“Empresas
de sucesso na nuvem
Segundo informações da
International Data Corporation (IDC), duas em cada três empresas brasileiras
enxergam a computação em nuvem como um fator-chave para o sucesso do negócio.
Gigantes mundiais já “enxergaram” que a nuvem é o futuro. Médias e pequenas
empresas também estão optando por gerir os seus negócios na nuvem. Mas por que
tantas outras ainda estão fora dela? Talvez por medo de perder a segurança e
privacidade de seus dados – o que não é justificável. Uma vez vencida essa
barreira, os benefícios são vários.
Economia
é fundamental para que as corporações prosperem. O custo/benefício do
gerenciamento de dados na nuvem está na possibilidade de gerar mais escala,
armazenar uma quantidade maior de arquivos com um investimento reduzido, sem
precisar de servidores locais. Além disso, geralmente, as manutenções e backups
automáticos já são incluídos no pacote de serviços contratados. Isso também
gera economia de tempo, ganho em produtividade e, consequentemente, reduz os
gastos operacionais mensais da empresa.
Segurança
é a maior das exigências das grandes empresas. Os sistemas baseados em computação
na nuvem geralmente são certificados por padrões internacionais de segurança e
permitem maior controle e privacidade. Dessa forma, é necessária autorização
para acessar os dados armazenados e isso reduz riscos de invasões e perda de
informações. Além disso, se os dados não estão em equipamentos físicos, não
existe o risco de perdê-los por meios acidentais (incêndio, por exemplo).
Acessibilidade
é o que as organizações precisam, em um mundo onde a multiplicação de
informações e dados é instantânea e precisa ser acessada a qualquer hora e em
qualquer lugar, por meio de conectividade com a internet. Essa é uma
característica importante no armazenamento de informações na nuvem que dá
velocidade para as operações.
Flexibilidade
é o que as instituições querem para alavancar os seus negócios. Uma gestão de
dados totalmente adaptável à operação da empresa, como é possível com a cloud
computing, traz ganhos relevantes de tempo, dinheiro, produtividade e
colaboração para a sua empresa.
A
computação em nuvem permite, de forma simples, acessar servidores, bancos de
dados e outros serviços por meio da internet. Uma plataforma de serviços em
nuvem, como por exemplo a Amazon Web Services – maior e mais segura nuvem do
mundo, segundo o quadrante mágico de Gartner –, é a proprietária do sistema de
armazenamento e faz a manutenção do hardware conectado à rede que pode ser
acessada via web.
Em
resumo, a computação em nuvem não requer grandes investimentos iniciais em
hardware e não dispensa tempo nas atividades de manutenção e gerenciamento
desse hardware. Além disso, é possível acessar a qualquer hora e em qualquer
lugar os recursos necessários e pagar apenas pelo que usa.
Esses
são os principais atributos da gestão de dados cloud computing (computação na
nuvem) e explicam por que empresas de sucesso como Netflix, Spotify,
GOLAirlines, McDonald’s, Unilever, Johnson e Dow Jones, entre outras, estão nas
nuvens.”.
(CLEBER PIÇARRO.
Especialista em TI para o varejo e diretor da EAC Software, em artigo publicado
no jornal ESTADO DE MINAS, edição de
5 de março de 2018, caderno OPINIÃO,
página 7)
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29
de setembro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de SACHA CALMON, advogado, coordenador da especialização em direito
tributário da Faculdades Milton Campos, ex-professor titular da UFMG e UFRJ, e
que merece igualmente integral transcrição:
“O
direito progressivo
Seria imprudente não ver
que a moral egoísta e utilitária (“não faças aos outros aquilo que não queres
que te façam”) deixa pouco a pouco de se basear no dever para se firmar no
amor. Comte-Sponville, autor do mais importante livro sobre a ética no século
20, faz-nos ver maravilhados que a moral, ao invés de constranger, pode nos
tornar felizes, até mesmo sem religião. O seu livro se intitula O pequeno tratado das grandes virtudes e
o cerne da sua prédica escora-se em uma máxima, profunda e bela: “O que fazemos
por dever não fazemos por amor, e o que fazemos por amor não fazemos por
dever”. O amor é, então, a maior de todas as virtudes. Quanto à religião, foi
preciso esperar a teologia do amor e do perdão contra a da culpa e do castigo
para entender o fenômeno religioso mais como alegria pessoal do que como
estrutura implacável de poder normativo, com base em ameaças. Teilhard de
Chardin, que foi cientista e teólogo católico, jamais negou que nós somos o elo
final e pensante da evolução das espécies e que nossos corpos e mentes resultam
da primeira molécula surgida no planeta no dealbar da vida, depois de longo
processo evolutivo. Nem por isso deixou de ver, na evolução, uma formidável
epopeia; viu o mais complexo surgindo do mais simples e o espírito resultando
da carne num plano majestoso, cuja razão humana, imersa em profunda vertigem,
não explica, mas a alma pressente: a caminhada da consciência para o ponto
ômega, para Ele que, fora do tempo, funda o homem e a história. Haverá um tempo
em que igrejas e doutrinas morais e religiosas serão, talvez, desnecessárias, e
o homem estará como o centro.
Mas o
que estará reservado ao direito? Qualquer olhar que lancemos ao passado, já
vimos, deixa-nos lívidos de pavor: penas infamantes, torturas, arbítrio, medo,
angústia, as galés. Grandes são as diferenças entre os direitos de antanho e os
de hoje. A escravidão e a desigualdade eram comuns. O tributo, castigo e
opressão, poder do governante. O processo, tosco; a Justiça, parcial; o sistema
de provas, irracional. Até mesmo em Roma, sede primeira da ciência jurídica,
houve um tempo em que o credor podia lançar as mãos sobre o devedor, reduzi-lo
à escravidão ou jogá-lo do alto da pedra tarpeia para que morresse à vista de
todos (o direito em seus primórdios. Logo os seus bens passaram a garantir suas
dívidas).
É
verdade que, hoje em dia e por toda parte, injustiças sociais e leis injustas
nos fazem descrer do homem. A condição feminina, para não nos alongarmos
noutras injustiças, mormente no Oriente, em que pesem todos os avanços, é,
ainda, profundamente discriminatória, para dizer o mínimo. Os direitos das
minorias, quando não são objeto de desprezo ou mofa, nem seque são reconhecidos.
Racismo e misérias humanas parecem indiferentes ao direito, que muitas vezes
até os estimula. A África do Sul e o Sr. Mandela. E o que dizer dos direitos
dos não heterossexuais? Tudo isso, no entanto, está em mutação. Como linhas
longamente convergentes destinadas a se unir em algum ponto do futuro, direito,
justiça e igualdade, finalmente, serão um plexo pleno e inextrincável.
Por isso
os juristas, os operadores do direito, que é ciência e arte, devem ser pessoas
de fé, cientes de sua missão. Devemos servir aos valores humanos: liberdade,
pluralismo, humanismo, a pessoa como centro de respeito (todas as pessoas),
dignidade, igualdade, verdade e paz, acima de povos, raças, credos, religiões e
pátrias. A missão do jurista, a par de conhecer o direito, é introduzir nos
sistemas jurídicos a axiologia do justo e do igual em escala planetária. Não
estaremos fazendo na sublime, apenas uma tarefa cotidiana. É hora de encerrar
esta parte citando dois grandes juristas, à guisa de síntese de tudo quanto foi
dito sobre a ambiguidade do direito, a um só tempo opressão e caminho para a
liberdade e a justiça.
“A
ciência do direito é a ciência do direito positivo. O conhecimento jurídico
dirige-se a estas normas jurídicas que possuem o caráter de normas jurídicas e
conferem a determinação dos fatos o caráter de atos jurídicos.” (Hans Kelsen)
A
perspectiva aí é absolutamente positivista. O objeto da ciência do direito é a
norma jurídica (qualquer norma de qualquer sistema jurídico, legítimo ou não em
sua formação, justo ou não em seu conteúdo). Expressivo, portanto, o título do
livro: Teoria pura do direito.
Mas
vimos que o direito vem de envolta com a história e as suas tormentas, numa
busca obstinada de igualdade, segurança e justiça.
“O
direito é, essencialmente, um esforço humano no sentido de realizar o valor da
justiça. Essa dimensão ideal existe na norma jurídica. Pois a norma não se
reduz a uma mera forma de relacionar atos, com total indiferença para o valor.
Se a norma é dever-se, é dever-se de algo, como diz Lourival Vilanova,
jurisconsulto brasileiro, reconhecendo que o direito é, progressivamente, o
caminho das liberdades e da igualdade entre os homens. Não é hoje, mas peleja
para sê-lo no porvir. O direito é progressivo. Mas quem o empurra? As
sociedades...”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de
307,20% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial chegou em históricos 306,86%; e já o IPCA, também
no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,43%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura,
além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências
do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações,
da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da
paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental,
com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.