitando com ênfase os candidatos de sua sigla a propor na campanha “fazer muito e roubar pouco”. Pediu desculpas, mas a quem assiste ao vídeo as desculpas provavelmente não interessam.
         O povo brasileiro já foi enganado inúmeras vezes, entre alguns raros intervalos felizes. Amargou o sofrimento, a falta de assistência, de resposta às necessidades básicas, de apoio ao desenvolvimento, à criação de oportunidades inclusão. A nação brasileira contabiliza, desde 2015, 12 milhões de desempregados, consequência dos bilhões de reais desviados das contas públicas por quadrilhas que ganharam notoriedade nas fases da Lava Jato.
         A triste realidade nacional, a dívida pública, o desacerto das finanças, que penalizam a nação inteira, são decorrentes de uma agressão persistente a favor de bandos e partidos organizados. Neste momento pré-eleitoral, já se nota nas atitudes sórdidas que pretendem promover candidatos o potencial deletério que carregam.
         O cidadão que descobre ter sido enganado, espoliado, desempregado por aqueles que escolheu para os altos cargos públicos sofre, quando é tarde demais, de decepção e, ainda, de indignação, ao se deparar com o acúmulo de fortunas de corruptos, que não se importam com o sofrimento e a mortes que provocam.
         Quando se pensa nos milhares de óbitos da pandemia, pode-se chegar à conclusão de que são irrisórios comparados aos óbitos que a corrupção gera, aos analfabetos que produz, aos sofrimentos que dissemina.
         Um recurso público surrupiado faltará no que é mais essencial.
         Na atual pré-campanha eleitoral, as fake News já se erguem como protagonistas – adotadas por candidatos sem conteúdo decente, sem boas intenções, sem propostas, e apenas voltados a estontear o eleitor para enganá-lo.
         Atrás dos falsos se escondem exatamente os futuros ladrões da coisa pública, protagonistas dos próximos mensalões e dos esquemas que têm empobrecido a nação brasileira.
         Se a pandemia leva a óbito milhares de pessoas, a corrupção leva a milhões.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




    
        

sábado, 7 de março de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA TRANSPARÊNCIA E CREDIBILIDADE NA BOA GOVERNANÇA E AS SUPREMAS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA SINFONIA HUMANÍSTICA NA SUSTENTABILIDADE


“A importância de se adotar a transparência como valor
        Comunicar fatos desfavoráveis ao negócio é uma atitude que enfrenta resistência entre muitos empresários e gestores. Afinal, ninguém quer pôr sua imagem em risco. No entanto, muitas vezes essas fragilidades acabam sendo expostas contra a vontade da empresa, e a atitude de omiti-las pode ser interpretado como desonestidade. Por isso, a falta de transparência pode trazer grandes prejuízos para a imagem da organização.
         Deixar de se posicionar diante de um problema ou ocultar informações como resultados negativos e conflitos internos pode parecer uma ideia tentadora. No entanto, tal atitude pode tirar credibilidade da empresa perante os stakeholders, ou seja, fornecedores, investidores, clientes ou grupos de interesse de modo geral.
         A transparência empresarial é cada vez mais valorizada no mercado. De acordo com o relatório Social Media & Evolution of Transparency, realizado pela empresa de mídia social Sprout Social entre mil consumidores dos Estados Unidos, 86% deles consideram importante que a empresa seja transparente. A pesquisa perguntou ainda se os consumidores estariam dispostos a dar uma segunda chance a marcas transparentes depois de uma má experiência, e a resposta foi positiva para 85% dos entrevistados.
         O surgimento de problemas é natural em uma organização, sejam expectativas que não foram atendidas, imprevistos que impediram a concretização de planos anunciados anteriormente ou até mesmo acidentes. Porém, na maioria das vezes, o fator decisivo é a forma como a empresa se posiciona diante deles. Nesse momento, a transparência é importante não somente para superar esses obstáculos, mas também como uma oportunidade para demonstrar know-how, conquistar confiança dos stakeholders e adquirir credibilidade.
         Um exemplo de política de transparência utilizada de forma bem-sucedida foi a gestão de crise da Johnson&Johnson na década de 80, quando a empresa foi vítima de uma sabotagem. As decisões da diretoria diante do problema foram totalmente pautadas pela honestidade. Os produtos defeituosos foram recolhidos imediatamente, os atingidos foram devidamente indenizados, e as demandas da imprensa foram prontamente atendidas.
         Utilizando essa estratégia, a empresa conseguiu contornar a crise e resguardar seu legado, que dura até os dias atuais.
         No entanto, para usar a transparência a seu favor, é preciso planejamento e estratégia. É necessário ser capaz de visualizar os limites e distinguir as informações relevantes daquelas sensíveis e sigilosos. Saber agir de maneira honesta sem deixar de se preservar é uma características das empresas que são referência em governança corporativa, se desta no mercado e enxergam oportunidades nos problemas que surgem.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham­_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de março de 2020, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 6 de março de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Vozes e profecias
        Vozes e profecias contracenam nos cenários que marcam circunstâncias da sociedade contemporânea. As vozes são muitas. Não poderia ser diferente, pois a contemporaneidade também se caracteriza pelo direito irrestrito de se expressar – uma necessidade e também um dever. Os diálogos são tecidos com os elos do que se diz. E as vozes são muitas, ante a autonomia, a necessidade e o dever de se expressar. Dessa realidade, surgem desafios para enunciar falas coerentes, sensíveis às muitas vozes que precisam se fazer ouvir. A escuta se torna, pois, uma exigência. Condição indispensável para o diálogo. Há, assim, a dicotomia entre os direitos de poder, de dever dizer, e a exigência de também saber escutar. Sem escuta, não há diálogo e, consequentemente, relações ficam prejudicadas, crescem radicalismos, polarizações, preconceitos e juízos inadequados.
         Interessante é recordar o dito popular: “Quem diz o que quer ouve o que não quer”. Sublinha-se, pois, o aspecto de que a liberdade de dizer não dispensa o compromisso ético com a verdade. Não é tarefa fácil. O ato de falar depende de determinada interpretação, pois há certa parcialidade que se evidencia com um olhar hermenêutico. São vozes e vozes que buscam se fundamentar na verdade, ao menos na verdade de seu território. A partir dessa premissa, quando se observa diferentes enunciados na contemporaneidade, constata-se que está em curso a consolidação de uma Babel, acirrada pelas estreitezas de diferentes interpretações dos que pensam possuir a verdade, quando, em vez disso, falam a partir de interesses dos lugares que ocupam.
         Nesta Babel de vozes está o enfraquecimento da capacidade profética do ser humano, seja feito pelo silêncio permissivo perante as injustiças ou pela incapacidade de escutar os diferentes clamores. As profecias gradativamente perdem espaço para as convivências e o ser humano torna-se incapaz de cultivar o sentimento de indignação frente a situações que precisam ser mudadas. Trata-se de um sinal da crise do compromisso comunitário. O que passa a valer hegemonicamente é o que está garantido no horizonte sedutor do consumismo, advindo a lógica mercantilismo e da sedução de um bem-viver egoísta, mesquinho. Essas lógicas e dinâmicas são tão traiçoeiras e cegam a tal ponto que não se consegue revestir discursos com a coerência de um testemunho revelado na própria conduta. Isso faz lembrar Jesus numa invectiva forte, contundente e atual, a respeito de seus contemporâneos: eles falam, mas não praticam o que pregam.
         Sem profecias, o mundo se perde. A voz profética incomoda, por tocar o âmago de feridas, com a assertividade sustentada pela indignação, aspecto que não pode faltar, sob pena de alimentar a indiferença e incapacitar para aquele olhar que gera a compaixão e disposição de cuidar. Por isso mesmo, as vozes múltiplas do tempo atual, quando é necessário construir novos entendimentos e formatar novos sistemas, são desafiadas a retornar e fazer renascer as profecias. Existem medos, desconfianças, titubeios, rigidez, disputas cegas contracenando com a demanda reprimida de vozes proféticas capazes de abrir caminhos, com lucidez, no horizonte dos anseios da humanidade.
         Os cidadãos estão desafiados a unir suas vozes, nos seus diferentes tons, por uma sintonia humanística que emoldure a caminhada da sociedade. Importante é deixar-se interpelar, esperançosamente, pelos sonhos do Papa Francisco, na sua recente Exortação Pós-Sinodal, “Querida Amazônia”, nos largos horizontes dos sonhos social, cultural, ecológico e eclesial. O primeiro passo da profecia será sempre reconhecer a própria condição de aprendiz, aberto a remodelações, correções e a novas práticas, particularmente pelo convencimento de que a hora exige um falar com força para desencadear transformações.
         Assim, a Igreja Católica, intrinsecamente fundamentada na profecia, pelas exigências irrenunciáveis do Evangelho de Jesus, vive agora interpelante desafio, com sua voz própria – sem empréstimo de outras vozes, mas contracenando, para que haja harmonia: contribuir para que os muitos “dizeres” constituam um coro profético, na contramão clara e corajosa de desmandos do conservadorismo político, de atentados insanos contra a democracia, de sandices contra a Constituição, cultivando indignação diante de qualquer ameaça às pessoas e aos direitos. Dessa forma, ajudar na consolidação de uma sociedade cada vez mais democrática, balizada em marcos civilizatórios que possibilitem a superação de atrasos e de descompassos, produzidos por lógicas perversas, alicerçadas na idolatria do dinheiro. Continuem as vozes, renasçam as profecias.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 316,79% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 165,60%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA CULTURA ORGANIZACIONAL NAS EMPRESAS E AS GRAVES EXIGÊNCIAS DA MODERNIDADE DAS ESCOLAS NA SUSTENTABILIDADE


“Importância da cultura organizacional nas empresas
        As transformações do século XXI, cada vez mais aceleradas e impactantes, têm pressionado as empresas a se adaptarem a novos cenários para se manterem competitivas e relevantes. Em busca de alcançar esses objetivos, novos modelos de organização interna, voltados para o crescimento da mentalidade de que o trabalho deve ser um local prazeroso e coeso, são colocados em prática.
         A principal forma de trabalhar os costumes é por meio da cultura organizacional, que consiste no conjunto de hábitos e valores que regem as ações do cotidiano. Ela funciona como uma diretriz para guiar o comportamento e a mentalidade dos colaboradores de uma empresa. Por se tratar de um conceito bastante abrangente, é preciso defini-lo. Para isso, é necessário reunir um sistema de valores compartilhados que orientem a rotina de todas as equipes, contendo normas, princípios e expectativas. O material criado precisa estar bem estabelecido e coerente com as atividades do dia a dia.
         Esses aspectos definidos são capazes de consolidar a instituição. Dessa forma, uma cultura organizacional forte e bem precisa consegue influenciar a forma como os profissionais se relacionam entre si e com os clientes, proporcionando um entendimento da personalidade da empresa, que qualifica uma identidade e o compartilhamento de seus valores. Isso fortalecerá a produtividade, o ambiente de trabalho e, por consequência, os resultados.
         O grande caso de sucesso de uma cultura corporativa bem trabalhada é da multinacional norte-americana Google. Uma das principais marcas do mundo atribui grande parte do seu sucesso ao desenvolvimento da gestão de seus colaboradores. Conhecida por ter uma atmosfera casual e democrática, o ambiente é aberto e propício para que os funcionários possam expressar suas opiniões e ideias, de forma a amenizar as relações de poder entre as hierarquias.
         A empresa aplica suas crenças e condutas desde o processo de contratação, no qual busca pessoas alinhadas com o discurso da companhia. Guiados pela inovação, os valores e as missões são claros e de conhecimento de todos, o que impulsiona a criação e a dá propósito ao trabalho. O jeito Google de ser criou uma identidade, que é exportada para seus clientes e induz a percepção que eles têm sobre a marca e reflete nos rendimentos.
         A criação e a implementação da cultura organizacional são essenciais para a construção de uma marca e de diretrizes para a rotina de trabalho. Para que esses valores funcionem, é importante que esteja bem difundido entre todos os colaboradores e que o discurso e a prática sejam coerentes. A cultura forte e bem-definida é capaz de estruturar a companhia, traçando o rumo e os objetivos que deseja alcançar, o que vai influenciar diretamente nos resultados.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de janeiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 13).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de setembro de 2018, mesmo caderno, página 9, de autoria de EUDÁSIO CAVALCANTE MELO, professor, graduado em filosofia, pós-graduado em história, psicopedagogia, gestão educacional e mídias na educação, e que merece igualmente integral transcrição:

“Política, educação e modernidade
        Ao acompanharmos o desfecho de recentes acontecimentos na política nacional, fica evidente a pouca consciência política dos nossos representantes quanto à gestão pública, ou seja, uma política cristalizada em velhas ações e conceitos ultrapassados com relação às novas demandas da sociedade moderna.
         Pode parecer desalentador às pessoas que têm postura ética. Não é por acaso que a sociedade moderna está desnorteada, diante desse volume incontrolável de mudanças que a obriga a pensar e a construir novos paradigmas. E que a força a rever alguns conceitos e valores construídos ao longo desses últimos séculos, que deram sustentação a um modelo sóciopolítico e econômico que tem sofrido sérias rachaduras na sua estrutura vital.
         Quando falamos de mudanças na história, vêm logo à mente fatos importantes que deram rumos novos e significativos à vida das pessoas que compõem as diferentes culturas mundo afora. Mudanças provocadas em função das exigências circunstanciais de cada povo, ocorridas ora de forma pacífica, ora de forma violenta. O que nos leva a afirmar que as mudanças são necessidades inerentes à própria condição humana.
         Se retomarmos a história, na Grécia antiga, encontramos uma ideia de participação coletiva onde o homem era considerado como ser essencialmente político. Todas suas ações giravam em torno de um único interesse: o bem-estar e felicidade de um coletivo calcada numa prática sustentada por ações virtuosas, qual seja, a prática do bem. A democracia, neste modelo político grego, tinha como fundamento a ética.
         Transpondo esta ideia de democracia para nossa realidade moderna e contemporânea, não será difícil admitir e entender que vivemos numa sociedade bem mais complexa na sua constituição cultural. Mas, afinal, o que caracteriza a política, hoje? Nossa prática política é egocêntrica – uma política do eu para mim mesmo.
         Não podemos, porém, perder a esperança de sermos representados por pessoas dignamente políticas. Se isso se tornar realidade, poderemos, quem sabe, pensar num país cuja democracia seja diluída em possíveis promessas de oportunidade para todos, em que a qualidade de vida não se restrinja a uns poucos, mas que tenhamos uma população orgulhosa de viver neste Brasil. E que esse reflexo de bem-estar comece nas famílias, passe pelas escolas e se estenda a todos, em nome no interesse comum.
         Esse sonho se tornará realidade se construirmos uma consciência do nosso compromisso como cidadãos e cidadãs comprometidos com nossas escolhas vitais. Essa esperança e esse sonho passam pela educação. Assim podemos afirmar, porque uma das características do mundo contemporâneo é o dinamismo exigido na forma de interatividade. Estamos vivendo experiências novas a todo momento. E quando nos referimos ao novo como resultado da evolução e explosão tecnológica não podemos deixar de lado a escola como espaço que exige, de forma constante, práticas que atendam às necessidades, desafios e demandas que o mundo moderno contemporâneo nos impõe. Tudo em vista da formação do cidadão e da cidadã que carrega em si, potencialmente, o desejo de mudar e de ser diferente dentro de um universo escolar que insiste em não querer enxergar, muito menos construir perspectivas nesse sentido.
         Trazer a modernidade para as escolas não tem sido uma tarefa tão fácil, pois as mudanças que precisam ocorrer dentro das instituições escolares devem passar pelo crivo particular de cada pessoa que faz parte da comunidade escolar. Ou seja, a escola não muda se as pessoas que fazem parte dela não estiverem dispostas a mudar. Portanto, educar dentro desse novo olhar moderno e contemporâneo é, simplesmente, criar possibilidades, oferecendo, assim, condições aos alunos de se tornarem atores protagonistas da sua própria aprendizagem, com olhares atentos para um futuro calcado em bases sólidas e consistentes em experiências mais humanas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.