(Janeiro
= mês 55; faltam 5 meses para a Copa do Mundo)
“Vislumbres
da vida interior e o despertar da nossa consciência
Em nossos dias, um
intenso estímulo evolutivo, espiritual, permeia grupos cada vez maiores,
buscando conduzi-los a mudanças profundas na vida e na conduta que manifestam
em seu cotidiano. Os que despertam veem descortinarem-se à sua frente
horizontes luminosos, enquanto outros, ainda adormecidos, prosseguem olhando
para trás.
Assim
como a chama surge do fogo, é a vida interior que desperta e prepara nossa
consciência humana para assumir funções junto a Deus, em contato com as hostes
angelicais e as Hierarquias espirituais.
No
caminho interior é preciso termos presente que a consciência não é iluminada
por inteiro de uma só vez. O clareamento e a ampliação realizam-se aos poucos,
com cuidado, à medida que a energia da aura se ajusta a cada passo que a alma vai
dando. Num certo sentido, é como penetrar em uma floresta jamais desbravada.
Conforme nela se ingressa, o caminho trilhado abre frestas para que a luz
chegue onde se está e, com persistência e paciência, removem-se os obstáculos e
percebe-se quando reunir energias para novos avanços. Além disso, nessa
penetração tem-se de evitar áreas em que animais nocivos possam ser
encontrados. E é preciso, sobretudo, empreender essa grande aventura como
alguém que vive plenamente o que ela significa.
Nesse
caminho, é bom lembrarmos que oferta ao serviço impessoal é um fator benéfico e
equilibrador em nossas vidas. Isso ocorre pela intensa estimulação advinda da
própria alma, em decorrência da dedicação abnegada e da autodisciplina externa
normalmente requerida no cumprimento das tarefas. Nesse sentido, o serviço
torna-se um importante exercício espiritual.
À
medida que avançamos no autoconhecimento, vamos aprendendo a reconhecer o puro
como puro e o turvo como turvo, sem com isso emitir julgamento algum.
Trabalhamos para que a consciência
cresça em discernimento e sabedoria, segundo a Lei de Deus. E essa mesma Lei se
revela em cada etapa do caminho conforme as possibilidades do nosso
entendimento. Se observarmos as grandes superações conseguidas sobre as forças
da matéria por indivíduos tidos como santos, iluminados ou guias da humanidade,
poderemos vislumbrar a perfeição que
aguarda a humanidade. Todavia, para que o “velho homem” seja transcendido e nos
transformemos em nossa realidade profunda, são fundamentais a decisão, o ímpeto
e a tenacidade em avançar.
O
nosso papel como humanidade ainda está por ser reconhecido. O universo físico
do cosmos é um grande oceano de vida e energia, e conta com a humanidade para
expandir-se. Em vez de explorarmos a vida e os elementos da Natureza – como
vimos fazendo –, seria preciso que nos unificássemos à meta a qual a vida
planetária deve atingir. Estado a Natureza fundada na energia da sabedoria, ao
compreendê-la e contribuir para sua evolução, a humanidade não se desviaria do caminho,
pois essa energia conhece o destino de tudo o que vive, e a todos conduz
corretamente.
Mesmo
nesses tempos de grande desequilíbrio, podemos ver que na Terra o reino
vegetal, por ser receptivo às suas metas internas, espirituais, é canal de
expressão da beleza e atua como um potente vórtice purificador de energias.
Todos os reinos da Natureza podem chegar a essa harmonia. Profundamente belo é
o universo em que os seres que nele evoluem respondem adequadamente a padrões
superiores.”
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de dezembro de 2013, caderno O.PINIÃO, página 14).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, mesma edição, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SACHA CALMON, que é advogado,
coordenador da especialização em direito tributário das Faculdades Milton
Campos, ex-professor titular da UFMG, presidente da Associação Brasileira de
Direito Financeiro (ABDF) no Rio de Janeiro, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Feliz
ano novo
Boas-novas para todos
neste ano de 2014, boa sorte para os viventes, boa morte para os moribundos. No
Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, há uma frase latina no seu pórtico
magestoso: morituri mortuis. Em
vernáculo, longe do viés sintético da língua dos Césares, em tradução
expressiva, significa “dos que vão morrer aos mortos”. É uma saudação amigável
e profunda a nos unificar no que é radicalmente comum à condição humana: a
morte. Diante dela cabe encará-la com a sensibilidade do poeta Manuel Bandeira,
depois de uma vida honesta, no poema “Consoada”: “Quando a indesejada das
gentes chegar (não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez
sorria, ou diga: - Alô, iniludível! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A
noite com seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, a mesa
posta, com cada coisa em seu lugar”.
Melhor
imitarmos o filósofo grego Epicuro em sua carta a Meneceu: “A morte não
significa nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que
não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos”. Dia a dia as gerações
se sucedem desde que o mundo é mundo. Um belo espetáculo não isento de poesia e
dor. Que nos venha o fim. Depois dele, seja lá como for, sono perpétuo ou
gozosa imortalidade na mente de Deus, nada temos a temer perante a sua
grandeza. Deus não tem psicologia humana, não odeia, não julga, não pune,
acolhe! Os temores estão nesse vale de lágrimas em que se desenrolam as nossas
vicissitudes. Cada um sabe dos seus prazeres fugazes e de suas dores, ilusões e
desilusões. É aqui que devemos seguir as lições de Jesus ou Maomé, nos amarmos
uns aos outros. Este ano – de Copa do Mundo no Brasil – deveríamos considerar
que a paixão esportiva é uma coisa boa e lúdica, como a arte, o cinema, o
teatro, modos de bem viver e conviver, nunca o sucedâneo da guerra com sua
carga de ódio e sectarismo. Em 2013 a violência em nossos estádios mostrou um
povo bárbaro, sem rumo nem sabedoria, apenas com ódio no coração a se matar e
mutilar em batalhas inglórias.
Inspirou
a crônica o depoimento dos brasileiros que foram ao Marrocos esperando
encontrar um povo belicoso e uma sociedade semibárbara. Mas os berberes –
durante 780 anos – dominaram e criaram parte significativa da cultura ibérica,
à qual, em parte, pertencemos e de modo superior aos dominantes visigodos, após
a queda de Roma, e, portanto, não poderiam ser o que deles se imaginava. Além
disso, ganharam a partida de futebol dos brasileiros, com civilidade e até
mesmo compaixão pela nossa tristeza.
Em sua
coluna, Helvécio Carlos (EM) dá-nos depoimentos edificantes de torcedores que
foram de um jeito e voltaram melhores. Escolhi um: Eduardo Coelho, que viajou
para o Marrocos, revelou que os africanos, além da garra no futebol, têm muito
a nos ensinar. “Nunca, em qualquer lugar ou situação da minha vida, encontrei
pessoas tão gentis, educadas e cheias de verdadeiro espírito esportivo – o que
deveria fazer parte de cada um de nós. Em todos esses dias em Marrakesh,
cruzando com centenas de torcedores do Raja Casablanca, passando por eles nas
ruas, nas praças e no estádio, não vi um único sinal de hostilidade, uma única
demonstração de raiva ou violência nem mesmo depois da vitória deles. Não vi
nenhuma criança ou adulto mandando dedão como quem xinga, ou tapinha na mão
fechada como quem diz ‘f...’. Nada. Pelo contrário. O que vi por aqui foi
alegria, foi celebração, foi preocupação com o próprio time e tratar com
respeito e gigantesca educação e alegria todos os outros adversários. Pedidos
de fotos, cumprimentos, abraços. Algo inimaginável por aí.” Fã dos marroquinos,
Eduardo conclui: “Disputar um mundial é para quem já fez algo grande no ano, e
perder não é vergonha. Vergonha é lembrar a violência absurda das torcidas no
Brasil, o ódio gratuito que as pessoas sentem por outras apenas por usar uma
camisa de outra cor, a covardia de quem chuta um cara caído no chão, a total
falta de lei e respeito que contamina tudo em nosso país. Estamos tristes,
claro! Mas futebol nada mais é que diversão. Valeu demais pela viagem e pela
oportunidade de conhecer essa gente que nos deu uma verdadeira lição de
comportamento”.
Tirem
sua conclusões sobre educação, esporte, política e a difícil arte de viver e
conviver respeitando o outro. Em tempo: os marroquinos são muçulmanos!”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes,
incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise
de liderança de nossa história – que é de ética,
de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas
educacionais, governamentais, jurídicas,
políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de
modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais
livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente
desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de
questões deveras cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas;
b) o
combate, implacável e sem trégua,
aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária
ordem; III – o desperdício, em todas
as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos,
inexoravelmente irreparáveis;
c) a
dívida pública brasileira, com
projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$ 1
trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas
com esta rubrica, previsão de R$ 639 bilhões);
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta
a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; comunicações; turismo;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que,
de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada,
qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que
possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros, especialmente no horizonte
de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a
Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a
nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...
O
BRASIL TEM JEITO!...
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