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segunda-feira, 7 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A RESTAURAÇÃO DA ÉTICA CORPORATIVA E A LUZ NO CUIDADO E FRUIÇÃO DOS SANTUÁRIOS DE MINAS NA SUSTENTABILIDADE


“Fraude corporativa: além do e-mail e do WhatsApp
        Há 13 anos, a Justiça alemã constatou que a Siemens, gigante de tecnologia, era parte de uma rede internacional de distribuição de subornos que incluía também o Brasil. Calcula-se que o caso acabou custando a uma das empresas de maior prestígio na Alemanha cerca de 2,5 bilhões de euros, ou seja, mais de R$ 8 bilhões.
         De 2005 até os dias de hoje, com o escândalo mais recente que envolveu a Odebrecht, o maior grupo da construção da América Latina, as formas de combate ao crime vêm se sofisticando e o fraudador vem tomando maiores cuidados com o passar do tempo e a partir do uso constante da tecnologia. Nesse sentido, podemos considerar que investigações e fraudes corporativas figuram quatro momentos diferentes.
         Tendo como marco importante a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/13), que passou a valer a partir de 2013 e que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, a primeira fase ocorreu antes dessa legislação entrar em vigor. Na época em que não havia uma norma jurídica que desse conta das fraudes, as ações de combate eram apenas reativas, e não preventivas, e realizadas por escritórios não especializados em investigação.
         Com a entrada em vigor da lei no ordenamento jurídico brasileiro, as firmas de investigação começaram a se consolidar no mercado. Nesse período, começa-se a pensar em prevenção de fraudes e surgem os primeiros programas de compliance nas companhias estrangeiras sediadas no Brasil. Contraditoriamente, as empresas brasileiras ainda estavam resistentes à aplicação da Lei 12.846/13.
         Num terceiro momento, entre 2014 e os dias atuais, temos como referência o início da Operação Lava-Jato – que investiga um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos –, ainda com ações fortemente reativas, mas com o objetivo de estabelecer padrões de prevenção com equilíbrio entre investigações internas e externas. Na realidade atual, vimos finalmente programas de compliance ganhando corpo e entrando finalmente em fase de maturidade no Brasil.
         Diante desse cenário, podemos vislumbrar que, no futuro, nas ações de combate e de resposta a incidentes de fraudes, haverá um equilíbrio entre prevenção e reação e o fortalecimento ainda maior da maturidade de compliance com as empresas aptas a responder às demandas que surgirem. Podemos apostar que o tema fraude corporativa irá fazer parte permanente da agenda da auditoria externa e da pauta dos comitês de administração e de auditorias das empresas. Sendo assim, a revisão de documentos dará lugar ao apoio das ferramentas de tecnologia da informação, sendo implementadas de forma combinada e cruzada com o conhecimento contábil, o que terá papel importante e será um diferencial desse processo. Surge aqui a importância do uso de dados e análises e da inteligência artificial como parceiros na identificação de transações suspeitas, relação de conflito de interesses, entre outros.
         Frente a um ambiente corporativo cada vez mais complexo e de fraudadores ainda mais especializados, com práticas sofisticadas que vão além da troca de mensagens por e-mail e pelo WathsApp, as investigações terão que aprender a navegar nesse universo para trazes as respostas, que se espera, num futuro bem próximo.”.

(MARCELO ALCIDES C. GOMES. Sócio da área de Strategic & Compliance Risk da KPMG, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Os santuários de Minas
        Minas Gerais é uma terra de santuários. É urgente enxergar e compreender a realidade desse estado que hospeda importantes lugares sagrados, merecedores de respeito e adequado tratamento, exigindo nova mentalidade e o repúdio a interesses pouco altruístas. Há uma luz que precisa brilhar para se enxergar essa realidade. Essa luz é a consciência cidadã, fundamental para que todos os segmentos da sociedade mineira saibam cuidar bem do tesouro tricentenário forma pela cultura e o patrimônio sociopolítico de Minas. Um tesouro tão maltratado pela corrupção e pela mediocridade de líderes que deveriam representar o povo. Eis aqui o urgente desafio: a sociedade mineira precisa cultivar a ampla visão capaz de priorizar o desenvolvimento integral do estado, com qualificado tratamento de toda essa imensurável riqueza.
         Esse tesouro está nos territórios de Minas, que ao serem reconhecidos como santuários, conseguem vencer as “bitolas estreitas”, impedindo, assim, que o estado mineiro fomente as mudanças tão necessárias ao país. Por isso é preciso que se faça, antes, justiça ao seu riquíssimo e diversificado patrimônio de tradições imateriais, incluindo as diferentes culturas que, singularmente, compõem as muitas Minas. Destacam-se ainda os santuários ambientais, de inestimável valor, que exigem adequados discernimentos em cada uma de suas microrregiões. Os muitos e diferentes biomas reunidos em todo estado não podem ser devastados pela insanidade da ganância e do lucro. Um risco sempre presente em razão de miopias. Há urgência de se estabelecerem marcos regulatórios diferentes dos tendenciosos e que não ofereçam respaldo legal a atitudes fora dos parâmetros de uma ecologia integral.
         O adequado tratamento dos santuários de Minas é ponto de parte para a constituição de novas práticas, capazes de incidir nas ações políticas, nas relações sociais e nas iniciativas religiosas. Um tempo diferente que possa acabar com as dispersões do povo mineiro, que o fragilizam, incapacitando-o para perceber o próprio valor. Sem a consideração da importância de seus santuários, os mineiros se habituarão, cada vez mais, a valorizar o que “é de fora”, de outros lugares. Mas o patrimônio de Minas Gerais é tão valioso que, mesmo diante de tantas atitudes absurdas que levaram – e ainda levam – a graves perdas, continua a reunir riquezas inestimáveis. Percebe-se, pois, que são muito importantes novos parâmetros éticos e regulatórios, para evitar tragédias a exemplo da que ocorreu em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, até hoje sem medidas suficientes para minimizar o sofrimento da população, os danos à natureza e ao patrimônio histórico-cultural.
         Pelo bem do povo mineiro, além do cumprimento das regulamentações vigentes, são imprescindíveis legislações capazes de proteger o território do estado. Sem essas medidas necessárias e urgentes, Minas continuará a conviver com a possibilidade de novas tragédias provocadas pelo insaciável apego ao lucro, que alguns fazem questão de cultivar. E o povo mineiro permanecerá convivendo com cenários de exclusão e pobreza, uma imposição amarga às pessoas que vivem sobre um chão tão rico. Minas são muitas e cada uma é um santuário ecológico, sociopolítico e cultural, com suas singularidades, que precisam estar integradas e preservadas para que seja alcançado o desenvolvimento integral.
         A valorização desse patrimônio mineiro – de norte a sul, de leste a oeste, incluindo a região central do estado – significa, entre outros aspectos, parar de negociar frações do território de Minas como se fossem pedaços de lugares sem importância. Os santuários de Minas são inesgotáveis minas de valores que sustentam a cultura do estado, tão importante para o contexto nacional. Por isso, cada região deve ser tratada adequadamente, com o devido reconhecimento de suas necessidades – nos campos da infraestrutura, da educação, entre tantos outros. Merecem atenção especial a cultura e a religiosidade do estado, que detêm a força para alavancar o desenvolvimento integral e superar a violência.
         Todo cidadão mineiro precisa compreender: cada um dos territórios de Minas, assim como as famílias que os habitam, constituem santuários. Lugares de vivências e dinâmicas que geram a união e a partilha de responsabilidades. São, pois, força educativa existencial exemplar. Minas é ainda um conjunto de santuários da religiosidade, com enraizamentos profundos, verdadeiros tesouros que demandam dedicação e qualificação dos que professam a fé cristã católica. Nos santuários mineiros da religiosidade está o maior acervo sacro e barroco nacional, que nutre um patrimônio imaterial alicerçado nas tradições, instrumento indispensável para edificar uma sociedade mais solidária e fraterna.
         Muitos são os santuários de Minas e todos, igualmente, requerem responsabilidades e competências no seu tratamento. É necessário conhecê-los para fomentar o sentido de autoestima e pertencimento de seu povo, vetores que qualificam a cidadania. Nesse rico conjunto, merece especial atenção e acompanhamento o Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade, padroeira do estado de Minas Gerais. Há 250 anos, o santuário recebe peregrinos e há quase 60 é considerado o coração de Minas, com o reconhecimento oficial de que Nossa Senhora da Piedade é a padroeira do estado. O fluxo crescente de peregrinações comprova sua importância. E entre as singularidades do santuário da padroeira de Minas, destacam-se seus bens culturais, históricos e arquitetônicos.
         De modo especial, o Santuário da Piedade é um patrimônio ambiental singular, nos seus mais de 1,2 milhão de metros quadrados, com fauna e flora dos biomas mata atlântica, cerrado e campos rupestres. É, assim, um jardim botânico e, ao mesmo tempo, um museu ambiental a céu aberto, dom de Deus na magnificência de sua criação. Merece, pois, a atenção de todos os mineiros, especialmente de quem mora em suas proximidades, para acompanhar as movimentações de mineradoras e combater interesses meramente financeiros, com certos respaldos legais que precisam ser repensados. Pensando nesse santuário mineiro, que é herança de cada pessoa, a Arquidiocese de Belo Horizonte instituiu a Associação para o Desenvolvimento Regional Integral (Aderi), que, entre suas finalidades, assume a tarefa de contribuir com projetos de caráter ambiental, promovendo a defesa de direitos sociais relacionados ao meio ambiente.
         Há uma verdadeira “guerra surda” em curso. O povo, os devotos, religiosos e igrejas, segmentos todos que reconhecem a importância dos santuários mineiros, são convocados: aproximem-se do Santuário da Piedade, criando uma rede de proteção que se transforme em paradigmas de um tempo novo marcado pela defesa dos muitos santuários de Minas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







sexta-feira, 4 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DAS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E AS EXIGÊNCIAS DA PRODUÇÃO INTELECTUAL ÉTICA NA SUSTENTABILIDADE


“Impacto social e seus desafios
        A pauta de impacto social vem ganhando cada vez mais peso nos últimos anos. Temos como responsabilidade social, carreira com propósito e empreendedorismo social, empresa B, aceleradoras de impacto, entre outros, estão atualmente em voga.
         Isso se dá por vários motivos, a começar pela conscientização da população e dos líderes globais sobre a importância de traçarem o que chamamos de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, as 17 ODS da Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é que os ODS sejam implementados por todos os países nos próximos 12 anos, até 2030. Entre os 17 objetivos, estão: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; acabar com a forma; promover o bem-estar para todos, em todas as idades; assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade; promover o crescimento econômico sustentável; reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles; tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos, entre outros.
         Como se pode ver, grande parte dos objetivos estão ligados a questões de saúde, tecnologia, educação e combate à pobreza, tópicos que, pouco tempo, eram vistos pela sociedade como responsabilidade apenas das ONGs e dos governos. Isso devido a uma teoria sobre o capitalismo, que muitos acreditam, de que uma empresa só existe para maximizar lucro e gerar valor para seus acionistas, e que questões como segurança, qualidade de vida, educação e saúde são de responsabilidade de outras esferas. O grande economista e vencedor do Prêmio Nobel, Milton Friedman dizia que a grande responsabilidade social das empresas é aumentar os lucros. Porém, essa crença vem perdendo força no mercado. Cada vez mais as corporações estão se enxergando como agentes de transformação da sociedade, e novas empresas sociais vêm surgindo. Dentro desse novo formato, elas buscam não apenas alcançar ganhos financeiros pessoais, mas também se ajustar a metas sociais específicas.
         Hoje, mais de R$ 300 milhões são investidos, por ano, em iniciativas com essas características, e essas ações vêm ganhando cada vez mais visibilidade e força no mercado. Dois terços dos consumidores preferem marcas que devolvem algo à sociedade. A mão de obra qualificada está migrando para trabalhos que ofereçam significado e o jovem vem, cada vez mais, buscando uma carreira com propósito. Logo, pode-se concluir que a pauta de impacto social é algo que veio para ficar, e a tendência é crescer cada vez mais. Seja através de empresas sociais, setor 2.5, ou por meio das ações de ONGs, o importante é que cada vez mais se vê uma conscientização da população em prol do bem. A luta por uma sociedade com menos desigualdade, mais saúde, menos pobreza, mais educação e menos criminalidade é comum. Verdade é que para alcançar os 17 ODS da ONU nós iremos precisar de todos a bordo. Governos, empresas, negócios sociais, ONGs e o cidadão, todos colaborando em suas respectivas áreas para juntos construirmos um futuro melhor.”.

(DANIEL GONZALES. Economista e fundador do Hub Social, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de MARIANA RUTIGLIANO, gerente de marketing internacional da Turnitin, plataforma de educação que fornece soluções para diminuir o risco institucional e o plágio acadêmico e profissional, e que merece igualmente integral transcrição:

“Corrupção invisível na academia
        Quando pensamos no que define ‘corrupção’ no Brasil, saltam à mente imagens de políticos importantes e de empresários de firmas gigantes que, por exemplo, dominam a execução de obras públicas no país. Dificilmente, no entanto, lembramos que a corrupção, nas suas variadas formas, pode estar presente, inclusive, no meio acadêmico e no ambiente escolar – e que os corruptos em questão podem nem saber que estão errando.
         Copiar parte do trabalho de alguém ou reescrevê-lo, traduzindo o conteúdo ou usando novas palavras, é uma das formas mais comuns de se corromper no meio acadêmico. Pode acontecer na elaboração de trabalhos de conclusão de curso, nas dissertações e nas teses, por exemplo. Os indivíduos, no lugar de desenvolver um pensamento original, apropriam-se de ideias alheias em benefício próprio: ser aprovado em um curso, por exemplo.
         Para se ter uma ideia, estudo recente de Sonia Vasconcellos (UFRJ) e colegas, feito exclusivamente em bases de artigos científicos entre 2009 e 2014, identificou 25 trabalhos de brasileiros que foram retratados, ou seja, que tiveram sua publicação cancelada por causa de erros graves. São trabalhos feitos prioritariamente por pós-graduandos e por docentes de instituições de ensino e pesquisa.
         O plágio foi a principal razão para as retratações dos artigos brasileiros, responsável por 46% dos casos. Isso significa que metade dos trabalhos que chegam a ser identificados com alguma forma de má conduta no Brasil copiaram trechos de outros textos publicados, anteriormente. É como se um autor roubasse as ideias e as palavras de outro, assumindo ao conteúdo autoria própria.
         Trabalhos copiados e publicados na forma de artigos e teses já renderam punições a alguns cientistas do Brasil. Em 2014, por exemplo, a Fapesp, que fomenta a ciência no estado de São Paulo, chegou a banir cientistas que tinham apoio da fundação e que publicaram conteúdo plagiado. Um dos pesquisadores punidos copiou certa de 30 páginas de um livro na sua dissertação de mestrado, que tinha sido financiada com apoio da Fapesp.
         O problema é que muitos estudantes, pesquisadores e até docentes e de universidades podem desconhecer qual é o limite de uma citação, ou seja, mencionar conteúdo alheio atribuindo-lhe fonte original, e em que ponto tem início a cópia de um conteúdo. Quando questionados sobre cópias de conteúdos, muitos autores dizem desconhecer que eles próprios erraram.
         Isso acontece porque escolas e até universidades não trabalham a fundo a escrita original, o uso de citações e nem os limites dos plágios. Diferentemente de países como os do Reino Unido, em que as universidades contam com tecnologia para identificação de plágio desde as primeiras versões dos trabalhos, no Brasil, ainda são raras as instituições que se preocupam com o tema, que debatem o assunto no ambiente acadêmico e, mais, que desenvolvem mecanismos para combater essa forma de corrupção.
         Indo além, o Brasil não tem noção exata, e nem aproximada, do tamanho da corrupção no meio acadêmico (seja ela proposital ou não). Trata-se de uma corrupção invisível. Hoje, casos de plágio são identificados mediante denúncias raras porque as próprias universidades e instituições de fomento à ciência no país não têm mecanismos claros para receber denúncias. Julgá-las e puni-las. Os caos são analisados individualmente. Não há um protocolo.
         Como exemplo, o CNPq, principal agência de fomento federal à ciência do país, só recebeu, em cinco anos (de 2012 a 2017), 52 casos de denúncias de má conduta, incluindo plágio. O julgamento desses casos ainda não divulgado.
         Sem saber o tamanho do problema, é difícil estabelecer políticas para lidar com a questão, como, por exemplo, a elaboração de cursos e de workshops que tratem de escrita original e o uso de softwares que identifiquem similaridades de conteúdo apresentado por alunos. Enquanto for invisível, a corrupção no meio acadêmico segue operando sem questionamentos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







quarta-feira, 2 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSFORMADORA ENERGIA DA VONTADE-PODER E AS EXIGÊNCIAS DA AGRICULTURA, DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA NA SUSTENTABILIDADE (19/151)


(Maio = mês 19; faltam 151 meses para a Primavera Brasileira)

“Qual a razão de nossa 
existência sobre este planeta?
        No princípio da criação cósmica foi o raio da Vontade-Poder a primeira energia manifestada e, então, os sistemas solares puderam surgir.
         Duas energias nos são mais conhecidas: a Atividade Inteligente (terceiro raio), já incorporada nos seres, por ter sido desenvolvida num sistema solar anterior ao nosso, e a energia do Amor Sabedoria (segundo raio), que está se desenvolvendo atualmente. A Vontade-Poder será totalmente conhecida no futuro, num outro sistema solar que sucederá ao atual. O conhecimento dessas energias nos faz perceber claramente que a atividade deve vir acompanhada da inteligência, e o amor acompanhado da sabedoria, pois a pura atividade e o puro amor não nos levam necessariamente à meta, podendo ao contrário transformar-se numa dispersão de forças.
         O que somos em essência primordial é o que nos é mais desconhecido.
         O Pai é o símbolo do que temos na essência do nosso ser. Assim, quando entro em mim mesmo, fechando-me para o que está fora e para o que é supérfluo, alinhando-me com o mais profundo do ser, e nada de externo pode me alcançar, porque busco o Pai, Aquilo que está na origem primordial de todas as coisas e de mim.
         Isso faz com que se desenvolva, ao máximo, em mim, a própria capacidade de ter vontade, porque nada pedi, apenas me decidi a abrir-me ao mistério. Fazer isso é um ato de decisão. Pedindo algo, ao voltar-me para o Pai, estarei me desviando daquela proposta original da energia, que era decidir fazer, simplesmente. Ao ficarmos em silêncio e sem nada pedir, conectados com o nosso íntimo, ou Pai, acontece o melhor, o inédito, desvendando-se o misterioso e desconhecido segredo que está dentro de nós, vivo e atuante.
         Se optarmos pelo primeiro tipo, a verdadeira energia da Vontade-Poder não é desenvolvida, principalmente se adotarmos a posição de vítimas ou de necessitados, contando uma ajuda externa. Poderemos até alcançar certa ajuda, que pode ser útil no início do processo, mas isso é outra energia, não a do primeiro raio, deveremos colocar-nos, decididamente, no segundo grau.
         É mister, então, que num dado momento paremos de pedir e decididamente sejamos ao mesmo tempo Aquele que é, O que dá e O que recebe. Antes disso, dificilmente a ação do primeiro raio será vivida nas reais proporções em que pode ser manifestada por nós.
         E o processo da percepção da energia da Vontade-Poder começa a ocorrer de maneira pura quando estamos recolhidos, em absoluto silêncio. Cuidar, pensar e trabalhar as próprias resistências é o caminho mais longo; abrir-se ao desconhecido, ciente das resistências, mas fechando-lhes a porta, é o caminho breve e direto, indicado pelo primeiro raio.
         Cada ser poderá perceber seu próprio ponto e dele dirigir-se ao próximo passo, mas, seja qual for sua situação, saiba que no final deverá dizer: “Seja feita a Tua vontade”. A vontade superior é, pois, este primeiro raio, o da Vontade-Poder.
         É a Vontade-Poder que, fluindo no indivíduo que adotou livremente a autodisciplina, transforma a Terra e manifesta o propósito de toda a Criação.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de abril de 2018, caderno O.PINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES, presidente da Embrapa, e que merece igualmente integral transcrição:

“Agricultura de êxitos e ciência
        De solos ácidos e pobres a uma terra em que se plantando tudo realmente dá. Ou melhor, em que se pesquisando tudo é possível.
         É esse o Brasil, que até 1970 dependia da importação de alimentos básicos que hoje são abundantes para a nossa população e ainda exportados para mercados ao redor do planeta. Um país com agricultores ousados, que acreditaram que a ciência é sua principal parceira e, hoje, colhem os frutos da tecnologia incorporada aos seus campos, estando entre os maiores produtores de grãos, carnes e frutas do mundo.
         Mas esse êxito pouco valeria se, para produzir, o meio ambiente fosse prejudicado, pois se assim fosse, nossos descendentes teriam poucas chances de sobrevivência num futuro próximo. A ciência seria omissa e irresponsável se não se dedicasse à proteção da produção sustentável. Porém, temos cientistas absolutamente comprometidos com a natureza e intolerantes com a exploração equivocada do solo, das águas e das florestas.
         Ao longo das últimas quatro décadas, os nossos pesquisadores transformaram os solos brasileiros, que são naturalmente ácidos e pobres, em solos férteis. Ao fazê-lo, aumentamos a produtividade das lavouras e reduzimos enormemente a demanda por mais terras para a produção. Para explorar essa terra agora fértil, adaptamos à condição tropical espécies vindas de todas as partes do planeta, ampliando e diversificando a nossa capacidade de produzir alimentos.
         A ciência brasileira deu enorme atenção ao desenvolvimento e à disseminação de tecnologias sustentáveis, oferecendo práticas aprimoradas de manejo do solo e da água, insumos biológicos que permitem fertilizar lavouras e preservar os inimigos naturais das pragas, bem como conhecimentos que garantem o bem-estar dos animais e a comprovação da qualidade dos alimentos produzidos no país.
         A cada safra, os produtores de soja brasileiros economizam US$ 13 bilhões por meio da fertilização biológica do nitrogênio, fixado do ar por bactérias inoculadas na semente. Já são 14 milhões de hectares beneficiados com a prática da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), uma verdadeira revolução que está ocorrendo em nossos campos para favorecer o meio ambiente e aumentar a produtividade, com baixa emissão de carbono, sem desmatamento para ampliar áreas de cultivo.
         A agência espacial americana Nasa comprovou, há pouco, o que nossos estudos já divulgaram: o Brasil protege e preserva a vegetação nativa em mais de 66% de seu território e cultiva apenas 7,6% das suas terras. Produtores dedicam cerca de 21% de suas propriedades à preservação. Que agricultura no mundo faz o mesmo?
         A ciência oferece suporte para o Brasil nesse cenário, produzir cada vez mais, inserindo a nutrição e a segurança alimentar da população entre os ideais de trabalho. Com muito orgulho, a ciência agropecuária brasileira contribui direta ou indiretamente com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). E o faz atuando para que a grande revolução tecnológica, baseada na transformação digital, torne mais prática e eficiente a aplicação de conhecimentos que agilizem o alcance desses objetivos.
         No mês em que comemoramos os 45 anos da Embrapa, saudamos e agradecemos a todos os parceiros e demais cidadãos que, com muito trabalho, otimismo e confiança, reconhecem a relevância da ciência agropecuária, colaboram para reduzir a visão distorcida de muitos sobre a agricultura brasileira e, assim, ajudam a engrandecer este país.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.