sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS PODEROSAS ARMAS DO MARKETING E AS NOVAS COMPETÊNCIAS DO PODER

“Mais do que a propaganda
         A mística da propaganda ainda continua em muitas empresas. Mas ter um produto bom e anunciá-lo na mídia certa, com o número certo de inserções, não basta para se obter o sucesso empresarial. Estão tendo maior sucesso as organizações que buscam trabalhar de maneira equilibrada, utilizando o composto de marketing. A propaganda é um dos itens importantes para o sucesso de um produto ou serviço, mas ela é parte de um conjunto maior de esforços que precisam ser desenvolvidos. Cada vez se torna mais evidente que os resultados positivos dependem de um conjunto de atividades que precisam ser realizadas em função do cliente. Muitas empresas têm feito propagandas e publicidade de maneira efetiva, mas nem sempre têm correspondido à promessa feita quando chega a hora da verdade, ou seja, o momento em que o cliente está no ponto de venda sendo atendido.
         É fundamental que todas as atividades, ligadas direta ou indiretamente aos clientes, sejam harmônicas e se complementem. Ter os produtos ou serviços disponíveis, oferecer facilidades de acesso, ter pontos de vendas com o visual e o clima emocional adequados ao público-alvo, equipes de vendas capacitadas e motivadas para prestar o melhor atendimento possível às necessidades e desejos dos clientes são, entre outros fatores, a chave do sucesso.
         Muitas empresas têm feito o lançamento de seus produtos apenas disponibilizando-os nos pontos de vendas através de um trabalho eficiente e eficaz de distribuição, colocando-os aos olhos dos clientes e facilitando-lhes o acesso à compra. É preciso reconhecer que a chamada mídia boca a boca tem um grande poder dentro do marketing empresarial. Se um produto ou serviço tem qualidade, está disponível aos clientes nos pontos de vendas, e ali recebe o adequado tratamento de merchandising, promoção de vendas e venda pessoal, ele será experimentado, aprovado e sugerido pelos usuários a outros possíveis clientes. A propaganda é muito importante, mas ela não funciona sozinha. Tenho recomendado constantemente às empresas que busquem avaliar de maneira contínua qual estratégia ou conjunto de estratégias poderá ser mais eficaz para o oferecimento do seu produto e procurem trabalhar com o máximo de ferramentas de marketing possível, reduzindo assim o seu grau de incerteza.
         Tornar um produto conhecido, desejado e não tê-lo disponível no ponto de venda é um dos maiores erros que se pode cometer em marketing. Isso cria normalmente uma forte irritação nos clientes, que, muitas vezes, acabam optando por produtos da concorrência, eliminando aquele da sua mente. A recuperação desse cliente torna-se uma ação cara e demorada.
         A venda deve ser vista não somente como um objetivo da empresa, mas como um consequência natural dos esforços efetivos de marketing. Sendo assim, treinar e capacitar a equipe de vendas, preparando-a para agir de forma sempre mais profissional, utilizando um trabalho eficiente de envolvimento emocional do cliente no ponto de venda, através de esforços inteligentes de merchandising, implementar promoções de vendas criativas capazes de atrair os clientes para a compra, inclusive a compra por impulso, são iniciativas fundamentais para se atingirem resultados positivos.
         A prática do marketing exige a utilização de um conjunto de ações. Exige administrar a demanda, ter o conhecimento do ambiente e do público que se quer atender, exige pesquisar formal e informalmente os mercados, identificando suas possibilidades e tendências de curto, médio e longo prazos. Além disso, é questão sine qua non trabalhar ininterruptamente para a construção de uma marca forte, para se obter uma vantagem estratégica essencial.
         Vale lembrar que promessa efetuada em propaganda deve estar coberta também por um atendimento capaz de superar as expectativas das pessoas. Se invertermos o raciocínio, o trabalho de campo deve contribuir para tornar a propaganda mais crível. A junção da promessa da propaganda com uma linha de frente excepcional sob o ponto de vista do cliente cria um posicionamento muito positivo para a imagem das organizações.
         Dependendo da situação, a propaganda pode se tornar uma armadilha para a empresa, pois ela dá entrada direto na mente do cliente, e deve ser positiva para ali ficar por muito tempo e levá-lo a comprar os produtos ou serviços com naturalidade.
         O marketing tem uma arma poderosa que é a propaganda, mas tem vários fatores que vão muito além dela.”.

(ROGÉRIO TOBIAS. Mestre e especialista em marketing; administrador. Professor dos cursos de MBA e pós-graduação em marketing na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Newton Paiva e UMA. CEO da RT Consultoria e Treinamento. Palestrante e coach. Autor do livro 121 artigos de marketing, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de outubro de 2017, caderno NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES CLASSIFICADOS, coluna MARKETING, página 4).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de novembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Fragilidade no poder
        As reflexões sobre o poder são permeadas de argumentos e contestações, em um amplo percurso histórico-filosófico. Muitas disciplinas tratam desse tema, que reúne abrangente campo semântico. E os diferentes estudos sobre poder partilham a convicção de seu caráter determinante na dimensão existencial do ser humano – da configuração da cultura à forma como a sociedade lida com seus problemas. Por isso mesmo, a partir das importantes contribuições dos diferentes campos do saber, é preciso compreender melhor o poder, com seus desdobramentos políticos na história, e os interesses envolvidos no seu exercício. Perceber o modo como o poder é exercido pelo indivíduo e no âmbito institucional permite enxergar soluções para os desafios. Além das pertinentes análises teóricas, torna-se fundamental reconhecer uma inegável situação: a configuração do poder revela fragilidade em seu exercício.
         O campo político restringiu toda essa realidade a um pífio desempenho na dinâmica partidária, o que compromete resultados e não gera a força necessária para as conquistas. Com frequência, pessoas “caem de paraquedas nas cadeiras do poder”. Os que se tornam “autoridade” não se dedicam a exercer adequadamente o papel de representantes do povo. Ao se definirem nomes para as instâncias de decisão, invariavelmente os requisitos de caráter pessoal são desconsiderados. Na ocupação de cadeiras, lugares, distribuição de títulos, têm mais influência os interesses cartoriais. Consequentemente, torna-se difícil transformar sistemas organizacionais – de instituições, segmentos civis ou religiosos – e romper dinâmicas interesseiras que não almejam o bem coletivo.
         Há, pois, um vácuo entre o poder e a real situação das autoridades, que se revela nos desempenhos medíocres. Essa mediocridade incide no exercício dos poderes constituídos e também no cotidiano de cidadãos comuns. Percebe-se que o poder aparece incontestavelmente fragilizado. Tudo em decorrência da falta de preparo profissional e humanístico, espiritual e cultural para o exercício da autoridade.
         Prova dessa triste realidade é a corrupção que se mostra de diferentes modos no contexto social. Há uma dificuldade para tratar, de forma adequada, o bem comum. Falta envergadura para evitar assaltos aos cofres públicos e, ao mesmo tempo, convive-se com a incapacidade para inovar. Todos sofrem com as mais diversas consequências – déficits estruturais, equívocos na definição de prioridades e ausência de respostas capazes de alargar horizontes. Perdem as pessoas e as instituições, que, deliberadamente, ou pela força dos medos e preconceitos, permanecem na rigidez, temendo o que é novo e diferente.
         O exercício da autoridade deve incluir sobretudo o compromisso com a verdade, a competência e a disposição para promover os avanços culturais e as conquistas. Fundamental é vencer a incompetência, o autoritarismo, a rigidez, as obscuridades e tudo o que reveste o poder de fragilidades.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro/2017 a ainda estratosférica marca de 332,38% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,29%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      





         

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