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sexta-feira, 4 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DAS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E AS EXIGÊNCIAS DA PRODUÇÃO INTELECTUAL ÉTICA NA SUSTENTABILIDADE


“Impacto social e seus desafios
        A pauta de impacto social vem ganhando cada vez mais peso nos últimos anos. Temos como responsabilidade social, carreira com propósito e empreendedorismo social, empresa B, aceleradoras de impacto, entre outros, estão atualmente em voga.
         Isso se dá por vários motivos, a começar pela conscientização da população e dos líderes globais sobre a importância de traçarem o que chamamos de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, as 17 ODS da Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é que os ODS sejam implementados por todos os países nos próximos 12 anos, até 2030. Entre os 17 objetivos, estão: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; acabar com a forma; promover o bem-estar para todos, em todas as idades; assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade; promover o crescimento econômico sustentável; reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles; tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos, entre outros.
         Como se pode ver, grande parte dos objetivos estão ligados a questões de saúde, tecnologia, educação e combate à pobreza, tópicos que, pouco tempo, eram vistos pela sociedade como responsabilidade apenas das ONGs e dos governos. Isso devido a uma teoria sobre o capitalismo, que muitos acreditam, de que uma empresa só existe para maximizar lucro e gerar valor para seus acionistas, e que questões como segurança, qualidade de vida, educação e saúde são de responsabilidade de outras esferas. O grande economista e vencedor do Prêmio Nobel, Milton Friedman dizia que a grande responsabilidade social das empresas é aumentar os lucros. Porém, essa crença vem perdendo força no mercado. Cada vez mais as corporações estão se enxergando como agentes de transformação da sociedade, e novas empresas sociais vêm surgindo. Dentro desse novo formato, elas buscam não apenas alcançar ganhos financeiros pessoais, mas também se ajustar a metas sociais específicas.
         Hoje, mais de R$ 300 milhões são investidos, por ano, em iniciativas com essas características, e essas ações vêm ganhando cada vez mais visibilidade e força no mercado. Dois terços dos consumidores preferem marcas que devolvem algo à sociedade. A mão de obra qualificada está migrando para trabalhos que ofereçam significado e o jovem vem, cada vez mais, buscando uma carreira com propósito. Logo, pode-se concluir que a pauta de impacto social é algo que veio para ficar, e a tendência é crescer cada vez mais. Seja através de empresas sociais, setor 2.5, ou por meio das ações de ONGs, o importante é que cada vez mais se vê uma conscientização da população em prol do bem. A luta por uma sociedade com menos desigualdade, mais saúde, menos pobreza, mais educação e menos criminalidade é comum. Verdade é que para alcançar os 17 ODS da ONU nós iremos precisar de todos a bordo. Governos, empresas, negócios sociais, ONGs e o cidadão, todos colaborando em suas respectivas áreas para juntos construirmos um futuro melhor.”.

(DANIEL GONZALES. Economista e fundador do Hub Social, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de MARIANA RUTIGLIANO, gerente de marketing internacional da Turnitin, plataforma de educação que fornece soluções para diminuir o risco institucional e o plágio acadêmico e profissional, e que merece igualmente integral transcrição:

“Corrupção invisível na academia
        Quando pensamos no que define ‘corrupção’ no Brasil, saltam à mente imagens de políticos importantes e de empresários de firmas gigantes que, por exemplo, dominam a execução de obras públicas no país. Dificilmente, no entanto, lembramos que a corrupção, nas suas variadas formas, pode estar presente, inclusive, no meio acadêmico e no ambiente escolar – e que os corruptos em questão podem nem saber que estão errando.
         Copiar parte do trabalho de alguém ou reescrevê-lo, traduzindo o conteúdo ou usando novas palavras, é uma das formas mais comuns de se corromper no meio acadêmico. Pode acontecer na elaboração de trabalhos de conclusão de curso, nas dissertações e nas teses, por exemplo. Os indivíduos, no lugar de desenvolver um pensamento original, apropriam-se de ideias alheias em benefício próprio: ser aprovado em um curso, por exemplo.
         Para se ter uma ideia, estudo recente de Sonia Vasconcellos (UFRJ) e colegas, feito exclusivamente em bases de artigos científicos entre 2009 e 2014, identificou 25 trabalhos de brasileiros que foram retratados, ou seja, que tiveram sua publicação cancelada por causa de erros graves. São trabalhos feitos prioritariamente por pós-graduandos e por docentes de instituições de ensino e pesquisa.
         O plágio foi a principal razão para as retratações dos artigos brasileiros, responsável por 46% dos casos. Isso significa que metade dos trabalhos que chegam a ser identificados com alguma forma de má conduta no Brasil copiaram trechos de outros textos publicados, anteriormente. É como se um autor roubasse as ideias e as palavras de outro, assumindo ao conteúdo autoria própria.
         Trabalhos copiados e publicados na forma de artigos e teses já renderam punições a alguns cientistas do Brasil. Em 2014, por exemplo, a Fapesp, que fomenta a ciência no estado de São Paulo, chegou a banir cientistas que tinham apoio da fundação e que publicaram conteúdo plagiado. Um dos pesquisadores punidos copiou certa de 30 páginas de um livro na sua dissertação de mestrado, que tinha sido financiada com apoio da Fapesp.
         O problema é que muitos estudantes, pesquisadores e até docentes e de universidades podem desconhecer qual é o limite de uma citação, ou seja, mencionar conteúdo alheio atribuindo-lhe fonte original, e em que ponto tem início a cópia de um conteúdo. Quando questionados sobre cópias de conteúdos, muitos autores dizem desconhecer que eles próprios erraram.
         Isso acontece porque escolas e até universidades não trabalham a fundo a escrita original, o uso de citações e nem os limites dos plágios. Diferentemente de países como os do Reino Unido, em que as universidades contam com tecnologia para identificação de plágio desde as primeiras versões dos trabalhos, no Brasil, ainda são raras as instituições que se preocupam com o tema, que debatem o assunto no ambiente acadêmico e, mais, que desenvolvem mecanismos para combater essa forma de corrupção.
         Indo além, o Brasil não tem noção exata, e nem aproximada, do tamanho da corrupção no meio acadêmico (seja ela proposital ou não). Trata-se de uma corrupção invisível. Hoje, casos de plágio são identificados mediante denúncias raras porque as próprias universidades e instituições de fomento à ciência no país não têm mecanismos claros para receber denúncias. Julgá-las e puni-las. Os caos são analisados individualmente. Não há um protocolo.
         Como exemplo, o CNPq, principal agência de fomento federal à ciência do país, só recebeu, em cinco anos (de 2012 a 2017), 52 casos de denúncias de má conduta, incluindo plágio. O julgamento desses casos ainda não divulgado.
         Sem saber o tamanho do problema, é difícil estabelecer políticas para lidar com a questão, como, por exemplo, a elaboração de cursos e de workshops que tratem de escrita original e o uso de softwares que identifiquem similaridades de conteúdo apresentado por alunos. Enquanto for invisível, a corrupção no meio acadêmico segue operando sem questionamentos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A CIDADANIA, A FORÇA DO DIÁLOGO ESPIRITUAL E OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE

“Retiros espirituais: um 
diálogo com a alma e com Deus

        Perguntaram uma vez o que seria um retiro. Um retiro no plano físico é o local onde uma pessoa, ou várias, dispõem-se a recolher-se, a desligar-se do mundo que as circunda e dos problemas cotidianos; o local onde buscam chegar ao silêncio interior e à paz que as ponham em comunicação com o seu Ser Profundo. Essa é uma primeira etapa. Depois vem a comunicação com o mais Alto e com energias que as ajudarão a revisar a própria vida, isto é, a oferecer-se ao Senhor, Único Criador, e a dedicar suas ações ao semelhante, ao seu próximo.
         O retiro é um momento em que o indivíduo (seguindo um impulso interior) decide isolar-se em um local determinado por ele próprio, um local agradável a sua alma. Sente sede de uma força superior, dado que outras coisas não conseguem saciá-lo, e vê no retiro um cântaro onde buscar nova energia.
         O indivíduo passa a perceber a necessidade de fazer retiros quando se sente órfão de algo que não sabe o que é.
         Mesmo sem grandes comodidades, o local do retiro é onde ele começa a viver de outra forma; sentindo dentro de si a chispa divina, deixando-se elevar a um plano superior.
         Não importa que local seja esse. O fundamental é comunicação que se estabelece com o eu interior, com a alma, chave para uma posterior comunicação com o Pai. Se a própria essência não for reconhecida, como se poderá fazer contato com o que é fonte de toda a existência?
         O indivíduo deve entregar-se quando se sente sem rumo, deixando-se levar tal qual um navio pelas rotas que o Pai elegeu. Vê, então, quão bela é a vida, a mesma que antes o aborrecia; compreende cada situação e percebe que nada acontece em vão. Vivencia o fato de que não existe melhor mestre do que o mestre que se manifesta quando alguém aprende a recolher-se e a orar.
         Deve deixar-se conduzir, buscando o seu mais precioso interior, reconhecendo a Voz que o acompanha e aconselha.
         Quando realizados em grupo, os retiros podem ou não ser coordenados por alguém que tenha dado, ele mesmo, os primeiros passos na direção do recolhimento. A harmonia dependerá, também, do estado evolutivo do grupo. Sendo composto por principiantes, deveria haver alguém que os conduzisse, para que certa homogeneidade fosse conseguida; alguém que pudesse dar instruções e sugestões a título de colaboração e orientação, sempre respeitando a necessidade interna de cada integrante.
         No ambiente físico do retiro, a disciplina não deveria faltar, sem rigidez contudo. Cada ser tem necessidades espirituais particulares, às quais deve-se dar a maior atenção. É bom que o indivíduo seja cauteloso e ao mesmo tempo preciso nesses assuntos. É bom que se mantenha rodeado de esperanças. As normas devem ser chamas que facilitem a concentração, respeitando a transformação que possa acontecer na própria alma.
         Que os retiros sejam em benefício da atual situação planetária, rumo a uma transformação real. Que a ambivalência não entre no trabalho; mais vale a sinceridade em reconhecer as própria fraquezas, para, em seguida, poder mudar.
         O indivíduo deve regozijar-se diante do Senhor que chama, e diante do apelo da alma – essa fonte de Amor que se derrama. O retiro é o estado em que a alma em silêncio se entrega, sem expectativas e com absoluta certeza.
         Que o silêncio abrace a todos.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de janeiro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de janeiro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de LUCIANO NAKABASHI, doutor em economia, professor da FEA-RP/USP, pesquisador do Ceper/Fundace, do CNPQ e da Universidade de Illinois, e que merece igualmente integral transcrição:

“Crescimento já!
        Muito tem aparecido na mídia a cobrança por mudanças na política do governo federal, o que ficou ainda mais evidente com a troca de ministros no Ministério da Fazenda. Boa parte da base de sustentação da presidente Dilma, incluindo o ex-presidente Lula, além de integrantes de vários movimentos sociais, clama por mudanças nas políticas econômicas adotadas para que o país possa sair rapidamente do difícil cenário em que se encontra. Eles pedem por políticas de redução de controle de gastos redução de juros, entre outras medidas para estimular a demanda da economia brasileira, em contraposição às medidas sugeridas e parcialmente adotadas pelo ex-ministro Joaquim Levy, ditas como conservadoras e ultrapassadas por aqueles que bradam por mudanças.
         No entanto, o que pedem é a volta das medidas de política econômica que levaram ao crescimento dos déficits fiscais e da dívida do governo, à deterioração das contas externas e ao aumento da inflação. Como chegar a um resultado diferente fazendo as mesmas coisas? Será que não aprendemos com os vários erros que foram cometidos recentemente de forma sistemática e insistente? Ainda culpam o ex-ministro pela situação atual, enquanto ele não conseguiu, de fato, nem realizar o ajuste fiscal necessário!
         Com uma inflação na casa de dois dígitos, um processo de elevação nas expectativas de inflação para os próximos 12 meses, grandes déficits nas contas externas e internas, políticas do governo que levem a crescimentos adicionais dos gastos só irão deteriorar ainda mais a situação do país. É como pedir para uma família endividada, que gasta mensalmente mais do que recebe, que aumente os gastos de forma a melhorar a difícil fase de baixo consumo e das necessidades, não tão básicas, que estão reprimidas! De fato, melhora nos primeiros dois meses, mas, depois disso, não se sabe.
         As grandes dificuldades enfrentadas pelo ex-ministro Levy e a falta de resultados de suas políticas econômicas foram decorrentes justamente da falta de apoio, até mesmo da presidente, às medidas sugeridas por ele. O ajuste foi realizado apenas de forma parcial e, logo, ficou claro que o ex-ministro não iria conseguir realizar as reformas necessárias, o que gerou mais incerteza, deteriorando as expectativas dos agentes, com redução do consumo e investimentos, inviabilizando sua manutenção no cargo.
         Vejo com muita preocupação uma possibilidade de guinada nas políticas econômicas com o novo ministro, Nelson Barbosa, que não terão efeitos positivos – nem “nos dois primeiros meses” – devido à deterioração das expectativas por parte das empresas e, posteriormente, das famílias com o aprofundamento do processo de desemprego e de redução salarial. As políticas populistas que nos levaram a esta terrível situação econômica ainda farão muito mais estragos ao nosso país, acabando com todos os avanços que tivemos nas últimas duas décadas e meia ou mais.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a também estratosférica marca de 431,4% para um período de doze meses; e mais,  em 2015, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,67%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

 

          


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA, A ARTE E O SUBLIME

“Mais ciência, mais cidadania
         Hoje, 16 de outubro, Dia Nacional da Ciência e Tecnologia, gostaria de destacar a importância da educação científica para o Brasil. Neste momento, não me refiro apenas à sua relevância na formação profissional de jovens. Investir na educação científica é colher benefícios para profissionais, empresas, instituições, sociedade, enfim, todos. Acredito que uma educação que estimula a curiosidade, a experimentação e o raciocínio lógico, características próprias do pensamento científico, pode ajudar no desenvolvimento do nosso país e até mesmo na evolução do Brasil como nação democrática e mais igualitária.
         Explico: a educação científica traz outros ganhos que, por vezes, não são percebidos como advindos de um ensino mais plural. O pensamento científico impõe ordenação (princípio, meio e fim) e análise das variantes (causa e consequência). Esse tipo de instrução pode contribuir para um melhor entendimento dos desafios e proposição de respectivas soluções. No exterior, o movimento que apoia o estudo dessas disciplinas – ciências, tecnologia, matemática e engenharia (STEM, na sigla em inglês) – já está mais maduro. No Brasil, algumas organizações já procuram patrocinar iniciativas que incentivam o ensino dessas matérias desde a mais tenra idade. O objetivo é criar um modelo mental que leva a uma sociedade mais desenvolvida, que não apenas enxerga o problema, mas sabe questioná-lo e apresenta as soluções necessárias. No cenário econômico, o pensamento científico pode significar competitividade, um ganho tão almejado pelas empresas. Com profissionais mais capacitados, inovação e sustentabilidade saem do discurso corporativo para a realidade de produtos e serviços que usam menos recursos naturais, ao mesmo tempo em que preservam o meio ambiente, características essenciais para as empresas que buscam não somente prosperar, mas continuar com seus negócios no longo prazo. Um dos entraves da educação para as ciências hoje é a atual estrutura rígida  dos currículos nas escolas brasileiras. É preciso criar mais estímulo para as crianças, para que elas exerçam sua curiosidade. Permitir um espaço para a elaboração de perguntas e que essas se desdobrem em ações colaborativas. Um conhecimento dinâmico como é a sociedade hoje. Nesse sentido, acredito que qualificar o professor, como interface para se atingir os alunos, é umas das maneiras de colocar a ciência em pauta. É também confirmar a importância dos educadores e torna-los protagonistas. É criar momentos para a experimentação, deixando de lado o rótulo de que física, química e outras matérias sejam algo amedrontador ou difícil, para se tornar uma ocasião de compreensão e interação do ser humano com o mundo que o circunda.
         É preciso, também, investir mais em espaços de educação não formal. Isso significa fomentar visitas a museus de ciências, criar eventos de aproximação da população com as universidades, enfim, dar acesso a mais pessoas aos conteúdos científicos. E, assim, alimentar o círculo virtuoso da cidadania acima descrito: saber questionar os problemas e propor soluções duradouras. A educação deve ser multiplicada e compartilhada, pois, assim, enriquecerá todos.”

(LEONARDO GLOOR. Superintendente da Fundação Arcelor/Mittal, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de outubro de 2015, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 9 de outubro de 2015, caderno PENSAR, página principal, de autoria de VERLAINE FREITAS, professor do Departamento de Filosofia da UFMG e pesquisador do CNPq, por ocasião do 12º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTÉTICA – BRASIL, “O TRÁGICO, O SUBLIME E A MELANCOLIA”, realizado em Belo Horizonte), e que merece igualmente integral transcrição:

“Sublime contradição
        Quando à noite olhamos atentamente para o céu estrelado longe das luzes das grandes cidades, temos uma experiência estética avassaladora. Os astros que brilham desde a imensidão inalcançável de um cosmos e se derramam ao infinito não são apenas “belos”. Na verdade, se tentarmos apreender todos aqueles pontos luminosos em nosso campo perceptivo para formar uma totalidade, ao mesmo tempo em que reforçamos nossa consciência de que por detrás de cada fonte de luz daquelas existem bilhões e bilhões de outras; se tentarmos progredir rumo a uma unidade abrangente de tudo o que podemos captar visualmente nessa enorme abóbada celeste, chegará rapidamente um instante em que nos apercebemos de um limite: o infinito do cosmos não cabe na finitude, no enquadramento de nossa visão.
         Prestando atenção a essa experiência, vemos que, no instante em que fracassamos ao tentar produzir uma imagem total do infinito, temos uma sensação de desprazer, marcada por uma insuficiência constitutiva de nossos poderes de conhecimento da realidade. É como se desejássemos, inconscientemente, tornar comensurável a nós aquilo que escapa a todas as medidas possíveis. Todos os objetos que admitem essa equalização conosco podem, em grande parte, ser chamados “belos”, pois nosso vínculo com eles é de harmonia, de um prazer positivamente experimentado. Como classificaremos, porém, aquela experiência, em princípio dolorosa, com um objeto grandiloquente, que escapa indefinidamente ao senso de harmonização? Além disso, não haverá prazer mesclado a essa sensação de desconforto?
         Desde a Antiguidade grega reservou-se o conceito de sublime para demarcar a experiência estética que escapa aos limites da beleza, colocando-nos face a face com o incomensurável, ou seja, com o infinitamente grande. Para quem realizou alguma vez de forma consistente essa experiência de contemplar a miríade de astros luminosos que ressaltam como ondas estacionárias, recobrindo de um véu espesso o fundo negro e abissal do firmamento, torna-se claro que o desprazer do vínculo com um ilimitado que não cabe em nossa totalidade perceptiva é acompanhado, sim, de um prazer. Trata-se de uma experiência que, em toda sua completude, será satisfatória, de alguma maneira. A pergunta é: como explicar esse prazer posterior que precisou atravessar a negatividade para poder surgir?
         Segundo a perspectiva do filósofo alemão Immanuel Kant, esse infinito da natureza que parece nos oprimir acabará sendo assimilado como uma espécie de eco ou reflexo da grandiosidade de nosso próprio espírito. É como se nossa incapacidade de fornecer uma imagem do infinito fosse instantaneamente transformada em uma potência de figuração de uma outra ordem, em que somos levados a nos situar em um novo plano de concepção de nós e da natureza, no qual a profundidade e o poder e nossa razão, de nossa espiritualidade e de nossa subjetividade não apenas podem ser comparados ao infinito, mas até mesmo vivenciados como superiores a ele!
         Entre as diversas facetas desse movimento duplo de desprazer e prazer, uma que é especialmente interessante e a da necessidade de nos mantermos conscientes de que se trata apenas de uma experiência estética, contemplativa, calcada pela busca de prazer. Se nos abandonarmos muito literalmente ao fluxo transbordante de nos percebermos esmagados pela grandiosidade da natureza, acabaremos por não sentir o prazer do sublime, mas sim algum outro, que talvez se assemelhe ao êxtase religioso, por exemplo. Além disso, é necessário haver certa maturidade cultural, pois uma criança dificilmente teria a sobriedade e altivez de espírito suficientes para buscar forças íntimas, internas, para se medir com essa infinidade esmagadora.
         A natureza, porém, não é sublime apenas em sua grandeza infinita, mas também em sua força. Quando vemos uma tempestade colossal em alto mar, que pode abater em sua fúria inominável qualquer embarcação humana, por maior e mais robusta que esta seja; quando vemos a torrente de lavas vulcânicas arrasando várias cidades que se desintegram instantaneamente soterradas por aquele fogo irrepresável; quando presenciamos um furacão que arrasta a tudo e a todos em seu redemoinho que não conhece nenhum obstáculo, seja ele natural ou humano – em todos esses momentos podemos experimentar o desprazer de não sermos comensuráveis a uma força gigantesca, mas, em um segundo momento, também podemos experimentar aquela reviravolta de nos medirmos espiritualmente com isso que ultrapassa todas as medidas humanas, sentindo prazer.
         Esses dois tipos de sublimidade, da grandeza e da força, foram ditos para a natureza. Uma pergunta que intrigou diversos filósofos posteriores a Kant é: poderia a arte também proporcionar esse tipo de prazer? – que ela seja capaz de representar o que vemos como sublime na natureza não há dúvida, tal como em pinturas de paisagens colossais, de maremotos, cordilheiras que se perdem ao infinito etc. A questão mais difícil de responder é se esse movimento contraditório pode ser vivenciado na própria relação com o objeto artístico.
         Diversas respostas foram tentadas por filósofos e artistas no século 20. Fazendo um apanhado de pontos principais de algumas teorias, podendo dizer que o sublime é uma categoria aplicável propriamente à arte moderna, que se firmou a partir das vanguardas surgidas pouco antes e pouco depois de 1900. Quando a pintura deixa de ter como seu elemento próprio a representação figurativa da realidade, passando a ser não apenas abstrata, mas incorporando principalmente o feio, o repugnante e o disforme como ingredientes de uma linguagem pictórica múltipla, que extrapola e contradiz em grande medida o belo, temos aí um primeiro momento de negatividade comparável ao desprazer inicial do sublime. Cada uma das pinturas que rompem com nosso desejo de compreensão do que está sendo representado, desafiando o nosso senso estético prévio, ajuda a estabelecer, no conjunto das produções pictóricas, um horizonte que se alarga cada vez mais, incorporando materiais tão divergentes e estranhos a esta arte, que a percepção da ruptura radical de nossa apreensão de tais objetos se mostra análoga à impossibilidade de fazer convergir o infinito da natureza em uma totalidade perceptiva.
         Ao contrário da teoria de Kant, que percebia o momento de prazer sublime na equalização do infinito da natureza à profundidade do espírito humano, na arte moderna, segundo Theodor Adorno, a dimensão “positiva” do sublime continua a ser negativa em certo sentido, a saber, na medida em que tomamos consciência do quanto toda essa negatividade trazida à luz nas obras de arte é um testemunho do que foi recalcado, expulso para o subterrâneo da história pelos padrões de racionalidade, de moral, de concepção de produtividade econômica etc. É como se todo o horizonte da beleza e dos ideais de harmonização figurativa fosse rompido para dar acesso a uma verdade mais profunda e substantiva, que, embora nos conecte com o absurdo, o sem-sentido, o feio e o repugnante, nos dá o prazer do reconhecimento de extratos de experiência bem propriamente humanos, afins ao que a psicanálise se esforça em desvelar laboriosamente por meio de sua pesquisa sobre o inconsciente.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)      a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);

     b)      o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 361,40% ao ano; e mais, também em setembro, o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,49%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

     c)       a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”  
  
     

   





sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A CIDADANIA, A CARTA DA TERRA E UMA NOVA ESCOLA PÚBLICA

“A escola não é tudo

Recentemente o Estado de Minas publicou matéria noticiando que famílias de classe média faziam fila para matricular seus filhos nas unidades municipais de educação infantil de Belo Horizonte. O teor da matéria denunciava, por si só, o quão inusitada parecia aquela situação. Do mesmo modo, os cadernos de economia e política de praticamente todos os grandes jornais brasileiros têm dado ampla cobertura à emergência das chamadas novas classes médias na cena política, cultural e econômica brasileira. Estariam as camadas médias reivindincando, novamente, o seu direito a uma escola pública de qualidade? Estaríamos, agora, novamente diante da defesa de uma escola pública para todos e não apenas para os filhos dos outros?
Normalmente, no Brasil, as chamadas novas classes médias são definidas a partir de seu perfil econômico – salário e consumo –, razão pela qual sociólogos como Jessé de Souza têm de se posicionado contra essa denominação, tanto por sua insuficiência quanto por sua inadequação. Estaríamos, segundo eles, diante de uma nova classe trabalhadora (os batalhadores do Brasil, na afirmação de Jessé de Souza), com melhores salários e mais escolarizada, por exemplo, mas política e culturalmente distante das tradicionais classes médias. Ou seja, importa frisar que a emergência dessa classe trabalhadora é fruto muito mais da melhoria de renda do que de uma transformação cultural e política mais ampla.
Se assim o é, vale a pena refletirmos sobre a relação desse fenômeno com o campo da educação escolar, tida desde sempre como a principal alavanca para a melhoria das condições de vida das populações pobres. Em primeiro lugar, parece-me indiscutível que, muito mais do que uma melhoria da escola pública – pois é essa a escola freqüentada pelos batalhadores do Brasil  –, foram as políticas públicas de emprego, renda, salário e as dirigidas ao desenvolvimento econômico que tiveram grande impacto na melhoria da vida de parte significativa da população brasileira. Isso, é evidente, demonstra que a educação não é tudo e deveria servir de alerta para empresários e ativistas sociais que defendem melhorias na educação pública, mas criticam veementemente os gastos sociais do Estado.
De outra parte, é importante pensarmos nos desdobramentos dessa questão para o campo da educação pública. Como sabemos, há muitos anos, o sonho de consumo das famílias que passam a ganhar um pouco mais, inclusive das famílias de professores da escola pública, é colocar a criança na escola privada. Ou seja, desde há muitos anos, perdemos, no Brasil, a noção de que a escola básica, pública e gratuita, é um direito de todos nós e uma condição para que tenhamos um país mais democrático e com menos desigualdade social. As experiências de outros países e de alguns municípios brasileiros são contundentes: a participação das camadas médias na escola pública é uma condição importante para a sua qualidade e, no limite, para a própria consolidação de uma cultura política democrática e, portanto, que não seja baseada em busca e distribuição de privilégios. Não porque as crianças das camadas médias sejam mais inteligentes ou coisa do tipo, e sim porque as camadas médias, de um modo geral, conhecem melhor o próprio funcionamento da escola e investem de maneira diferenciada nela.
Portanto, hoje estão colocados pelo menos dois grandes desafios para aqueles que lutam pela melhoria da qualidade da escola, pela diminuição das desigualdades sociais e pela consolidação democrática no país: produzir uma noção de direito à educação pública que abarque a todos nós e não apenas as camadas populares e, de outra parte, avançar na qualificação da escola pública de modo que os batalhadores do Brasil queiram e possam nela manter os seus filhos. Se não conseguirmos isso, estaremos uma vez mais nos distanciando dos nossos melhores sonhos.”
(LUCIANO MENDES DE FARIA FILHO, Professor de história da educação da UFMG, pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação, bolsista do CNPq, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de outubro de 2011, Caderno opinião, página 9).
Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de outubro de 2011, Caderno O.PINIÃO, página 18, de autoria de LEONARDO BOFF, Filósofo e teólogo, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:
“A ilusão de uma economia verde quando precisamos mais que isso
Tudo o que fizermos para proteger o planeta vivo que é a Terra contra fatores que a tiraram de seu equilíbrio e provocaram o aquecimento global é válido e deve ser apoiado. Na verdade, a questão central nem é salvar a Terra. Ela salva a si mesma e, se for preciso, nos expulsando de seu seio. Mas como salvamos a nós mesmos e à nossa civilização? Essa é a real questão que a maioria das pessoas dá de ombros.
A produção de baixo carbono, os produtos orgânicos, a energia solar e eólica, a diminuição da intervenção nos ritmos da natureza, a busca da reposição dos bens utilizados, a reciclagem, em suma, a economia verde, são os processos buscados. E é recomendável que esse modo de produzir se imponha.
Mesmo assim, não devemos nos iludir e perder o sentido crítico. Fala-se de economia verde para evitar a questão da sustentabilidade, que se encontra em oposição ao atual modo de produção e consumo. Mas, no fundo, trata-se de medidas dentro do mesmo paradigma de dominação da natureza. Não existe o verde e o não verde. Todos os produtos contêm, nas várias fases de sua produção, elementos tóxicos, danosos à saúde da Terra e da sociedade. Pelo método de análise do ciclo de vida, podemos monitorar as complexas inter-relações entre as etapas da extração, do transporte, da produção, do uso e do descarte de cada produto, com seus impactos ambientais. Aí fica claro que o pretendido verde não é tão verde assim. O verde representa apenas uma etapa de todo o processo. A produção nunca é de todo ecoamigável.
Tomemos como exemplo o etanol, dado como energia limpa e alternativa à energia fóssil e suja do petróleo. Ele é limpo somente na bomba de abastecimento. Todo o processo de sua produção é poluidor: os agrotóxicos aplicados ao solo, as queimadas, o transporte em grandes caminhões que emitem gases, as emissões das fábricas, os efluentes líquidos e o bagaço.
Para garantirmos uma produção necessária à vida e que não degrade a natureza, precisamos mais do que a busca do verde. A crise é conceitual e não econômica. A relação com a Terra tem de mudar. Somos parte de Gaia e por nossa ação cuidadosa a tornamos com mais chance de assegurar sua vitalidade.
Para nos salvar, não vejo outro caminho senão aquele apontado pela Carta da Terra: “o destino comum nos conclama a buscar um novo começo; isto requer uma mudança na mente e no coração; demanda um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal”.
 Mudança de mente significa um novo conceito de Terra como Gaia. Ela não nos pertence, mas ao conjunto dos ecossistemas que servem à totalidade da vida, regulando sua base biofísica e os climas. Ela criou a comunidade de vida e não apenas a nós. Somos apenas sua porção consciente e responsável. O trabalho mais pesado é feito pelos nossos parceiros invisíveis, verdadeiro proletariado natural, os micro-organismos, as bactérias e os fungos, que são bilhões em cada colherada de chão. São eles que sustentam efetivamente a vida já há 3,8 bilhões de anos. Nossa relação para com a Terra deve ser de respeito e gratidão. Devemos devolver, agradecidos, o que ela nos dá e manter sua capacidade vital.
Mudança de coração significa que, além da razão com que organizamos a produção, precisamos da razão sensível, que se expressa pelo amor à Terra e pelo respeito a cada ser da criação.
Sem essa conversão, não sairemos da miopia de uma economia verde. Só novas mentes e novos corações gestarão outro futuro.”
Eis, pois, mais RICAS, CONTUNDENTES, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS páginas contendo abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de aprofundarmos a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS para a SUPERAÇÃO de múlltiplos e complexos ENTRAVES à nossa ASCENSÃO ao concertos das potências DESENVOLVIDAS e SUSTENTÁVEIS, como:
a)     a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE –, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b)    a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c)     a CORRUPÇÃO, a SANGRAR nossa ECONOMIA e nossa CONFIANÇA, que campeia por TODOS os setores da vida nacional;
d)    o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e)     a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, já atingindo o montante ASTRONÔMICO de R$ 2 TRILHÕES, que impõe AGILIDADE e extremo RIGOR em uma INADIÁVEL e estrita AUDITORIA...
É sempre adequado, e não cansa nunca, repetir que NÃO procede o lamento da FALTA de RECURSOS para fazer frente às crescentes e complexas DEMANDAS e CARÊNCIAS – INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos), EDUCAÇÃO, SAÚDE, MOBILIDADE URBANA, SANEAMENTO AMBIENTAL (água tratada, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, macro-drenagem urbana), ASSISTÊNCIA SOCIAL, CULTURA, LOGÍSTICA, CIÊNCIA e TECNOLOGIA, PESQUISA e DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO, QUALIDADE (criatividade, produtividade e competitividade), ENERGIA, SEGURANÇA PÚBLICA, SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL, COMUNICAÇÃO,  ESPORTE e LAZER, etc. –, diante de tanta SANGRIA do DINHEIRO PÚBLICO...
Sabemos que são GIGANTESCOS DESAFIOS, mas NADA, absolutamente NADA, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...
Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...
O BRASIL TEM JEITO!...