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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA SAÚDE ESPIRITUAL E A FORÇA DO COMBATE À CORRUPÇÃO SEM FRONTEIRAS (4/166)

(Fevereiro = mês 4; faltam 166 meses para a Primavera Brasileira)

“Como a cura interior pode 
manifestar-se no plano físico
        Estamos considerando, neste estudo, o nível físico-etérico como a primeira dimensão, o nível astral ou emocional como a segunda, o mental pensante como a terceira e o mental abstrato, onde temos consciência do seu superior, como a quarta. Além dessas, há a dimensão intuitiva, seguida da espiritual e de outras mais elevadas.
         O que vale para o espírito é a intenção que o indivíduo tem de elevar-se, de transformar-se. Elevar-se quer dizer colocar a mente em motivos positivos, não egoístas. Deixar, aos poucos, de pensar no próprio bem e querer melhorar para tornar-se cada vez mais apto para ajudar o próximo. Essas são atitudes coerentes com a energia e com a vocação da alma. Assim se começa um processo de cura.
         A presença das enfermidades é própria dos níveis de consciência físico-etérico, emocional e mental – não existe além deles. É nesses três planos vulneráveis que também está localizada a parte pessoal de nossa consciência. Se o homem polariza sua atenção apenas nesses níveis, torna-se ainda mais suscetível à condição doentia dos níveis terrestres.
         Por longos períodos de tempo em que se desenvolvia a civilização terrestre atual, o homem habituou-se a identificar-se com os aspectos densos e pessoais do seu ser. Os eus superiores estiveram mais receptivos à realidade do mundo concreto do que ativos em outras direções.
         Havendo concordância entre a vontade profunda de um indivíduo e a vontade superficial do seu consciente, a cura pode operar-se. Ao harmoniza a personalidade com a própria VIDA, que é sua essência interior, a cura é processada, e seus efeitos tornam-se visíveis nos planos físico-etérico, emocional e mental – seja instantaneamente, seja a médio ou longo prazo. Há exemplos nos quais o indivíduo é curado sem que perceba: a alegria interior passa a estar presente em seu olhar e a carga de ansiedade deixa de existir em sua mente e em seu coração.
         Para que a cura interior ocorra, nem sempre são necessários intermediários aqui na Terra. Essencial é que construamos voluntariamente uma ponte de comunicação entre nosso eu consciente e o núcleo de amor-sabedoria que habita em nós. Essa energia, essência de cada ser, encontra-se no vórtice das forças evolutivas da quarta dimensão e é representada em cada um de nós pelo eu superior.
         O cultivo da alegria chamará o eu superior do homem a uma atividade positiva, que poderá manifestar-se inclusive no plano físico e nos fatos concretos de sua vida, porque encontra as vias abertas para sua expressão. Curar verdadeiramente é permitir que a alma flua sem impedimentos através dos corpos da personalidade. Essa cura interior dá também à pessoa a oportunidade de servir com altruísmo ao mundo. A doação que ela faz de si própria é a melhor forma para as energias universais começarem a nutrir o seu ser e para emergirem à superfície energia profundas e interiores.
         Tomar consciência de que existe uma vida totalmente saudável no nível das almas, e saber que essa vida pode refletir-se na Terra, é abrir a porta para a energia de cura. O que pode acontecer em seguida é imprevisível.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de janeiro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, mesma edição, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SACHA CALMOM, advogado, coordenador da especialização em direito tributário da Faculdades Milton Campos, ex-professor titular da UFMG e da UFRJ, e que merece igualmente integral transcrição:

“A Lava-Jato se internacionalizou
        É insensato achar que somente existia um juiz confiável no STF. Somente para exemplificar, Fachin é tão sério, técnico, avesso à ribalta, homem de colegiado, igualmente ao pranteado ministro que se foi.
         Seria para sempre estranho um país cuja Suprema Corte se reduzisse a um homem. E a ministra Cármem Lúcia é sagaz o suficiente para tomar as decisões que a situação exige. Que esperar novo ministro que nada! Ninguém ingressa no STF e põe o acervo processual do antecessor em dia, num passe de mágica.
         A Lava-Jato tem um gabinete no Supremo cheio de assessores e vários juízes federais convocados. Isso é que importa para que o substituto do ex-ministro Teori se enfronhe nos problemas e diretrizes delineados.
         Essa operação apresenta duas sedes: uma para quem tem foro privilegiado, gente com mandato federal no alto Executivo e no Legislativo, e outra para quem é civil, nas mãos do juiz Moro e de todos os juízes federais do Brasil, em primeira instância criminal (competência material e territorial).
         Notem bem. Teori não condenou nem um político sequer! Moro já condenou ex-ministros, ex-políticos, magnatas e empresários em profusão, verdadeira multidão. Processos como esses não deviam estar numa corte constitucional.
         As ligações de Teori (ou do STF) com os juízes federais se davam quando no âmbito das varas criminais da Justiça Federal aparecia alguém com foro por prerrogativa de função, de mistura com outros (pessoalmente, acho que o “privilégio” de ser julgado pelo STF é justamente não sê-lo, ou demorar a sê-lo). Nesses casos, era preciso autorização do relator no STF, que ficava com os réus privilegiados. No mais, os juízes são autônomos e livres para judicar. Pelo nosso sistema, uma vez provocado pelo Ministério Público ou pela parte, o juiz tem o dever de exercer a jurisdição.
         Junto ao juiz federal atuam procuradores federais. Junto ao Supremo representa o Ministério Público o procurador-geral (e, evidentemente tem sua força-tarefa). É uma teia difícil de ser destruída, portanto, até porque a opinião pública constrange quem do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário ouse atrasar ou pôr fim a essa operação fantástica, a ponto de fazer crescer o Brasil no concerto das nações, em termos éticos, político-democráticos e econômicos, repercutindo mundo afora. Ganhamos a confiança internacional em nossas instituições, no combate à corrupção.
         Na Coreia, a Samsung foi obrigada a um acordo de leniência de bilhões e a presidente teve de renunciar. A Caoa comercializa no Brasil os veículos da Hyundai. Sobre isso há investigação (“Acrônimo”). A Rolls Royce confessou ter pago propina à Petrobras. Bancos suíços, empresas holandesas e suecas abriam o bico por causa da Lava-Jato. O caso mais emblemático foi o da Rolls Royce, que se antecipou e propôs acordo. Mais de 15 países tiveram acesso à Lava-Jato e abriram investigações. O capitalismo funciona, mas tem que haver controle sobre ele.
         As chamadas “compras governamentais” estão na mira de mais de 60 países, desde os EUA, passando pela Europa, África e Ásia. A Lava-Jato é um marco internacional tanto quanto o tratado multilateral envolvendo mais de 162 países, pelo qual, a partir de 2018, os bancos dos países signatários estão obrigados a informar as contas e depósitos dos nacionais, residentes e estabelecimentos permanentes aos bancos centrais dos seus respectivos países. O tratado prevê que é dever automático dos bancos, sob pena de sanções. Essa a razão pela qual a evasão de divisas, a lavagem de dinheiro, trustes e empresas offshore necessariamente ganharão visibilidade e fiscalização.
         O dinheiro do tráfico de armas, de drogas, de brancas (mulheres para a prostitutição), ou decorrente da corrupção política e obras governamentais recebidos à socapa sofrerão agudos golpes por essas trocas de informações. Do mesmo modo, a sonegação de impostos ficará sem ter para onde ir.
         Os chamados planejamentos tributários internacionais, bem como a escolha de países para acolher empresas holdings (prateleira de tratados internacionais), não estarão proibidos ante o princípio da autonomia privada, apenas estarão mais sujeitados à vigilância dos países signatários do acordo.
         A Operação Lava-Jato transcende as fronteiras do Brasil (há interesse internacional em sua continuidade).
         Quanto aos políticos com foro privilegiado, com ou sem Teori, por isso que o STF não tem tempo nem especialização necessárias para lidar com esses megaprocessos, e centenas de réus provavelmente escaparão impunes, pela prescrição retroativa da pena em concreto.
         Para acabar com a impunidade dos políticos, providências são inadiáveis: renovar o Congresso Nacional (70%) e acabar com o foro privilegiado.
         Foi-se o meu amigo Teori, o controller da Lava-Jato, mais uma razão para reacendê-la em toda a Justiça Federal e no STF.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, em dezembro e no acumulado dos últimos doze meses, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu a estratosférica marca de 484,6%; a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,6%; e, finalmente, o IPCA chegou a 6,29%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A CIDADANIA, A AMPLITUDE DA VIDA INTERIOR E A SABEDORIA NO ANO NOVO (55/5)

(Janeiro = mês 55; faltam 5 meses para a Copa do Mundo)

“Vislumbres da vida interior e o despertar da nossa consciência
        
         Em nossos dias, um intenso estímulo evolutivo, espiritual, permeia grupos cada vez maiores, buscando conduzi-los a mudanças profundas na vida e na conduta que manifestam em seu cotidiano. Os que despertam veem descortinarem-se à sua frente horizontes luminosos, enquanto outros, ainda adormecidos, prosseguem olhando para trás.
         Assim como a chama surge do fogo, é a vida interior que desperta e prepara nossa consciência humana para assumir funções junto a Deus, em contato com as hostes angelicais e as Hierarquias espirituais.
         No caminho interior é preciso termos presente que a consciência não é iluminada por inteiro de uma só vez. O clareamento e a ampliação realizam-se aos poucos, com cuidado, à medida que a energia da aura se ajusta a cada passo que a alma vai dando. Num certo sentido, é como penetrar em uma floresta jamais desbravada. Conforme nela se ingressa, o caminho trilhado abre frestas para que a luz chegue onde se está e, com persistência e paciência, removem-se os obstáculos e percebe-se quando reunir energias para novos avanços. Além disso, nessa penetração tem-se de evitar áreas em que animais nocivos possam ser encontrados. E é preciso, sobretudo, empreender essa grande aventura como alguém que vive plenamente o que ela significa.
         Nesse caminho, é bom lembrarmos que oferta ao serviço impessoal é um fator benéfico e equilibrador em nossas vidas. Isso ocorre pela intensa estimulação advinda da própria alma, em decorrência da dedicação abnegada e da autodisciplina externa normalmente requerida no cumprimento das tarefas. Nesse sentido, o serviço torna-se um importante exercício espiritual.
         À medida que avançamos no autoconhecimento, vamos aprendendo a reconhecer o puro como puro e o turvo como turvo, sem com isso emitir julgamento algum. Trabalhamos  para que a consciência cresça em discernimento e sabedoria, segundo a Lei de Deus. E essa mesma Lei se revela em cada etapa do caminho conforme as possibilidades do nosso entendimento. Se observarmos as grandes superações conseguidas sobre as forças da matéria por indivíduos tidos como santos, iluminados ou guias da humanidade, poderemos  vislumbrar a perfeição que aguarda a humanidade. Todavia, para que o “velho homem” seja transcendido e nos transformemos em nossa realidade profunda, são fundamentais a decisão, o ímpeto e a tenacidade em avançar.
         O nosso papel como humanidade ainda está por ser reconhecido. O universo físico do cosmos é um grande oceano de vida e energia, e conta com a humanidade para expandir-se. Em vez de explorarmos a vida e os elementos da Natureza – como vimos fazendo –, seria preciso que nos unificássemos à meta a qual a vida planetária deve atingir. Estado a Natureza fundada na energia da sabedoria, ao compreendê-la e contribuir para sua evolução, a humanidade não se desviaria do caminho, pois essa energia conhece o destino de tudo o que vive, e a todos conduz corretamente.
         Mesmo nesses tempos de grande desequilíbrio, podemos ver que na Terra o reino vegetal, por ser receptivo às suas metas internas, espirituais, é canal de expressão da beleza e atua como um potente vórtice purificador de energias. Todos os reinos da Natureza podem chegar a essa harmonia. Profundamente belo é o universo em que os seres que nele evoluem respondem adequadamente a padrões superiores.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de dezembro de 2013, caderno O.PINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, mesma edição, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SACHA CALMON, que é advogado, coordenador da especialização em direito tributário das Faculdades Milton Campos, ex-professor titular da UFMG, presidente da Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF) no Rio de Janeiro, e que merece igualmente integral transcrição:

“Feliz ano novo
        
         Boas-novas para todos neste ano de 2014, boa sorte para os viventes, boa morte para os moribundos. No Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, há uma frase latina no seu pórtico magestoso: morituri mortuis. Em vernáculo, longe do viés sintético da língua dos Césares, em tradução expressiva, significa “dos que vão morrer aos mortos”. É uma saudação amigável e profunda a nos unificar no que é radicalmente comum à condição humana: a morte. Diante dela cabe encará-la com a sensibilidade do poeta Manuel Bandeira, depois de uma vida honesta, no poema “Consoada”: “Quando a indesejada das gentes chegar (não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: - Alô, iniludível! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, a mesa posta, com cada coisa em seu lugar”.
         Melhor imitarmos o filósofo grego Epicuro em sua carta a Meneceu: “A morte não significa nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente,  nós é que não estamos”. Dia a dia as gerações se sucedem desde que o mundo é mundo. Um belo espetáculo não isento de poesia e dor. Que nos venha o fim. Depois dele, seja lá como for, sono perpétuo ou gozosa imortalidade na mente de Deus, nada temos a temer perante a sua grandeza. Deus não tem psicologia humana, não odeia, não julga, não pune, acolhe! Os temores estão nesse vale de lágrimas em que se desenrolam as nossas vicissitudes. Cada um sabe dos seus prazeres fugazes e de suas dores, ilusões e desilusões. É aqui que devemos seguir as lições de Jesus ou Maomé, nos amarmos uns aos outros. Este ano – de Copa do Mundo no Brasil – deveríamos considerar que a paixão esportiva é uma coisa boa e lúdica, como a arte, o cinema, o teatro, modos de bem viver e conviver, nunca o sucedâneo da guerra com sua carga de ódio e sectarismo. Em 2013 a violência em nossos estádios mostrou um povo bárbaro, sem rumo nem sabedoria, apenas com ódio no coração a se matar e mutilar em batalhas inglórias.
         Inspirou a crônica o depoimento dos brasileiros que foram ao Marrocos esperando encontrar um povo belicoso e uma sociedade semibárbara. Mas os berberes – durante 780 anos – dominaram e criaram parte significativa da cultura ibérica, à qual, em parte, pertencemos e de modo superior aos dominantes visigodos, após a queda de Roma, e, portanto, não poderiam ser o que deles se imaginava. Além disso, ganharam a partida de futebol dos brasileiros, com civilidade e até mesmo compaixão pela nossa tristeza.
         Em sua coluna, Helvécio Carlos (EM) dá-nos depoimentos edificantes de torcedores que foram de um jeito e voltaram melhores. Escolhi um: Eduardo Coelho, que viajou para o Marrocos, revelou que os africanos, além da garra no futebol, têm muito a nos ensinar. “Nunca, em qualquer lugar ou situação da minha vida, encontrei pessoas tão gentis, educadas e cheias de verdadeiro espírito esportivo – o que deveria fazer parte de cada um de nós. Em todos esses dias em Marrakesh, cruzando com centenas de torcedores do Raja Casablanca, passando por eles nas ruas, nas praças e no estádio, não vi um único sinal de hostilidade, uma única demonstração de raiva ou violência nem mesmo depois da vitória deles. Não vi nenhuma criança ou adulto mandando dedão como quem xinga, ou tapinha na mão fechada como quem diz ‘f...’. Nada. Pelo contrário. O que vi por aqui foi alegria, foi celebração, foi preocupação com o próprio time e tratar com respeito e gigantesca educação e alegria todos os outros adversários. Pedidos de fotos, cumprimentos, abraços. Algo inimaginável por aí.” Fã dos marroquinos, Eduardo conclui: “Disputar um mundial é para quem já fez algo grande no ano, e perder não é vergonha. Vergonha é lembrar a violência absurda das torcidas no Brasil, o ódio gratuito que as pessoas sentem por outras apenas por usar uma camisa de outra cor, a covardia de quem chuta um cara caído no chão, a total falta de lei e respeito que contamina tudo em nosso país. Estamos tristes, claro! Mas futebol nada mais é que diversão. Valeu demais pela viagem e pela oportunidade de conhecer essa gente que nos deu uma verdadeira lição de comportamento”.
         Tirem sua conclusões sobre educação, esporte, política e a difícil arte de viver e conviver respeitando o outro. Em tempo: os marroquinos são muçulmanos!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 639 bilhões);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; comunicações; turismo; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte  de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!... 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A CIDADANIA, AS NOSSAS CARÊNCIAS, A RESPONSABILIDADE, AS REDES SOCIAIS E A FÉ

“A nossa responsabilidade
         
         Quem primeiro chegou ao Rio de Janeiro, fez amizade com os índios e fundou uma vila onde hoje é o bairro do Flamengo foram os franceses. Os portugueses e a gente de São Vicente, com os seus índios, foram para o confronto com os franceses e os tupinambás, até que Mem de Sá apossou-se do lugar, meio século depois da “descoberta” do Brasil. Os brasileiros temos a mania detestável, sobre ser falsa, de colocar a culpa de nossos males e mazelas nos portugueses, o que não é verdade. Por primeiro, ao contrário do Recôncavo Baiano e da zona do massapé nordestina, Alagoas, Pernambuco e Paraíba, onde o cultivo da cana-de-açúcar progrediu e gerou fortunas, suscitando a cobiça de franceses e holandeses, em São Vicente e no planalto de São Paulo, os canaviais não deram certo. Lá os brasileiros nascidos dos portugueses com as índias geraram uma gente audaz, que falava a língua geral (nhangatú), mistura de português e tupi. Faziam suas penetrações (bandeiras) no solo continental em busca de ouro, diamantes, prata e silvícolas para escravizá-los e botá-los a trabalhar nas roças.
         Fazendo isso, explodiram o Tratado das Tordesilhas expandindo o país. Em uma dessas entradas descobriram ouro, noutra diamantes, o que determinou o futuro do Brasil. Nas minas e nas gerais desertas, o ouro e as pedras preciosas atraíram nordestinos, paulistas, espanhóis, galegos, holandeses, franceses, judeus e portugueses, a ponto de despovoar a metrópole colonial, gerando o núcleo de uma nação. Fomos os brasileiros os autores dessa saga, equiparável à corrida do ouro rumo à Califórnia, que também atraiu multidões, de irlandeses, ingleses, suecos, escoceses, gauleses, alemães e europeus de toda parte. A precariedade das carruagens e a migração para a costa oeste forçou a abertura de linhas férreas costa a costa. Foram esses episódios decisivamente formadores de dois países continentais. Um com 320 milhões de habitantes e o outro com 196 milhões, os mais populosos e multiétnicos das Américas.
         Dos Estados Unidos divergimos em quatro pontos essenciais. Ao transbordarem as populações das 13 colônias da nova Inglaterra, à medida que conquistavam o Oeste, iam distribuindo 100 acres de terra aos aventureiros exterminadores de índios, enquanto na costa leste, ao nordeste, importavam-se maquinários industriais da Inglaterra. Ao cabo, foram à guerra com o Sul escravocrata e rural (algodão, milho, tabaco). Nós garantimos sempre o direito de propriedade absoluto aos senhores de terras em toda parte, e relegamos à ignorância os caboclos e mulatos que gerávamos nas matrizes indígenas e negras. O século 19 passou inteiro sem que os brasileiros, já independentes de Portugal, fizessem: (a) a reforma agrária; (b) buscassem a industrialização; (c) libertassem os escravos; (d) educassem as populações.
         Esses quatro atrasos foram fatais. No século 18, o Brasil era mais rico que as 13 colônias inglesas, mas paramos no tempo. O barão de Mauá, prógono da industrialização, foi sacrificado pelos barões da terra, desbancados do poder somente em 1930 pela revolução getulista. Desde que d. João VI trouxe o governo e a corte para o Brasil, fazendo com que a colônia virasse metrópole (inversão colonial), culminando com a separação do país do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarve, em 1822, passando pelos Reinados e pela 1ª República, até 1905, a situação foi sempre a mesma. Anos de mesmice e desigualdades. O século 19 o perdemos por inteiro. Estamos entre os últimos países a libertar os escravos e os jogamos, na rua da amargura, enquanto as secas expulsavam desde 1830 as populações rurais do nordeste para as cidades do Sudeste, processo que só estancou no final do século 20.
         Essas as razões de nosso atraso e de nossas desigualdades sociais e econômicas, jamais os portugueses. Que sejamos o 6º PIB do mundo, em verdade, é uma espécie de milagre, para um país de industrialização tão tardia. Fomos um dos últimos a fazê-lo e o que mais cresceu entre 1905 e 1985. Daí para a frente a Ásia retomou a ponta do avanço econômico (Japão, Coreia, China, Índia, Indonésia, Tailândia e outros mais). Cada século que passa redesenha a teoria do desenvolvimento e mostra dos fracassos os motivos.
         Precisamos nos convencer de que o Estado legisla, administra, julga, coordena e fiscaliza a vida em sociedade. Já são muitas tarefas, se forem benfeitas. Em nosso caso, três carências nos martirizam: falta de segurança, saúde e educação. Nem isso os governos brasileiros fazem e ainda querem se meter na economia, atrapalhando a livre iniciativa, justo o motivo que levou os Estados Unidos  à liderança. A China é um caso à parte. Confúcio a explica com Adam Smith: de um lado disciplina e concentração, de outro abertura total do mercado. A China hoje é o país que mais importa, exporta, atrai capital externo e cresce.”
(SACHA CALMON. Advogado, coordenador da especialização em direito tributário das Faculdades Milton Campos, ex-professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), presidente da Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF) no Rio de Janeiro, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de maio de 2013, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 24 de maio de 2013, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, que é arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:
“Redes sociais e fé
        Cinquenta anos atrás, em dezembro de 1963, a Igreja Católica, ao realizar o Concílio Ecumênico Vaticano II, tratou o importante tema da comunicação social, com o decreto Inter Mirifica.  Focalizada como uma das maravilhosas intervenções da técnica no nosso tempo, a comunicação social, com todas as mídias, é considerada como força de movimentação, não somente dos indivíduos, mas de toda a sociedade. Nesse curso de invenções admiráveis está o mundo cibernético. Uma revolução de impressionantes proporções que nos leva ao contexto impactante das redes sociais. Essa realidade, bastante contemporânea, foi especialmente refletida durante o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, no âmbito da Igreja Católica, em todo o mundo, a partir da temática “Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”.
         A Igreja sabe que sua missão evangelizadora não pode ser realizada com êxito nos tempos atuais sem o uso das mídias. Além disso, reconhece o quanto é importante, na tarefa de anunciar o reino de Deus, contracenar nesse amplo e complexo mundo das comunicações em razão da verdade e da fé, dom que precisa ser cultivado no coração de todos. Já no contexto do Concílio Vaticano II, quando eram inimagináveis  as proporções e alcances dos avanços que estavam por vir, já se acenava para uma dimensão moral inerente aos próprios avanços tecnológicos. Essa dimensão moral não pode ser esquecida, sob pena de transformar ferramentas significativas na construção do bem e da verdade em instrumentos que destroem valores inegociáveis para a vida.
         Indispensável, portanto, é que os operadores e usuários de meios de comunicação balizem suas atuações numa reta consciência que leve ao compromisso com o bem e a verdade, fundamental na construção da sociedade democrática e no respeito às diversas culturas. Quando se trata, por exemplo, do direito à informação, tão importante para o diálogo e construção da sociedade, são cruciais a investigação e a divulgação de notícias. Esse exercício hoje, com as redes sociais, firma-se como um cuidado especial presidido por preocupações e compromissos imprescindíveis. Não se pode, é claro, abrir mão das informações como determinantes no progresso da sociedade, na dinâmica da formação e na admirável interdependência entre os membros da sociedade humana.
         Nesse contexto, são impressionantes os intercâmbios, com inusitada rapidez, que podem produzir encaminhamentos com força de mudança, instituindo espaços para reflexão e opiniões. Vale lembrar a previsão clarividente do Concílio Vaticano II como regulação desses fluxos importantes dos meios de comunicação. O documento Inter Mirifica sublinha que o honesto exercício do direito à informação “exige, todavia, que a comunicação no seu conteúdo seja verdadeira e, resguardadas a justiça e a caridade, íntegra; além disso, quanto ao modo, seja honesta e conveniente, isso é, respeite escrupulosamente as leis morais, os seus legítimos direitos e a dignidade de cada homem, tanto na procura de notícias quanto na sua divulgação”.
         A atenção e zelo com o uso das redes sociais devem, portanto, favorecer sempre o diálogo, o nascimento de novas formas de comunidades e a construção da vida por meio das novas relações. Um horizonte, de fato, potencialmente rico, mas que apresenta uma série de exigências e cuidados. Pode ser um caminho para necessárias transformações sociopolíticas, permitindo a construção de estruturas mais democráticas e humanísticas nas dinâmicas das diferentes culturas. Para tal, esses espaços precisam ser vem usados, respeitando privacidades, ocupados de modo responsável e a partir do compromisso com a verdade, determinante para o progresso de toda a família humana.
         As redes sociais constituem possibilidades permanentes para o desenvolvimento de relações, laços de amizade, busca de respostas e partilha de conhecimento. São parte determinante do tecido social. No entanto, e por isso mesmo, exigem redobrada atenção e compromisso com a verdade. A voz da razão, na avalanche de informações, nas possibilidades de participação e intercâmbios , não pode ser abafada. As argumentações, notícias e debates precisam ser bem fundamentados cultivando formas de discurso que não sacrifiquem aspirações nobres, insubstituíveis na busca do bem e da verdade.
         Nesse caminho, a fé tem lugar importante. Vivida, professada e anunciada no ambiente digital, ela é um compromisso da Igreja Católica na missão de cultivar os valores do Evangelho nos espaços midiáticos. Por isso, a CNBB está finalizando seu Diretório Nacional de Comunicação, uma contribuição significativa para que a verdade e a fé sejam sempre horizontes imprescindíveis para os caminhos dos diversos meios de comunicação.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas transformações em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;
     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;
     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica,  previsão de R$ 610 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tanta sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; esporte, cultura e lazer; comunicações; sistema financeiro nacional; turismo; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa das Confederações em junho; a 27ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho; a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação,  das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...

O BRASIL TEM JEITO!...     

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A CIDADANIA, A VISÃO ESTRATÉGICA E A MELHORIA CONTÍNUA

“Ambição 1.0

Ao despertar para a perda de competitividade dos manufaturados no confronto com as indústrias de outros países, mal servidos pelos planos de política industrial dos últimos, o governo alçou o setor automotivo ao centro das atenções. E produziu um plano 1.0.

Pouco discutido é se o regime automotivo a vigorar entre 2013 e 2017, prevendo incentivos para a nacionalização de insumos, peças, design e processos, é o que melhor convém aos interesses do país.

Ao emprego sim, se o dólar mais depreciado e o ônus de 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros importados ou produzidos no país sem atender coeficientes mínimos de nacionalização implicarem novas linhas de produção.

Para a economia e a sociedade, contudo, o direcionamento do setor automotivo nos EUA e Canadá, na China, na União Europeia, Japão, Coreia do Sul e Austrália é muito mais completo. Os novos regimes têm metas de economia de combustível e de emissão de gases, como o dióxido de carbono (CO2), além de normas rigorosas de segurança.

O cumprimento dessas metas depende de motores menos poluentes e mais econômicos; de materiais mais leves e resistentes, sabendo-se que a maior parte do consumo é função do peso deslocado; e de segurança, cada vez mais relacionada com a eletrônica embarcada – hoje o item que corresponde a mais da metade do valor adicionado por veículo.

O que vai sair desse processo de renovação é outra indústria, com desdobramentos sobre quase toda a cadeia industrial e mesmo na viabilização de tecnologias de ruptura. O carro 100% elétrico é um dos eventos esperados. A direção sem a intervenção do motorista é outra possibilidade que já saiu do campo da ficção.

Ao limitar as condicionalidades do regime automotivo no Brasil a pouco mais que a nacionalização do processo produtivo, o governo se mostra sem ambição, além de dar de ombros a um dado crítico ao desenvolvimento desse setor: ele é globalizado, variando, quando muito, o tamanho das metas e o tempo para que elas se realizem.

O risco é de que o regime automotivo nesses termos perenize o atraso em relação ao que acontece nos centros de inovação, condenando-nos à dependência externa das tecnologias mais avançadas.

Inovação não é um troco

O governo impôs percentuais mínimos sobre o faturamento bruto das montadoras entre os fatores de desempenho para a redução do IPI, limitada a 30 pontos percentuais – exatamente o que foi adicionado em 2011, inicialmente para conter importações, exceto da Argentina e do México, com os quais há acordos que desoneram o intercâmbio entre fábricas do mesmo grupo. Só que a nacionalização conta mais pontos para o desconto do IPI do que os avanços tecnológicos.

Uma das novas normas que passam a valer em 2013 prevê a aplicação de 0,15% da receita em pesquisa e desenvolvimento, subindo a 0,5% até 2017. Em engenharia e tecnologia seriam mais 0,5% a 1%. Legal. Mas o cumprimento de tais metas abate apenas 2 pontos do IPI...

Renascimento industrial

E nos EUA? A qualidade do combustível é um dos itens críticos das novas metas. Elas podem ser cumpridas com motores a gasolina ou a álcool ou com qualquer outro propulsor, como os 100% elétricos ou híbridos, a combustão e bateria. Outras indústrias surgirão desses estímulos, que estão promovendo o renascimento industrial nos EUA.

O presidente Barack Obama anunciou duas semanas atrás um subsídio de US$ 14,2 milhões para o desenvolvimento de compostos de carbono e de ligas de aço leves, visando a redução do peso da carroceria e o aumento da proteção do cockpit dos veículos. Lá, como na China, as metas são transformadoras. As nossas são conservadoras.

Bom pra elas. E pra nós?

Pela extensão de sua cadeia produtiva, o setor automotivo é alvo de atenção especial em qualquer país em que exista mais que uma plataforma de montagem ou mera distribuição. Quinto maior produtor mundial, com 19 fábricas e outras três a quatro chegando, o Brasil tem importância estratégica para as montadoras.

Mas precisa ser estratégico também para nós, ou continuaremos vistos só como um mercado rentável, e não como centro de inovação. O setor automotivo, tal como o aeronáutico e o eletroeletrônico, opera em células. Nos EUA e em outros poucos países há desenvolvimento.

Em todos os demais só há produção. Para exportação e autoconsumo, o caso da China, que investe para ascender ao topo da cadeia de valor, ou só para consumir, o papel a que estamos sendo relegados.

O regime automotivo é uma dessas oportunidades únicas para que o país não se apequene. Ainda há tempo. Mas tem que haver ambição.”
(ANTÔNIO MACHADO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de abril de 2012, Caderno ECONOMIA, Coluna BRASIL S/A, página 13).

Mais uma IMPORTANTE, ADEQUADA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de SACHA CALMON, Advogado, coordenador da especialização em direito tributário das Faculdades Milton Campos, ex-professor da UFMG, presidente da Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF), e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Contra o protecionismo

O amigo Paulo Skaf, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), bem diagnosticou o círculo vicioso que envolve as virtualidades econômicas do Brasil: “Câmbio valorizado, juros altos, o altíssimo spread bancário, invasão de produtos importados, incentivos a importadores em portos do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná etc.; o preço da energia elétrica, a infraestrutura deficitária, a alta carga tributária e a burocracia”. Disse quase tudo e escorregou no final: “Da porta para dentro a indústria é competitiva, moderna, dinâmica, mas o cenário macroeconômico destrói a competitividade”. Não é verdade!

E são três as contraditas. Primeiro, a Penn World Table da Universidade da Pensilvânia informa que em 30 anos, de 1980 a 2008, o Brasil figurou como o único emergente de peso em que o valor da produtividade em dólar por trabalhador decresceu. Comparem: a Argentina aumentou sua produtividade industrial em 16,98% , o Chile em 82,11%, a Índia em 178,57%, a Coreia do Sul em 257,14%, a China em 809,33%. E o Brasil? Decresceu em 15,23%. Conclusão: a falta de competitividade está da porta para fora e porta adentro de nossas fábricas, acostumadas a favores governamentais e a reservas de mercado. É preocupante, estamos regressando ao período pré-Collor. Até o vinho nacional botou a “boca no mundo” pedindo proteção (exporta quase toda a sua produção de espumantes). O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não discrepa e diz que a produtividade industrial brasileira incrementou a sua queda de 2000 a 2009 (caiu de um índice de 18,6% em 2000 para 17,1% em 2009). Coincide com o período “Lula lá”, a época de ouro do sindicalismo, do corpo mole, dos aumentos salariais acima da inflação e da produção.

Para Júlio Gomes de Almeida, o país precisaria crescer ao ritmo de 4% ao ano somente para acomodar os aumentos salariais. Segundo, a perda de produtividade por motivos endógenos e exógenos ao chão de fábrica não é uniforme. A agroindústria multiplicou sua produtividade. Ninguém se compara a nós na produção de açúcar, do complexo soja, do suco de laranja e derivados do boi, do frango e do porco etc. A indústria automotiva, altamente mundializada, em que pese nos tocar a produção de carros populares e pequenos, a juros a perder de vista (porém altíssimos), aumentou sua produtividade, passando de 7,79% unidades por trabalhador em 1990 para 27 unidades em 2010. Terceiro, a invasão dos importados é relativa e tão somente 18% dizem respeito a bens de consumo duráveis. O resto é para reexportar (drawback): matérias-primas, produtos intermediários, máquinas de todo tipo, equipamentos, partes e peças. Na construção civil, que exige uma imensa e diversificada cadeia produtiva, a indústria nacional mantém-se firme. Claro que há itens importados, bons e baratos, que ajudam a segurar a inflação e estimulam a competição.

Estamos num momento decisivo. O dilema é voltar à era protecionista pré-Collor ou seguir em frente, enfrentando a concorrência com o governo e os industriais cada qual fazendo a sua parte. Protecionismo é como abraço de afogado: afundam os dois, a indústria indolente e o governo-mamãe. O governo tem é que gastar menos, dotar a infraestrutura, privatizá-la, racionalizar a carga tributária, cortar os juros, minorar o custo salarial, enfrentar a banca e direcionar parte das reservas a um fundo de financiamento da educação, da inovação e do desenvolvimento tecnológico da indústria nacional. Não se atina com esse mundão de reservas cambiais a financiar os Estados Unidos, enquanto cresce a dívida pública pela emissão de títulos em reais para estiolar a compra de dólares.

Nuvens negras vindas do Planalto (políticas) e ambiente ruim de negócios é crise na certa. Mais do que conselhos, bem podemos recordar. Quando Collor disse que nossos carros eram carroças, tinha razão. A abertura do mercado impulsionou as multinacionais automobilísticas aqui instaladas a melhorar toda a cadeia automotiva. Perdemos 10 anos trancando o mercado de informática. Não crescemos e estimulamos o contrabando. Depois da sua abertura, aprendemos com os equipamentos importados e evoluímos tanto no hardware quanto no software. Os setores têxtil e de calçados melhoraram com o choque da concorrência externa. A indústria naval foi protegida no passado e acabou por ineficiência e dívidas irresponsáveis. Portanto, o lema deve ser: “Quem não tem competência que não se estabeleça”, como diziam nossos avoengos lusitanos, singrando mares nunca dantes navegados.

De pleno acordo sobre ter o governo uma agenda consensual de superação dos gargalos macroeconômicos. O PT estatista. Ou a presidente Dilma Rousseff assume esse encargo ou os partidos – e ponho fé nos de oposição – ficam obrigados a ter programas que envolvam os magnos problemas da nação, a começar pela educação de qualidade e a construção da infraestrutura do país. Protecionismo não!”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES, QUALIFICADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de MORAL, de ÉTICA, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, CIVILIZADAS, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais AVASSALADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER e se espalhando por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS e INTOLERÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também ocasionando INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, igualmente a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que DILAPIDA o PATRIMÔNIO PÚBLICO, MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais NEFASTO ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado da extrema e crescente NECESSIDADE de AMPLIAÇÃO e MODERNIZAÇÃO de setores como a INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); MOBILIDADE URBANA (trânsito, transportes, acessibilidade); GESTÃO PÚBLICA; EDUCAÇÃO; SAÚDE; SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, logística REVERSA, MACRODRENAGEM urbana); ASSISTÊNCIA SOCIAL; PREVIDÊNCIA SOCIAL; SEGURANÇA PÚBLICA; FORÇAS ARMADAS; POLÍCIA FEDERAL; DEFESA CIVIL; SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL; EMPREGO, TRABALHO e RENDA; ESPORTE, CULTURA e LAZER; MORADIA; MINAS e ENERGIA; MEIO AMBIENTE; AGREGAÇÃO DE VALOR ÀS COMMODITIES; CIÊNCIA, TECNOLOGIA e INOVAÇÃO; PESQUISA e DESENVOLVIMENTO; COMUNICAÇÃO; TURISMO; LOGÍSTICA; SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; QUALIDADE (planejamento, criatividade, economicidade, produtividade, competitividade), entre outros...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS e generosas RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em junho; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo, da PAZ, da JUSTIÇA, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A CIDADANIA, O CLAMOR PELA INTERNET E A CRIMINALIDADE POLÍTICA

(Junho = Mês 24; Faltam 36 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“Cliente grita pela internet

As redes sociais deram nova voz ao consumidor. O público é cada vez mais ativo nas redes e usa esses canais como referência na compra de um produto ou serviço. Da mesma forma, muitas vezes, são esses os canais escolhidos para relatar experiências com uma empresa ou marca. São reclamações sobre mau atendimento, insatisfações com produtos, falta de assistência técnica, problemas com pós-vendas e inúmeras opiniões e reclamações disponíveis na web, que podem influenciar negativamente outros consumidores.Ignorar o consumidor nas mídias sociais não é uma boa opção para as empresas. As corporações não podem esquecer o poder que os usuários ganharam, pois hoje eles detêm parte da credibilidade da marca em suas mãos.

Casos recentes de crise que alcançaram grande repercussão trazem à tona o quanto ainda é obscuro para o ambiente corporativo os melhores caminhos para esse novo mundo digital, que junto inúmeras oportunidades traz também grande receio às empresas. Ainda é tímida, por exemplo, a utilização do respaldo das redes sociais na estruturação de um planejamento estratégico adequado, que avalie e atenda as expectativas do consumidor.

Acompanhar essa visão e adaptar constantemente esses planos aos novos conceitos dessa sociedade de consumo pode significar a expansão ou retração das empresas. Essa condição vai muito além da presença das marcas nas principais redes sociais e pode evitar crises ou gerenciar melhor sua reversão – são possibilidades que devem ser encaradas como novas formas de analisar, se relacionar e conquistar esses consumidores – tudo isso, em uma velocidade nunca vista.

Várias empresas já estiveram em crises de imagem através das redes sociais. Algumas conseguiram contornar os problemas e até fortalecer a marca graças à sua postura, outras atuaram com repressão ou indiferença, o que gerou ainda mais repercussão negativa. As falhas em processos internos são passíveis de ocorrer com qualquer empresa, o que diferencia as que atravessam o período turbulento mais rapidamente e com menos prejuízo à marca é justamente a forma de agir quando se está frente a elas. Criar um conceito de passividade e indiferença do consumidor, ou ainda tentar medir forças com ele, certamente não é a melhor estratégia. A comunicação com os consumidores tem que ser clara e imediata, respeitando as opiniões divergentes, independentemente da posição assumida pela empresa. É fundamental responder objetivamente ao usuário que, na maioria das vezes, valoriza esse modelo direto de relação. Crises nas mídias sociais fazem transparecer falhas que as corporações antes mantinham resguardadas sob seu controle e que hoje, estão disponíveis na web ao alcance de todos. As empresas precisam estar preparadas para usar esses canais como aliados na preservação de sua imagem, e não como inimigos.”

(ELIZANGELA GRIGOLETTI, Jornalista, gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de SACHA CALMON, Advogado tributarista, coordenador do curso de especialização em direito tributário das Faculdades Milton Campos, que merece igual INTEGRAL transcrição:

“Criminalidade política

Existem povos enérgicos e povos lenientes. Os primeiros compreenderam cedo estarem os valores éticos da sociedade imbricados nas leis, ante as quais todos são iguais. Os lenientes, com certa vileza, acham-nos meros padrões destituídos de positividade, relacionados exclusivamente com a consciência do autor aético, sujeitado ao julgamento moral da sociedade. Para estes, a flexibilidade na aplicação das leis sofre o temperamento das circunstâncias, daí a leniência, que é frouxidão e impunidade.

No Brasil, país para lá de leniente, a lei não vale para todos. Especificamente, tem-se a sensação de os políticos estarem acima das leis. Entre eles o pacto é do compadrio. Nos últimos 10 anos – em particular – os piores atentados às leis da República, mormente das que protegem o patrimônio público e pautam o agir das autoridades, não foram considerados delitos graves a atrair para os transgressores a persecução penal e, menos ainda, a execração pública, como era de se esperar. A coisa pública tornou-se a “cosa nostra”, deles. Com isso, a corrupção virou endêmica, passando pelos gabinetes das mais altas autoridades políticas e vem descendo até o funcionário da seção de compras, o vereador, os fiscais, a polícia, de modo crescentemente insuportável.

A criminalidade praticada pelos políticos cresce regada pela leniência do sistema e a indiferença do povo. O mantra recitado quando um figurão ou mesmo uma figurinha , como Delúbio, é flagrado com a “mão na botija” é sempre este: “É um escândalo, mais um, armado pela oposição”. A partir desse momento, a questão deixa de ser ética e, portanto jurídica, para tornar-se uma questão político-partidária. A politização partidária da criminalidade leva a três destinos odiosos: a uma, ilude o povo; a duas, para enganá-lo ainda mais, dependendo do caso, “abre-se um rigoroso inquérito para apurar cabalmente os fatos” (e que não acaba nunca); a três, os correligionários cerram fileiras à volta do transgressor e todos os despistes e retóricas são empregados para negar o delito e inocentar, “a priori”, o seu autor. Tudo é feito no melhor estilo “latrino-americano”, com os próceres aliados unidos em malcheiroso despudor ético e sem o mínimo de respeito à opinião pública, chamada até a tomar partido. Se o partido é “de massas”, como o PT, os “companheiros” logo se alvoroçam feito torcida de futebol. O interesse partidário passa a valer mais do que vergonha na cara. Lado outro, os líderes, a começar pelo presidente da República, em casos que tais, deveriam investigar e punir energicamente os correligionários desonestos, atentos à lei e ao dizer dos nossos antepassados: “Diga-me com quem andas, que te direi quem tu és”. Entretanto, ocorre, tem ocorrido, o oposto. Os maiorais se empenham em defender os seus, tenham ou não culpa. É um padrão incivilizado de justiça política, incompatível com o Estado Democrático de Direito.

É justo o que se passa agora com mais um caso do ministro Palocci. O primeiro, foi em Ribeirão Preto, quando era prefeito. O segundo deu-se com o pobre caseiro Francenildo. Agora temos a multiplicação dos pães, segundo os seus detratores, os quais seriam de um grupo rival a fazer “fogo amigo” (e lento, para queimar aos poucos).

Tirante o povo conformado com o refrão “são todos iguais”, as pessoas esclarecidas – caso dos meus leitores – sabem que um político da situação, fora ou dentro do governo, seja no Executivo ou no Legislativo (menos no Judiciário) pode tocar seus negócios, devendo, em termos formais, deles afastar-se como reza a lei, abdicando da direção da empresa. Isso estamos cansados de saber. O que Palocci deve explicar é se houve ou não “tráfico de influência”, a tipificar crime contra a administração pública, punido com pena de reclusão. Para sabermos a verdade sobre a consultoria puramente oral do ex-ministro da Fazenda de Lula, pois não há textos, bastariam duas coisas. A uma, saber se nos contratos há cláusula de sucesso condicional (10% da vantagem em caso de êxito), como a contratação do cliente pelo governo ou por empresas controladas direta ou indiretamente por ele. A duas, o rol dos consulentes. Consultoria se faz e se recebe tão somente! O tráfico de influência exige resultados. Dizer que “cláusulas de confidencialidade” ínsitas nos negócios de Palocci impedem a divulgação dos instrumentos contratuais e da clientela, piora a situação, não convence. Debaixo dessa moita tem coisa. E não cheira bem. O que nos deixa curioso é o porquê de a presidente ter de respirar tanta fedentina, sem assoar o nariz. Seja durona, presidente e faça o que deve ser feito. Mesmo sendo de Minas, V. Exa. não vetou a aptidão da área mineira da Sudene para receber incentivos automotivos? Milhões de brasileiros aguardam uma decisão de V. Exa. “No meio do caminho tem uma pedra”.”

Eis, pois, mais páginas LÚCIDAS, OPORTUNAS, em sintonia com a TRANSPARÊNCIA mais do que nunca EXIGIDA pela COMUNIDADE GLOBAL, que acenam para o FOCO da LUTA que, antes de tudo, deve ser de TODOS: a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como: a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO, o DESPERDÍCIO, a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que, entre outros igualmente RELEVANTES fatores, SANGRAM a nossa ECONOMIA, MINAM nossa capacidade de POUPANÇA e de INVESTIMENTO, e TORNAM ainda mais LENIENTE e AÉTICO nosso POVO... O que DESSERVE o BRASIL e DESONRA a REPRESENTATIVIDADE outorgada...

Mas, NADA, absolutamente NADA, ABATE e ARREFECE o nosso ÂNIMO e o nosso ENTUSIASMO, e ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...