quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A CIDADANIA, A UNIVERSALIDADE E A ENERGIA DO SERVIÇO E O DESENVOLVIMENTO HUMANO E GERENCIAL

“Os grupos de serviço como suporte 
nos momentos de prova planetária
        Os membros de uma rede de serviço podem servir tanto por meio da prece quanto da ação que diviniza a vida material. Ambas as formas de serviço têm igual valor, se assumidas na sintonia correta e com fidelidade. São maneiras de atuação da mesma energia. Em uma o silêncio e a interiorização são os instrumentos de trabalho; em outra, o correto relacionamento com as questões de natureza material.
         Seja qual for a tua forma de servir, não nutras ambição alguma. As realidades te serão desveladas quando chegar a hora. A ti cabe, porém, buscar encontrá-las. Jamais te esqueças de que desse encontro vêm as mudanças que aperfeiçoarão a ti e ao grupo de que és parte.
         Despe-te de apegos e simplifica teu cotidiano e ficarás apto a cumprir o desígnio reservado a ti. Diante da situação atual do mundo, não te esquives de assumir a tua vida de serviço e segue, com fé, teus melhores propósitos. Verás então que uma energia vinda do teu mundo interior toca os que estão receptivos e os transforma. Os Seres de Luz que compõem a Irmandade Cósmica estão presentes, de maneira sutil e invisível, auxiliando teus passos.
         Este momento planetário é especial e, embora traga intensas lutas, impulsiona à redenção e à libertação todos os seres, de todos os reinos: humano, animal, vegetal e mineral. A evolução interior hoje possível prepara cada um para o serviço universal, que eleva a vida humana e alivia as suas dores. Assim, o que se pede aos grupos de serviço é purificar a própria vida e não pactuar com os padrões deteriorados atualmente vigentes.
         Se as buscas servir, saibas que uma ação pequena e anônima pode repercutir profundamente na aura planetária. Saibas que fazer muito nem sempre é fazer o melhor; cumprir com fidelidade as metas que te são transmitidas do teu interior, isso sim, é o que deves buscar. Tuas limitações, bem como tuas qualidades, são conhecidas pelos que te guiam nos níveis internos da vida e são levadas em conta quando uma tarefa te é atribuída. Portanto, não te preocupes tanto contigo mesmo; é melhor te dedicar de corpo e alma à sintonia com teus níveis mais profundos.
         Quem se decide a servir desenvolve clareza de visão, disponibilidade e prontidão, e assim se integra verdadeiramente numa rede. Essas qualidades dissolvem a ansiedade por agir, própria da personalidade humana, e a animam a suprir necessidades.
         Os integrantes de uma rede de serviço trabalham irradiando a energia que lhes chega do mundo interior. Não se impressionam com conflitos nem com o assédio de forças contrárias à sua atuação; estão atentos ao centro da consciência e ofertam-se inteiramente, vazios de si, ao mundo espiritual elevado e ao seu eu divino.
         Poucos momentos de silêncio e de autêntica entrega equilibram muito do ocorre no mundo. Quem conhece esse fato serve sem restrições, transcendendo condicionamentos; abstém-se de movimentos supérfluos e concentra-se em realizações para o bem de todos; oferta-se ao serviço de maneira pura, desvinculada do desejo de compensações; não alimenta a imaginação com fantasias e, de modo especial, cultiva a humildade.
         Nos momentos críticos e nas horas de caos a experiência humana por si só pouco servirá. É necessário inspiração interior, que emerge se estivermos atentos e receptivos a ela.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de setembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de setembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de IZABELA TOLEDO, director e partner do Fesap Group, consultoria de executive search e de estratégia de capital humano, e que merece igualmente integral transcrição:

“Afinal, o que é assessment
        Como funciona? Para que serve? É muito simples! Se você é líder de uma empresa, área, unidade de negócio ou segmento e precisa conhecer rapidamente as pessoas que trabalham no seu time, com o intuito de identificar as melhores habilidades, atitudes e conhecimentos, e ao mesmo tempo quer saber quais são suas fragilidades, o assessment lhe servirá muito bem.
         Se você tem dúvida em promover ou não um profissional, identificar a melhor pessoa para ocupar uma função estratégica ou simplesmente ajudar um executivo em seu desenvolvimento, o assesment também é a melhor opção.
         Esse recurso serve para melhorar a autopercepção e autoconhecimento de quem participa, ou seja, do avaliado. Conhecer seus pontos fortes e fracos poderá abrir novas possibilidades no desenvolvimento de carreira e ampliar horizontes. Só o fato de se dedicar a refletir e conversar com um profissional, que é neutro e preparado para ajudá-lo a compreender melhor seu funcionamento, é um belo ganho. Para a empresa, saber quais competências seus colaboradores têm, se cada um deles está utilizando bem o seu potencial e que tipo de apoio precisa, é fundamental para a sustentabilidade operacional dos negócios.
         Desenvolvimento, aliás, é uma via de mão dupla. Uma parte da responsabilidade é de cada um de nós, ou seja, do quanto nos esforçamos para aprender. A outra parte vem do grupo em que estamos inseridos, da empresa. Um bom exemplo é quando falamos da competência de visão estratégica de negócio, identifica e analisa as tendências do mercado, concorrentes e suas implicações para o posicionamento da empresa e dos clientes (quando aplicável) ... Para realizar o que foi mencionado na definição, o indivíduo imagina cenários futuros para poder antecipar tendências de mercado e desenvolver estratégias de negócios. A empresa fomenta visão estratégica nos seus colaboradores, cria e propicia espaços fóruns para discussões, diálogos sobre contexto de mercado, situação da empresa, cenários possíveis etc. Quando não há momentos dedicados a esse tipo de conversa ou de reflexão, fica difícil desenvolver tais habilidades nos indivíduos.
         Há também outros subprodutos desse trabalho. Quando avaliamos alguém em níveis de comportamento, atitude e conhecimento, é preciso entender em que contexto isso está inserido, como é essa cultura organizacional, como funciona o processo decisório desse grupo, identificar a rede de relacionamentos existente e desafios estratégicos. Sem esse entendimento, não haverá uma visão abrangente da vida do profissional. Com isso, podemos perceber por qual motivo está conseguindo bons resultados ou não.
         Há inúmeras metodologias que podem ser utilizadas em um processo de assessment ou avaliação. Depende da necessidade da empresa e do que é preciso identificar em termos de comportamento. O mais importante, porém, não é a metodologia, não são os comportamentos, e sim a pessoa que irá conduzir o trabalho, pois trata-se de um processo de avaliação feito com base em observação e percepção.
         O que as empresas compram, de fato, não é uma forma X ou Y de apresentar os resultados, é uma percepção. Simples assim. Porque a percepção não é exata, matemática, totalmente tangível ou universal. É algo único, cada pessoa tem a sua. Muito embora haja pessoas que não têm percepção, mas acham que têm.
         A maioria de nós, seres humanos, tem medo de entrar em contato com seus sentimentos, imaginar o sentimento do outro. Sentir é algo cada vez mais raro. Anestesiamo-nos, todos os dias, para sentir menos. Sentir menos o desrespeito, a dor do outro, sentir menos medo, insegurança, compaixão, culpa dor, remorso, raiva, ódio. Logo depois de sentir algo, vem a cobrança interna por uma ação. Pode iniciar com uma simples reflexão sobre a situação que gerou o sentimento. Essa cobrança por ação pode nos levar a evitar os contatos. Nem sempre temos uma resposta voltada para a ação. É necessário, então, compreender que uma reflexão já ser uma ação.
         Todos os nossos sentidos precisam estar conectados e ativos para que possamos aguçar a nossa percepção. A conexão é uma palavra-chave nesse contexto. Primeiro a conexão consigo mesmo e depois com o outro. Para se formar uma percepção consistente é necessário observar, investigar, provocar o interlocutor, pedir exemplos de ações e atitudes, compreender sua história, vida, expectativas, visões, pessoas e relações. Quando isso não ocorre, é julgamento e não percepção.
         Só é possível ativar a percepção quando não há anestesia de sentimentos. Chamo de anestesia estar no “modo automático”. Isso ocorre todo o tempo, justamente pela dificuldade que temos com o “sentir”, conforma já mencionei. Perceber é algo amplo, considera o contexto que está à nossa volta, as pessoas, os diálogos, os olhares, o clima comportamental, o que não é falado e está implícito, velado. É complexo mesmo. Por isso, não são todas as pessoas que conseguem acessar o perceber. É preciso muito treino e consciência.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, em agosto, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,97% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        



           

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A CIDADANIA, A ESPIRITUALIDADE NA FRATERNIDADE E A FORÇA DA APRENDIZAGEM INDEPENDENTE

“Ampliando a consciência por meio 
da atuação nos grupos de serviço
        Sabemos que a evolução da humanidade e o crescimento de grupos de servidores dedicados ao serviço altruísta estão especialmente estimulados. São lampejos de almas cujo fogo interior alenta o mundo e ilumina o caminho espiritual.
         Embora o caos esteja sendo difundido progressivamente na face externa do mundo, os seres humanos têm dado passos evolutivos nos níveis profundos da consciência – níveis incólumes às forças da destruição e onde a unidade é conseguida. Para avançar nessa senda, é necessário gratidão pelos impulsos e pela luz que vêm desses níveis profundos.
         Para que um indivíduo participe de um grupo de serviço voluntário e, assim, possa chegar à ampliação da consciência, tem de amorosamente dedicar-se aos assuntos práticos, mas compreendendo que o grupo transcende sua expressão humana e formal e que se baseia na reunião de almas.
         Um grupo de serviço é pioneiro dos tempos futuros, em que haverá mais colaboração entre os homens. Sua ação é nutrida não só pela boa vontade de seus membros, mas principalmente pelas suas raízes espirituais. É a essência espiritual que dá ao grupo a força de suprir as necessidades do mundo e as da vida interior e imaterial. Pelo vínculo com o espírito, o grupo desenvolve seu trabalho em vários níveis e forma com os grupos semelhantes uma rede luminosa.
         Um grupo de serviço estimula seus membros a expressar qualidades que um dia serão normais em toda a humanidade, e mantém-se na sintonia que o fará agir em coesão com os demais, porque a novidade de cooperação aumentará progressivamente.
         Sempre foi pedido aos que ingressam na senda do serviço permanecer firmes na própria luz interna. A plena adesão a essa norma básica é essencial para o trabalho harmonioso em um grupo espiritualizado. A atenção aos níveis superiores da consciência integra o próprio ser e, consequentemente, o grupo. Ao seguirem essa indicação, seus membros tornam-se sementes dos tempos vindouros.
         Os autênticos grupos de serviço fundamentam-se em leis sublimes e devem multiplicar-se. Se neles não for buscada a realização de egos, mas a vida em si mesma, transmitirão a paz. Quando os integrantes mantêm contato com a própria alma, o progresso de um membro irradia-se pelo grupo todo, pelos coligados e afins.
         Então cada ser comunga da ascensão de todos, e a competitividade, que mina a maioria dos grupos, é transcendida. A alegria vive nos que expressam essa união interna, porque compartilham dádivas espirituais.
         Trabalhos grupais com essa qualidade dão origem a uma rede de serviço que, incondicionalmente, sem chamar atenção sobre si, adere ao que a alma e os Instrutores espirituais inspiram: o resgate dos seres e a expansão da consciência humana.
         Nos momentos de caos, os grupos, atuando como uma Rede de Serviço, terão a sagrada tarefa de mitigar o sofrimento e de auxiliar muitos seres a passar em harmonia para outros mundos ou planos de existência. Assim, grupos de serviço não contemplam a morte, mas existem em função da vida imortal, dentro ou fora de corpos físicos.
         A atuação dessa rede deve dar a cada ser carente condições de transcender o medo e o abandono em que se encontra. Por isso, realiza não apenas obras materiais, mas está a serviço da realidade interna dos seres e do planeta que, nesse momento, se encontram em franca transição da obscuridade para a Luz.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de setembro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de agosto de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de RONALDO MOTA, reitor da Universidade Estácio de Sá, coautor, em conjunto com David Scott, do livro Educando para inovação e aprendizagem independente, e que merece igualmente integral transcrição:

“Aprendizagem independente é essencial
        Nos processos educacionais, educandos e educadores investem esforços e talentos visando à aprendizagem, que seria resultante do sucesso das estratégias e metodologias utilizadas. Como processo complexo, qualquer tentativa de simplificação está sujeita a erros graves. Assim, procurar destacar os elementos e as abordagens mais relevantes deveria ser tarefa de qualquer educador interessado em melhorar o desempenho dos estudantes em relação a cada evento educacional específico.
         Elementos culturais gerais da sociedade sempre estarão presentes como ingredientes fundamentais. O ambiente doméstico e os hábitos e costumes praticados no dia a dia interferem nas práticas e nos resultados educacionais, portanto, seria recomendável tê-los considerados quando da seleção das abordagens e das pedagogias adotadas. Uma nação, uma região ou um grupo social específico têm marcas registradas decorrentes de suas histórias anteriores que estabelecem com o processo educacional uma relação de desejáveis e inevitáveis interferências multilaterais.
         Nossa carga cultural traz marcas bem descritas em obras consolidadas. Entre elas destaca Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freire. Neste e em outros estudos é enfatizada, de um lado, uma elite acostumada às benesses e aos privilégios, que justificam e estimulam o paternalismo e a acomodação, e, de outro, os demais submetidos à exclusão e à opressão, que desfavorecem a emancipação e as iniciativas empreendedoras. A tradição histórica que se reflete nas relações, seja nas ruas ou no trabalho, infelizmente também repercute nas salas de aula, via pedagogias que prioritariamente estimulam a aprendizagem marcadamente dependente.
         Portanto, no processo educacional, adicionalmente aos conteúdos a serem abordados, em complemento às técnicas e procedimentos que um futuro profissional ou cidadão devem dominar, há outros elementos, tão ou mais relevantes, que demandam estar presentes. Entre eles, a aprendizagem independente é essencial e não exclui o professor; ao contrário, o inclui via adoção de metodologias que estimulem processos emancipatórios na aprendizagem. Especialmente no caso brasileiro, não basta ter aprendido o conteúdo; é imprescindível que no processo a ênfase na autonomia de aprendizagem ao longo da vida tenha sido enaltecida e priorizada, assim como é importante que níveis superiores de emancipação dos educandos tenham sido atingidos.
         A notícia positiva é que o mundo das tecnologias digitais favorece a missão de estimular processos emancipatórios e mantém grande coerência com as metodologias ativas que se baseiam em aprendizagem independente, mediadas tanto pelo educador como pelos ambientes virtuais. Por meio de interfaces educacionais inteligentes, dos recursos e ferramentas atualmente disponíveis, é plenamente possível traçar trajetórias educacionais personalizadas que levam em conta cada indivíduo, bem como fortalecer aspectos culturais e demais especificidades locais e regionais.
         Temos a oportunidade inédita de conjugar escala e qualidade, contrariando as práticas anteriores, caracterizadas por qualidade para poucos ou má qualidade sempre que estendida aos demais. Contemporaneamente, ao contrário, podemos afirmar que só haverá qualidade se tivermos variadas referências para acesso, fruto da prática de adotarmos tecnologias e metodologias que sejam aplicáveis para muitos. Hoje, seja na educação, na saúde ou em demais setores, inovar no Brasil é ousar propiciar qualidade para todos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, ainda em julho, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,74% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        



   

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A CIDADANIA, OS DESAFIOS DOS TALENTOS PARA AS EMPRESAS E A DIGNIDADE HUMANA NA SUSTENTABILIDADE

“Por que os talentosos abandonam as empresas?
        Recentemente, recebi a ligação de um empreendedor pedindo ajuda sobre como convencer um colaborador a permanecer em sua empresa. Ela já havia pedido demissão e havia assinado contrato com a concorrência. Era um profissional dedicado e com larga experiência na empresa. Durante o telefonema, o meu amigo me explicava: “Ele era um exímio colaborador, responsável, leal e há 5 anos se dedicava à nossa empresa. Por que eu perdi o mais talentoso colaborador de minha empresa? E, pior, ele está saindo agora para receber menos do que recebe aqui.”
         Passei a conversar mais com líderes e profissionais de outras empresas e fiquei espantado com as constatações que eu ia colhendo. Pessoas desmotivadas, em conflitos com os colegas, problemas de relacionamento e de comunicação, falta de visão e direcionamento, projetos desacreditados, problemas com a liderança e vários outros fatores se juntavam à lista. Para minha surpresa, a primeira constatação que eu tive foi que as pessoas não reclamavam da falta de uma sala de jogos ou de um ambiente descontraído como Google ou Facebook. Poucos reclamavam de salários ou de horários inflexíveis. As pessoas reclamavam basicamente das pessoas, e quase tudo desembocava em gestão de pessoas. Baseado na experiência e nas constatações que fui tendo, passei então a observar os seguintes pontos.
         A visão da empresa precisa ser compartilhada com todos. As pessoas podem contribuir mais se souberem onde estão indo. A visão compartilhada permite construir um senso de compromisso coletivo e criar uma imagem de futuro visando estimular o compromisso de todos os envolvidos.
         A empresa precisa ter uma missão clara. A missão deve ser dita de uma forma clara, esclarecer o que a empresa pretende ser, onde quer chegar, qual é a sua área de negócios, como vai atuar e qual posição deseja ter no mercado. Os melhores profissionais são movidos a desafios: um dos principais ingredientes da motivação é o desafio dado, que precisa ser na medida certa e compatível com as competências.
         Feedback como ferramenta de valorização. Todos os colaboradores devem ser acompanhados por avaliação de desempenho. Essa avaliação deve ser feita, inicialmente, entre o colaborador e seu líder imediato, dando oportunidade para que o avaliado conheça seus pontos fortes e seus pontos a melhorar. Nunca dar feedback negativo em público. Elogie em público, chame a atenção no particular.
         Empresa (e líder) precisa entregar resultados: os resultados, o lucro e as vendas são relevantes na motivação da equipe. Sim, as pessoas estão interessadas em que a empresa tenha lucro. As pessoas querem ver seus projetos avançando e sendo bem-sucedidos.
         Um ambiente propício ao desenvolvimento de ideias: permitir o erro, premiar projetos e possibilitar que os próprios colaboradores proponham ideias para resolver os problemas de seu dia a dia. Os valores desta empresa são compatíveis com os meus? É muito comum erros no processo de admissão. Se os valores básicos do profissional não “baterem ou compatibilizarem” com a liderança ou com o capital estrutural da empresa, então não haverá nada que se possa fazer após a contratação.
         Oportunidade de crescimento a todos: a motivação é o combustível que alimenta os colaboradores e os desafios fazem parte de seu dia a dia. Para isso, a empresa precisa sempre dar oportunidade de crescimento aos seus colaboradores. Antes de buscar um talento externo, as vagas precisam ser divulgadas internamente para dar oportunidade para a prata da casa, desde que o perfil atenda aos requisitados solicitados para a vaga disponibilizada. Pessoas querem líderes e não chefes: pessoas seguem pessoas, não seguem máquinas ou robôs. Pessoas precisam de ícones para se desenvolver. Se os colaboradores não tiverem um nível mínimo de admiração por seu líder, dificilmente irão segui-lo.
         Os profissionais precisam de um ambiente de trabalho estável e alegre: os colaboradores precisam de desafios, porém, necessitam de um ambiente estável de trabalho. Visão sistêmica: a visão do todo, ou seja, ver todas as coisas que acontecem à sua volta. Isso faz o colaborador conhecer melhor a empresa, planejar sua carreira, e promover as melhorias e crescimento necessários na organização e em sua vida pessoal e profissional. Esses são elementos fundamentais para garantir o desenvolvimento e assegurar a retenção de seus talentos.”.

(LEONARDO DOS REIS VILELA. CEO da Cedro Technologies, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINA, edição de 2 de setembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Perplexidades cidadãs
        A política brasileira tem configurado cenários que deixam os cidadãos perplexos. Palco de muitas aventuras e disparates, a política, que deveria ser instrumento de construção do bem comum, é vivida de modo inadequado. E as consequências são evidentes: inúmeros prejuízos que pesam sobre os ombros do povo. Candidatar-se é fácil, e talvez nem seja tão difícil obter algum sucesso no processo eleitoral. Exigente é cultivar a competência para garantir o bem do povo, por meio da execução de projetos que busquem o desenvolvimento integral. Essa fragilidade no perfil de representantes eleitos surpreende ao assistirmos a muitos deles exercerem a função de juízes sem a necessária competência e seriedade moral. Faz até lembrar o conhecido episódio dos conterrâneos religiosos de Jesus que trouxeram uma mulher, surpreendida em flagrante adultério, para que fosse condenada. Bastou uma indicação do Mestre – “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra” – para que todos eles, um a um, se afastassem da condição de juiz.
         Os vícios terríveis no mundo da política, dos conchavos à defesa de privilégios e benesses, que injustamente corroem o erário, emolduram o conjunto das peças que produzem outra perplexidade cidadão: a falta de credibilidade nos discursos dos representantes do povo. A política parece ser o lugar da falácia, em vez de ambiência marcada pela transparência e honestidade. Grande é a perplexidade diante das feridas que vão sendo abertas na democracia, em razão de operações que ferem legalidades. Faz-se o que se quer, por interesses partidários e eleitoreiros, e o pior: verifica-se a perversidade quando se passa por cima de pessoas e histórias, desrespeitando a população. Vale tudo para se alcançar a vitória partidária. Prevalecem os interesses particulares ou de pequenos grupos. Em segundo plano fica o compromisso com o desenvolvimento integral.
         Há uma miopia que satisfaz governantes, políticos e construtores da sociedade no leito de suas garantias e deixa o Brasil paralisado, convivendo com a vergonha da miséria e das exclusões, com a carência de infraestrutura e a incompetência para valorizar as riquezas do país. Esse cenário de atrasos alimenta a violência, o ódio e a discriminação rancorosa, vingativa. Agrava feridas abertas que deveriam fazer com que muitos assumissem suas responsabilidades – especialmente os que detêm poder e influência. Mas, para isso, a primeira indicação é cultivar a simplicidade de uma postura séria no exercício da política e em diversas outras circunstâncias. Uma qualidade que define competências para se buscar o bem comum. Com seriedade, é possível eliminar certos hábitos culturais de quem tem gosto por assentar-se em inverdades. Sem seriedade, cedo ou tarde haverá ruína de projetos, o comprometimento de serviços e o enfraquecimento da democracia.
         É ilusão achar que há força democrática em muitas situações ocorridas no mundo político. Por isso, com frequência, o povo não identifica credibilidade em seus representantes, inclusive quando os eleitos ocupam-se da tarefa de julgar. Julgar, pelo bem da verdade e da justiça, é um ato de extrema nobreza. Porém, esse exercício exige seriedade e, sobretudo, moralidade pública. Caso contrário, sobram hipocrisias, hegemonias de grupos, riscos de retrocessos, visões ultrapassadas e comprometedoras do bem maior. O exercício da política só merecerá crédito quando se tornar efetiva a prática que busca solucionar as causas estruturais da pobreza e de outros descompassos vergonhosos.
         Política que não resolve os problemas enfrentados pelos mais pobres permanece mergulhada na lama de mazelas que tornam a sociedade e sua democracia muito frágeis. Consequentemente, faz surgirem novas crises. É incontestável que a desigualdade é a raiz de todos os males sociais. Por isso, diante de tantas perplexidades advindas da política, espera-se que a promoção da dignidade de cada pessoa seja reconhecida como pilar. E esse caminho começa pela via da seriedade, única forma de eliminar as perplexidades cidadãs.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, ainda em julho, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,74% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        



            

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO INTEGRAL E HUMANÍSTICA E A RIQUEZA DO LEGADO OLÍMPICO

(Setembro: mês das Paralimpíadas)

“Uma lição do que não fazer
        Como educadora, o triste episódio envolvendo o atleta Ryan Lochte chamou-me muito a atenção. Ele mostra como buscamos exemplo de conduta em todas as suas ações, e, mais do que isso, também nos desperta para o fato de que disciplina e educação formal não são responsáveis, exclusivamente, por uma boa formação de caráter de nossos ícones.
         Trabalhando em uma instituição confessional, acredito piamente que a educação acadêmica no nível superior não é suficiente para que a pessoa alcance uma boa performance em sua vida profissional. Mas, professora, a verdade é essa? Às vezes, passamos décadas numa faculdade em busca das mais diversas titulações (graduação, pós-graduação lato sensu ou MBA, pós-graduação stricto sensu em seus diversos níveis, como mestrado e doutorado), para ao final descobrir que não é esta a chancela necessária para um bom desempenho profissional.
         Que se dirá dos atletas de alto nível? Não é o treino em si que os diferencia dos comuns? Dia após dia, sacrifícios e dedicação exaustiva a fim de conseguir ser o melhor, de se destacar para chegar ao ápice desta carreira: participar de uma Olimpíada e ser campeão!
         Sim, tudo isso é, sem dúvida, muito importante. É inegável que o conhecimento acadêmico edifica, que horas e horas de exaustivos treinos podem gerar um profissional ou atleta de destaque, mas o que vai realmente nos diferenciar é o nosso caráter, os nossos valores.
         Ryan Lochte perdeu alguns de seus principais patrocinadores pessoais e alguns milhões: Speed, Ralph Loren, Airweave e Syneron Candela, que não querem atrelar suas marcas a um profissional que tem uma reação tão inesperada e frustrante diante da expectativa de milhares de pessoas do mundo inteiro. Se esperássemos dele apenas a performance no esporte, digamos que ele tenha tirado nota máxima. Veio e honrou os compromissos com todos os seus parceiros e espectadores: competiu, disputou suas provas e ainda levou medalhas olímpicas. No entanto, esperamos mais. De nossos atletas, políticos, chefes, líderes, familiares, amigos, cônjuges, namorados...
         Esperamos que as pessoas não tenham somente a postura de campeão nas piscinas, quadras e outros cenários profissionais, mas que tenha condições de brilhar em todas as áreas da inteligência humana, que englobam, além da aptidão profissional, gentileza, honestidade, compaixão e verdade.”

(THAÍS DE ABREU LACERDA. Coordenadora de direito da Faculdade Batista de Minas Gerais, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de setembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de agosto de 2016, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Olimpíada: uma reflexão jornalística
        A Olimpíada do Rio de Janeiro foi um sucesso. Indiscutível. O desastre anunciado não se confirmou. A violência não teve a última palavra. A cordialidade brasileira virou o jogo. A autoestima do nosso povo, tão testada e machucada nos últimos tempos, foi revigorada. O Brasil, independentemente de limitações e falhas pontuais, fez bonito. Soube mostrar a um mundo cansado, talvez demasiadamente cético, marcantes exemplos de tolerância, superação e alegria.
         Thiago Braz, medalha de outro no salto com vara e recordista olímpico (saltou 6,03 metros), é um exemplo dessa superação. Sem mágoa. Sem ódio. Sem confronto. O atleta brasileiro foi abandonado pela mãe ainda menino. Os avós foram responsáveis por sua criação. Passou dias esperando a mãe com sua mochila nas costas. Ela nunca apareceu. Os avós viraram referência: “Todas as qualidades que tenho hoje vieram dos ensinamentos deles, que foram meus pais na realidade”. Apesar de ter 22 anos, Thiago é casado há quase dois anos. Em 2014, ele subiu ao altar com Ana Paula Oliveira. Os dois se conheceram no ambiente do atletismo. Thiago e Ana formam um casal descontraído e, ao que parece, praticam a sua fé. São a cara do Brasil real.
         A Olimpíada gerou pautas positivas. Verdadeiras. Necessárias. O Brasil não é só corrupção, violência e incompetência. Tem muita coisa boa acontecendo, gente empreendendo, histórias brilhantes quicando na nossa frente. Não podemos priorizar uma agenda depressiva. A vida é feita de luzes e sombras. Impõe-se apostar no equilíbrio informativo.
         Impressiona-me o crescente espaço destinado à violência nas nossas reportagens, sobretudo no telejornalismo. Catástrofes, tragédias e agressões, recorrentes como chuvas de verão, compõem uma pauta sombria e perturbadora. A mídia, argumentam os aguerridos defensores do jornalismo realidade, retrata a vida como ela é. Teria, contudo, o cotidiano do brasileiro médio tamanhas e tão frequentes manifestações de violência e aberrações patológicas? Penso que não. Há uma evidente compulsão para pinçar os aspectos negativos da vida.
         A violência não é uma invenção da mídia. Mas sua espetacularização é um efeito colateral que deve ser evitado. Não se trata, por óbvio, de sonegar informação. Mas é preciso contextualizá-la. A overdose de violência no jornalismo pode gerar fatalismo e uma perigosa resignação. Não há o que fazer, imaginam inúmeros leitores, ouvintes, telespectadores e internautas. Acabamos, todos, paralisados sob o impacto de uma violência que se afirma como algo irrefreável e invencível. E não é verdade. Podemos, todos, jornalistas, formadores de opinião, estudantes, cidadãos, enfim, dar pequenos passos rumo à cidadania e à paz.
         O que eu quero dizer é que a complexidade da violência não se combate com espetáculo, atitudes simplórias e reducionistas, mas com ações firmes das autoridades e, sobretudo, com mudanças de comportamento. O que critico não é a denúncia da violência, mas o culto ao noticiário violento em detrimento de uma análise mais séria e profunda.
         Precisamos, ademais, valorizar editorial e informativamente inúmeras iniciativas que tentam construir avenidas ou ruelas de paz nas cidades sem alma. É preciso investir numa agenda afirmativa. A bandeira a meio pau sinalizando a violência sem-fim não pode ocultar o esforço de entidades, universidades e pessoas isoladas que, diariamente, se empenham na recuperação de valores fundamentais: o humanismo, o respeito à vida, a solidariedade. São pautas magníficas. Embriões de grandes reportagens. Denunciar o avanço da violência e a falência do Estado no seu combate é um dever ético. Mas não é menos ético iluminar a cena de ações construtivas, frequentemente desconhecidas do grande público, que, sem alerde ou pirotecnias do marketing, colaboram, e muito, na construção da cidadania.
         A Olimpíada não foi só um belo espetáculo. Projetou uma boa imagem do Brasil. Acariciou nossa autoestima. Quem sabe, assim espero, também tenha suscitado uma reflexão sobre o nosso modo de informar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, em julho, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,74% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...