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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA CAPACITAÇÃO PESSOAL E A CIÊNCIA E AS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Capacitação de pessoal
O desafiador cenário político e econômico atual tem levado muitas empresas a lutar pela competitividade e a rever seus custos. E quando se fala em redução de custos, uma das primeiras áreas a ter o orçamento cortado é a de recursos humanos. No entanto, a disputa pelo mercado cresce a cada instante e vencem as empresas que tiverem estratégias bem definidas.
Um grande erro estratégico em momentos de crise é esquecer-se da gestão de pessoas, justamente quando é necessário obter o melhor desempenho possível das equipes para o alcance dos resultados.
São as pessoas que promovem as mudanças e fazem a diferença dentro das organizações. Portanto, equipes capacitadas e com o direcionamento correto estarão melhor preparadas para enfrentar desafios e ajustes repentinos.
Costumo contar uma pequena história para quem opta pelo caminho mais fácil na redução de custos e tem dúvidas sobre treinar ou não treinar pessoal. Diversas empresas ainda temem investir em funcionários e perde-los para a concorrência. O grande problema, na verdade, é o efeito que a ausência de capacitação causa nas empresas que continuam com esses colaboradores por anos.
É momento de fazer mais com menos e usar a criatividade. Por isso, existem diversas alternativas para manter os funcionários atualizados com baixo ou nenhum custo. Treinamentos internos, compartilhamento de melhores práticas através de reuniões e fóruns na própria empresa e contar com parceiros de negócio para viabilizar capacitações são apenas algumas das inúmeras possibilidades. Além disso, diversas associações e entidades de classe promovem excelentes cursos de curta duração, alguns gratuitos e outros com valores módicos.
Em tempos de crise, inovação é a palavra-chave. E mesmo com o atual clima de maior confiança econômica, ainda não se sabe ao certo como o Brasil estará em 2017. Portanto, além das competências técnicas, o desenvolvimento de habilidades humanas também é essencial. Flexibilidade, trabalho em equipe, liderança e bom relacionamento interpessoal são características fundamentais para o profissional que deseja se destacar no mercado de trabalho. As pessoas devem ter ciência que não são contratadas para exercer estritamente uma função ou trabalhar no setor tal. São contratadas para dar resultados. É preciso adaptar-se.
Desde o fim do ano passado, estamos reimplantando o setor de RH e as políticas de gestão de pessoas no Colégio ICJ. Como instituição de ensino, nossa principal missão é educar. E por que não aplicar essa mesma lógica às equipes de colaboradores?
Iniciamos em 2016 o programa de treinamento e desenvolvimento de pessoal do Colégio ICJ e já promovemos treinamentos com o pessoal de portaria e recepção, limpeza, além dos funcionários do transporte escolar, livraria e lancheria. No mês de outubro, realizamos uma palestra para as equipes administrativa e pedagógica de todas as empresas do grupo, visando maior integração dos setores para encerrar o ano letivo de 2016 e chegar em 2017 mais alinhados e coesos. Em pouco tempo, já observamos melhorias. É hora de quebrar o paradigma da capacitação apenas como custo. Afinal, capacitação é o investimento cada vez mais necessário para quem quer sair na frente.”.

(CLAUDIA ABREU. Coordenadora de RH do Colégio ICJ, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de dezembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de outubro de 2016, mesmo caderno, página 9, de autoria de OLAVO MACHADO, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Prioridade à educação
        A indústria brasileira sempre considerou a educação como uma de suas principais prioridades. É isso, certamente, o que explica a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em 1942, e logo em seguida, quatro anos depois, do Serviço Social da Indústria (Sesi), com a missão de cuidar, respectivamente, do ensino profissionalizante (Senai) e da educação básica (Sesi).
         Mais de sete décadas depois, estamos mais uma vez comemorando o acerto desse caminho, especialmente para Minas Gerais e para a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), a partir dos resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), reconhecido como a mais importante porta de acesso às principais universidades do país para milhares de jovens estudantes. Entre as 277 escolas Sesi de todo o país, as 12 primeiras colocações são de escolas do Sesi de Minas Gerais – e entre as 20 primeiras, 15 também são do nosso estado.
         São resultados relevantes para a indústria e decorrem dos investimentos realizados no Projeto Sesi Educação Integral, na capacitação de professores e equipe pedagógica, no processo de avaliação dos alunos, nas ferramentas utilizadas em sala de aula e na infraestrutura das escolas. O objetivo, sempre, é o de atender à indústria mineira com a formação de alunos capacitados a enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais exigente e ávido por profissionais competitivos e inovadores.
         Esses resultados também decorrem do trabalho voluntário realizado em todo o estado pela Fiemg e, muito especialmente, por seus 138 sindicatos filiados, localizados nas mais diferentes regiões mineiras, onde representam milhares de empresas de todos os setores e segmentos industriais. O que move todos nós é a crença de que a educação é e sempre será fundamental para a construção de uma indústria forte, moderna, diversificada, inovadora, desenvolvedora de tecnologia e capaz de agregar valor ao produto industrial de Minas Gerais. Estes, sabemos todos, são diferenciais competitivos estratégicos em um mundo de economia globalizada e de concorrência cada vez mais intensa.
         Hoje, o Sesi de Minas Gerais é reconhecido como uma das maiores redes de ensino privado do estado, com resultados expressivos nos últimos cinco anos: 69 mil matrículas na educação básica e 32 mil alunos matriculados no programa Educação de Jovens e Adultos. Com o Programa Escola Móvel, o Sesi de Minas esteve presente em 301 municípios mineiros, nos quais formou 39 mil alunos, com taxa de empregabilidade de 79%. Vale dizer: dos 39 mil alunos formados pela Escola Móvel, 30.810 conseguiram trabalho.
         No campo do ensino profissionalizante, é relevante o desempenho das unidades operadas pelo Senai, incluindo 36 unidades operacionais com serviços tecnológicos, 28 laboratórios e mais de três mil empresas atendidas. No CIT – Câmpus Cetec (Centro de Inovação e Tecnologia) estão três institutos e cinco institutos de tecnologia, com 23 mestres e 24 doutores, R$ 149 milhões de investimento em estrutura e clientes do porte da ANP, Aperam, CBMM, Copasa, Fiat, GM, Gasmig, Gerdau, Igam, Iveco, Kinross, Petrobrás, Renault, Rio Tinto, Vale e Votorantim. Em Itajubá, no Sul de Minas, estamos implantando, com previsão de operação, o ISI CEDIIEE, com investimento de R$ 400 milhões, de nove laboratórios.
         Instalado no CIT – Câmpus Cetec, já está em funcionamento o Laboratório Aberto Senai, com atendimento, até agora, de 30 startups, 12 micro e pequenas empresas e 25 mensalistas makers. Também está em pleno andamento o Fiemg Lab, programa criado para funcionar com acelerador de empresas de base tecnológica e startups. O investimento é de R$ 9 milhões e, em uma primeira fase, serão analisados projetos de mais de 100 empresas. No campo da formação de técnicos qualificados para a indústria mineira, o Senai recebeu, no período de 2011 a 2016, 690 mil alunos matriculados em cursos de aprendizagem industrial, cursos técnicos, cursos de qualificação e cursos de aperfeiçoamento. Em 2014 e 2015, alunos, alunos do Senai de Minas Gerais conquistaram, respectivamente, o 1º lugar na Olimpíada do Conhecimento Nacional e na Worldskills, que é a maior competição mundial na área do ensino profissionalizante, com a crença de que educação gera conhecimento, inovação, tecnologia e competitividade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e já em novembro o IPCA acumulado também nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 





quarta-feira, 5 de março de 2014

A CIDADANIA, A BELEZA DOS OFÍCIOS MANUAIS E A ALEGRIA DA SIMPLICIDADE (57/3)

(Março = mês 57; faltam 3 meses para a Copa do Mundo)

“A beleza dos ofício manuais
        
         Um certo senhor Diouf escreveu para seu filho, aconselhando-o a evitar a todo custo as profissões manuais. Havia que escolher trabalhos puramente intelectuais. A curiosidade da carta é datar do tempo dos faraós, ou seja, o preconceito não é de hoje.
         Em todas as sociedades, trabalhar com as mãos tem menos status. Mas, nos países avançados, isso não inibe o vicejar de operários, artífices e artesões altamente qualificados, orgulhosos do que fazem. São exemplos de profissionalismo e competência. Uma das marcas das sociedades avançadas é a valorização desses ofícios e a afinidade com a sociedade tecnológica. Aliás, a Revolução Industrial foi feita por mecânicos, mostrando a convivência da criatividade com as mãos.
         Lamentavelmente, o Brasil recebeu duas cargas negativas. Herdamos da Península Ibérica o desamor por trabalhos manuais. E tivemos a escravidão, criando uma clivagem radical e proclamada entre as ocupações manuais, para os escravos, nas quais não se sujam as mãos.
         No século XIX, a imigração da Europa continental começou a mudar esse panorama. Mas o grande empurrão veio do Senai, criado em 1942 e moldado em modelos alemães e suíços. Graças a ele, não travou a nossa Revolução Industrial – aliás, muito respeitável para um país que não produzia nem palito. Demos um salto.
         Infelizmente, os novos ventos não têm sido favoráveis. Aparecem ocupações charmosas, sobretudo, na informática e nos serviços. O aumento do nível de escolaridade da nova geração coloca-a próxima das lantejoulas do ensino superior, cujas vagas deram um enorme salto. Com isso, e mais algumas coisas que não sabemos, aumenta a rejeição às ocupações tradicionais, como marceneiro, caldeireiro ou eletricista e, pior àquelas ligadas à construção civil. Nos cursos do Senai, há vagas não preenchidas nessas ocupações. Há evasão durante o curso e pouco interesse em trabalhar no ofício aprendido.
         Participei de uma feira de ocupações, visitada por 10 000 alunos do ensino médio. Ali estavam as faculdades locais e outros empregadores cobiçados. Minha missão era falar dos ofícios manuais qualificados. Ao iniciar a sessão, o auditório teria dois terços da capacidade – já prenunciando o desinteresse. Fiz todas as gracinhas que sei, demonstrei o uso de plainas, falei da beleza e do prazer de fazer com as mãos. Falei da criatividade e dos desafios intelectuais. Ao terminar, uma hora depois, de jovens,  havia apenas três moças. Os outros escapuliram durante a apresentação. Nem uma só pergunta. Vá lá que eu tenha sido um canastrão chato. Mas saírem quase todos?
         O resultado dessa rejeição é o chamado “apagão da mão de obra”. Pesquisas recentes mostram que se concentra nesses ofícios. E nas engenharias, por razões diferentes. De fato, as empresas se queixam de que falta gente qualificada, sobretudo, na construção civil. As maiores conseguem capengar com um ou outro profissional competente. As menores improvisam – mal. E quem precisa de alguém para reparar o cano, o fio ou o armário encontrará pessoas que não sabem nada de nada, além de terem hábitos de trabalho caóticos. A escassez de mão de obra qualificada deve ter parte da culpa pela estagnação da nossa produtividade.
         O outro aspecto, inevitável, é que, diante da escassez, os salários para essas profissões crescerem muito, tornando as empresas menos competitivas. Valeria a pena pagar o preço se esse incentivo atraísse jovens a essas profissões. Contudo, os aumentos  não trazem nem alunos nem queira trabalhar nelas. Na época da criação do Senai, grandes industriais, como Roberto Simonsen, viram a falta de mão de obra qualificada como um impedimento ao nosso avanço. Criar uma instituição capaz de mitigar essa escassez foi então uma das batalhas vencidas pela indústria brasileira. Tenho a impressão de estarmos diante de um desafio da mesma ordem de magnitude.
         O que fazer? Neste momento, o mais importante é aceitar que há um problema sério, não apenas de flutuação conjuntural. Quando isso acontecer, as soluções aparecerão. O lado bom é que a CNI começa a despertar para o problema.”

(Cláudio de Moura Castro. Economista, em artigo publicado na revista VEJA, edição 2363 – ano 47 – nº 10, de 5 de março de 2014, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de fevereiro de 2014, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Apostar na simplicidade
        
         O papa Francisco tem se consolidado como voz que alerta para a urgência de se combater o crescente processo de desumanização que assola a sociedade contemporânea. Sua voz ecoa para além do território da própria Igreja Católica e vai tocando corações e mentes pelo mundo afora. Na sua exortação apostólica Alegria do Evangelho, o papa Francisco sublinha que “o grande risco do mundo atual, com múltipla e avassaladora oferta de consumo, é a tristeza do individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada dos prazeres superficiais, da consciência isolada”. Quando a pessoa se fecha nos seus próprios interesses, o resultado é o comprometimento da essencialidade da vida interior.
         Uma grande indicação do papa Francisco, como retomada das mais genuínas raízes do evangelho de Jesus, é apostar na simplicidade. Esse caminho supõe exercício diário e adoção  de estilos de vida que proporcionem e mantenham uma interioridade com a sabedoria para priorizar o que é digno e bom. A simplicidade de vida, incontestavelmente, é o remédio mais eficaz no combate à desumanização, que embrutece corações e inviabiliza a convivência social. Trata-se de antídoto para a sociedade, marcada pela crescente violência, corrupção venenosa e irreversível despersonalização. É hora, portanto, de admitir e incluir um discernimento evangélico nas análises e na busca da compreensão da realidade, desafiadora e complexa, desse início de terceiro milênio.
         A busca por soluções não pode restringir-se ao crescimento a sofisticações tecnológicas, indispensáveis quando se pensa no avanço da ciência. É preciso retomar o processo de humanização, contraponto ao lamentável embrutecimento dos corações. Nessa tarefa, o ensinamento evangélico tem um poder inigualável de modulação e educação. Vale sempre lembrar a observação de Mahatma Ghandi, em referência ao sermão da montanha, evangelho de são Mateus, capítulos 5 a 7, sublinhando que ali há um tesouro que, praticado pelos cristãos, faria deles instrumento de radical revolução e transformação da sociedade pelos princípios enraizados na força inesgotável do amor de Deus.
         Não se pode apenas pensar que definições legislativas e meras providências de repressão serão suficientes para deter o catastrófico processo de desumanização em curso, responsável pelo crescimento da violência, aumento assustador da dependência química e de imoralidades de todo tipo como conseqüência da relativização nociva de valores e princípios.
         Brutalidade é o lado oposto da indispensável humanização. A falta de raízes humanísticas conscientes, como aquelas que os valores do evangelho de Jesus Cristo produzem e modulam nos corações que escutam a voz de Deus, impede o estabelecimento de uma nova ordem social e política. Sem enraizamento humanístico adequado não veremos mudanças nas lideranças e continuará baixo o nível da prática política, muitas vezes dinamizada por interesses partidários tacanhos, conchavos imorais e busca pelo crescimento próprio a partir da obsoleta prática de atacar o outro para destruí-lo.
         Não se conseguirá jamais avançar as reformas que a sociedade brasileira precisa sem a necessária e urgente competência humanística. É em razão da falta dessa competência que instituições políticas e governamentais fazem sempre muito menos do que deveriam. Alimentam-se da ilusão de que boa política se faz com conchavos, com a desmoralização dos outros, com a manipulação ideológica ou com as negociatas internas e partidárias, que atrasam o progresso e o atendimento das demandas da população.
         Essa desordem produz o descompasso e baderna que vai compondo cenários preocupantes de violência, medo e caos. As mudanças estruturais e conjunturais avançarão pela força do testemunho indispensável de cada cidadão. Nesse caso, apostar na simplicidade há de ser um compromisso de todos, revendo práticas e hábitos. Não há lugar para exibicionismos, sofisticações petulantes, esbanjamentos agressivos e irracionais. É hora de compreender, redimensionar projetos, práticas pessoais e sociais, sempre apostando na simplicidade.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, adequadas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas transformações em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, severo e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das empresas, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mudo da justiça,  paz, da liberdade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A CIDADANIA, A FORÇA DA INDÚSTRIA E A LIÇÃO DE HARVARD E DO MIT

“Vitamina industrial

Os industriais e muito mais o pessoal do governo, da presidente a seus ministros, se esfalfam para mostrar serviço neste momento em que se tornou evidente o que vem de anos e se agrava desde 2003: a “primarização” da economia, a reboque dos minérios, da agricultura e logo mais do pré-sal, em paralelo com o declínio da indústria.

A ficha caiu, descobrindo a anemia da indústria pelos juros e pela carga tributária, ambos excessivamente elevados, além dos custos da infraestrutura e dos aumentos salariais, com nenhum desses fatores que minaram a competitividade da produção nacional compensado – como se fazia no passado –, pelo câmbio depreciado. O governo acordou.

As providências emergenciais, tipo desoneração tributária da folha de salários, corte de juros, desvalorização cambial e novos aportes do Tesouro para reforçar o crédito subsidiado do BNDES à indústria, são bastante conhecidas. Assim como as sequelas de algumas delas.

É arroz com feijão. Lembra o chefe de polícia francês, no clássico Casablanca, mando prender os “suspeitos de sempre” para distrair os nazistas que ocupavam a cidade e permitir a fuga do amigo Rick.

Estranho é que há exatamente uma semana a presidente Dilma Rousseff foi à Confederação Nacional da Indústria prestigiar o lançamento de um programa, esse sim, grandioso, inovador, sem contraindicação nenhuma e efetivamente destinado a fortalecer a indústria. E... É.

Falar o quê desse lançamento, se nem os interessados, governo e o empresariado, prestaram atenção? Não deviam, porque, se “não há hipótese de o Brasil dar certo sem indústria sem indústria forte”, como Dilma discursou, não será apenas com moeda fraca que ela vai sobreviver.

Alemanha, Japão e Coreia do Sul, potências industriais, serviram-se do câmbio, além de outros estratagemas, para fincar suas raízes fabris. Mas foi com o investimento em educação, em tecnologia de produto e de processos, em laboratórios de testes e com um massivo ensino profissionalizante que construíram os alicerces permanentes de sua indústria. A China está na transição destes dois movimentos.

Os EUA vivem o que é chamado de “renascimento industrial”, graças à inovação, no que sempre foram fortes, e depois de se convencerem de que o setor de serviço, embora grande empregador, não basta para prover as demandas sociais, como Dilma também registrou na CNI.

Inspiração na Alemanha

A iniciativa que deverá oxigenar a produção é o Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, administrado pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e com dotação de R$ 1,9 bilhão, dos quais R$ 1,5 bilhão fornecidos pelos BNDES.

O programa tem duas frentes. A primeira é voltada à prestação de serviços técnicos às indústrias em nível nacional, com a criação de 38 Institutos Senai de Tecnologia (IST), atuando em ensaios, testes laboratoriais para aferir a qualidade de produtos e metrologia.

Ao lado dessa rede, surgirão 23 Institutos Senai de Inovação (ISI) inspirados no Fraunhofer, da Alemanha, o maior centro de pesquisas aplicadas da Europa, trabalhando com todo tipo de demanda – de testes de resistência de materiais ao desenvolvimento completo de peças.

Fábricas de tecnologias

O ISI, tal qual seu similar alemão, será uma espécie de fábrica de projetos, ampliando o potencial de inovação das empresas, sobretudo de menor porte, que até então só podiam dispor do licenciamento de tecnologias. Agora, poderão desenvolvê-las com o supor do Senai.

Dos 23 ISI, nove serão voltados à produção, quatro para materiais e componentes, um para microeletrônica, um para defesa e assim por diante. Às duas estruturas, dos 38 IST e 23 ISI, se adicionam a rede de 53 novos centros de formação profissional até 2014, além da compra de 81 unidades móveis de ensino, das quais 50 em operação já este ano onde haja demanda por profissionais qualificados e não tem escolas fixas do Senai, que atende 2,6 milhões de operários ao ano. A meta: 4 milhões de alunos/ano até 2014 com as 134 novas unidades novas.

Indústria poderá reagir

Embora privado, o projeto começou a tomar forma quando o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, soube do Fraunhofer quando estava na pasta da Ciência e Tecnologia e entusiasmou Dilma com a ideia de replicar o sucesso alemão no Brasil. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, evangelista incansável da inovação tecnológica, abraçou a iniciativa e a CNI trabalhou para estar à frente dela.

“O programa abre o início do processo de reação da indústria”, diz Coutinho. Sem falha na implantação, o país entrará num clube seleto – o da inovação, principal vacina contra males da competitividade, de moeda forte a custo salarial alto. Isso é política industrial.”
(ANTÔNIO MACHADO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de abril de 2012, Caderno ECONOMIA, coluna BRASIL S/A, página 19).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de abril de 2012, Caderno POLÍTICA, página 5, de autoria de ELIO GASPARI, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O que é que Harvard e o MIT têm?

Ontem a doutora Dilma esteve em duas das melhores universidades do mundo, Harvard e o Massachussetts Institute of Technology. Uma nasceu em 1686, de uma doação de um pastor/taverneiro. A outra veio da iniciativa de um grupo de homens de negócios de Boston.

No início do século passado o MIT ganhou vigor com o patrocínio de George Eastman, uma espécie de Steve Jobs de seu tempo. Se um criou o iPhone, o outro popularizou as máquinas fotográficas Kodak.

As duas instituições devem muito aos projetos de pesquisa financiados pelo governo, mas nada devem à burocracia pedagógica de Washington. Pelo contrário, Harvard e o MIT influenciam as políticas educacionais do país. Graças à filantropia do andar de cima e à qualidade da gestão de seus patrimônios, as duas têm um ervanário de US$ 42 bilhões.

O Brasil pode ser beneficiado por um movimento renovador do ensino superior. A doutora Dilma quer dobrar o tamanho da melhor escola de engenharia do país, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Do ITA saiu a Embraer, cujo faturamento atual equivale a 102 anos do orçamento da escola. Em São Paulo, com o apoio de empresários, o Insper anunciou que em 2015 abrirá uma faculdade de engenharia voltada para a produção. É bom, mas ainda falta.

O Brasil tem 36 bilionários em dólares na lista da Forbes. Juntando-se os donos das grandes empreiteiras e os homens do agronegócio que escaparam ao radar da revista, passam de 50. Juntos, têm pelo menos US$ 200 bilhões, mas só uns vinte patrocinam filantropias relevantes.

Nos Estados Unidos o nome de Andrew Carnegie, que foi o homem mais rico do mundo, não está associado à ruína da vida dos operários de suas minas e siderúrgicas, mas às doações que fez. Ele dizia: “Quem morre rico morre desgraçado.” Em vida, acumulou algo como US$ 200 bilhões em dinheiro de hoje. Quando morreu, 1919, distribuíra US$ 150 bilhões, criando escolas técnicas e bibliotecas. Bill Gates deixou de ser o sujeito que cobra caro pelo Windows. Em vez de ser conhecido pelo que ganha, tornou-se notável pelo que dá. Ele já distribuiu algo como US$ 30 bilhões.

Os magnatas brasileiros podem se juntar, oferecendo ao país duas grandes escolas, mais uma de engenharia e outra de medicina. Com folga, R$ 500 milhões pagam essa conta. Ou seja, R$ 10 milhões de cada um.

A avareza da plutocracia nacional é uma explicação insuficiente. Ela não doa porque sabe quanto custa ganhar um dinheiro que, passando pelo governo ou por instituições semioficiais, acaba malbaratado. Em 1930, Eufrásia Teixeira Leite, uma grande mulher, que namorou Joaquim Nabuco e multiplicou uma herança do baronato do café, deixou sua fortuna para educar e assistir pobres de Vassouras. Em dinheiro de hoje, seriam pelo menos R$ 170 milhões. Cadê? Restam um centro de tecnologia de alimentos e poucas lembranças.

O dinheiro de Eufrásia sumiu porque ela amarrou mal sua gestão. Os bilionários de hoje podem blindar suas doações, como fizeram os americanos. De quebra, melhorarão a qualidade da memória nacional, pois nela há mais nomes de grandes bandidos, como Lampião e Chico Picadinho, do que de grandes empresários admirados pela benemerência.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de MORAL, de ÉTICA, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, CIVILIZADAS, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, torna-se URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado);

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS e INTOLERÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também ocasionando INESTIMÁVEIS perdas e danos, inquestionavelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, igualmente a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Desse modo, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que DILAPIDA o já escasso DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e crescentes DEMANDAS, NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS, que aumenta o fosso das desigualdades SOCIAIS e REGIONAIS, nos afastando cada vez mais dos sagrados objetivos constitucionais...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS e generosas RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em junho; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo, da JUSTIÇA, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...





segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A CIDADANIA, A LIDERANÇA E A GESTÃO NA EDUCAÇÃO, QUE É DE OURO

“A liderança na gestão educacional

No século 21, a gestão tornou-se tema de grandes debates no cenário mundial, principalmente no setor de educação, em que as ações, iniciativas e projetos focados nesse desenvolvimento ainda são insuficientes. Precisamos avançar a passos largos no Brasil, se quisermos alcançar a sonhada excelência educacional.

Pensar em gestão na área é não negligenciar questões fundamentais, como liderança, planejamento estratégico, valores, processos, metas, informações e, essencialmente, as pessoas, sejam profissionais, alunos, família, parceiros e até mesmo o poder público. Somente a análise desse conjunto de fatores mostra a realidade escolar e ressalta o papel dos gestores em sala de aula.

Quantos de nós conhecemos escolas ou secretaria de Educação que contam com infraestrutura e pessoas necessárias para fazer uma história de sucesso e, no entanto, não conseguem obter resultados satisfatórios na aprendizagem dos estudantes por causa de um gestor que não se compromete com o ensino e considera sua considera sua função puramente burocrática?

A liderança deve ser praticada diariamente no segmento educacional, sendo preciso se reinventar em todos os momentos, trocar velhas crenças e instituir novos métodos. Um verdadeiro líder possui características peculiares e aos poucos se transforma em um exemplo de inspiração para as pessoas. Esse profissional coloca a mão na massa e não apenas ordena a execução de tarefas.

Liderar pela motivação das pessoas também é qualidade indispensável ao líder. Mandar e fiscalizar emitindo a sensação de comando e controle não é a força motriz para que a circunstância realmente mude. Delegar mais e interferir menos torna a equipe cada vez mais autônoma e responsável.

O bom líder vive conforme os preceitos éticos da sociedade e da instituição em que atua. Ao longo dos anos, adquire uma visão sistêmica e não fragmentada do trabalho, averigua o ambiente e considera cada item que o compõe, porque uma gestão de liderança está sempre em busca de soluções e não de levantar problemas (ou culpados). Por receio de não ser popular, fingir que nada está acontecendo, postergar uma decisão ou considerar que o universo definirá os dilemas nada resolve. Um líder encara a situação e considera as diferentes possibilidades com agilidade e simplicidade.

As pessoas ao redor do líder devem estar envolvidas com a missão e a visão institucional, sentir-se protagonista das contribuições singulares e não meros executores, afinal o reconhecimento é a força motriz para aumentar o desempenho. Ouvir, absorver e gerenciar as expectativas, satisfações e idéias é fundamental na tomada de decisões.

Estabelecer um canal aberto para renovações e enxergá-las como oportunidade faz toda a diferença. O líder deve ser o primeiro a acreditar que as modificações são necessárias para o ritmo que o planeta hoje impõe e para fazer ajustes de percurso, afinal mirar no futuro e inovar são atividades contínuas. Para exercer uma gestão com liderança ainda é imprescindível conhecer os fundamentos da educação e ter como base três premissas básicas, citadas por um dos grandes executivos norte-americanos, Jack Welch: senso de humor, prazer no trabalho e entusiasmo.”
(VIVIANE RAQUEL RIBEIRO, Gerente de projetos do Projecta – melhor escola, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de OLAVO MACHADO, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Sistema Fiemg), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Educação de ouro

O Worldkills Competition, maior torneio de educação profissional do mundo, acaba de confirmar o elevado estágio em que se encontra o ensino profissionalizante no Brasil. Criado há 61 anos, o torneio é realizado a cada dois anos, reunindo alunos e profissionais de até 23 anos, de todo o mundo, que trocam experiências e conhecimentos técnicos e tecnológicos. Na 41ª da competição, no começo do mês, em Londres, alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), instituição integrante do Sistema Indústria, conquistaram seis medalhas de ouro, três de prata, duas de bronze e sete certificados de excelência.

É uma vitória de peso, obtida numa competição com 944 alunos de cursos técnicos de 51 países. Com os resultados obtidos pelos estudantes brasileiros, inclusive do Senai de Minas Gerais, o Brasil ficou à frente do Japão, Suíça, Cingapura e de inúmeros outros países desenvolvidos – o maior número de medalhas foi para a Coreia do Sul. O Brasil foi representado por 28 estudantes – 23 do Senai e cinco do Senac –, que competiram em 25 ocupações. A boa notícia, além das medalhas conquistadas, é que o WorldSkills de 2017 poderá ser realizado no Brasil, conforme proposição do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

Na verdade, o compromisso com a educação está no DNA da indústria brasileira, como resposta a grandes desafios, e foi isso, com certeza, que levou o nascente setor dos anos 1940 a criar o Sesi e o Senai. Primeiro o Senai, em 1942, no auge da Segunda Guerra Mundial. Sua missão: formar mão de obra qualificada para atender a incipiente indústria de base, convocada a fabricar, aqui, produtos para substituir importações inviabilizadas pela guerra e também para abastecer países aliados. O Senai nasceu para servir à indústria, que o criou, e também ao país. Quatro anos depois, nascia o Sesi, para ser o braço social da indústria brasileira, preocupada com a qualidade de vida do trabalhador, de sua família e, também, com a integração entre as empresas industriais e a sociedade. Por sua história, missão e valores, o Sesi está, com certeza, na origem e na raiz da moderna responsabilidade social empresarial, que hoje, mais de seis décadas depois, mobiliza a preocupação da população mundial.

Desde sempre mantidos financeiramente pelas próprias empresas industriais e geridos pelo Sistema Indústria – em Minas, pela Fiemg –, segundo valores de competência, eficácia e eficiência próprios da iniciativa privada, o Senai e o Sesi apresentam números expressivos. O Senai coloca à disposição dos industriários, e da comunidade mineira, 86 unidades fixas em 72 municípios e 31 unidades móveis, 30 laboratórios de prestação de serviços para a indústria, 122 mil matrículas até setembro de 2011 e 209.557 atendimentos em serviços técnicos e tecnológicos às empresas. O Sesi está presente em 73 municípios mineiros, com 94 unidades, 14.502 alunos (ensino regular), 11.372 (Ensino de Jovens e Adultos), 4.303 (educação continuada), 870 (ensino articulado Sesi/Senai e 23.892 em suas escolas de esporte.

Este ano, dois novos e importantes projetos foram iniciados. O programa Escola Móvel Sesi/Senai, com o objetivo de resgatar a antiga e tão bem-sucedida prática de ensinar aos jovens brasileiros a arte do ofício, que, historicamente, sempre foi a melhor porta de entrada para o mercado de trabalho – muitos, depois, se formavam em cursos superiores, outros se desenvolviam na própria profissão. O que o projeto Escola Móvel se propõe a fazer é exatamente formar mão de obra profissional básica para a inclusão imediata dos alunos no mercado de trabalho, desenvolvendo habilidades que lhes possibilitem gerar renda. Do ponto de vista do estado e de sua economia, o objetivo é contribuir para reduzir a carência de mão de obra qualificada, aumentando a capacidade de produção e estimulando o desenvolvimento social no entorno das indústrias, atendendo jovens e adultos em localidades carentes e se constituindo, portanto, em eficaz instrumento de transformação e inclusão social.

O segundo projeto, igualmente importante, é a parceria entre o Senai e o Cetec, da qual resulta a criação do mais avançado centro de desenvolvimento tecnológico do Brasil: o Cetec-Senai. É, com certeza, a união de dois gigantes na área da inovação, do desenvolvimento tecnológico, da formação e qualificação de recursos humanos em nível de excelência. É, também, um trabalho que está em pleno andamento e se apóia, sobretudo, na valorização do capital humano do Cetec e do Senai, patrimônio de valor incalculável constituído por técnicos e cientistas que se destacam entre os mais qualificados do país. O compromisso maior, sempre, é com a competitividade de Minas Gerais e de sua indústria.”

Eis, pois, mais páginas contendo EXPRESSIVAS, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para as grandes TRANSFORMAÇÕES que o PAÍS e o mundo vivem, tornando IMPERIOSA e URGENTE a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossa POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODOS os setores da vida nacional, numa parceria PROMÍSCUA entre DINHEIRO PÚBLICO x INTERESSES PRIVADOS;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, a exigir COMPETÊNCIA e TRANSPARÊNCIA no seu CONTROLE, já atingindo o ASTRONÔMICO montante de R$ 2 TRILHÕES...

Sabemos que são GIGANTESCOS DESAFIOS, mas NADA, absolutamente NADA, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A ARTE DO OFÍCIO

“03/05: DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

A Liberdade de Imprensa é pré-requisito fundamental da democracia. A Declaração Universal dos Direitos Humanos traz em seu artigo 19: ‘Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras’. No cumprimento deste direito, a mídia tem importância decisiva. Como é salutar a atuação de uma imprensa livre, que não sofra pressões de quaisquer interesses, políticos ou econômicos! Com informações isentas, corretas e precisas, todos ganham: o indivíduo, a sociedade, o planeta.”

(Frei GUSTAVO WAYAND MEDELLA, OFM).

Outra IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de EDITORIAL do jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10, que merece INTEGRAL transcrição:

“Educação profissional

É mais do que razoável a preocupação do governo da presidente Dilma Rousseff em oferecer uma resposta da União à dramática falta de mão de obra qualificada no país. Essa escassez, que vem se acentuando com a manutenção de taxas anuais de crescimento da economia acima de 4% nos últimos tempos – exceto durante a recessão de 2009, provocada pela crise internacional –, já é uma ameaça real ao cumprimento do cronograma de obras e serviços destinados à Copa do Mundo de 2014. Durante décadas, o país incentivou mais a formação acadêmica de nível superior, deixando em segundo plano o ensino técnico profissional. Isso não apenas tem retardado o ingresso de jovens no mercado profissional como acabou reduzindo a oferta de cursos profissionalizantes de nível médio, tanto públicos como privados. Dados do Ministério da Educação (MEC) revelam que para 6 milhões de matrículas no ensino superior há apenas 1 milhão no ensino técnico. E o país, ao viver fase de aquecimento da atividade econômica, já cogita até mesmo importar técnicos, inclusive de nível médio.

É nesse contexto que deve ser inserido o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), lançado ontem pela presidente Dilma Rousseff. Mas não deve faltar ao governo atenção a alguns aspectos que podem anular os resultados desejados, bem como em relação às estruturas públicas de boa qualidade já existentes e que, se forem mais bem equipadas, poderão ampliar a contribuição que dão à preparação técnica dos jovens. É o caso do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), instituição que tem brilhado em praticamente todos os rankings oficiais de qualidade do ensino médio no país. A ampliação de sua capacidade, com o desdobramento em novas unidades, poderia dar resultados mais rápidos e a custo compatível com o nível oferecido. Isso não significa evitar a expansão da rede pública de ensino técnico, conforme previsto no Pronatec, que pretende acrescentar 120 unidades às 81 escolas técnicas atualmente em implantação.

O programa prevê também a inclusão das escolas particulares no aumento de matrículas no ensino profissionalizante. Para tanto, anuncia o governo a intenção de expandir o programa de financiamento estudantil (Fies) a essa modalidade de ensino, já que hoje se dedica praticamente só ao nível superior. O financiamento das matrículas poderá ser também concedido a empresas que queiram desenvolver programas de capacitação técnica de seus funcionários. O que não pode ser esquecido é que não há um padrão de qualidade mínima definido pelas autoridades da educação para o ensino médio técnico profissionalizante. Tampouco se tem notícia de fiscalização permanente e rigorosa do MEC nessas escolas, de modo a credenciá-las a receber alunos mantidos com verbas públicas. Essas duas deficiências já são bastante graves para indicar a necessidade de o MEC não ficar só no discurso de lançamento de mais que, embora oportuno e bem-vindo, corre o risco de dar resultados inferiores aos de que o país precisa.”

E mais uma também IMPORTANTE e ADEQUADA contribuição para o nosso trabalho, vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de OLAVO MACHADO, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Sistema Fiemg), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A arte do ofício

No mundo do trabalho, o Brasil vive hoje um cenário de grandes contradições: nunca se empregou tanto como nos últimos anos – são 92 milhões de pessoas contratadas, o que representa mais de 90% dos brasileiros em idade e condições para trabalhar e que formam a chamada população economicamente ativa (PEA). Nos próximos cinco anos (2011/2015), caso o país cresça a uma taxa de 4,6% ao ano – e isso é o mínimo que se pode esperar –, serão abertas oportunidades para 8 milhões de trabalhadores, educados e qualificados para assumir todo tipo de função, das mais simples às mais sofisticadas. Na outra ponta, coincidentemente, ainda temos 8 milhões de desempregados e não serão eles os ocupantes das vagas que serão criadas nos próximos cinco anos, por uma razão muito simples: este exército de brasileiros, desempregados foi sumariamente excluído do mercado de trabalho por absoluta falta de qualificação, por mínima que seja.

Dados (2009) do Sistema Nacional de Emprego (Sine), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho, confirmam esse cenário preocupante: 1,6 milhão de vagas oferecidas nas agências públicas de emprego não foram preenchidas, e o principal motivo foi exatamente a falta de qualificação da mão de obra, o que engloba baixo nível de escolaridade, carência de preparo técnico e pouca ou nenhuma experiência. As conseqüências são dramáticas: de um lado por absoluta falta de capacitação de milhões de pessoas, sobretudo jovens, são postos à margem do mercado de trabalho, condenados a viver de biscates ou da solidariedade alheia; de outro, a escassez na oferta de trabalhadores qualificados para preencher os empregos oferecidos pelas empresas brasileiras – em todos os setores e, principalmente, na indústria – em já é considerada um gargalo comparável às deficiências de infraestrutura e logística de apoio ao setor produtivo e também à carga tributária vigente no país.

Neste cenário, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) acaba de criar o Programa Escola Móvel Sesi/Senai. O que nos move é a crença de que tão importante quanto formar profissionais de nível superior em todas as áreas, com mestrado e doutorado, é resgatar a antiga e tão bem-sucedida prática de ensinar aos jovens brasileiros a arte do ofício, que, historicamente, sempre foi a melhor porta de entrada para o mercado de trabalho. Bons aqueles em que pais, tios e vizinhos pegavam pelas mãos os jovens em idade de trabalhar e os iniciavam em suas profissões – pedreiro, bombeiro, carpinteiro, marceneiro, serralheiro, eletricista, costureira, bordadeira, quituteira e tantas outras profissões, das quais muitas “morreram”, por desuso ou pelo avanço da tecnologia, como se pode ver no Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação, em Belo Horizonte. Muitos, depois, se formavam em cursos superiores, outros se desenvolviam na própria profissão.

Não é nenhum saudosismo, registre-se. Do ponto de vista do cidadão, o que o Projeto Escola Móvel Sesi/Senai se propõe a fazer é exatamente formar mão de obra profissional básica para a inclusão imediata dos alunos no mercado de trabalho, desenvolvendo habilidades que lhes possibilitem gerar renda. Do ponto de vista do estado e de sua economia, o objetivo é contribuir para reduzir a carência de mão de obra qualificada, aumentando o desenvolvimento social no entorno das indústrias. Também se pretende passar aos alunos conhecimentos importantes, como incentivo ao hábito da leitura, a melhoria da saúde mediante o ensinamento de técnicas de higiene e cuidados corporais, e estimular um estilo de vida mais saudável, por meio da prática sistemática de esportes.

O mais importante é que, por suas características de mobilidade, o projeto atenderá jovens e adultos em localidades absolutamente carentes no que se refere a oportunidades de educação profissional, constituindo-se em ferramenta eficaz de transformação e inclusão social. Da mesma forma, a amplitude dos cursos oferecidos assegura o atendimento das mais variadas vocações, nas áreas da indústria da panificação, elétrica, mecânica, mecânica diesel, vestuário, alimentos, informática, refrigeração, soldagem, construção, hidropneumática, instrumentação e controle e caldeiraria. Nossa ideia é que estes cursos possibilitem aos alunos da Escola Móvel Sesi/Senai condições de continuar o aprendizado em centros regionais maiores. Assim, vamos trabalhar para identificar, por meio de profissionais treinados, os alunos com maior preparo e levá-los para a cidade-polo mais próxima e matriculá-los em uma escola do Senai. E é preciso agir rápido. Em 2010, só para atuar no Rio de Janeiro, entraram no país 22 mil trabalhadores, especializados em profissões que antigamente eram aprendidas em casa.”

Eis, pois, mais páginas de SIGNIFICATIVO conteúdo PEDAGÓGICO acenando para a que se pontifica como PRIORIDADE ABSOLUTA – a EDUCAÇÃO, em toda sua ABRANGÊNCIA – e o desafio é GIGANTESCO e INDESVIÁVEL... Mas que ainda mais nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA RIO + 20 em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2103, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...