quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A CIDADANIA, A FORÇA DO DIÁLOGO ESPIRITUAL E OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE

“Retiros espirituais: um 
diálogo com a alma e com Deus

        Perguntaram uma vez o que seria um retiro. Um retiro no plano físico é o local onde uma pessoa, ou várias, dispõem-se a recolher-se, a desligar-se do mundo que as circunda e dos problemas cotidianos; o local onde buscam chegar ao silêncio interior e à paz que as ponham em comunicação com o seu Ser Profundo. Essa é uma primeira etapa. Depois vem a comunicação com o mais Alto e com energias que as ajudarão a revisar a própria vida, isto é, a oferecer-se ao Senhor, Único Criador, e a dedicar suas ações ao semelhante, ao seu próximo.
         O retiro é um momento em que o indivíduo (seguindo um impulso interior) decide isolar-se em um local determinado por ele próprio, um local agradável a sua alma. Sente sede de uma força superior, dado que outras coisas não conseguem saciá-lo, e vê no retiro um cântaro onde buscar nova energia.
         O indivíduo passa a perceber a necessidade de fazer retiros quando se sente órfão de algo que não sabe o que é.
         Mesmo sem grandes comodidades, o local do retiro é onde ele começa a viver de outra forma; sentindo dentro de si a chispa divina, deixando-se elevar a um plano superior.
         Não importa que local seja esse. O fundamental é comunicação que se estabelece com o eu interior, com a alma, chave para uma posterior comunicação com o Pai. Se a própria essência não for reconhecida, como se poderá fazer contato com o que é fonte de toda a existência?
         O indivíduo deve entregar-se quando se sente sem rumo, deixando-se levar tal qual um navio pelas rotas que o Pai elegeu. Vê, então, quão bela é a vida, a mesma que antes o aborrecia; compreende cada situação e percebe que nada acontece em vão. Vivencia o fato de que não existe melhor mestre do que o mestre que se manifesta quando alguém aprende a recolher-se e a orar.
         Deve deixar-se conduzir, buscando o seu mais precioso interior, reconhecendo a Voz que o acompanha e aconselha.
         Quando realizados em grupo, os retiros podem ou não ser coordenados por alguém que tenha dado, ele mesmo, os primeiros passos na direção do recolhimento. A harmonia dependerá, também, do estado evolutivo do grupo. Sendo composto por principiantes, deveria haver alguém que os conduzisse, para que certa homogeneidade fosse conseguida; alguém que pudesse dar instruções e sugestões a título de colaboração e orientação, sempre respeitando a necessidade interna de cada integrante.
         No ambiente físico do retiro, a disciplina não deveria faltar, sem rigidez contudo. Cada ser tem necessidades espirituais particulares, às quais deve-se dar a maior atenção. É bom que o indivíduo seja cauteloso e ao mesmo tempo preciso nesses assuntos. É bom que se mantenha rodeado de esperanças. As normas devem ser chamas que facilitem a concentração, respeitando a transformação que possa acontecer na própria alma.
         Que os retiros sejam em benefício da atual situação planetária, rumo a uma transformação real. Que a ambivalência não entre no trabalho; mais vale a sinceridade em reconhecer as própria fraquezas, para, em seguida, poder mudar.
         O indivíduo deve regozijar-se diante do Senhor que chama, e diante do apelo da alma – essa fonte de Amor que se derrama. O retiro é o estado em que a alma em silêncio se entrega, sem expectativas e com absoluta certeza.
         Que o silêncio abrace a todos.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de janeiro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de janeiro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de LUCIANO NAKABASHI, doutor em economia, professor da FEA-RP/USP, pesquisador do Ceper/Fundace, do CNPQ e da Universidade de Illinois, e que merece igualmente integral transcrição:

“Crescimento já!
        Muito tem aparecido na mídia a cobrança por mudanças na política do governo federal, o que ficou ainda mais evidente com a troca de ministros no Ministério da Fazenda. Boa parte da base de sustentação da presidente Dilma, incluindo o ex-presidente Lula, além de integrantes de vários movimentos sociais, clama por mudanças nas políticas econômicas adotadas para que o país possa sair rapidamente do difícil cenário em que se encontra. Eles pedem por políticas de redução de controle de gastos redução de juros, entre outras medidas para estimular a demanda da economia brasileira, em contraposição às medidas sugeridas e parcialmente adotadas pelo ex-ministro Joaquim Levy, ditas como conservadoras e ultrapassadas por aqueles que bradam por mudanças.
         No entanto, o que pedem é a volta das medidas de política econômica que levaram ao crescimento dos déficits fiscais e da dívida do governo, à deterioração das contas externas e ao aumento da inflação. Como chegar a um resultado diferente fazendo as mesmas coisas? Será que não aprendemos com os vários erros que foram cometidos recentemente de forma sistemática e insistente? Ainda culpam o ex-ministro pela situação atual, enquanto ele não conseguiu, de fato, nem realizar o ajuste fiscal necessário!
         Com uma inflação na casa de dois dígitos, um processo de elevação nas expectativas de inflação para os próximos 12 meses, grandes déficits nas contas externas e internas, políticas do governo que levem a crescimentos adicionais dos gastos só irão deteriorar ainda mais a situação do país. É como pedir para uma família endividada, que gasta mensalmente mais do que recebe, que aumente os gastos de forma a melhorar a difícil fase de baixo consumo e das necessidades, não tão básicas, que estão reprimidas! De fato, melhora nos primeiros dois meses, mas, depois disso, não se sabe.
         As grandes dificuldades enfrentadas pelo ex-ministro Levy e a falta de resultados de suas políticas econômicas foram decorrentes justamente da falta de apoio, até mesmo da presidente, às medidas sugeridas por ele. O ajuste foi realizado apenas de forma parcial e, logo, ficou claro que o ex-ministro não iria conseguir realizar as reformas necessárias, o que gerou mais incerteza, deteriorando as expectativas dos agentes, com redução do consumo e investimentos, inviabilizando sua manutenção no cargo.
         Vejo com muita preocupação uma possibilidade de guinada nas políticas econômicas com o novo ministro, Nelson Barbosa, que não terão efeitos positivos – nem “nos dois primeiros meses” – devido à deterioração das expectativas por parte das empresas e, posteriormente, das famílias com o aprofundamento do processo de desemprego e de redução salarial. As políticas populistas que nos levaram a esta terrível situação econômica ainda farão muito mais estragos ao nosso país, acabando com todos os avanços que tivemos nas últimas duas décadas e meia ou mais.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a também estratosférica marca de 431,4% para um período de doze meses; e mais,  em 2015, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,67%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

 

          


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A CIDADANIA, O INADIÁVEL COMBATE AO ESTRESSE E A CULTURA DA ÉTICA E DA SOLIDARIEDADE (18/6)

(Fevereiro = mês 18; faltam 6 meses para a Olimpíada 2016)

“Acabe com seu estresse ou ele acaba com você
        Se existe algo que nós, humanos, nunca deveríamos perder é a clara visão de que também fazemos parte da natureza e que, com as demais espécies, devemos seguir as mesmas regras desse maravilhoso e lógico jogo da vida. Contrariá-las é entrar em desequilíbrio e os problemas logo aparecem. É o que vemos ocorrer, em particular nesses tempos de crise, com boa parte dos profissionais. Angustiados na corrida por resultados, aceitando a sobrecarga de tarefas e funções, enfrentando pressões e cobranças na crescente exigência de capacitação, no medo de perder o emprego ou até o negócio, nas incertezas do mercado, no descontrole do tempo ou simplesmente no hábito de seguir os demais nesse ritmo louco da modernidade, muitos acabam entrando na contramão daquilo que manda a mãe natureza. E os mais predispostos a esse desgaste sãos os que não conseguem relaxar, não admitem falhar e dão mais importância à carreira que aos outros aspectos da sua vida.
         A chamada era da informação chegou, trazendo uma enormidade de mudanças para todos nós. Mas parece que não estávamos preparados para tudo isso. Tanto assim que o comportamento de profissionais e empresas ainda não consegue acompanhar o ritmo acelerado trazido pelas novas tecnologias. Existe uma dicotomia entre o homem e as máquinas. E o tempo é o recurso que mais falta nessa atual realidade. Nas organizações, isso é uma consequência da ausência de boas lideranças, do baixo nível de capacitação, do mau planejamento e dos problemas de convivência. Daí que aprimorar esse ambiente e amenizar o estresse coletivo significa também modernizar a gestão, reduzir a burocracia e os papéis, melhorar as estruturas, as tecnologias, as relações e a qualidade de vida dos colaboradores.
         Na realidade, toda essa correria é um grande engano. Nesse clima competitivo, todos acabam perdendo. Ninguém chega na frente apenas trabalhando mais tempo ou mais rápido, mas sim pensando melhor. E a maioria não pensa. Simplesmente segue a rotina, como robôs. O profissional realmente preparado sempre encontra recursos inteligentes para resolver todos os problemas de forma equilibrada e com maior margem de acerto. Para tanto, o pré-requisito básico é que a mente esteja descansada e feliz. Pressionada por qualquer fator estressante, ela se vê limitada em suas funções vitais. Aliás, é bom lembrar aqui o lema corporativo da conhecida Amazon.com: “Trabalhe bastante, divirta-se e faça acontecer”.
         Para muitos profissionais, porém, toda essa demanda vai se tornando quase que insuportável. As estatísticas mostram que, além do fumo, do álcool e das drogas, eles incluíram na lista os ansiolíticos e outros medicamentos para dormir e isso sempre tem seus riscos. O uso prolongado ou aumentado desses recursos artificiais pode trazer problemas maiores que a própria ansiedade e insônia. É um preço muito alto para o sucesso a qualquer custo que tantos pretendem. Com certeza, estamos perdendo a noção desse equilíbrio essencial que a vida exige e ensina de diversas maneiras. O sinal vermelho está aceso, mas há quem continue nessa louca corrida rumo ao ... Muitos nem sabem mais aonde realmente querem chegar.
         Como agravante, a evolução tecnológica também favoreceu um consumismo exacerbado ao baratear o custo de produção e disponibilizar uma enxurrada de produtos e serviços principalmente na internet. Hoje, é possível adquirir de tudo na telinha e há sempre novos modismos surgindo em prazos cada vez mais curtos. Atualmente, somos avaliados não tanto por nossas ideias e valores, mas por aquilo que podemos comprar e exibir. E em prol desse padrão de vida “ideal”, as pessoas passam a trabalhar mais e mais horas, Tudo isso, porém, tem suas consequências.
         Como profissional verdadeiramente competente, sua tarefa principal deve ser então eliminar o estresse e melhorar sua qualidade de vida gradualmente. É tudo uma questão de encarar o trabalho com mais equilíbrio e prazer, não como castigo ou esse peso que a maioria carrega a contragosto todos os dias. E isso está mais nas suas mãos do que você imagina. É imaturidade ficar sempre culpando os fatores externos ou querer delegar para outros a solução desse problema.
         O essencial é passar a incluir seu nome na agenda diária. Daí, comece cuidando melhor de você, do que come, do que bebe, do que ouve, do que lê, do que assiste nas telinhas do mundo, sendo sempre seletivo e pensando em como utilizar melhor seu tempo livre. Há um excesso de informações e futilidades que devem ser descartadas para simplificar nosso dia, ser mais livre e mais feliz. E não se esqueça também daquelas horas de sono que você necessita para estar bem no dia seguinte. Qualidade de vida a gente não ganha. A gente conquista. Isso se faz administrando o tempo com mais inteligência e dando atenção a todas as áreas da vida, inclusive a si mesmo. Aí até sobra espaço para conversar com um amigo, visitar a mãe, ir à festa do filho no colégio, fazer uma caminhada, ler um bom livro, ir ao cinema com a namorada, fazer nosso checape anual, sentar no banco da praça e apreciar a paisagem... Coisas simples, boas e necessárias, que estão se transformando em luxo e raridade para uma multidão.”

(RONALDO NEGROMONTE. Professor, palestrante e consultor em desenvolvimento de pessoas e organizações, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de janeiro de 2016, caderno ADMITE-SE CLASSSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de janeiro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Vencer a indiferença
        A violência, a miséria e a exclusão social aumentam os impasses que dificultam o desenvolvimento sustentável e os entendimentos entre as pessoas. Não raramente, os resultados das conferências e outras iniciativas são pífios, incapazes de contribuir para solucionar as muitas demandas da população, particularmente dos mais pobres. Há uma miopia crônica, que estreita os horizontes da cultura, e isso precisa ser curado para dar à sociedade um novo rumo. É necessário cultivar nas consciências e nos corações a competência para debelar e indiferença que compromete a paz.
         Ensina o papa Francisco que a paz está no horizonte de um caminhar conduzido com arte e com o adequado respeito ao sentido da vida. O passa a passo desse caminho é cada pessoa assumir a tarefa de superar o descaso e o comodismo. A prioridade, conforme sublinha Francisco, é a superação da indiferença para com Deus. Ela se revela quando a pessoa não reconhece qualquer norma acima de si e pauta a conduta individual somente a partir dos próprios parâmetros. Isso está na contramão da ética e é raiz do caos moral.
         Importante é compreender que a superação da indiferença em relação a Deus não ocorrerá, simplesmente, a partir da multiplicação de igrejas em todo canto. É preciso tratar essa questão de modo ainda mais amplo nos âmbitos governamentais e jurídicos, para evitar sérias consequências. Serve de alerta, por exemplo, reportagem exibida nacionalmente mostrando que, para abrir uma empresa, são necessários dois anos. Já para uma igreja precisa-se de apenas 20 minutos.
         Essa facilidade deriva do entendimento de que abrir uma igreja é objetivo de quem está a serviço da superação da indiferença em relação a Deus, agindo com respeito e diálogo. Mas o que se verifica, com certa recorrência, é a busca pelo atendimento de interesses que estão na contramão de uma cultura mais clarividente. Assim, são alimentadas práticas religiosas que arrefecem a consciência social e política, necessárias para construir uma sociedade mais justa e solidária. Esse assunto, obviamente, desdobra-se em outras temáticas, sobre a tolerância religiosa e o respeito à escolha autônoma de cada cidadão.
         Superar a indiferença em relação a Deus é um caminho e vivência que não se reduzem a qualquer coisa. O ponto de partida é a certeza de que, como afirma o papa Francisco, na mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano, Deus não é indiferente, importa-lhe a humanidade. Deus não a abandona. Essa é uma convicção religiosa fundamental que, quando assumida, direciona o coração humano e o qualifica. Trata-se de compreensão que impulsiona a pessoa a recuperar a capacidade de superar o mal. A verdadeira experiência de Deus não congrega indivíduos para o atendimento de interesse de bancadas e agremiações.
         Quando se vence a indiferença em relação a Deus, é reconhecida a importância do outro, cultiva-se o gosto pela escuta e a capacidade para agir solidariamente. Interesses individualistas são superados, assim como a apatia e a indiferença. Importa, assim, investir no exercício de priorizar a dignidade e as relações interpessoais, pela proximidade e escuta, sem preconceitos e discriminações, de qualquer matiz, no esforço de se colocar como ouvinte.
         Cada pessoa precisa avaliar as próprias atitudes e posturas, tarefa que inclui, por exemplo, perguntar-se sobre o impacto causado ao próprio coração pelas notícias que mostram catástrofes, violências, injustiças, descasos. É preciso avaliar se essas informações não estão provocando entorpecimento e, assim, prejudicando a consciência solidária, indispensável para se vencer a indiferença. O desinteresse contribui para a falta de paz com Deus, com o próximo e com a criação. O momento é de investir muito para vencer a indiferença.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a também estratosférica marca de 431,4% para um período de doze meses; e mais,  em 2015, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,67%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A CIDADANIA, O PODER DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E ESPIRITUAL E A LUZ DA LITERATURA

“Inteligência emocional e inteligência espiritual
        Por muitos anos, empresas utilizaram no seu processo seletivo testes que identificavam qual inteligência múltipla os candidatos tinham desenvolvido, para, assim, direcioná-los a vagas compatíveis com seu perfil, alinhando-o às necessidades da organização. Essa teoria foi criada por Howard Gardner, psicólogo e pesquisador norte-americano, na década de 1980. Gardner amplia o conteúdo do QI, desmembrando em várias partes para o QM, inteligências múltiplas. Assim, nesse contexto, ele propôs uma ideia diferente de se falar da inteligência, dividindo-a em sete competências: linguística, matemática, musical, corporal, espacial, naturalista ecológica, interpessoal e intrapessoal. Ou seja, um funcionário para a área financeira deveria ter a inteligência matemática.
         Tais técnicas ainda são utilizadas, porém não são mais suficientes para determinar uma competência. O fato é que vivemos a cada momento uma época diferente. Em 1990, o psicólogo Daniel Goleman defendeu a ideia de que a inteligência emocional deveria ser desenvolvida nas pessoas que ainda não a tivessem, e que seria uma das melhores ferramentas para se utilizar na vida profissional.
         Para Goleman, a inteligência emocional refere-se à nossa capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e também os sentimentos dos outros, de motivar e de gerir bem nossas emoções dentro de nós mesmos. Ele diz que o QE é um conjunto de autocontrole, zelo e automotivação. Essas aptidões podem e devem ser ensinadas aos profissionais no mercado de trabalho, para que tenham melhor desempenho em sua vida profissional e até mesmo nas tomadas de decisão do cotidiano.
         Um profissional de inteligência emocional desenvolvida consegue driblar situações com sabedoria e sem infringir a ética, evitando possíveis conflitos. Diante de um chefe surpreendentemente agressivo nas palavras e mal-humorado, ele vai detectar contexto maior e, assim, não vai reagir ou responder negativamente, mas buscar identificar o motivo da ação, evitando um conflito maior.
         Há hoje diversas obras sobre esse assunto, mas esta é ainda a maior dificuldade de muitas pessoas, que não controlar as emoções diante de situações adversas. Vivemos um período de crises econômicas e de incertezas; é necessário desenvolver a inteligência emocional e ter resiliência a essas questões. Pelo menos até que viesse um novo complicador, trazido por Danah Zohar, responsável pela identificação da terceira inteligência, que é o QS – inteligência espiritual. Para ela, muitas pessoas têm de tudo, são bem-sucedidas, têm família, casas gigantescas, uma conta bancária polpuda, saúde, mas ainda assim não são felizes porque falta uma inteligência maior, uma inteligência divina, que é entender sua missão como ser único neste universo.
         Danah Zohar, física e filósofa americana, coloca inteligência espiritual num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos.
         Usando a inteligência emocional, vou identificar em qual situação me encontro e decidir de que forma vou reagir. Já a inteligência espiritual tem relação com o significado de uma situação para mim e se quero estar nessa situação e como reajo. Na situação do exemplo citado acima, do seu chefe que chegou mal-humorado, usando inteligência emocional, entendo que ele está com problemas e que não me abalo com suas atitudes. Já com a inteligência espiritual, vou querer ajuda-lo a resolver o problema ou fazê-lo repensar a situação.
         As empresas hoje são focadas para o capitalismo, os profissionais trabalham mais com menos recursos e precisam produzir e vender mais. Tais práticas levaram a questões como a da sustentabilidade. Com a inteligência espiritual, percebemos que o outro precisa estar bem. Como contribuir com o crescimento e desenvolvimento das pessoas que estão na minha empresa ou à minha volta? O que posso fazer para ser melhor? Com a procura das respostas para essas e outras perguntas, descobrimos nossa missão na Terra e passamos a pensar mais o coletivo.
         Algumas empresas, como Natura, Magazine Luiza e MacDonald’s, já trabalham com espiritualidade nos negócios, mantendo preocupação direta com a sustentabilidade, com o meio ambiente, e têm um treinamento específico com os gerentes.
         O profissional feliz e bem-sucedido precisa desenvolver as três inteligências, age conscientemente nas situações cotidianas. O líder dotado de inteligência espiritual tem empatia e envolve a equipe para a percepção de um todo da sua existência no universo, na família e na empresa.”.

(FRANCINE DE OLIVEIRA. Professora de gestão de pessoas da FGV/Faculdade IBS, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de janeiro de 2016, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de janeiro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CLÁUDIO DA CRUZ FRANCISCO, graduado em ciência da informação (PUC Minas), e que merece igualmente integral transcrição:

“Literatura de cada dia
        O leitor, independentemente da preferência pelo gênero literário, é privilegiado pelas proezas, mais semelhantes a um ato de solidariedade, advindas dos escritores. Pode parecer estranha, essa máxima, porém é preciso valorizar e ressaltar a importância desse trabalho. É um instante especial degustar os “alimentos textuais” produzidos com carinho por aqueles que mergulham e navegam entre as palavras. Têm com elas uma relação de amor, confiança e fidelidade.
         A solidariedade supracitada diz respeito à questão do compartilhamento de ideias e todo o esforço dedicado no intuito de concluir uma obra, seja romance, poesia, crônica, conto e outros “alimentos” que nos satisfazem. Possibilitam uma boa digestão.
         Ler sempre foi essencial à vida do ser humano. É no transitar consciente e viajar por ruas de narrativas longas e curtas. Admirar o encanto das paisagens, recheadas de versos e novos capítulos a cada esquina.
         Literatura pode ser comparada a uma ciência multidisciplinar. É atrelada de forma direta e indireta a várias áreas do conhecimento. Temos grandes nomes na área de administração, economia, filosofia, literatura propriamente dita, meio ambiente, sociologia e outras abordagens. Presença constante em infinitas questões de interesse da sociedade como as políticas públicas, difusão cultural e artística, alfabetização, inclusão social e digital.
         É válido destacar que, desde a Pré-História, as primeiras ferramentas de trabalho e os dados registrados em cavernas, conforme estudos teóricos, já mostravam a importância e preocupação da leitura e comunicação para a sociedade. O surgimento da escrita, em seguida à invenção do alfabeto e do aperfeiçoamento da linguagem, e a base desse contexto.
         Os escritores compartilham sonhos, aventuras e sabedoria. Presenteiam os leitores com o seu olhar sobre o cotidiano através de sua lente de emoções e sentidos. Deixam pistas que instigam a curiosidade. Um leitor com os olhos atentos ou através da leitura em braile, ao dobrar um capítulo, se depara com o imprevisível, moldado por energias, capazes de espantar o tédio, transformar lágrimas em sorriso e ainda fazer o coração palpitar. E alguns momentos, nos convidam à reflexão.
         Contamos com obras que permitem uma viagem que alterna entre a sensação de êxtase e estado de paz. E o melhor, de forma curiosa, criativa e vibrante. Enterra toda a monotonia.
         Os escritores não são mágicos, mas abençoados com dons que os capacitam a transportar seus sonhos para um valioso pedaço de papel. Abrir passagens para que os leitores conheçam outros ciclos existenciais e fictícios. Conhecer e se encantar com personagens, sertões, cidades, culturas e linguagens diferentes.
         O fruto desses “atos solidários” adormece em prateleiras de bibliotecas públicas, itinerantes e comunitárias e aguarda ser acordados. É importantes destacar o ambiente virtual. Hoje contamos com o acesso gratuito ao acervo de alguns escritores, projetos de incentivo como trechos de obras e poemas dentro dos coletivos em algumas cidades. Outro destaque são sites que oferecem uma literatura diversificada e de qualidade.
         Boa parte dos profissionais da literatura nasce com dom para desenvolver os trabalhos e outros descobrem a vocação com o passar dos tempos. Mas de qualquer forma, a maioria tem a iniciativa, alimentada pelos sonhos, de lapidar e aprimorar habilidades. Afinal de contas, como em outras ocupações, exige dedicação, esforço e alegria. E o resultado? Conhecimento e experiência para elaborar uma obra que contribuem para a evolução da humanidade no quesito cultura e formação de opinião. É uma construção saudável que envolve a relação homem, inspiração, palavras, informação e conhecimento.
         Uma viagem a um mundo literário possibilita um mergulho num mar de sabedoria, indagações, curiosidades e mistérios. E nós, leitores, no papel de visitantes desse universo ilimitado conhecido como literatura, sentimos o sabor do descobrimento.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a também estratosférica marca de 431,4% para um período de doze meses; e mais,  em 2015, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,67%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

 
        

   
    

  

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A CIDADANIA, O AMOR AO PLANO DIVINO E OS DESAFIOS DA CULTURA DA SUSTENTABILIDADE

“A tarefa de elevação espiritual 
de um servidor do Plano Divino
        Como parte de nossa abertura ao serviço evolutivo, se ele estiver voltado para o divino, é preciso entregar à alma as próprias reações humanas, que, inevitavelmente, emergem no decorrer do caminho espiritual. Essa atitude de entrega facilita a dissolução dos conflitos que se apresentam ao indivíduo, ajudando-o a se tornar mais um canal de equilíbrio dentro de um conjunto maior.
         Diz o ensinamento: “Não mais tendes a vossa vida em vossas mãos. Também e principalmente isso deveis entregar”. Quando se vive a consciência da entrega, não é permitido o envolvimento com as forças não positivas existentes também nos próprios corpos, pois a energia que neles tem de circular precisa tornar-se um fator de elevação no local em que vivemos.
         Agora é tempo de cada um entrar em total sintonia com a própria energia, entregar-se a ela e rejeitar os obstáculos que impeçam a realização da tarefa já assumida internamente, no nível da alma.
         Estar sob o fluxo da energia interior com, abertura e entrega infinitas, é colocar-se nas mãos desse manancial e dar-se inteiramente à Obra Divina, deixando-se permear por esse imenso centro de poder, amor e luz. Não se considera se um servidor está ou não preparado; importa, sim, que ele não se deixe cristalizar onde está, que não se aferre ao nível em que sua consciência chegou. É preciso uma enorme insatisfação com tudo o que os níveis humanos podem oferecer, a fim de que não se caia nas suas atrações.
         Os impulsos espirituais terão sua manifestação bastante restringida se os indivíduos que se dispõem a servir de canais para isso ainda buscarem quaisquer realizações nos planos da matéria. Um total desapego nesse sentido permite que se esteja muito mais inteiro dentro da vida, sem identificar-se com ela, podendo assim canalizar livremente as energias e aproximar-se da verdadeira realidade.
         Olhar para dentro, rever os propósitos, os votos e dispor-se a não alimentar dúvidas, incertezas e mesmo tendências humanas é o que coloca o indivíduo num caminho ascendente.
         Em locais apropriadamente criados para a vida espiritual, uma aura magnética específica é construída e tem sua vibração frequentemente ajustada, pois muito do que neles ocorre precisa ser continuamente transformado. São os momentos de verdadeira entrega, oração e devoção que auxiliam na elevação e na transformação da energia não positiva, que é gerada permanentemente, às vezes de modo inconsciente, pela presença humana. O indivíduo que dentro desse campo vibratório espiritual permanece centrado em si mesmo e em seus próprios problemas desenvolve em torno de si uma invisível capa rígida que limita o seu contato com energias mais sutis, bem como o serviço que poderia prestar.
         É necessário infinito amor por esse caminho da busca do encontro interno. No coração de cada pessoa deve colocada essa delicada semente que, brotando, despontará no lado externo da vida. A ausência de dúvidas é a base para que esse broto cresça. Dúvidas, críticas e indecisões são como paredes que bloqueiam a passagem da energia construtiva e criativa. Os que puderem, devem colocar-se como o servidor que prepara a lenha para alimentar o Fogo Interior em cada um que dele se aproxima.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de janeiro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de janeiro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR., advogado, e que merece igualmente integral transcrição:

“Estabilidade instável
        A queda qualitativa da política é um fenômeno global, caracterizada pela carência de lideranças referenciais e pelo enfraquecimento do papel formador dos partidos. Enquanto a vida pública empobreceu, a iniciativa privada especialmente após a queda do Muro de Berlim – floresceu de forma espetacular, ampliando as condições de conforto humano e a correlata satisfação material das sociedades contemporâneas. Sim, naturalmente, ainda há muita pobreza e desigualdade no mundo, mas negar os avanços econômicos que tivemos nas últimas décadas seria se curvar a uma cínica cegueira ideológica.
         Sem cortinas, o triunfo globalizado do capitalismo liberal estabeleceu uma alta dominância do sistema financeiro no núcleo do poder político mundial, marcando uma acentuada concentração de renda em grupos econômicos hegemônicos e oligopolistas. Talvez a crescente necessidade de inclusão massiva de trabalhadores e consumidores às engrenagens do mercado tenha forçado a condensação de polos empresariais com vistas ao incremento da produção em larga escala. O fenômeno, no entanto, tem riscos consideráveis, especialmente face ao princípio da livre concorrência e da consequente aguda sobreposição pontual do mercado frente aos interesses da democracia política. E, sabidamente, o capitalismo não foi feito para ser um negócio de poucos.
         Indo adiante, mais do que uma mudança político-econômica, estamos presenciando uma quebra do paradigma comportamental da sociedade humana. No modelo anterior, o conceito de propriedade era baseado na posse e no domínio físico de bens; atualmente, a economia está se desmaterializando, valorizando a criatividade, a imaginação e a inventividade tecnológica do pensamento humano. Nesse cenário dinâmico e pulsante, a juventude atual é absolutamente contra o autoritarismo de modelos impostos, que reprime sua infinita vontade de viver. Temos uma espécie de febre de ambições pessoais que tudo quer, mas, por sua múltipla desordem interna, pode simplesmente a nada chegar.
         Mais uma vez, a humanidade está diante de um impasse entre o conservadorismo das estruturas de poder e a força transformadora da liberdade individual. Como bem aponta a lúcida visão de Moisés Naim, estamos diante de uma inevitável onda de inovações “que não será de cima para baixo, não será ordenada nem rápida, fruto de cúpulas ou reuniões, mas caótica, dispersa e irregular”. Portanto, dias de turbulência virão, trazendo consigo a luz da esperança com a desconfiança da novidade. Felizmente, entre um presente insatisfatório e um futuro possível, teremos a possibilidade de construir um modo de vida mais digno, humanamente mais rico e culturalmente inclusivo.
         Para tanto, as instituições e os instrumentos da política também deverão ser revitalizados de forma a bem atender uma sociedade mais bem informada e mais crítica dos seus direitos. A estratégia de isolar o povo em uma manobrável massa de ignorância está superada pela internet e suas tecnologias de informação. No entanto, o sucesso da experiência democrática passa obrigatoriamente pelo resgate do ensino público de qualidade que seja capaz de formar uma nova geração bilíngue e, por assim ser, capaz de explorar com profundidade o infinito cultural hoje disponível aos cidadãos do mundo. O direito à internet gratuita deveria ser elevado a cláusula constitucional fundamental, impondo aos governos o dever de oportunizar o seu aceso universal.
         O tempo pode passar, mas a velha máxima do investimento educacional segue sendo a melhor alternativa para a ascensão social, melhora dos níveis de renda, ganhos de produtividade e materialização dos sonhos da infinita capacidade humana. A retomada do ensino passa por uma reformulação do processo pedagógico, mediante a criação de técnicas de ensino que consigam captar o foco do aluno, elevando sua capacidade de concentração e raciocínio em temas progressivamente complexos. O desenlace da complexidade, além do diálogo esclarecedor entre professor e aluno, exige a prática do pensamento crítico, mediante um processo de livre manifestação de ideias, plena abertura às diferenças de visões e estímulo à firmeza para assumir posições claras.
         A democracia não é um simples jogo de respostas certas, mas um complexo e interminável sistema de aprimoramento coletivo. Logo, em vez do sim ou não, devemos procurar os porquês. Às vezes demora, não é fácil, fazendo muitos desistirem. Todavia, o querer autêntico é uma força irrefreável e, assim, cedo ou tarde, a perseverança premia o esforço bem executado. Enquanto isso, no desenrolar dos acontecimentos, a estabilidade instável surgirá com um novo consenso revogável. Aqueles que gostavam da segurança terão que aprender com os desafios da impermanência. Nunca vivemos tanto e com tantas possibilidades. A base é da coragem de viver e ajudar fazer a diferença. Vem ou está com medo?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a também estratosférica marca de 431,4% para um período de doze meses; e mais,  em 2015, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,67%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...