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segunda-feira, 2 de abril de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA AVALIAÇÃO NA QUALIFICAÇÃO E O SUPREMO VALOR DA ÁGUA NA SUSTENTABILIDADE (18/152)


(Abril = mês 18; faltam 152 meses para a Primavera Brasileira)

“De olho no espelho
          O mundo corporativo cada vez mais competitivo e exigente criou e continua criando nas pessoas uma frustração sobre a expectativa do comportamento ideal a ser seguido pelos profissionais em suas rotinas nas organizações. Desde o início da sociedade, o ser humano tem uma inquietação sobre a necessidade de se autoconhecer. A maiêutica socrática desde o período clássico da Grécia Antiga traduziu através da máxima “conhece-te a ti mesmo”, e já era propagada como uma forma de incitar o indivíduo a caminhar por uma viagem íntima. Nas empresas, essa máxima se traduziu por feedback.
         O feedback pode ser entendido como reação a um estímulo, ou mesmo a percepção que um emissor obtém da reação de um receptos à sua mensagem. É uma ferramenta capaz de alinhar as expectativas de um gestor frente a um comportamento de um funcionário. Nesse caso, o receptor pode ser um líder, a instituição ou um cliente para os quais se presta algum tipo de serviço. Esse processo é muito utilizado dentro das organizações para o desenvolvimento comportamental e técnico dos colaboradores, conhecido como one to one ou “um a um”. Essa ferramenta possibilita que as pessoas tenham um retorno claro de como são vistas e como o seu comportamento tem impactado no desempenho de suas atividades e atingimento de metas ou entrega de um serviço para o seu cliente final.
         Para quem se submete a um processo é necessário escutar, estar aberto e ouvir sem filtros. É necessário entender que todas as impressões avaliadas são verdadeiras, pois são a visão do avaliador. E caso exista alguma incoerência com a sua percepção, talvez as ideias que você queira transmitir não estão atingindo os outros da forma como você gostaria. Mas este não é o momento de tentar ficar se justificando. Apenas escute, avalie, correlacione situações em sua mente que possam exemplificar o que o avaliador está tentando transmitir e absorva essas importantes informações.
         Outra observação importante são as expectativas da empresa ou cliente que devem estar alinhadas às suas. Aquele famoso jargão “o cliente está sempre certo”, em muitos casos também vale para o “chefe”. Apesar de os valores macroambientais. Mesmo que você entregue tecnicamente um excelente resultado ou serviço, pode ser que você não se adeque ao que é valor esperado sob a ótica da empresa ou do cliente. Se isso for percebido, mude a estratégia.
         Para os gestores, é necessário entender a importância desses processos de avaliação sistemáticos. Essas ferramentas podem solucionar problemas potenciais, além de esclarecer pontos que precisam ser trabalhados pelo profissional, como postura comportamental, atendimento de metas e outras habilidades importantes para a tarefa. Em muitos casos, esses pontos precisam ser claramente exemplificados. Pesquisa realizada pela revista Forbes, em 2016, mostrou que 47% dos entrevistados sentiam a falta de retornos mais claros sobre a sua performance. Para fortalecer esse processo é necessário usar da impessoalidade, é importante utilizar ferramentas que especifiquem para o profissional em que aspectos ele será avaliado, enumerar dentro de uma faixa entre bom e ruim, para que nas demais avaliações esses mesmos parâmetros sejam reavaliados e se tenha um histórico da evolução do funcionário ou serviço.
         Já as empresas, as maiores financiadas com esse processo de desenvolvimento bilateral, em vez de fortalecer essa cultura com os grupos de liderança criam perfis de comportamentos “idealizados” a serem exigidos das pessoas. São propostas que em vez de motivar o desenvolvimento criam medo nos indivíduos em se expressar e se posicionar. É importante ressaltar que esse é um processo de construção contínua, e que, em muitos casos, após um feedback, o avaliado poderá errar novamente, pois o processo de amadurecimento emocional demanda tempo e aprendizado. Lembrem-se: nós não gerenciamos marionetes nas organizações.
         O feedback deve ser uma ferramenta utilizada para tirar as pessoas do seu lugar-comum. Esse processo deve ser um espelho com o reflexo das habilidades que nos tornem profissionais essenciais para o negócio.”.

(TARSILA BALBINO DE CASTRO. Administradora de empresas e estudante de engenharia de produção no IBS, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de março de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 22 de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de OLAVO MACHADO, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Prioridade à água
        Cuidar das águas é prioridade para a indústria e o objetivo final deste compromisso é a preservação dos recursos hídricos, cada vez mais escassos. Esse posicionamento e as iniciativas que o embasam são o foco do Sistema Fiemg e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no 8º Fórum Mundial da Água, evento global que reúne as maiores autoridades do planeta no assunto e que vai até amanhã, em Brasília, no Estádio Mané Garrincha.
         A sustentabilidade, de fato, é parte fundamental do cotidiano da indústria mineira e brasileira. Entendida em suas três dimensões – econômica, social e ambiental –, a sustentabilidade abrange ações que vão da redução do consumo – por meio da reutilização, recirculação e reciclagem de água – até a preservação das nascentes e de matas ciliares. A isso somam-se investimentos em inovação e tecnologia. Boas ideias, transformadas em produtos e soluções, colocam à disposição das próprias empresas e dos cidadãos práticas que demandam menores quantidades de água.
         Em realidade, a grave crise hídrica vivida por Minas Gerais em 2015 despertou a nossa atenção para a necessidade de intensificarmos ações visando a preservação dos recursos hídricos do estado. Além de investir em tecnologias que permitam às empresas atuar com a menor interferência possível nos corpos d’água, a indústria mineira intensificou seus cuidados para recompor a vegetação de áreas de recargas hídricas e proteger nascentes. Essas são duas das principais ações com as quais nos comprometemos quando lançamos o Pacto de Minas pelas Águas.
         Felizmente, os bons exemplos se espalham pelo estado. Em alguns setores, o percentual de recirculação de água nos processos produtivos se aproxima de 100%. Na mineração, chega a 85%, havendo, inclusive, evoluções para a adoção de processos de extração a seco. No segmento do aço, os esforços para a redução do volume hídrico gasto por unidade de produção são significativos. Em 2014, eram necessários 3,43m3 de água por tonelada produzida. Em 2017, o número caiu para 2,7m3.
         No sistema Fiemg, a questão hídrica é compromisso assumido com a indústria e com a sociedade. O Programa Minas Sustentável, criado em 2011, apoia, incentiva e orienta empresários mineiros a adotarem processos produtivos mais sustentáveis e eficientes. Os resultados são robustos. De lá para cá, 9.224 empresas foram assessoradas e 1.957 orientadas para a ecoeficiência, em 402 municípios. Por meio desse trabalho, 456 licenças ambientais foram concedidas a indústrias que passaram a atuar de forma limpa e sustentável. Ao todo, 3.371 trabalhadores e empresários foram capacitados.
         O Sistema Fiemg desenvolve, ainda, uma série de ações voltadas para a sustentabilidade por meio de um conjunto de programas: Simbiose Industrial, no qual as sobras ou resíduos de uma empresa se transformam em matéria-prima ou insumo para outra; o Economia Circular em Distritos Industriais, que incentiva a redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia; e o Minas Clima, que apoia Minas Gerais na construção de uma economia de baixo carbono.
         Com esse tipo de atitude, contribuímos com a espetacular capacidade de nossa estado de produzir água e de manter os fluxos contínuos dos rios ao longo das estações. Por essa característica, Minas Gerais compartilha recursos hídricos de modo significativo com estados vizinhos, sendo responsável, por exemplo, por 75% da vazão do São Francisco – conhecido como o “Rio da Integração Nacional”.
         Em Minas, situam-se também alguns dos mais importantes reservatórios do sistema interligado brasileiro de geração e transmissão de energia elétrica. O estado é responsável por nada menos do que 46% da capacidade de armazenamento do Subsistema Sudeste e por 31% do Subsistema Nordeste.
         São dados que alertam para a flagrante necessidade de estabelecermos uma gestão estratégica para esse recurso natural – seja para garantir o desenvolvimento socioeconômico dos mineiros, seja pela responsabilidade de propiciar uma vazão de entrega em quantidade e qualidade para outros estados do Brasil.
         Neste contexto, é preciso urgentemente fortalecer o órgão gestor de recursos hídricos de nosso estado – o Igam. Somente com estrutura adequada e com profissionais bem remunerados e amparados pelos diferentes poderes ele poderá atuar, de fato, para aperfeiçoar mecanismos de governança hídrica.
         Do mesmo modo, é preciso acelerar a implantação de infraestrutura de saneamento, especialmente a coleta e o tratamento do esgoto doméstico. Hoje, 11 anos após a entrada em vigor da Lei do Saneamento Básico, metade dos brasileiros não tem acesso a esgoto e 17% ainda não contam com água tratada. É necessário, também, investir na capacidade de armazenamento de água inovadora – as chamadas infraestruturas verdes, traduzidas na recuperação e proteção de nossas nascentes e áreas de recarga hídrica.
         O momento é oportuno para que possamos debater a qualidade e a disponibilidade hídrica brasileira. Mais de 25 mil pessoas circularão pelo Fórum Mundial da Água, evento inédito em nosso país. Políticos, profissionais e especialistas de todos os continentes estão presentes e se capacitarão para colaborar em um debate franco e aberto. No Espaço da Indústria, Fiemg e CNI marcam a posição do setor, compartilhando experiências, ideias, produtos, conhecimento e novas tecnologias para que possamos atuar de maneira ainda mais eficiente para a sustentabilidade hídrica.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




                         

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A CIDADANIA, A ÉTICA E A LIDERANÇA

“Ética no mundo corporativo

Falar de ética é falar de valores, de moral, de comportamento. O homem é um produto da natureza e da cultura, sujeito às leis naturais e da sociedade, que, por sua vez, são conflitantes. À medida que o homem organiza socialmente sua vida, a ética se estabelece na busca de orientações para “o agir” para tornar a convivência mais harmoniosa. Daí a necessidade ética estar entre as que despontam como mais prementes. A ética é moldada por valores e por princípios aceitos pela sociedade e pautada por comportamentos esperados dos indivíduos em determinadas situações. No mundo dos negócios, o estabelecimento de comportamentos e condutas, também apresentado nos códigos de ética e conduta corporativos com o propósito de uniformizar o entendimento dos princípios, normas e valores a serem seguidos pelos integrantes, é de fundamental importância para o desenvolvimento e o crescimento da organização. [...]”.
(ELMA BERNARDES SANTIAGO, Coordenadora pedagógica e professora da Faculdade IBS/Fundação Getúlio Vargas, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de setembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de setembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Ética e liderança

Lucro não é pecado. Refiro-me, naturalmente, ao lucro sustentável, obtido de forma ética, limpa, por organizações que pautam sua gestão pelos valores e princípios da responsabilidade social empresarial. A explicação é necessária, pois na outra ponta encontra-se a segunda posição possível – a que preconiza o lucro predatório, desprezando as pessoas e o meio ambiente, transformando organizações diversas, inclusive as empresariais, em máquinas de produzir lucro, a qualquer preço, independentemente das leis, da ética e de valores. Da opção que fizermos agora dependerá o mundo que vamos construir neste século para nós mesmos e para legar às gerações que virão. Como a trajetória e as opções das organizações se condicionam ao modo de pensar e de agir de seus dirigentes se torna obrigatório refletir sobre os modelos de liderança compatíveis com a construção de um mundo melhor. Felizmente, este é um debate que avança com a mesma intensidade com vemos nas manchetes de jornais e no horário nobre da televisão exemplos chocantes de líderes negativos, de índole criminosa, tanto na esfera empresarial, com os escândalos corporativos, quanto na gestão pública, com a prisão de representantes dos três poderes, desde Brasília até os mais distantes municípios brasileiros.

O debate sobre os modelos de liderança é universal e atemporal – ao longo de décadas, a ciência da administração estuda o tema e produz, em abundância, livros, manuais e cursos sobre a arte da liderança. No entanto, no caso específico do Brasil, apesar do progresso econômico, do aumento do Produto Interno Bruto (PIB), da renda e da facilidade do crédito, que catapulta o consumo e produz uma aparente felicidade, falta o progresso moral. A União Internacional de Dirigentes Cristãos de Empresas (Uniapac), entidade que congrega as ADCEs de 26 países, em praticamente todos os continentes, tem insistido na mensagem de que o ser humano só será feliz e plenamente realizado se alcançar seu desenvolvimento integral – nos aspectos material, humano e espiritual.

Para que o Brasil se torne uma sociedade evoluída no seu caráter, honra e respeito, é indispensável que tenhamos líderes que transmitam bons exemplos, que pautem sua atuação por princípios, com coerência e consistência, que zelem pelo interesse coletivo, que garantam a relação equilibrada entre pessoas, entre pessoas e empresas, entre pessoas e o poder público, entre todos o tempo todo. O oposto é igualmente verdadeiro: quando falta compromisso com valores e princípios, os líderes – executivos e dirigentes de empresas – se ocupam exclusivamente do cumprimento de metas de rentabilidade financeira; gestores públicos cuidam apenas do interesse próprio, sem se preocupar com os impactos negativos que suas ações causam às comunidades. Os efeitos devastadores da última crise econômica ainda estão bem frescos, assim como os prejuízos causados a muitos, em todo o mundo, pela ganância de poucos.

Liderança deformada não se combate com novas regras e novas leis, afinal, regras e leis já existem e em profusão. A questão, evidentemente, tem o seu viés criminoso e policial, o que exige o cumprimento da legislação, com inquéritos da polícia e processos na Justiça. O tempo, no entanto, tem mostrado que isso não basta, até porque a Justiça é falha e vulnerável. É necessária uma radical mudança cultural dos líderes, que precisam alterar o seu modelo mental e atentar para os valores do mundo moderno. Assim como se pensava, há algumas décadas, que alta qualidade e custo baixo eram incompatíveis, hoje fazer bem para o mundo e ter lucro não são excludentes. Na verdade, somente alcançarão sucesso no campo empresarial e governamental aqueles líderes que forem capazes de produzir, simultaneamente, rentabilidade econômica e social. Trata-se de uma questão coletiva e inexorável, pois todos têm exatamente a noção do certo e do errado, e a sociedade está cada vez mais vigilante, consolidando e propagando os princípios e valores que defende, cobrando dos líderes a sua observância e o seu cumprimento.

Em essência, devemos lembrar e entender que tudo começa em casa, nos limites familiares, em que os valores e princípios precisam ser semeados e adubados para que germinem e, à frente, formem líderes verdadeiros, comprometidos com o que deles exige o mundo contemporâneo. É preciso formar pessoas e organizações que não façam do lucro um objetivo em si mesmo, que entendam que o crescimento da economia só tem sentido quando é capaz de induzir transformações e promover a justa e equânime distribuição dos seus frutos. A escola, em todos os níveis, incluindo aquelas que se dedicam a formar executivos e dirigentes, precisa compreender que, mais que atender a demanda dos clientes, muitas vezes equivocada, tem a missão de contribuir para a formação de líderes que se apóiem na ética, atuem com responsabilidade social e zelem pela democracia. Estes, certamente, serão os líderes verdadeiros e bem-sucedidos, capazes de construir empresas relevantes e uma sociedade regida por princípios.”

São, portanto, páginas recheadas de LÚCIDAS, CLARAS e PERTINENTES reflexões e ponderações que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...