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sexta-feira, 27 de abril de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA SOLIDARIEDADE E A FORÇA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE


“Um convite à solidariedade
        Sem a utopia de uma sociedade perfeita e talvez inalcançável pela via política, mas conscientes do poder transformador do cooperativismo, acreditamos em um mundo mais justo, com pessoas mais felizes. Estimulado a cumprir essa missão, o Sistema Ocemg concebeu, em 2009, o Dia de Cooperar, projeto que foi abraçado pelas cooperativas mineiras e hoje une todo o Brasil em torno da causa do voluntariado.
         Como cooperativistas, nosso compromisso é com as pessoas, e o Dia C fortalece esse propósito por meio de ações contínuas, intercooperativas e engajadas com o bem-estar. Alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), demonstramos para a sociedade que o segmento realiza mais que negócios – potencializa, valoriza e cuida das pessoas por meio de iniciativas solidárias, que ganham visibilidade no primeiro sábado de julho, Dia Internacional do Cooperativismo, quando as cooperativas promovem eventos simultâneos de celebração da campanha junto à comunidade.
         Com o incentivo do Sistema OCB, entidade nacional do cooperativismo, o Dia C cresceu e se fortaleceu tanto que alcançou status de movimento. Em 2017, os 26 estados e o Distrito Federal foram contemplados pelas ações do Dia de Cooperar, campanha que abrangeu 936 municípios, com a realização de 1.200 projetos por mais de 12.08 cooperativas brasileiras, envolvendo 102 mil voluntários em benefício de 1,6 milhão de pessoas.
         Em Minas Gerais, há 10 anos fazemos o primeiro convite para as cooperativas registradas junto ao Sistema Ocemg e hoje podemos dizer que 254 delas elaboram projetos de responsabilidade socioambiental e engajam funcionários, familiares e a comunidade nesse grande corrente do bem que é o Dia de Cooperar. Ainda podemos crescer muito mais. Principalmente, se olharmos para a dimensão territorial de Minas, para a quantidade de cooperativas que ainda não aderiram ao movimento e para o número de pessoas que ainda não alcançado pelas ações transformadoras do voluntariado.
         O Dia C materializa o sexto e o sétimo princípios do cooperativismo, de “intercooperação” e “interesse pela comunidade”, e reforça valores como a solidariedade, que tanto motiva e encanta os voluntários. Ser voluntário é também atitude de pessoas comprometidas com o futuro e com a sustentabilidade. Não por acaso, as nações mais desenvolvidas são também as que têm maior número de voluntários e projetos sociais.
         A propósito, o Dia de Cooperar foi efusivamente reconhecido pelo papa Francisco e pela Organização das Nações Unidas (ONU), que no ano passado convidou o presidente do Sistema OCB para falar sobre o tema, durante audiência em Nova York. Também em 2017, fui convidado para apresentar o Dia C para dirigentes de mais de 95 países presentes na Assembléia Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em Kuala Lumpur, na Malásia.
         Diante de tamanha representatividade e da importância alcançada pelo Dia C, a partir deste ano será promovido o Prêmio Sescoop-MG de Voluntariado, que reconhecerá e premiará os melhores projetos durante o Seminário de Responsabilidade Social das Cooperativas Mineiras, em dezembro.
         Temos o desafio de ampliar a participação das cooperativas no Dia C para que mais voluntários integrem as ações de maneira que seja possível beneficiar ainda mais pessoas nesse movimento tão aplaudido. Vamos mostrar para o mundo que nós cooperativistas sabemos como ninguém ser voluntários e unir as pessoas em torno de um objetivo comum – a solidariedade.”.

(RONALDO SCUCATO. Presidente do Sistema Ocemg, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de ENEIAS RONCARATI, professor de gestão de pessoas da FGV/Faculdade IBS, e que merece igualmente integral transcrição:

“Tecnologia e o futuro do trabalho
        Caso sua vocação esteja alinhada com as áreas de ciência e tecnologia, sugiro especial atenção a estas linhas. A automação genérica de processos de trabalho (pela massificação do uso de algoritmos, softwares e aplicativos de última geração), combinada com a robotização de atividades fabris e corporativas, experimenta novas etapas cada vez mais intensas de inovações disruptivas, o que está gerando mudanças importantes nos perfis de mandados de colaboradores.
         De início, os aspirantes devem ser assertivos na busca e processamento incessante de informações e conhecimento. Devem também ser curiosos, adaptáveis e questionadores, antenados às metodologias científicas de planejamento e trabalho, facilitando processos de criação e inovação constantes. Espera-se, ainda, que sejam capazes de trabalhar e interagir em grupos multiculturais e em equipes multidisciplinares; e, por fim, que disponham de um background de educação formal de nível superior e de pós-graduação, preferencialmente com graduação em cursos superiores das chamadas hard sciences, tais como matemática, estatística, física, química ou engenharia, ou com ênfase nas ciências da computação, em especial o software, envolvendo habilidades específicas como programação, desenvolvimento de algoritmos e criação de aplicativos.
         Assim, em paralelo com a demanda brasileira por profissionais da área de tecnologia da informação (sempre com vagas ociosas por falta de mão de obra qualificada), as oportunidades atuais apresentam-se em setores específicos desta área de C&T. Na chamada indústria 4.0, a digitalização segue remodelando processos e cortando custos. Novas máquinas impressoras em 3-D e novos materiais para impressão, por exemplo, permitem fazer desde peças customizadas, como próteses e peças biomecânicas, a produtos finais maiores.
         Há a inteligência artificial, com ferramentas tecnológicas acessórias, tais como deep learning e machine learning, que são novas metodologias e tecnologias usadas para ensinar às máquinas o trabalho humano ou criar softwares específicos de recursos financeiros na rede ao próprio fluxo de informações, pois a tendência é movermos dinheiro pela internet com cada vez mais facilidade, com a tecnologia blockchain. Há que se lembrar, também, do big data, que é a capacidade corporativa de acumular e correlacionar imensas quantidades de dados e informações, e do data analytics, que possibilita transformá-los em conhecimento útil para finalidades específicas.
         Já a internet of things é a internet conectada com os aparelhos e apetrechos mais diversos. Entre as novas tecnologias digitais, lembremos da realidade virtual e da realidade aumentada, que permitem, respectivamente, experimentar ambientes e situações imaginários, ou experimentar a realidade cotidiana acrescida de mais informação (como no caso de o cliente obter informação sobre um restaurante apontando para ele a câmera de seu mobile phone).
         A computação em nuvem é a capacidade corporativa de poder dispor de todas as facilidades da computação a distância. Já a segurança digital é uma área essencial em C&T, pois é a capacidade corporativa de prover uma experiência digital segura para seus clientes. Vale lembrar a criação de games e de processos de gamificação de atividades corporativas (para aumentar a produtividade do trabalho, por exemplo); e, finalmente, a eclosão e o desenvolvimento de novas tecnologias digitais, metodologias de pesquisa e avanços científicos em áreas como as de energias renováveis, agronegócios, biofarmacêutica, além de engenharia genética, aeroespacial, química e de novos materiais (a exemplo de nanotecnologias e nanomateriais), com aplicações diversas e que ensejam a abertura de novos negócios tipo startups e scaleups.
         Um especialista em big data, em começo de carreira, pode ter salário de até R$ 4 mil, podendo chegar aos R$ 30 mil no caso de cargos como engenheiro de big data, ou head de big data. Para melhor subsidiar a criação de novos negócios em C&T, são altamente recomendáveis conhecimentos específicos sobre temas como empreendedorismo, planos e modelos de negócios ou gerenciamento de projetos, além de finanças corporativas, gestão estratégica, pesquisa de mercado, marketing e assuntos afins, de forma a permitir a criação de um robusto e durável modelo de negócios, além da fidelização da clientela e aumento das vendas e lucros.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA SABEDORIA E A QUALIFICAÇÃO DOS CAMINHOS DO SUCESSO NA SUSTENTABILIDADE

“O lugar pacífico que existe 
além da mente: a sabedoria
        Quando a criatura humana desperta para cooperar com a evolução, ela cruza o primeiro portal, a partir do qual, a alma e a personalidade devem trabalhar juntas. Assim deixa para trás as fases que vinha percorrendo em seu ritmo normal na vida comum, mais lento. Dispõe-se, então, a assumir a tarefa de domar sua mente e seu livre arbítrio; une todas as suas energias, pois, caso não o faça, certos aspectos de menta jamais poderão concentrar-se na meta evolutiva e continuarão, sempre que possível, devastando.
         Isso significa o início de um novo ciclo. Neste caminho, o ser poderá contar com o auxílio da sua parte mais consciente (ou seja, o Instrutor), que sempre estivera presente, porém, mantendo-se nos bastidores e, até certo ponto, imperceptível.
         Nessa nova fase, a reflexão sobre os acertos, os erros e as provas torna a alma perceptiva após longo período de cegueira e ignorância em que se viveram superficialmente fatos marcantes que poderiam ser mais bem elaborados. Vê-los simplesmente passar, sem qualquer consideração a respeito, implicaria, a esta altura, deixar de desenvolver uma série de potenciais.
         O egoísmo, a crítica, a crueldade e a tendência à tagarelice equivalem aos aspectos dessa mente que dão origem aos conceitos, às teorias e às ideias mais concretas e óbvias do homem, de modo especial às que se encaixam e se afinam com a mentalidade vigente na sociedade organizada. Essas tendências do pensamento, que existem em todos nós e correspondem a aspectos mentais que implicam separatividade, devastação e crítica, são passíveis de transmutação e de desenvolvimento quando inspiradas pelo “lugar de paz” – para onde devem ser levadas.
         Durante épocas seguidas, o pensamento esteve solto: a mente foi cruel e devastadora por não ter ainda contato com o lugar pacífico que existe além dela, o da sabedoria. Ela levou o homem a devastar primeiro o seu próprio corpo físico com hábitos inadequados e depois a sagrada Natureza terrestre. Levou-o a devastar seus relacionamentos por meio principalmente da tagarelice. Todavia, a mente superior, com sua visão conjunta, inclusiva e amorosa, é mais potente do que o poderio da separatividade e do julgamento.
         Deter essa mente que critica, que tem ideias e teorias próprias, que é eivada de preconceitos, e transportá-la para outro patamar, levando-a a captar o pensamento superior, a energia da alma, usando para tanto o poder da própria decisão – eis a tarefa hercúlea a ser empreendida por aquele que ingressa no caminho.
         O aspirante não deve, porém, iludir-se pensando de modo precipitado que, ao elevar a mente a outro patamar, o trabalho já esteja pronto. O processo de captura da mente é longo e repleto de turbulências. Para que o egoísmo seja domado por completo, são necessários muito tempo, trabalho e vigilância. Mais tempo ainda é requerido para que ele seja sublimado nos planos supraconscientes.
         Outras partes do ser, com novas possibilidades, precisam agora incluir-se no processo. Quando ingressa no caminho, o ser percebe por meio dos acontecimentos que ações sem a colaboração das energias da alma não são mais viáveis no seu estágio evolutivo. Assim, pouco a pouco, a mente desenvolve-se, aprendendo o que é necessário não mais pela razão, mas pela intuição que se revela no silêncio do encontro com o eu superior.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de novembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de novembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ÉRIKA NAHASS, professora de gestão de pessoas da FGV/Faculdade IBS, e que merece integral transcrição:

“Lentes mentais e sucesso
        Quantas vezes você se viu mergulhado em pensamentos conflitantes ou tão somente angustiado diante de escolhas necessárias? Quantas vezes você se movimentou para mudar seu cenário de vida para prosperar? Ou, ainda, quantas vezes você se viu inclinado a desistir de seus empreendimentos, mas buscou fôlego para continuar?
         Se você tem uma lente mental empreendedora, a resposta provável seria “muitas vezes”; caso contrário, talvez essas perguntas até percam o sentido.
         Lentes mentais são imagens, paradigmas e vivências. São registros sobre nós mesmos e sobre a realidade. São orientadas por um conjunto de crenças e valores armazenados em nossa mente, que influenciam na forma com a qual lemos o mundo e, assim, agimos. É através dos modelos mentais que filtramos, julgamos e construímos as relações, as escolhas, o “tom” e o “grau” das nossas realizações. A ousadia ou a timidez; a prudência ou o riso; a positividade ou o negativismo; a ação consequencialista ou imprudente; tudo está dosado, engatilhado e ambicionado na proporção da nossa capacidade de ler, reler e praticar o mundo lido.
         Dessa maneira, o sucesso requer uma lente audaz, onde disciplinas como pensamento sistêmico, domínio pessoal, visão compartilhada e disponibilidade para o aprendizado ajudarão a formar uma lente flexível, de crescimento, capaz de recorrigir rotas, refazendo cálculos, julgamentos e crenças para se ajustar e agir informado por uma pluralidade de paradigmas, e não por um paradigma. Nós somos, em grande proporção, filhos do nosso tempo histórico, e dessa maneira formados em invólucros culturais. A capacidade ou a disciplina em aprender a ver e ler o nosso modelo cultural, de maneira diversa ou complementar, nos confere plug-ins mentais ricos para a construção da nossa barca dourada do sucesso. Porque estamos em uma travessia do ponto “A” para o ponto “B”, onde “B” deverá ser melhor do que “A”. Assim, a barca é a mentalidade em construção capaz de nos guiar e levar a um novo e temporário cais de sucesso.
         O sucesso é almejado por nós por conter valor positivo de prosperidade. E valor atendido é sucesso computado. Mas toda e qualquer leitura sobre o sucesso atinge conclusões simples e sofisticadas de que, ao alcançar ou viver o sucesso, estaremos, portanto, satisfeitos, confortáveis emocional e materialmente, mas conscientes de sua transitoriedade. De que forma o meu modelo mental me potencializa para ler a realidade, de forma a prosperar, no meu conceito de sucesso, e na sua busca? Eis a questão.
         A lente com a qual você lê o mundo é rica em sua capacidade de mudança, aprimoramento e releituras? A nossa condição humana nos confere poderes de descobrir e redescobrir maneiras de interpretar as mesmas e novas vivências, de maneira aprisionadora ou libertária. Vivemos várias vidas em uma vida, e isso não é incoerente. São Muitos papéis desempenhados e em tempos de consciência diferentes. A busca por níveis de consciência é capaz de acalentar a alma, colocando-a no lugar de conforto. Mas não veja conforto como estagnação, mas sim como o encontro da conformidade buscada. Porque onde a alma se acha, ela se acalma e abre espaço para decantar novas possibilidades e nova fronteira do pensar.
         E o sucesso? Sem a tão esperada fórmula mágica, o que se possuía é a imensa capacidade de aprimorar nossas lentes para enxergar as possibilidades de aplicação das nossas competências e, então, realizar nossas coerentes expectativas. Dessa forma, conseguiremos satisfazer o sustentável e responsável conforto emocional e material – nunca como um episódio de vida definitivo, pois a vida flui por vários trajetos, mas sim como um vivência identitária capaz de nos elevar, no nível de consciência sobre a vida, o mundo das coisas e encontrar a satisfação. E assim, sempre valerá a pena nos perguntar o que mais podemos ler, na atual posição, que nos faça ver mais. Sucesso na jornada!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro/2017 a ainda estratosférica marca de 332,38% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,29%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em outubro, chegou a 2,70%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.






         

sexta-feira, 21 de abril de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA GESTÃO DOS PROCESSOS E A EXIGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS

“É preciso gerenciar o desempenho dos processos
        A experiência adquirida em vários ambientes de negócios tem reforçado a nossa convicção de que a boa gestão requer, como premissa, o uso intensivo de indicadores. Sem eles, o exercício se torna uma aventura de alto risco. Com eles, tudo tende a ficar mais fácil, na medida em que os indicadores jogam luz sobre as questões com as quais lidamos e, na claridade, aumentam as nossas chances de tomar decisões mais adequadas.
         Assim é que “mediu, melhorou”. Essa assertiva, simples e vigorosa, é a percepção que vem se confirmando consistentemente ao longo do tempo, seja na vida pessoal, seja no trabalho ou nos demais relacionamentos.
         Os gestores, além de computadores, têm muitas ferramentas, extraordinárias e de baixo custo, muito embora nem sempre boa parte deles suspeitem do tesouro que têm. Entre as boas e indispensáveis ferramentas estão os indicadores (ou indicadores de desempenho), que permitem conhecer o estado atual dos objetos com que lidam (processos, produtos/serviços e projetos), naturalmente sem deixar de considerar a essencialidade de qualidade das pessoas que compõem as suas equipes. É senso comum que o exercício da (boa) gestão requer a utilização adequada de indicadores, sem os quais é até possível dirigir uma organização, mas será impossível controlá-la.
         Não dispor de indicadores adequados, como é relativamente comum em não poucas organizações, é estar despreparado para comandar equipes, programas e projetos. Saber identificar e interpretar indicadores é condição indispensável para evitar que, em qualquer tipo de atividade, os gestores corram riscos desnecessários. Quando os gestores sinceramente aplicados não dispõem de indicadores adequados, o efeito mais comum é ter percepção de que estão desesperadamente ocupados e que não há tempo para solucionar as múltiplas e inadiáveis demandas. Essa síndrome, geralmente, é resultado apenas de uma armadilha preparada por eles mesmos, em face de, por falta de referências ou medidas, serem incapazes de determinar os gargalos, separando o que é importante do que é urgente.
         Nesse contexto nebuloso, há tendência de os gestores desenvolverem a chamada “cegueira do ambiente”, condição que os torna incapazes de chegar às raízes dos problemas. Agem por impulso, tratando apenas os efeitos, não as causas dos problemas. Ora, se a causa está presente, é uma questão de tempo os mesmos problemas se repetirem, embora sejam, enganosamente, vistos como “novos”.
         Tais gestores, como de praxe, tendem a vislumbrar a primeira, mais imediata e mais enganosa solução: “Precisamos de mais gente”. Não percebem que eles mesmos são os responsáveis pela situação, que estimula e alimenta um ambiente de trabalho cada vez pior para tudo e para todos.
         O fato relevante é sabermos em que grau nós governamos a situação (processos sob controle) ou se somos governados pelos acontecimentos (processos fora de controle). Nas organizações mais competentes, provavelmente, os seus processos estarão todos sob controle. Nesse caso, estaremos vivendo sob um ambiente de planejamento consciente e, portanto, de previsibilidade dos resultados. Gerar e manter esse ambiente previsível, isto é, gerenciável, é um dos grandes objetivos da gestão organizacional.
         Quando os processos são medidos, é possível revelar informações sobre sua realidade de resultados, habilitando o gestor a tomar decisões mais apropriadas. As medidas são a fonte mais segura e insuspeita para tomar decisões consistentes. Por outro lado, o feeling e a sensibilidade são atributos de natureza essencialmente subjetiva e, portanto, de cunho meramente emocional. Sem dúvida, esses atributos são também indispensáveis para se chegar às decisões acertadas. Todavia, são as medidas que agregarão o caráter mais racional e objetivo às decisões.
         São as medidas realizadas que permitem as comparações e, em boa parte, instrumentalizam o gestor para reconhecer e atribuir aos responsáveis o mérito devido, pelo bom ou pelo mau resultado alcançado.
         Nossa torcida é para que os gestores reflitam diuturnamente sobre os benefícios de adotarem a gestão de processos, combinado com o gerenciamento de indicadores, levando em conta que “o processo de melhorias contínuas numa organização é uma corrida sem linha de chegada”.”.

(MARIA ELISA MACIEIRA. Professora do MBA em gestão de processos da FGV/Faculdade IBS, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de março de 2017, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de abril de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ALEXANDRE BOSSI QUEIROZ, professor de contabilidade e finanças do Centro Universitário Uma, e que merece igualmente integral transcrição:

“Controle, corrupção e tribunais de Contas
        A Operação Lava-Jato tem mostrado à sociedade quão profundos são os esquemas de corrupção que envergonham nossa nação e consomem boa parte do dinheiro público. Até então, os principais denunciados são parlamentares e agentes políticos do Poder Executivo. Com a deflagração, pela Polícia Federal, da Operação “O Quinto do Ouro”, cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro que foram presos sob acusação de participar de um esquema de pagamento de propina oriunda de recursos desviados de contratos com órgãos públicos continuam afastados de suas atribuições. Além disso, recente decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autoriza a abertura de inquérito contra um membro do Tribunal de Contas da União.
         O Tribunal de Contas é o órgão governamental incumbido de fazer a auditoria externa das administrações públicas. A ele compete verificar se o dinheiro público está sendo aplicado com lisura e sem desvios. Em todos os estados da federação, e no Distrito Federal, o agente público responsável pelo julgamento das contas públicas são os conselheiros, também conhecidos como juízes de contas públicas. Eles têm a função de fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, identificando malversações e punindo condutas ilegais ou inadequadas.
         Nos tempos atuais, em que se observa um crescente distanciamento da população pelas estruturas de governo, que gastam cada vez mais e prestam menos serviços, e em que escândalos de corrupção fazem parte de nosso cotidiano, as cortes de Contas se constituem em um importante instrumento de controle dos atos e gastos dos gestores públicos.
         No entanto, a atuação dos tribunais de Contas no Brasil tem sido falha, intempestiva e totalmente distante dos olhos da população, que clama por moralidade na gestão dos recursos públicos. Os diversos casos de desvio de dinheiro público que, com frequência, aparecem nas primeiras páginas dos jornais são prova de que os tribunais de Contas não andam exercendo, satisfatoriamente, o seu papel fiscalizador.
         O principal motivo dessa ineficácia reside na forma como são indicados os conselheiros dos tribunais de Contas. Para que o futuro conselheiro possa exercer corretamente seu papel fiscalizador e julgador, espera-se que atenda a, pelo menos, dois requisitos: imparcialidade e competência. Ser imparcial deveria ser uma condição indispensável para a sua indicação. No entanto, o que ocorre no Brasil é uma incoerência: o governador ou os deputados indicam o nome de um aliado político que analisará e votará suas próprias contas. Bastante duvidoso será o grau de independência de sua análise.
         A competência técnica é outro fator preponderante. É importante que o escolhido tenha a formação e a experiência necessárias para a função que exercerá. Afinal, o objeto de sua análise são as contas públicas e, portanto, deve ser conhecedor de temas como contabilidade pública, execução orçamentária, os passos das despesas e receitas governamentais, licitações e contratos, e avaliação da gestão patrimonial, financeira e econômica. Desta forma, escândalos como esse, envolvendo a quase totalidade dos conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, mostram que já passou da hora de repensarmos o atual modelo de constituição das nossas cortes de Contas, eliminando de vez a prática de indicar políticos para fiscalizar políticos.
         Nossa população não merece tribunais de Contas corruptos, dispendiosos e burocráticos, cuja atuação é de uma passividade preocupante diante dos diversos casos de corrupção que assolam nosso país.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro/2017 a ainda estratosférica marca de 481,46% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 326,96%; e já o IPCA em março, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 

           

  

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A SUSTENTABILIDADE DO EMPREGO E DA EMPRESA E OS DESAFIOS DA SUPREMA MAGISTRATURA

“Quer blindar seu emprego?
        Em tempos de economia desaquecida e consequente desaceleração de crescimento dos negócios, é necessário ter profissionais com competências técnicas e comportamentais bem desenvolvidas para garantia e manutenção da existência da empresa. Logo, adquirir capital intelectual com atributos que gerem valor agregado se tornou um desafio ainda maior para as organizações que almejam manter competitividade no mercado agressivo, visto que o mercado de trabalho dispõe de um grande volume de mão de obra, porém, boa parte dos desempregados apresenta qualificação insuficiente para as demandas que se apresentam.
         As pesquisas aponta índices ainda maiores de desemprego neste ano, projetados em 13,8 milhões. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada três desempregados no mundo entre 2017 e 2018, um será brasileiro, deixando nosso país em terceiro lugar no número de desempregados entre as maiores economias do mundo, superado apena pela China e Índia.
         É exatamente neste momento que os profissionais que sabem pensar fora da caixa precisam agir para blindar seu emprego e consequentemente continuar se desenvolvendo profissionalmente. Devem começar a avaliar seu comportamento, mantendo-se atentos aos aspectos éticos no universo corporativo e evitar posturas pouco profissionais. Prometer apenas aquilo que pode ser cumprido tornou-se essencial, seja uma solicitação do cliente ou de um colega de trabalho. Desenvolver um bom comportamento no trabalho requer observância à etiqueta profissional. Conversas vazias, fofocas, maledicências sobre o chefe ou sobre a empresa para a qual trabalha e causar intrigas entre os colegas são comportamentos inadmissíveis hoje para organizações que buscam a manutenção de sua existência no mundo corporativo.
         O profissional deve também ficar atento ao excesso do uso das redes sociais durante o expediente. WhatsApp, Facebook e Instagram devem ser usados com muita moderação, principalmente se você não os utiliza como ferramenta de trabalho. A produção deve ser única e exclusiva para a empresa, sem reclamações. Afinal, você está aí para isso. Não usar equipamentos da empresa, como telefone, computador e materiais de escritório, para seu uso pessoal são competências comportamentais muito valiosas para as organizações. Pesquisas comprovam que 87% das demissões são atribuídas à falta de competência comportamental, e apenas 13% se dão pela ausência da competência técnica.
         Para manter sua empregabilidade, é necessário vender a competência que as empresas compram hoje, e isso inclui habilidades de comunicação, estratégias, resiliência para enfrentar novos desafios, automotivação, ética, trabalho em equipe, inteligência emocional, autoliderança, criatividade e inovação e que sejam agentes provocadores de mudança com nível elevado de capacidade e conhecimento para garantir resultados positivos.
         Enfim, para blindar seu emprego, procure desenvolver e aprimorar um perfil de profissional polivalente, saiba solucionar os problemas em vez de ser o problema. Peça feedback com relação ao seu trabalho para o seu gestor. Tenha sempre uma estratégia para garantir a eficiência de suas ações junto às questões da organização. Mantenha um relacionamento interpessoal saudável no trabalho. Participe de cursos, workshops, palestras e eventos onde você possa aumentar seu networking e compartilhar as experiências.
         Busque ter respostas novas para os novos e velhos problemas. Se você for capaz de desenvolver esse perfil e entender que entregar mais com menos recursos é na maioria das vezes acumular funções e fazer além do que foi proposto no momento da contratação, certamente conseguirá manter seu emprego, pois comprometimento é pré-requisito no mundo corporativo.”.

(FRANCICE OLIVEIRA. Professora de MBA na Fundação Getúlio Vargas/Faculdade IBS, palestrante e coach, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de fevereiro de 2017, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1º de fevereiro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR., advogado, e que merece igualmente integral transcrição:

“A suprema magistratura
        Com o inesperado falecimento do eminente ministro Teori Zavascki, os critérios que devem nortear a escolha e o fiel exercício da suprema magistratura voltam à ribalta da opinião pública. Sim, desde o julgamento do mensalão, o colendo Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou acentuada projeção institucional; par alguns, a exposição tem sido tanta que a corte estaria a se distanciar de sua tradição de reserva, liturgia e sobriedade no digno desempenho da atividade judicante. A crítica merece reflexão.
         Frisa-se, inicialmente, que o apontado ganho de popularidade do egrégio STF talvez esteja intimamente ligado ao desenvolvimento democrático do país que enaltece o dever de visibilidade e transparência dos atos de poder. No entanto, é inegável que estamos a presenciar uma palpável hipertrofia do Supremo por força de um preocupante processo de judicialização da política. Ou seja, diante das agudas insuficiências dos poderes políticos genuínos, algumas questões – que deveriam ser resolvidas pelo bom governo ou pelo bom trabalho parlamentar – acabam sendo direcionadas ao Judiciário que, uma vez provocado, se sente no dever de prestar jurisdição.
         No entanto, existem matérias que refogem ao âmbito técnico do conhecimento jurisdicional, exigindo, em vez da firmeza de uma sentença togada, a fluidez e a arte reflexiva do pensamento político criador. Sobre o ponto, a clássica lição de Bryce ensina que “a Corte Suprema tem firmemente recusado intervir nas questões puramente políticas” (in purely political questions). Nessas questões, em vez do controle judicial, o que vigora, conforme as sempre sábias palavras de Ruy, são “os freios da opinião popular e da moral social”. Logo, o povo também é um intérprete da Constituição; em tempos democráticos, não há monopólio hermenêutico.
         Nesse contexto, o juiz constitucional deve ser dotado de uma sensibilidade especial que una o rigor técnico ao tirocínio da experiência. Não existe boa aplicação da lei sem a compreensão das circunstâncias. E a profunda compreensão do mundo é a simbiose inseparável do estudo com a vivência. Aqui, não bastam olhos que leiam; é preciso a visão vivida do pensamento superior.
         Não é à toa que o processo de escolha da suprema magistratura traduz ato genuinamente complexo. Nos termos da Lei Maior, o presidente da República faz a indicação e submete o escolhido à sabatina no Senado; uma vez aprovado na Alta Casa legislativa, há a nomeação do novo ministro. Como se vê, o referido critério de escolha traduz uma responsabilidade político-institucional conjugada entre o Executivo e o Parlamento, cuja razão de ser é outorgar legitimidade democrática ao exercício da jurisdição constitucional. Perguntam se esse critério seria apropriado? Em tese, sim, embora – é claro – possa ser mal e desgraçadamente exercido. Aliás, não existe critério perfeito, pois os interesses humanos sempre podem ser vis.
         Felizmente, a história ensina. Quanto ao ponto, não custa lembrar que o primeiro sabatinado, vigência da atual Constituição, foi o saudoso ministro Paulo Brossard. O notável jurista gaúcho, em sua vasta e plural existência de homem público, levou luzes e independência aos três poderes da República. Que a altura da nobre ilustração jogue ares de intelectualidade, decência e honradez para a escolha que virá. Ou será que tais valores perderam atualidade em tempos de Lava-Jato?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, em dezembro e no acumulado dos últimos doze meses, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu a estratosférica marca de 484,6%; a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,6%; já o IPCA também acumulado nos últimos doze meses, em janeiro/2017chegou a 5,35%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...