“Um
convite à solidariedade
Sem a utopia de uma
sociedade perfeita e talvez inalcançável pela via política, mas conscientes do
poder transformador do cooperativismo, acreditamos em um mundo mais justo, com
pessoas mais felizes. Estimulado a cumprir essa missão, o Sistema Ocemg concebeu,
em 2009, o Dia de Cooperar, projeto que foi abraçado pelas cooperativas
mineiras e hoje une todo o Brasil em torno da causa do voluntariado.
Como
cooperativistas, nosso compromisso é com as pessoas, e o Dia C fortalece esse
propósito por meio de ações contínuas, intercooperativas e engajadas com o
bem-estar. Alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
demonstramos para a sociedade que o segmento realiza mais que negócios –
potencializa, valoriza e cuida das pessoas por meio de iniciativas solidárias,
que ganham visibilidade no primeiro sábado de julho, Dia Internacional do
Cooperativismo, quando as cooperativas promovem eventos simultâneos de
celebração da campanha junto à comunidade.
Com o
incentivo do Sistema OCB, entidade nacional do cooperativismo, o Dia C cresceu
e se fortaleceu tanto que alcançou status de movimento. Em 2017, os 26 estados
e o Distrito Federal foram contemplados pelas ações do Dia de Cooperar,
campanha que abrangeu 936 municípios, com a realização de 1.200 projetos por
mais de 12.08 cooperativas brasileiras, envolvendo 102 mil voluntários em
benefício de 1,6 milhão de pessoas.
Em
Minas Gerais, há 10 anos fazemos o primeiro convite para as cooperativas
registradas junto ao Sistema Ocemg e hoje podemos dizer que 254 delas elaboram
projetos de responsabilidade socioambiental e engajam funcionários, familiares
e a comunidade nesse grande corrente do bem que é o Dia de Cooperar. Ainda
podemos crescer muito mais. Principalmente, se olharmos para a dimensão
territorial de Minas, para a quantidade de cooperativas que ainda não aderiram
ao movimento e para o número de pessoas que ainda não alcançado pelas ações
transformadoras do voluntariado.
O Dia
C materializa o sexto e o sétimo princípios do cooperativismo, de “intercooperação”
e “interesse pela comunidade”, e reforça valores como a solidariedade, que
tanto motiva e encanta os voluntários. Ser voluntário é também atitude de
pessoas comprometidas com o futuro e com a sustentabilidade. Não por acaso, as
nações mais desenvolvidas são também as que têm maior número de voluntários e
projetos sociais.
A
propósito, o Dia de Cooperar foi efusivamente reconhecido pelo papa Francisco e
pela Organização das Nações Unidas (ONU), que no ano passado convidou o
presidente do Sistema OCB para falar sobre o tema, durante audiência em Nova
York. Também em 2017, fui convidado para apresentar o Dia C para dirigentes de
mais de 95 países presentes na Assembléia Geral da Aliança Cooperativa
Internacional (ACI), em Kuala Lumpur, na Malásia.
Diante
de tamanha representatividade e da importância alcançada pelo Dia C, a partir
deste ano será promovido o Prêmio Sescoop-MG de Voluntariado, que reconhecerá e
premiará os melhores projetos durante o Seminário de Responsabilidade Social
das Cooperativas Mineiras, em dezembro.
Temos
o desafio de ampliar a participação das cooperativas no Dia C para que mais
voluntários integrem as ações de maneira que seja possível beneficiar ainda
mais pessoas nesse movimento tão aplaudido. Vamos mostrar para o mundo que nós
cooperativistas sabemos como ninguém ser voluntários e unir as pessoas em torno
de um objetivo comum – a solidariedade.”.
(RONALDO
SCUCATO. Presidente do Sistema Ocemg, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de abril
de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de ENEIAS
RONCARATI, professor de gestão de pessoas da FGV/Faculdade IBS, e que
merece igualmente integral transcrição:
“Tecnologia
e o futuro do trabalho
Caso sua vocação esteja
alinhada com as áreas de ciência e tecnologia, sugiro especial atenção a estas
linhas. A automação genérica de processos de trabalho (pela massificação do uso
de algoritmos, softwares e aplicativos de última geração), combinada com a
robotização de atividades fabris e corporativas, experimenta novas etapas cada
vez mais intensas de inovações disruptivas, o que está gerando mudanças
importantes nos perfis de mandados de colaboradores.
De
início, os aspirantes devem ser assertivos na busca e processamento incessante
de informações e conhecimento. Devem também ser curiosos, adaptáveis e questionadores,
antenados às metodologias científicas de planejamento e trabalho, facilitando
processos de criação e inovação constantes. Espera-se, ainda, que sejam capazes
de trabalhar e interagir em grupos multiculturais e em equipes
multidisciplinares; e, por fim, que disponham de um background de educação
formal de nível superior e de pós-graduação, preferencialmente com graduação em
cursos superiores das chamadas hard sciences, tais como matemática,
estatística, física, química ou engenharia, ou com ênfase nas ciências da
computação, em especial o software, envolvendo habilidades específicas como
programação, desenvolvimento de algoritmos e criação de aplicativos.
Assim,
em paralelo com a demanda brasileira por profissionais da área de tecnologia da
informação (sempre com vagas ociosas por falta de mão de obra qualificada), as
oportunidades atuais apresentam-se em setores específicos desta área de
C&T. Na chamada indústria 4.0, a digitalização segue remodelando processos
e cortando custos. Novas máquinas impressoras em 3-D e novos materiais para
impressão, por exemplo, permitem fazer desde peças customizadas, como próteses
e peças biomecânicas, a produtos finais maiores.
Há a
inteligência artificial, com ferramentas tecnológicas acessórias, tais como
deep learning e machine learning, que são novas metodologias e tecnologias
usadas para ensinar às máquinas o trabalho humano ou criar softwares
específicos de recursos financeiros na rede ao próprio fluxo de informações,
pois a tendência é movermos dinheiro pela internet com cada vez mais
facilidade, com a tecnologia blockchain. Há que se lembrar, também, do big
data, que é a capacidade corporativa de acumular e correlacionar imensas
quantidades de dados e informações, e do data analytics, que possibilita transformá-los
em conhecimento útil para finalidades específicas.
Já a
internet of things é a internet conectada com os aparelhos e apetrechos mais
diversos. Entre as novas tecnologias digitais, lembremos da realidade virtual e
da realidade aumentada, que permitem, respectivamente, experimentar ambientes e
situações imaginários, ou experimentar a realidade cotidiana acrescida de mais
informação (como no caso de o cliente obter informação sobre um restaurante
apontando para ele a câmera de seu mobile phone).
A
computação em nuvem é a capacidade corporativa de poder dispor de todas as
facilidades da computação a distância. Já a segurança digital é uma área
essencial em C&T, pois é a capacidade corporativa de prover uma experiência
digital segura para seus clientes. Vale lembrar a criação de games e de
processos de gamificação de atividades corporativas (para aumentar a
produtividade do trabalho, por exemplo); e, finalmente, a eclosão e o
desenvolvimento de novas tecnologias digitais, metodologias de pesquisa e avanços
científicos em áreas como as de energias renováveis, agronegócios,
biofarmacêutica, além de engenharia genética, aeroespacial, química e de novos
materiais (a exemplo de nanotecnologias e nanomateriais), com aplicações
diversas e que ensejam a abertura de novos negócios tipo startups e scaleups.
Um
especialista em big data, em começo de carreira, pode ter salário de até R$ 4
mil, podendo chegar aos R$ 30 mil no caso de cargos como engenheiro de big
data, ou head de big data. Para melhor subsidiar a criação de novos negócios em
C&T, são altamente recomendáveis conhecimentos específicos sobre temas como
empreendedorismo, planos e modelos de negócios ou gerenciamento de projetos,
além de finanças corporativas, gestão estratégica, pesquisa de mercado, marketing
e assuntos afins, de forma a permitir a criação de um robusto e durável modelo
de negócios, além da fidelização da clientela e aumento das vendas e lucros.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca
de 333,9% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no
acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.