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segunda-feira, 26 de julho de 2010

A CIDADANIA, OS GOVERNOS E AS PRIORIDADES

“AS RAÍZES POLÍTICAS DO DESENVOLVIMENTO

[...] No centro do poder e da política, há cidadãos e Estados efetivos. O termo “cidadãos”, como usado aqui, refere-se a qualquer pessoa que vive em um determinado lugar, mesmo não tendo o direito formal de votar, como um migrante ou uma criança. Já o termo “Estados efetivos” se refere a um poder público capaz de garantir a segurança e o estado de direito, conceber e implementar uma estratégia eficaz para garantir um crescimento econômico inclusivo e que possa ser responsabilizado pelo usufruto de direitos por parte de seus cidadãos e garanti-los. A interação entre cidadãos diferentes classes, seus altos e baixos e suas muitas contradições será discutida a seguir.

No nível individual, a cidadania corresponde ao desenvolvimento da autoconfiança e a superação da maneira insidiosa pela qual a condição de relativa falta de poder pode ser internalizada. Em relação a outras pessoas, ela diz respeito ao desenvolvimento da capacidade de negociar e de influenciar a tomada de decisões. E quando indivíduos empoderados trabalham juntos, ela significa envolvimento em ações coletivas, no espaço de um vilarejo ou bairro ou em um âmbito mais amplo. Em última análise, a cidadania ativa significa envolvimento com o sistema político no sentido de construir um Estado efetivo e assumir algum grau de responsabilidade pelo domínio público, deixando para trás noções simplistas de “eles” e “nós”. Sem esse envolvimento, na memorável frase do filósofo francês Bertrand De Jouvenel, “uma sociedade de ovelhas acaba gerando um governo de lobos”. [...]”
(DUNCAN GREEN, in Da pobreza ao poder: como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, páginas 21 e 22).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de julho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Governos e prioridades

A Doutrina Social da Igreja advoga que “a comunidade política e a sociedade civil, embora reciprocamente coligadas e interdependentes, não são iguais na hierarquia dos fins”. A compreensão deste princípio esclarece que a comunidade política está essencialmente a serviço da sociedade civil, das pessoas e dos grupos que a compõem. Neste horizonte, sublinha-se que a comunidade civil não pode ser considerada como um apêndice ou uma variável da comunidade política. Pelo contrário, ela tem preeminência. Ora, a justificação da comunidade política se dá no seio da comunidade civil a serviço desta. Essas considerações acenam para a importância determinante dos governos e de suas instituições na sociedade como instâncias de serviços na sociedade civil. Suas prioridades devem ser definidas a partir das necessidades que se patenteiam no tecido da sociedade civil, considerando-se sua heterogeneidade, articulações e desarticulações, ambiguidades e contradições, enquanto lugar de embate de interesses diversos. Aqui se configura o cenário de disputas com riscos sérios que geram comprometimentos, de modo que o risco do mais forte prevalece sobre os mais fracos.

Portanto, no tecido da sociedade civil, os pobres serão sempre a preferência no atendimento de necessidades e na definição de prioridades. A opção preferencial pelos pobres não pode se dar apenas no âmbito das razões e práticas religiosas como o faz e se deixa permanentemente desafiar a Igreja Católica, como reafirmou a Igreja Latino Americana na quinta conferência do seu episcopado, no documento de Aparecida. O papa Bento XVI, no seu discurso inaugural, afirmou que a Igreja está convocada a ser “advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas”. A Igreja compreende essa opção como capítulo implícito à fé que professa em Cristo, Deus e homem, seu Mestre e Senhor.

Os rostos sofredores dos pobres são como os de Cristo, pois tudo o que tem relação com Cristo tem relação com os pobres. Essa opção preferencial pelos pobres tem que ser determinante no horizonte dos governos para definir suas prioridades. Governos, com suas instâncias todas, servidores na sociedade civil têm a enorme tarefa de propor mudanças de estilo de vida que substituam aqueles contrários à natureza e à dignidade do ser humano, como a cultura atual alimenta e se deixa fascinar por eles. A idolatria do poder, da riqueza e do prazer efêmero precisa ter um forte contraponto na organização social, como norma máxima de funcionamento, de tal maneira que nada esteja acima do valor da pessoa. Nessa direção, a consideração dos pobres é determinante na definição de prioridades. Basta levar em conta a sua condição social – ferida que revela a desconsideração de sua dignidade, a falta de moradia, trabalho, oportunidades, educação, saúde.

A discussão dos programas de governo apresentados pelos candidatos deve merecer especial atenção de todos nas eleições deste ano. É verdade que não basta pôr no papel, por ele aceitar tudo. É preciso registrar nos programas de governo, e ser acompanhado pelos eleitores, em sintonia com posturas pessoais e num horizonte de compreensão da realidade que possibilite a escolha de prioridades que possam, com rapidez, realizar mudanças sociais mais significativas. Apesar de todo o desenvolvimento e aumento de riquezas na sociedade brasileira, a luta contra a pobreza permanece como um desafio. É necessária a participação efetiva de cada cidadão, com critérios advindos de uma mentalidade cultivada por compreensão política e de condução institucional.

O desenvolvimento proposto nos programas de governos, e para as ações parlamentares, não pode deixar de incluir conquistas significativas no âmbito empresarial, tecnológico e organizacional. Contudo, deve ser capaz de enfrentar, com inteligência e sensibilidade, problemas gravíssimos como o déficit habitacional, a real qualificação da educação, oferecendo oportunidades mais ampliadas, entre outros itens que favoreçam a mudança desse cenário vergonhoso desenhado pelas feições sociais da miséria. A realidade cultural e as condições favoráveis da sociedade civil precisam contar com homens e mulheres que na comunidade política definam suas prioridades de governo a partir desse desafio que a condição dos mais pobres está exigindo e urgindo, para associá-los aos que gozam de condições adequadas à dignidade humana. É hora de discutir e compreender mais para escolher bem.”

São, pois, páginas ESCLARECEDORAS da absoluta necessidade URGENTE de MUDANÇA “desse cenário vergonhoso desenhado pelas feições sociais da miséria” que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, em sintonia com as exigências da ERA da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 31 de março de 2010

A CIDADANIA, A RAZÃO E A FÉ

“Os quadros que compõem o ritual da Semana Santa foram narrados e escritos pelos evangelistas. No decurso de vinte séculos, os textos dos Evangelhos se reproduziram em quantidade sem conta. Copiados e recopiados, guardam, todavia, fidelidade aos originais, graças ao meticuloso exame das reproduções. Naqueles documentos bíblicos está a autenticidade das celebrações da Igreja, que não se podem confundir com meras representações de efeito cênico. [...]”.
(ALUÍSIO VIEIRA CARNEIRO, em artigo do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de abril de 1993, Caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“A razão e a fé

O homem age no mundo usando a razão, apoiando-se na sua experiência e na tradição que recebe de sua comunidade. A razão define possibilidades e impossibilidades em função de esquemas lógicos e do acúmulo de conhecimentos sistemáticos fornecidos pela ciência.

A tradição elabora e transmite sabedoria acumulada, que é mais do que conhecimento, refletindo uma experiência de vida sedimentada ao longo de muitas gerações que se sucederam no tempo.

É nesse jogo de razão e experiência/tradição que o homem dá sentido à sua vida. Aceitar os fatos apresentados pela tradição é um ato de fé no testemunho e na vivência dos antepassados. Ato de fé que a razão molda e controla os limites de forma que a crença não vire superstição. Ter fé, antes de ser um fato religioso, é um ato corriqueiro no homem e intrínseco à sua natureza.

A ciência constata os fenômenos e a fé empresta sentido ao mundo, propiciando ao homem tomar decisões. Mas ciência e a fé são, como o homem, itinerantes. Se constroem, se refinam ao longo de sua história. Sem fé o homem ficaria totalmente imobilizado, porque tudo que ele faz, planeja e decide está na área do provável. Sem também não se praticaria a ciência, que se baseia na crença de que a natureza obedece a regularidades e responde ao raciocínio lógico/matemático.

O homem não vem pronto. Sua vida é um constante jogar de dados, em que ele cria possibilidades de ação e, a partir daí, constrói sua existência pelos caminhos dos acertos e dos erros. Por isso o homem é um ente em projeto e um permanente poder ser por toda a sua vida, até a morte.

A fé assume e reinterpreta o passado, mas também tem confiança no futuro. A razão busca o exato, o que pode ser provado. A fé intui o correto e o verdadeiro da experiência da vida, concreta e transmitida de geração em geração.

Exatidão, correção e veracidade se intercruzam na vida do homem. A experiência vivida e passada pela tradição é evocativa. Ela se coloca para ser recriada a cada geração, apontando novos sentidos para o homem. A simbologia da fé é muito mais aberta do que aquela que é normalmente usada pela ciência, porque se caracteriza por retratar um percurso de aventura, que extrapola o jogo da linguagem lógico-matemática.

A razão torna o mundo cada vez mais controlável, dentro dos limites que ela consegue demarcar. A fé é um risco que abre o mundo ao sentido, à esperança, ao transcendente. Portanto, ninguém deve se enganar, por mais que as aparências enganem, a mente do homem só se torna completa ao incorporar a razão e a fé.”

São páginas, pois, que ampliam nossa visão acerca da complexidade da existência humana e nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, e mais ainda tendo como horizonte eventos de TRANSCENDENTAL importância como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A CIDADANIA E A NOVA SOLIDARIEDADE

“[...] a economia cidadã [...]

E isso também se traduz pelo sentimento de uma comunhão de interesses, pois cada membro sente-se concernido pelo desenvolvimento do outro: uma manifestação pública organizada por um dos movimentos (Finansol, por exemplo) sempre atrai, além das pessoas diretamente envolvidas em sua ação específica, membros das outras redes e, em torno deles, todos aqueles que se interessam pela economia, pela solidariedade e pelo desenvolvimento sustentável: movimentos sociais e sindicais, redes políticas, representantes eleitos, movimentos religiosos, professores, assistentes sociais, círculos intelectuais e muitos aposentados também, que se sentem liberados de um dever de reserva e que aconselham à juventude, também ela interessada, entusiasmada, questionadora, mas também vigilante!”
(HENRI ROUILLÉ D’ORFEUIL, in Economia Cidadã: alternativas ao neoliberalismo; tradução de Patrícia Chitoni Ramos. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, página 132).

“A nova solidariedade

A nova solidariedade é o princípio acenado pelo papa João Paulo II na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, em 1990. O papa Bento XVI falava da solidariedade global em 2009, por ocasião da celebração dessa data. A solidariedade, nova e global, é um valor indispensável e insubstituível para avançar em projetos novos que tutelem a criação e garantam conquistas adequadas no âmbito do desenvolvimento integral. É preciso insistir e investir na formação da consciência social e política ancorada no princípio da solidariedade. Não bastam simplesmente as garantias democráticas, advindas das abordagens e impostações ideológicas. A Doutrina Social da Igreja assinala que a solidariedade é que confere particular relevo à intrínseca sociabilidade da pessoa, à igualdade de todos em direitos e dignidade. Essa é a direção que pode assegurar uma possível e necessária unidade entre os povos. Os caminhos apropriados para essa solidariedade estão bem configurados e facilitados no contexto das conquistas contemporâneas.

Os meios de comunicação, no âmbito da telemática e dos progressos da informática, além do crescente volume de intercâmbios comerciais, mostram o quanto tecnicamente é possível estabelecer relações entre as pessoas, ainda quando situadas muitos distantes umas das outras. É um fenômeno sem igual desde o começo da humanidade. Contudo, essas facilidades e tudo o que as caracteriza, estampam um mundo desigual – marcado por variadas formas de exploração, corrupção e opressão – com incidências muito determinantes na vida dos Estados. Esse processo de interdependência, cada vez mais acelerado, ocorre entre pessoas e nações. Nesse caso, especialmente, é preciso um suporte e empenho intensos no plano ético-social. Do contrário, não se dará conta de superar a situação de injustiça nas suas dimensões planetárias, com repercussões nefastas no conjunto da humanidade.

Essas relações de interdependência devem ser transformadas em formas de solidariedade de caráter ético-social, enquanto exigência moral inerente a todas as relações humanas. A Doutrina Social da Igreja sublinha que esse caráter tem dois importantes aspectos complementares: o princípio social e o da virtude moral. Assim, a solidariedade deve ser tomada como princípio social ordenador das instituições, possibilitando a superação das estruturas de exclusão e exploração. Isso se efetivará com a inteligência das modificações de leis, ordenamentos variados e, particularmente, nas perversas regras do mercado.

Com virtude moral, a solidariedade faz brotar no coração humano o indispensável sentimento de compaixão que se traduz na determinação de empenhar-se pelo bem comum, mantendo acesa a chama da consciência que atiça o sentido de responsabilidade pelo bem de todos, especialmente enquanto compromisso com os mais pobres e sofredores. Quando, pois, se aborda o sentido e alcance do bem comum, compromisso central de cartas magnas e de ordenamentos nas sociedades, é preciso estar atento para o quanto esse valor está próximo da solidariedade. Dissociado desse sentimento, o sentido do bem comum corre sérios riscos de deturpação, indiferença e desrespeito.

O princípio da solidariedade implica – recorda a Doutrina Social da Igreja – cultivo, pelos homens de nosso tempo, de uma maior consciência do débito que têm para com a sociedade na qual estão inseridos. Todos são devedores daquelas condições que possibilitam a existência humana de modo digno e íntegro. Essa dívida tem que ser honrada com muitas ações no agir social e político. É uma convicção fundamental do pensamento social da Igreja Católica que o desenvolvimento integral do homem não pode ser efetivado sem o desenvolvimento solidário da humanidade. Assim, ressalta o papa Bento XVI, também na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano.

É preciso encorajar as pesquisas para explorar potencialidades que permitam melhores condições do uso do meio ambiente; cuidar do sistema hidrogeológico global, da água, com sérios propósitos de reconquistar estabilidade para superação das alterações climáticas. Não são dispensáveis as urgências de políticas idôneas na gestão de florestas, tratamento do lixo, na luta contra a pobreza. Esses indicadores de caráter sistêmico não dispensam condutas individuais, articuladas na vida comunitária e grupal, quanto à urgente necessidade de sair, diz o papa Bento XVI, lógica de mero consumo para promover formas que respeitem a ordem da criação e sejam satisfeitas as necessidades primárias de todos. A hora de nova solidariedade.”

Eis, pois, mais páginas que nos MOTIVAM e FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, que no horizonte de EXCEPCIONAL AGENDA – investimentos BILIONÁRIOS com a realização da COPA DO MUNDO DE 2014, da OLIMPÍADA DE 2016 e da exploração do PRÉ-SAL, permita a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e, sobretudo, ancorada no princípio da SOLIDARIEDADE, podendo PARTILHAR as EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS PÁTRIAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa Fé e ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...