“Capacitação
de pessoal
O desafiador cenário
político e econômico atual tem levado muitas empresas a lutar pela
competitividade e a rever seus custos. E quando se fala em redução de custos,
uma das primeiras áreas a ter o orçamento cortado é a de recursos humanos. No
entanto, a disputa pelo mercado cresce a cada instante e vencem as empresas que
tiverem estratégias bem definidas.
Um grande erro estratégico
em momentos de crise é esquecer-se da gestão de pessoas, justamente quando é
necessário obter o melhor desempenho possível das equipes para o alcance dos
resultados.
São as pessoas que
promovem as mudanças e fazem a diferença dentro das organizações. Portanto,
equipes capacitadas e com o direcionamento correto estarão melhor preparadas
para enfrentar desafios e ajustes repentinos.
Costumo contar uma
pequena história para quem opta pelo caminho mais fácil na redução de custos e
tem dúvidas sobre treinar ou não treinar pessoal. Diversas empresas ainda temem
investir em funcionários e perde-los para a concorrência. O grande problema, na
verdade, é o efeito que a ausência de capacitação causa nas empresas que
continuam com esses colaboradores por anos.
É momento de fazer mais
com menos e usar a criatividade. Por isso, existem diversas alternativas para
manter os funcionários atualizados com baixo ou nenhum custo. Treinamentos
internos, compartilhamento de melhores práticas através de reuniões e fóruns na
própria empresa e contar com parceiros de negócio para viabilizar capacitações
são apenas algumas das inúmeras possibilidades. Além disso, diversas
associações e entidades de classe promovem excelentes cursos de curta duração,
alguns gratuitos e outros com valores módicos.
Em tempos de crise,
inovação é a palavra-chave. E mesmo com o atual clima de maior confiança
econômica, ainda não se sabe ao certo como o Brasil estará em 2017. Portanto,
além das competências técnicas, o desenvolvimento de habilidades humanas também
é essencial. Flexibilidade, trabalho em equipe, liderança e bom relacionamento
interpessoal são características fundamentais para o profissional que deseja se
destacar no mercado de trabalho. As pessoas devem ter ciência que não são contratadas
para exercer estritamente uma função ou trabalhar no setor tal. São contratadas
para dar resultados. É preciso adaptar-se.
Desde o fim do ano
passado, estamos reimplantando o setor de RH e as políticas de gestão de
pessoas no Colégio ICJ. Como instituição de ensino, nossa principal missão é
educar. E por que não aplicar essa mesma lógica às equipes de colaboradores?
Iniciamos em 2016 o
programa de treinamento e desenvolvimento de pessoal do Colégio ICJ e já
promovemos treinamentos com o pessoal de portaria e recepção, limpeza, além dos
funcionários do transporte escolar, livraria e lancheria. No mês de outubro,
realizamos uma palestra para as equipes administrativa e pedagógica de todas as
empresas do grupo, visando maior integração dos setores para encerrar o ano
letivo de 2016 e chegar em 2017 mais alinhados e coesos. Em pouco tempo, já
observamos melhorias. É hora de quebrar o paradigma da capacitação apenas como
custo. Afinal, capacitação é o investimento cada vez mais necessário para quem
quer sair na frente.”.
(CLAUDIA
ABREU. Coordenadora de RH do Colégio ICJ, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de
dezembro de 2016, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
27 de outubro de 2016, mesmo caderno, página 9, de autoria de OLAVO MACHADO, presidente da Federação
das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg), e que merece igualmente integral
transcrição:
“Prioridade
à educação
A indústria brasileira
sempre considerou a educação como uma de suas principais prioridades. É isso,
certamente, o que explica a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai), em 1942, e logo em seguida, quatro anos depois, do Serviço
Social da Indústria (Sesi), com a missão de cuidar, respectivamente, do ensino
profissionalizante (Senai) e da educação básica (Sesi).
Mais
de sete décadas depois, estamos mais uma vez comemorando o acerto desse caminho,
especialmente para Minas Gerais e para a Federação das Indústrias de Minas
Gerais (Fiemg), a partir dos resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino
Médio), reconhecido como a mais importante porta de acesso às principais
universidades do país para milhares de jovens estudantes. Entre as 277 escolas
Sesi de todo o país, as 12 primeiras colocações são de escolas do Sesi de Minas
Gerais – e entre as 20 primeiras, 15 também são do nosso estado.
São
resultados relevantes para a indústria e decorrem dos investimentos realizados
no Projeto Sesi Educação Integral, na capacitação de professores e equipe
pedagógica, no processo de avaliação dos alunos, nas ferramentas utilizadas em
sala de aula e na infraestrutura das escolas. O objetivo, sempre, é o de atender
à indústria mineira com a formação de alunos capacitados a enfrentar um mercado
de trabalho cada vez mais exigente e ávido por profissionais competitivos e
inovadores.
Esses
resultados também decorrem do trabalho voluntário realizado em todo o estado pela
Fiemg e, muito especialmente, por seus 138 sindicatos filiados, localizados nas
mais diferentes regiões mineiras, onde representam milhares de empresas de
todos os setores e segmentos industriais. O que move todos nós é a crença de
que a educação é e sempre será fundamental para a construção de uma indústria
forte, moderna, diversificada, inovadora, desenvolvedora de tecnologia e capaz
de agregar valor ao produto industrial de Minas Gerais. Estes, sabemos todos,
são diferenciais competitivos estratégicos em um mundo de economia globalizada
e de concorrência cada vez mais intensa.
Hoje,
o Sesi de Minas Gerais é reconhecido como uma das maiores redes de ensino
privado do estado, com resultados expressivos nos últimos cinco anos: 69 mil
matrículas na educação básica e 32 mil alunos matriculados no programa Educação
de Jovens e Adultos. Com o Programa Escola Móvel, o Sesi de Minas esteve
presente em 301 municípios mineiros, nos quais formou 39 mil alunos, com taxa
de empregabilidade de 79%. Vale dizer: dos 39 mil alunos formados pela Escola
Móvel, 30.810 conseguiram trabalho.
No
campo do ensino profissionalizante, é relevante o desempenho das unidades
operadas pelo Senai, incluindo 36 unidades operacionais com serviços
tecnológicos, 28 laboratórios e mais de três mil empresas atendidas. No CIT –
Câmpus Cetec (Centro de Inovação e Tecnologia) estão três institutos e cinco
institutos de tecnologia, com 23 mestres e 24 doutores, R$ 149 milhões de
investimento em estrutura e clientes do porte da ANP, Aperam, CBMM, Copasa,
Fiat, GM, Gasmig, Gerdau, Igam, Iveco, Kinross, Petrobrás, Renault, Rio Tinto,
Vale e Votorantim. Em Itajubá, no Sul de Minas, estamos implantando, com
previsão de operação, o ISI CEDIIEE, com investimento de R$ 400 milhões, de
nove laboratórios.
Instalado
no CIT – Câmpus Cetec, já está em funcionamento o Laboratório Aberto Senai, com
atendimento, até agora, de 30 startups, 12 micro e pequenas empresas e 25
mensalistas makers. Também está em pleno andamento o Fiemg Lab, programa criado
para funcionar com acelerador de empresas de base tecnológica e startups. O
investimento é de R$ 9 milhões e, em uma primeira fase, serão analisados
projetos de mais de 100 empresas. No campo da formação de técnicos qualificados
para a indústria mineira, o Senai recebeu, no período de 2011 a 2016, 690 mil
alunos matriculados em cursos de aprendizagem industrial, cursos técnicos,
cursos de qualificação e cursos de aperfeiçoamento. Em 2014 e 2015, alunos,
alunos do Senai de Minas Gerais conquistaram, respectivamente, o 1º lugar na
Olimpíada do Conhecimento Nacional e na Worldskills, que é a maior competição
mundial na área do ensino profissionalizante, com a crença de que educação gera
conhecimento, inovação, tecnologia e competitividade.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados,
ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do
cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos
últimos doze meses, e a taxa de juros do
cheque especial registrou históricos
328,9%; e já em novembro o IPCA acumulado também nos últimos doze meses chegou
a 6,99%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para
2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(ao menos com esta rubrica, previsão de R$
1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além
de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do
século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da
informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da
paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...