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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA ESPIRITUALIDADE NAS NOVAS TECNOLOGIAS E OS DESAFIOS DA NOVA POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE


“Inteligência artificial e humanismo
        Já bem antes da virada do século passado, sociólogos, religiosos e até pessoas comuns passaram a questionar os valores da tecnologia que crescis exponencialmente e interferia “negativamente” na educação e costumes. Realmente, à primeira vista, a tecnologia não combina com nosso espírito, com nossa alma. Parece-me que esse sentimento vem das velocidades diferentes que cada um “viaja” no nosso tempo. A informática, que é o símbolo do desenvolvimento tecnológico, apresenta inovações, com espaços de tempo cada vez menores, enquanto nosso espírito para modificar-se, substancialmente, leva muitas vezes décadas e, lamentavelmente, muitas pessoas passam pela vida toda sem apresentar progresso espiritual relevante. Para uns, o avanço tecnológico afasta as pessoas da convivência, das relações de afeto. Para outros, representa a segurança, facilidade, o conforto. Melhor vê-los então equilibradamente, também porque é perda de tempo imaginar que se possa deter a ciência e, como a técnica é a aplicação dela, não há também como frear a tecnologia. O que não podemos é nos entusiasmar ao ponto de achar que um computador de última geração é mais “inteligente” que as coisas da natureza. Basta vermos, com encantamento, uma minúscula formiga possuir engrenagens e articulações para movimentar-se. O telescópio Hubble fotografar uma galáxia a 60 milhões de anos-luz de distância e o homem mandar sonda a Marte seriam mais intrigantes que a formiguinha?
         Se já havia uma grande apreensão, a vedete do século 21 é a inteligência artificial, que preocupa ainda mais os humanistas. O escritor judeu Yuval N. Harari, PhD em história pela Universidade Oxford e autor dos best-sellers Sapiens e Homodeus, colocou mais dúvidas e indagações para onde está caminhando a inteligência artificial. Ele sugere que, num futuro próximo, cerca de 10 anos, muitas profissões como corretor de imóveis, contadores e outras irão desaparecer, porque os robôs se encarregarão delas. Vai além ao imaginar que num futuro um pouco mais distante, talvez daqui a 40 ou 50 anos, os robôs, em determinadas situações, poderão até dominar os humanos. Penso, com as minhas limitações, que é difícil acontecer porque o homem é dotado de consciência, e ela será sempre superior aos algoritmos das máquinas.
         É oportuno relembrar que a sabedoria milenar chinesa ao estudar os opostos, denominados Yin e Yang, defende que tudo na vida tem vantagem e desvantagem: quando ganhamos de um lado, certamente iremos perder do outro. O crescimento espiritual ou ascese é que vai nos ajudar a entender e ver cada lado das coisas. A espiritualidade pode ser ferramenta para não tornarmos mecanicistas na convivência com a tecnologia. A colisão com nossa espiritualidade é inevitável se não aceitarmos o mundo tal qual ele é, com pluralidade, avanços, mas também com todas as limitações que a vida nos impõe. Em contraposição à supervalorização tecnológica, a filosofia e a religião têm um papel importante na formação humanística, sobretudo, dos jovens que são mais carentes de valores. Bernard Shaw tem um sábio conselho sobre o tema: “Os racionais adaptam-se ao mundo, os irracionais só a si mesmos”.”.

(GILSON E. FONSECA. Sócio e diretor da Soluções em engenharia geotécnica Ltda. (Soegeo), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de dezembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de janeiro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de JOÃO DEWET MOREIRA DE CARVALHO, engenheiro-agrônomo em Nanuque (MG), e que merece igualmente integral transcrição:

“A nulidade política
        O grande poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, ao publicar um diário que manteve por longos anos com o nome de Observador no escritório, descreve na data referente a 17 de agosto de 1977 a seguinte ironia de cunho político: “Às vezes a gente tem saudade do extinto PRM, órgão pouco democrático da democracia anterior a 1930. Ele tinha sempre o cuidado de eleger, fosse que de maneira fosse, alguns mineiros ilustres, no meio de muitas nulidades ou mediocridades, para compor a bancada na Câmara e no Senado federais. Um poeta como Augusto de Lima não perdia eleição, assim como Calógeras ou Afrânio de Melo Franco, mais intelectuais do que propriamente políticos. E o estado tinha uma representação equilibrada: gente que pensava e brilhava, e gente que simplesmente dava número”.
         Comparando a já longínqua época do PRM com o atual cenário político, fica um certo amargor para a população brasileira, pois, apesar de ter ocorrido um suposto avanço democrático no país, houve, também, uma tremenda deterioração na qualidade dos homens públicos. E isso tanto do ponto de vista moral quanto intelectual. Trazendo prejuízos irreparáveis. Além de imensa saudade do tempo no qual as tribunas nacionais eram ocupadas em grande parte por pessoas realmente capacitadas. Ainda que naquela época fosse necessário fazer uso de meios não muito democráticos para evitar o estabelecimento do reino da nulidade do meio político.
         Lógico que o momento atual não permite – nem deveria – tais mecanismos antidemocráticos na escolha dos representantes do povo. Então, como fazer para que o nível dos políticos em todo o Brasil se eleve e com isso as perspectivas futuras da nação sejam menos desalentadoras? Quais seriam as soluções para evitar que o número de nulidades fosse reduzido a “níveis aceitáveis”? Questões como essas devem estar na pauta das discussões dos que irão reformular o atual corrompido sistema político. Pois ele é o responsável em tomar as decisões vitais ao futuro existencial da nação. E isso é urgente. Afinal, nenhum fruto benéfico colhe o país das nulidades que se apropriam das possiblidades oferecidas pelo sistema democrático. E com isso se elegem sem, na verdade, representar ninguém, apenas a si mesmo.
         O debate desse precioso tema deve visar ao aperfeiçoamento da democracia em sua essência. E constituir empecilho à manipulação dos ingênuos pelos populistas demagogos dispostos a fazer uso de recursos ilícitos. E, dessa forma, evitar possíveis manipulações ideológicas portadores de futuras deletérias restrições democráticas. Pois o futuro de uma nação é por demais precioso para ser refém do humor errático de uma população totalmente entorpecida e fanatizada. E dessas tragédias evitáveis, salva-se não apenas a geração presente, mas, principalmente, as futuras gerações que sempre pagam pelos erros e excessos dos seus país.
         Pois é notório que toda nação, nos seus capítulos iniciais, vive a expectativa de que o seu processo de formação a tornará uma pátria exemplar e preciosa. Sobressaindo, visando a esse fim, o imenso esforço humano de grande parte do seu povo. Predominam, nesse período, ideais de um viver idílico, onde todos no futuro usufruirão do bem-estar construído. E a paz e a dignidade humana prevalecerão. Esses são os tempos dos sonhos.
         No entanto, o Brasil, após décadas de lutas por um país digno, viu nesses últimos anos quase tudo se tornar fumaça. Evidenciando que muitos vezes os desejos mais alvissareiros dos homens não se realizam. Pois sempre existem os que se aproveitam do suor do trabalho derramado pela maioria da população em benefício próprio. E transformam os sonhos do povo de uma nação em futuros pesadelos nacionais.
         Por isso, nunca o momento foi mais oportuno do que agora para se criar uma nova forma do ser político. Em que não apenas sejam resgatados os mais nobres valores morais no trato da coisa pública, mas, principalmente, sobressaia a capacidade do indivíduo como diferencial na reconstrução de uma nação que foi levada à beirada do precipício. E nessa toada sejam criados mecanismos que melhorem a representatividade política. Se não impedindo totalmente a presença das nulidades no trato da coisa pública, pelo menos amenizando drasticamente a presença de tais perniciosos elementos.
         A crescente importância do Brasil na nova geopolítica mundial requer uma classe política que esteja à altura do novo papel a ser desempenhado pela nação. E os nulos não apenas não somam, como ainda subtraem. Urge, portanto, criar-se uma nova formatação em que o brilhantismo do indivíduo público reflita sua imensa capacidade. E, com isso, uma nova perspectiva de futuro seja criada para toda a nação. Tão bela e harmoniosa como os mais belos versos do mavioso poeta itabirano.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 279,83% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 305,71%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,75%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
 


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A CIDADANIA E UMA NOVA ORDEM MUNDIAL

‘Com o advento da “mundialização” do movimento ecológico, aumentam as responsabilidades e atribuições das ONGs e demais entidades preocupadas com a degradação ambiental. Hoje supera-se a fase eminentemente ambientalista do ecologismo para se adentrar em conteúdos políticos mais explícitos. A busca de condutas ecológicas globais canaliza-se cada vez mais para questões sociais. Parece não haver dúvidas de que os pobres e excluídos são os mais afetados pela degradação ambiental. Essa constatação reforça o diagnóstico de que, para resolver a degradação ambiental, deve-se reverter o quadro de acumulação e distribuição desigual de riquezas.”
(ROBERTO GIANSANTI, in O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. – São Paulo: Atual Editora, 1998, página 101).

Mais uma OPORTUNA e IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de novembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de VINÍCIUS VILLAÇA, Gerente de Marketing da Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), que merece INTEGRAL transcrição:

“Nada está longe

cidadãos conscientes de sua responsabilidade social, nas diferentes áreas do conhecimento, portadores dos valores de justiça e ética, aptos para a inserção nos diversos setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira.

Nesta perspectiva de formar cidadãos íntegros, a academia ergue a bandeira da formação integral do ser humano e resgata os valores demandados pela nova ordem mundial. Afirma, de modo categórico, que o mundo não precisa de mais um profissional, mas, sim, do indivíduo formado com conhecimento e determinação para mudá-lo. Um ser humano capaz de construir prédios que acolherão pessoas com respeito ao meio ambiente, capaz de gerir organizações promotoras do desenvolvimento com responsabilidade social, fazer e defender leis que assegurem não só os direitos, mas, acima de tudo, a dignidade humana, humanizar a saúde com coragem para defender a vida.

Um novo tempo exige uma nova mentalidade, uma nova sensibilidade e um novo comportamento. As instituições de ensino demonstram seu compromisso de exaltar, cada vez mais, a consciência do papel-chave que suas habilidades ocupam na construção de mundo melhor. A universidade não busca apenas fornecer qualificação profissional, mas, prEm 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu os Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que, no Brasil, são chamados de Oito Jeitos de Mudar o Mundo, modelo de desenvolvimento focado na erradicação da extrema pobreza e da fome. Esta visão, compartilhada por dirigentes globais, é a de que, juntos, nós podemos mudar a nossa rua, a comunidade, a cidade, o país. Essa mescla de liderança, solidariedade, cidadania e engajamento surge como a diretriz maior do novo milênio. Engana-se, contudo, quem pensa tratar-se de mais um discurso vazio. A consciência humana ganha coro nos quatro cantos do mundo, embalada por grandes ideais do último século, como a queda do Muro de Berlim, o não ao apartheid, a liberdade do Tibete, as Diretas já. É possível sentir esse movimento crescente, um reavivar do iluminismo de Voltaire, em proporções globais. Governos, organizações não governamentais (ONGs) e entidades privadas de diversos níveis conectam-se em rede e determinam metas para concretizarem os objetivos o milênio.

Alinhadas com esse propósito, as principais instituições de ensino superior de Belo Horizonte uniram-se à prefeitura da capital para implantar o Observatório do Milênio. Belo Horizonte é pioneiro na implantação de observatórios urbanos locais no Brasil. O observatório constitui-se em espaço de produção e análise de indicadores sociais e econômicos sobre a cidade. Essa iniciativa abrangente atua como instância catalisadora de ações conjuntas, em prol do desenvolvimento humano. Mas a viabilização dos projetos implica uma tomada de consciência por parte da sociedade. Nesse sentido, as universidades reafirmam sua missão de formar incipalmente, qualificação humana. Nas palavras do escritor Bernard Shaw, há pessoas que vêem as coisas como são e dizem: por quê?; outras sonham coisas que nunca existiram e dizem: por que não?”

Assim, sintonizados com as exigências de UMA NOVA ORDEM MUNDIAL, é que, reunindo essas contribuições VALIOSAS, nos FORTALECEMOS, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma ALEGRIA, o mesmo PATRIOTISMO, na construção de um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, ÉTICO, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO.

Eis, pois, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA, o nosso SONHO: O BRASIL TEM JEITO!...