segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

UM PERMANENTE EXERCÍCIO DE CIDADANIA

“6. Cultura da cidadania

Cidadania é processo cultural. É conquista demorada e construção dialética. É ação estrutural permanente, e não só campanha emergencial. O emergencialismo pode carunchar a cidadania e cooestar setores que desempregam trabalhadores e depois distribuem cestas para a fome.

A cultura da cidadania é “palégica”. É luta obstinada que soma esforços, ciência, arte, trabalho e oração para elaborar a cultura da cidadania que substitua a cultura da anti-cidadania. A cultura da cidadania este malha antropossociogenética que entrelaça os cidadãos por dentro, pela mentalidade, pela consciência, pela solidariedade, pelos valores, pela liberdade responsável, pelo amor, pela tecelagem de uma sociedade de todos e para todos. A cultura da cidadania é gênese do novo brasileiro “des-anulado”, emancipado e criador de sua história.”
(PE. JUVENAL ARDUINI – in artigo O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994 – página 10).

Mais uma IMPORTANTE para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de outubro de 2006, Caderno OPINIÃO, página 19, de autoria de MARIA AMÉLIA BRACKS DUARTE, Procuradora do Trabalho em Minas Gerais, que merece INTEGRAL transcrição:

“Exercício de cidadania


Neste outubro, a democracia no país se mostrou fortalecida com o exército de cidadãos cravando, conscientemente, as suas escolhas para o novo Parlamento e os governos estaduais. O povo afastou as oligarquias, puniu corruptos, não endossou acordos espúrios, ignorou negociações partidárias, concedeu mandatos a políticos injustamente afastados do cenário nacional, perdoou outros, surpreendeu nas urnas, mostrando coragem para a renovação, revelando que, com raras exceções, acompanhou as denúncias de escândalos publicadas na imprensa. O Ministério Público, Polícia Federal e a imprensa ganharam vigor institucional para continuar investigando, informando, e publicando provas de crimes cometidos por indivíduos inescrupulosos que agem com torpeza contra a nação. Um outro político envolvido em quebra de decoro, lamentavelmente, continuará no poder legitimado pelo voto, mas, com certeza, atento à vulnerabilidade em que agora se encontra, porque não se admitirá mais se enodoem os princípios democráticos tão duramente conquistados nas últimas décadas. Contra todas as evidências de marasmo e descrédito nos candidatos, exerceu-se de forma plena a cidadania, comprovando-se que, a cada eleição, o Brasil é redescoberto pelos valores da decência e do comportamento ético.

Dia 12, homenageiam-se as crianças no Brasil. Os políticos eleitos e os que disputarão a segunda rodada da disputa sabem que um grande desafio é acabar com o abandono em que se encontram os meninos e as meninas de rua, esmolando em semáforos, sujeitos a abordagens sexuais e conquistados pelo tráfico de drogas. Os novos parlamentares, imbuídos de propostas e boas intenções, têm que implementar, com urgência, políticas públicas capazes de gerar renda para os pais dessas crianças; fomentar a educação de primeiro grau, mantendo as crianças em jornada integral. É inadiável a meta de combater os salários indignos do professor da escola pública, que convive com a miséria das populações carentes e é submetido à violência das comunidades: não basta o assistencialismo da distribuição da cesta básica – os últimos quatro anos de governo já o desmonstraram.

Se queremos avançar em desenvolvimento, temos que ser vigilantes e cobrar o cumprimentos das propostas acenadas dos palanques eleitorais; não deixar calado na garganta o grito por um Brasil justo e que afaste as desigualdades sociais, e manter a inquietude do agir, a crítica construtiva aos poderes judiciário, executivo e legislativo, oferecendo soluções e achando formas de participação, pois “a democracia, da mesma forma que a civilização, é um processo em movimento, e não uma utopia estática”.”

Eis, pois, indicações PRECIOSAS da mais PREMENTE necessidade de uma grande CRUZADA NACIONAL para a CIDADANIA E QUALIDADE, que permita a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, na conformidade com as EXIGÊNCIAS do TERCEIRO MILÊNIO e da SUSTENTABILIDADE que constitui base de um mundo GLOBALIZADO, FASCINANTE e BELO, que queremos HUMANO e FELIZ.

É o nosso SONHO, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA...

O BRASIL TEM JEITO!...

Um comentário:

Anônimo disse...

"Neste outubro, a democracia no país se mostrou fortalecida com o exército de cidadãos cravando, conscientemente, as suas escolhas para o novo Parlamento e os governos estaduais. " é aasim que começa o artigo em destaque no blog. Foi em 2006. Mais uma eleição se aproxima e é hora de mostrarmos que se pode punir e afastar políticos corruptos, de carteirinha, coronelismo e mais de nossa pol´tica. Fácil não é , pois infelizmente não temos tantos nomes que passem pelo crivo da ética, da moral, da decência e da honestidade, mas temos alguns nomes que com certeza merecem estar ocupando as cadeiras parlamentares. O que temos que ter sempre em mente é que não podemos continuar ano a ano, endoçando o ganancia de políticos de carreira que man´m um extenso curral eleitoral e segue a linha de manter o poder na família, de pai par filho, de avô para neto e assim vai.........o pai ter sido um bom pol´tico não é ganritia que o filho será e assim por diante.....mudar sim, temos, e mais do que isto não podemos esquecer estes nomes que figuram nas listas da corrupção e ainda daqueles que conseguem manipular a Lei e estão sob a sombra do poltico bonzinho, não por ser bom, mas por conseguir esconder os seus verdadeiros interesses políticos. Isto é exercício de cidadania.