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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A CIDADANIA, A MELHORIA DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS E A SONEGAÇÃO GLOBAL

“O caminho certo: resposta está na melhoria do ambiente de negócios
        
         O dinamismo de uma sociedade está em sua capacidade de gerar emprego e renda. O Brasil de hoje conseguiu gerar emprego e renda a partir de uma gestão inteligente da inflação, dos fundamentos fiscais, dos programas sociais e da maior oferta de crédito. A desigualdade caiu, assim como a taxa de desemprego.
         Porém, a essa altura do campeonato, o modelo brasileiro começa a demonstrar exaustão. Não que tenhamos de trocar o modelo de consumo por outro.
         O Brasil tem um problema grande de oferta. Nosso consumo aumentou; a oferta, não. O deslocamento entre a oferta e o consumo nos leva a importar o que poderíamos fazer aqui.
         Assim, temos um situação paradoxal. O mercado quer consumir e pode consumir. Entretanto, o empresário que pode ofertar não quer investir. Prefere importar ou não oferecer. Ou, ainda, investir apenas onde tem certeza de obter elevados retornos ou onde conheça  muito bem.
         Aparentemente, o atual governo insiste em tratar a questão pelo lado público, sempre com um viés intervencionista. Não à toa demorou a adaptar as regras das concessões de rodovias, portos e aeroportos.
         Insiste em manter uma carga tributária alta e nada faz para que o ambiente de negócios no país seja o melhor possível. Não mantém um diálogo regular com os empresários, nem procura saber o que eles pensam sobre como podemos crescer mais e melhor.
         A oposição, por seu lado, pouco trata da questão. Prefere esperar os erros do governo a criar um discurso inteligente. Ter mais empresas dando emprego e renda é do que precisamos.
         Para mim, não importa quem assuma a missão: a resposta para os desafios do Brasil hoje está na melhoria do ambiente de negócios. Melhorando o ambiente para investir, teremos condição de manter a atual situação de pleno emprego e geraremos crescimento, renda e arrecadação. Nossa economia crescerá a níveis mais próximos dos demais países dos Brics. A pobreza e a desigualdade continuarão a cair.
         Apontar os defeitos do atual modelo brasileiro é fácil. Porém, também não é difícil dar respostas. E, para mim, elas são claras. Temos um roteiro pronto que indica o caminho certo: fazer com que o Brasil ganhe  posições no ranking Doing Business do Banco Mundial.
         No atual relatório do Doing Business, o Brasil amarga uma colocação pífia: 116º lugar. Evidentemente, não se pode considerar que o relatório é absolutamente preciso. No entanto, ele revela percepções sérias sobre temas relevantes, como obtenção de alvarás de construção, propriedade industrial e patentes, sistema tributário, proteção a contratos, entre outros itens.
         Ao governo, bastaria olhar o relatório com atenção e traçar uma meta para, em alguns anos, ganharmos muitas posições no ranking do Banco Mundial. Bastaria ter vontade política e um mínimo de competência. Devemos urgentemente simplificar nosso sistema tributário. O governo federal deve agir unilateralmente e deixar os governos estaduais agirem.
         Devemos reativar o programa nacional de desburocratização e impor prazos e penas para as respostas da administração pública. Alvarás não podem demorar tanto para sair, como acontece hoje em Brasília. O sistema de patentes deve ser robustecido. Os programas de inovação, pesquisa e desenvolvimento devem ser vitalizados.
         Ao melhorar o clima para investimentos privados no país, teremos nosso desenvolvimento baseado no consumo, nos investimentos em infraestrutura e na ampliação dos negócios privados. Não dependeremos apenas do governo para crescer.”

(MURILLO DE ARAGÃO. Sociólogo e cientista político, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de janeiro de 2014, caderno OPINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, mesma edição, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de FREI BETTO, que é escritor, autor de Calendário do poder (Rocco), entre outros livros, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sonegação global
        
         A presidente Dilma participou pela primeira vez, na terceira semana de janeiro, do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Assim como existe retiro espiritual, o evento sediado na Suíça equivale a um retiro pecuniário. Ali se reúnem os donos do mundo. Entre os quais 85 pessoas que, juntas, acumulam uma fortuna de US$ 1,7 trilhão – o mesmo valor que possuem 3,5 bilhões de pessoas, a metade da população do planeta.
         Este dado acima foi divulgado, em janeiro, pela organização britânica Oxfam. Ela alerta ainda que, em 2013, o número global de desempregados atingiu a cifra de 202 milhões. Em decorrência da acumulação privada da riqueza, as bases da democracia estão sendo minadas.
         O fim da Guerra Fria atenuou a tensão entre o Leste e o Oeste do mundo. No entanto, a desigualdade social crescente agrava a disparidade entre o Norte e o Sul. Segundo Joseph Stiglitz, Prêmio Novel de Economia, o PIB dos países ricos está encolhendo. O da Grécia sofreu uma redução de 25% desde 2008. O do Brasil ficou em torno de 2% em 2013.
         Nos EUA, segundo Stiglitz, 95% dos ganhos na economia se concentram em mãos de 1% da população, os que ocupam o topo da pirâmide social. Ele conclui: “Mesmo antes da recessão, o capitalismo ao estilo americano não estava funcionando para uma grande parte da população”. A renda média do cidadão estadunidense é, hoje, inferior à renda média de 40 anos atrás.
         Ao contrário do esperado, nos últimos anos as políticas impostas pelos donos do poder só agravaram a desigualdade social, devido a fatores como desregulamentação financeira; ampliação dos paraísos fiscais e do sigilo bancário (o narcotráfico agradece); práticas comerciais anticoncorrenciais; impostos menores para os rendimentos mais elevados; e redução de investimentos em serviços públicos. Desde o início da década de 1980, dos 30 países pesquisados pela Oxfam, em 29 os ricos pagam cada vez menos impostos.
         E o governo do PT, quando fará a reforma tributária tão alardeada em seus documentos e discursos originários?
         Estima-se que os paraísos fiscais guardem, livres dos olhos e da boca do Leão, US$ 21 trilhões! Na Índia, como no Brasil, o número de bilionários aumentou 10 vezes na última década, graças a uma estrutura tributária fortemente regressiva. Na Europa, a crise financeira impôs austeridade às classes média e pobre, enquanto os governos socorrem com recursos públicos empresas e instituições em dificuldades. (No Brasil, a galinha dos ovos de ouro se chama BNDES.).
         A miséria e a pobreza que afetam 4 bilhões de seres humanos – para os quais o capitalismo fracassou – advêm de várias causas, entre as quais se destacam a imunidade e a impunidade do crime de sonegação fiscal. A riqueza financeira líquida global (exceto imóveis) é calculada em US$ 94,7 trilhões (dado de 2012). Dos quais US$ 18,5 trilhões se encontram estocados em paraísos fiscais. Se essa fortuna avarenta pagasse impostos, os cofres públicos recolheriam US$ 156 bilhões, o suficiente para erradicar duas vezes a pobreza extrema no mundo.
         O documento The price of offshore revisited, de James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, revela que os bilionários  brasileiros acumulavam em paraísos fiscais, até 2010, US$ 520 bilhões (cerca de US$ 1,3 trilhão).
         A Oxfam propôs em Davos algumas medidas: 1) Tributação progessiva. Quem ganha mais para mais impostos. 2) Fim do financiamento de campanhas eleitorais por pessoas jurídicas (tomara que o STF ouça o apelo!). 3) Transparência de todos os investimentos públicos em empresas e fundos de pensão. 4) Priorizar os recursos públicos para saúde, educação e seguridade social. 5) Salários compatíveis com as necessidades vitais dos trabalhadores. 6) Acabar com a pobreza extrema no mundo até 2030 (sobrevivem na pobreza extrema todos os que possuem uma renda diária inferior a US$ 1,25 (= R$ 2,95).
         Prevê-se que em 2030 estarão na pobreza extrema 342 milhões de pessoas. Hoje, são pouco mais de 1 bilhão. A redução se explica pelo aumento de recursos dos governos em políticas sociais. No entanto, não se mexe uma vírgula na estrutura capitalista que produz pobreza extrema e agrava a desigualdade social.
         Duvido que os donos do mundo reunidos em Davos darão ouvidos a apelos como o da Oxfam. Walt Disney, catequista do capitalismo, retratou bem na figura do Tio Patinhas a idolatria da fortuna. Ela inebria e escraviza seus devotos. O fetiche do dinheiro cega quem o possui, embora haja exceções.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir uma permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, a amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 639 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública;a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...  

sábado, 30 de abril de 2011

A CIDADANIA, A SUSTENTABILIDADE E AS BOMBAS-RELÓGIO

“AS RAÍZES POLÍTICAS DO DESENVOLVIMENTO


[...] A chave do sucesso ou do fracasso do desenvolvimento reside na interação entre Estados e cidadãos. Essa interação inclui a política formal mediante os processos de eleições, debates parlamentares e o ativismo de partidos, bem como o envolvimento mais amplo da cidadania ativa.

O desenvolvimento raramente é pacífico. Quando um país se transforma, suas estruturas sociais e econômicas mudam rapidamente, surgem novas classes e novas riquezas se acumulam em ritmos historicamente sem precedentes. Os perdedores e os ganhadores desse processo intenso frequentemente vão às vias de fato. Foram necessários séculos para que essa transformação social e econômica se manifestasse nos países industrializados da atualidade, mas, nos países em desenvolvimento, um choque de magnitude semelhante foi experimentado em apenas décadas.

Em alguns países, esse processo de “destruição criativa” resultou em um capitalismo viável e dinâmico. Em outros, ela gerou uma “política de despojos” – o roubo de recursos por parte de classes improdutivas – e um declínio para a anarquia. A natureza e a evolução política do Estado são cruciais para determinar o caminho seguido por um país.

Estados efetivos e que respondem por seus atos são essenciais para o desenvolvimento. Os Estados garantem saúde, educação, água e saneamento para todos; eles garantem a segurança, o estado de direito e a estabilidade social e econômica; e regulam, desenvolvem e modernizam a economia. Não há atalhos, seja pelo setor privado, por organizações da sociedade civil ou por movimentos sociais, embora eles também desempenhem um papel crucial.

Um desafio central para o desenvolvimento é, portanto, construir Estados efetivos que prestem contas de seus atos e sejam capazes de atacar a pobreza e a desigualdade em todas as suas dimensões (não apenas a de renda) e de garantir respeito pelos direitos que permitem que a cidadania ativa prospere. Estados efetivos desempenham um papel crucial na redução da vulnerabilidade a choques e na criação de meios pelos quais pessoas e comunidades em situação de pobreza podem se beneficiar do mercado, como será discutido em outras seções deste livro.

A despeito de quão obscuras sejam suas origens, os Estados da atualidade têm a obrigação, no âmbito do direito internacional, de resguardar os direitos das pessoas, e eles estão cada vez mais evoluindo no sentido de assumir esse papel em decorrência da pressão exercida por movimentos de cidadãos e pela comunidade internacional. Por essa razão, a política, em sua expressão mais elevada – a interface entre cidadãos e Estados –, constitui o foco desta parte do livro, que examina os desafios da ação política e evidências de avanços alcançados no sentido de se garantir uma maior liberdade aos cidadãos. [...]”

(DUNCAN GREEN, in Da pobreza ao poder: como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, páginas 23 e 24).


Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SACHA CALMON, Advogado tributarista, coordenador do curso de especialização em direito tributário das Faculdades Milton Campos, que merece INTEGRAL transcrição:

“Bombas-relógio


A presidente Dilma Rousseff corre sérios riscos econômicos com reflexos políticos danosos para ela e seu governo, o que não satisfaz a ninguém, seja da situação, seja da oposição, que somos interessados na sanidade do país. A primeira bomba-relógio é da indexação oficial dos contratos, os administrados (luz, telefone, planos de saúde, mensalidades escolares, tarifas de transportes, pedágios etc.) e os participantes em geral, como aluguéis, prestação de serviços etc., que ocorrem anualmente, gerando inflação inercial, retroalimentada na exata medida dos índices utilizados. No caso dos fiscos, a correção é pela taxa Selic. A construção civil pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC), e assim por diante. A correção monetária dos preços administrados e dos contratos assegura, automaticamente, tantos pontos da inflação futura quanto maior essa tenha sido no ano anterior. Economicamente, é induzimento ao suicídio para usar uma metáfora jurídica. O suicida não pode ser punido, está morto, mas os que o induziram podem sê-lo. A punição no caso é política: perda de confiança e popularidade. A economia indexada, ao sofrer o carry over, provoca um efeito colateral no comércio, a remarcação dos preços das mercadorias em estoque, na suposição de que ao repô-las as pagará mais caro. Aqui o outro sentido da “indexação”, não mais a correção monetária institucional, mas a remarcação das coisas vendáveis. Em suma, inflação. Urge acabar com a correção monetária.

A segunda bomba-relógio é a do crédito desabrido estimulado pelos juros primários mais altos do mundo. Ele leva a quem tem dinheiro sair da produção para a agiotagem legalizada das instituições financeiras;a especulação dos fundos e bancos, apostando na desvalorização do dólar, a provocar depressão na atividade produtiva interna, exceto na commodities do agronegócio e minérios; e importação com o real forte. Os preços inndustriais estão semiestáveis, coisa que a miopia dos economistas ortodoxos não enxerga. Quem está especulando com preços, principalmente das commodities, são os “fundos de hedge” e a tesouraria dos bancos. Outra causa inflacionária incontrolável vem do setor de serviços, com aumentos de 40% a 80% sobre os preços praticados há apenas quatro meses. Não precisamos de um choque de juros, seria caro e inócuo. Precisamos de uma facada no crédito o mais depressa possível, para assegurar uma aterrissagem de emergência no terceiro trimestre. O primeiro trimestre continua tão quente ou mais quanto um crescimento de quase 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Nesse ritmo, chegaremos a 5%. Mesmo com o dólar baixo, o emprego industrial continua a crescer.

A terceira bomba-relógio é a do salário mínimo e dos salários em geral. Todos os manuais de economia ditam que aumentos salariais acima da produtividade da mão de obra geram inflação. Lula peitou essa inconteste verdade (claro, se os preços estão estáveis, mas os salários não, obviamente para evitar o sobrecusto, os preços aumentam – salário é custo). A fórmula que o ex-presidente negociou com as centrais sindicais é uma bomba de efeito retardado. Que fórmula? A do aumento automático (mais uma indexação maluca) que predica o reajuste do salário mínimo, somando a inflação oficial do ano anterior mais o aumento do PIB de dois anos anteriores. Se a inflação em 2011 for de 7% - e não estamos distantes disso – e considerando o crescimento do PIB de 7,5%, em 2010, teremos um reajuste do mínimo em 2012 de 14,5%. Será uma catástrofe econômica, com repercussões gravíssimas.

A quarta bomba-relógio é a fiscal. Os gastos do governo em 2011 estão altíssimos. Este ano, o governo federal tem que viver como monge, da mão para a boca. É preferível gastar uns bilhões das reservas, que dão prejuízo no carregamento, para fazer face aos gastos com segurança, educação, saúde e mobilidade urbana, onerar ainda mais a dívida pública rolada pela Selic. O despropósito é evidente. O governo para em média 11% para tomar dinheiro no mercado e ganha 1% com as reservas cada vez maiores, em razão da enxurrada de dólares, atraídos pelos juros generosos que o Banco Central não cessa de comprar, sem resultados palpáveis. Não precisamos de tantas reservas – US$ 222 bilhões são suficientes. O nosso PIB é de US$ 2,2 trilhões. De uma coisa estou certo: a presidente – que tem sinceridade de propósitos – ganhará a guerra de sua vida e de seu governo na batalha de 2011. Ou o governo derrota a inflação (e o mercado financeiro) este ano ou passará o resto do mandato lambendo as feridas.”


Eis, pois, mais páginas contendo SÉRIAS e PROFUNDAS abordagens e REFLEXÕES acerca da IMPERIOSA, INADIÁVEL e URGENTE necessidade de IMPLACÁVEL combate aos que considamos os MAIORES e mais AVASSALADORES inimigos do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL do PAÍS, ao lado da MONSTRUOSA e crescente DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA – a INFLAÇÃO, a CORRUPÇÃO e o DESPERDÍCIO –, que SANGRAM nossa ECONOMIA e MINAM nossa CAPACIDADE de INVESTIMENTO e POUPANÇA...

Mas, NADA, NADA mesmo, ARREFECE nosso ÂNIMO e ENTUSIASMO, e mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeira JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a Conferência RIO + 20 de 2012, COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A CIDADANIA, OS GOVERNOS E AS PRIORIDADES

“AS RAÍZES POLÍTICAS DO DESENVOLVIMENTO

[...] No centro do poder e da política, há cidadãos e Estados efetivos. O termo “cidadãos”, como usado aqui, refere-se a qualquer pessoa que vive em um determinado lugar, mesmo não tendo o direito formal de votar, como um migrante ou uma criança. Já o termo “Estados efetivos” se refere a um poder público capaz de garantir a segurança e o estado de direito, conceber e implementar uma estratégia eficaz para garantir um crescimento econômico inclusivo e que possa ser responsabilizado pelo usufruto de direitos por parte de seus cidadãos e garanti-los. A interação entre cidadãos diferentes classes, seus altos e baixos e suas muitas contradições será discutida a seguir.

No nível individual, a cidadania corresponde ao desenvolvimento da autoconfiança e a superação da maneira insidiosa pela qual a condição de relativa falta de poder pode ser internalizada. Em relação a outras pessoas, ela diz respeito ao desenvolvimento da capacidade de negociar e de influenciar a tomada de decisões. E quando indivíduos empoderados trabalham juntos, ela significa envolvimento em ações coletivas, no espaço de um vilarejo ou bairro ou em um âmbito mais amplo. Em última análise, a cidadania ativa significa envolvimento com o sistema político no sentido de construir um Estado efetivo e assumir algum grau de responsabilidade pelo domínio público, deixando para trás noções simplistas de “eles” e “nós”. Sem esse envolvimento, na memorável frase do filósofo francês Bertrand De Jouvenel, “uma sociedade de ovelhas acaba gerando um governo de lobos”. [...]”
(DUNCAN GREEN, in Da pobreza ao poder: como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, páginas 21 e 22).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de julho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Governos e prioridades

A Doutrina Social da Igreja advoga que “a comunidade política e a sociedade civil, embora reciprocamente coligadas e interdependentes, não são iguais na hierarquia dos fins”. A compreensão deste princípio esclarece que a comunidade política está essencialmente a serviço da sociedade civil, das pessoas e dos grupos que a compõem. Neste horizonte, sublinha-se que a comunidade civil não pode ser considerada como um apêndice ou uma variável da comunidade política. Pelo contrário, ela tem preeminência. Ora, a justificação da comunidade política se dá no seio da comunidade civil a serviço desta. Essas considerações acenam para a importância determinante dos governos e de suas instituições na sociedade como instâncias de serviços na sociedade civil. Suas prioridades devem ser definidas a partir das necessidades que se patenteiam no tecido da sociedade civil, considerando-se sua heterogeneidade, articulações e desarticulações, ambiguidades e contradições, enquanto lugar de embate de interesses diversos. Aqui se configura o cenário de disputas com riscos sérios que geram comprometimentos, de modo que o risco do mais forte prevalece sobre os mais fracos.

Portanto, no tecido da sociedade civil, os pobres serão sempre a preferência no atendimento de necessidades e na definição de prioridades. A opção preferencial pelos pobres não pode se dar apenas no âmbito das razões e práticas religiosas como o faz e se deixa permanentemente desafiar a Igreja Católica, como reafirmou a Igreja Latino Americana na quinta conferência do seu episcopado, no documento de Aparecida. O papa Bento XVI, no seu discurso inaugural, afirmou que a Igreja está convocada a ser “advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas”. A Igreja compreende essa opção como capítulo implícito à fé que professa em Cristo, Deus e homem, seu Mestre e Senhor.

Os rostos sofredores dos pobres são como os de Cristo, pois tudo o que tem relação com Cristo tem relação com os pobres. Essa opção preferencial pelos pobres tem que ser determinante no horizonte dos governos para definir suas prioridades. Governos, com suas instâncias todas, servidores na sociedade civil têm a enorme tarefa de propor mudanças de estilo de vida que substituam aqueles contrários à natureza e à dignidade do ser humano, como a cultura atual alimenta e se deixa fascinar por eles. A idolatria do poder, da riqueza e do prazer efêmero precisa ter um forte contraponto na organização social, como norma máxima de funcionamento, de tal maneira que nada esteja acima do valor da pessoa. Nessa direção, a consideração dos pobres é determinante na definição de prioridades. Basta levar em conta a sua condição social – ferida que revela a desconsideração de sua dignidade, a falta de moradia, trabalho, oportunidades, educação, saúde.

A discussão dos programas de governo apresentados pelos candidatos deve merecer especial atenção de todos nas eleições deste ano. É verdade que não basta pôr no papel, por ele aceitar tudo. É preciso registrar nos programas de governo, e ser acompanhado pelos eleitores, em sintonia com posturas pessoais e num horizonte de compreensão da realidade que possibilite a escolha de prioridades que possam, com rapidez, realizar mudanças sociais mais significativas. Apesar de todo o desenvolvimento e aumento de riquezas na sociedade brasileira, a luta contra a pobreza permanece como um desafio. É necessária a participação efetiva de cada cidadão, com critérios advindos de uma mentalidade cultivada por compreensão política e de condução institucional.

O desenvolvimento proposto nos programas de governos, e para as ações parlamentares, não pode deixar de incluir conquistas significativas no âmbito empresarial, tecnológico e organizacional. Contudo, deve ser capaz de enfrentar, com inteligência e sensibilidade, problemas gravíssimos como o déficit habitacional, a real qualificação da educação, oferecendo oportunidades mais ampliadas, entre outros itens que favoreçam a mudança desse cenário vergonhoso desenhado pelas feições sociais da miséria. A realidade cultural e as condições favoráveis da sociedade civil precisam contar com homens e mulheres que na comunidade política definam suas prioridades de governo a partir desse desafio que a condição dos mais pobres está exigindo e urgindo, para associá-los aos que gozam de condições adequadas à dignidade humana. É hora de discutir e compreender mais para escolher bem.”

São, pois, páginas ESCLARECEDORAS da absoluta necessidade URGENTE de MUDANÇA “desse cenário vergonhoso desenhado pelas feições sociais da miséria” que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, em sintonia com as exigências da ERA da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A CIDADANIA E O COMBATE À POBREZA

“Cidadania ativa e Estados efetivos

[...] Este livro explora estes e outros fatores para atacar a desigualdade e a pobreza em três áreas-chave: política, mercados e vulnerabilidade. Em cada caso, observa-se que o desenvolvimento, particularmente esforços envidados para eliminar a desigualdade, é alcançado de forma mais bem-sucedida por meio de uma combinação de cidadãos ativos e Estados efetivos.

O termo cidadania ativa usado neste livro se refere a uma combinação de direitos e obrigações que vincula indivíduos ao Estado, envolvendo o pagamento de impostos, a obediência às leis e o pleno exercício de direitos políticos, civis e sociais. Cidadãos ativos exercitam esses direitos para melhorar a qualidade de sua vida política ou cívica por meio de sua participação na vida econômica e política ou, ainda, na realização de ações coletivas que, historicamente, têm permitido que pobres e excluídos se façam ouvir. Para pessoas que não gozam plenamente de direitos de cidadania, como migrantes ou (em algumas culturas) mulheres, o primeiro passo geralmente é de se organizar para afirmar esses direitos.

O termo Estados efetivos se refere a Estados capazes de garantir a segurança de seus cidadãos e o estado de direito, que consegue desenvolver e implementar uma estratégia efetiva para assegurar um crescimento econômico inclusivo. Estados efetivos, frequentemente chamados de “Estados indutores do desenvolvimento”, devem responder por seus atos perante seus cidadãos e ter a capacidade de garantir seus direitos.

Por que dar especial atenção a Estados efetivos? Porque a história revela que nenhum país prosperou sem um Estado que administre ativamente o processo de desenvolvimento. As extraordinárias transformações observadas em países como a Coreia do Sul, Taiwan, Botsuana, ou as Ilhas Maurício foram lideradas por Estados que garantem saúde e educação para todos e promovem e administram ativamente o processo de crescimento econômico. Após vinte anos de erosão provocada pela desregulação, “programas de ajuste estrutural”, acordos de comércio internacional e ajuda humanitária, muitos Estados são fracos ou omissos. No entanto, não há atalhos e a ajuda humanitária ou ONGs não podem substituí-los; a rota para o desenvolvimento passa pelo Estado.

Por que cidadania ativa? Porque pessoas trabalhando juntas para determinar o curso de suas próprias vidas e lutar por seus direitos e pela justiça em suas sociedades têm um papel central a desempenhar na responsabilização de Estados, empresas privadas e outros atores por seus atos. A cidadania ativa tem méritos inerentes: pessoas atingidas pela pobreza devem ter voz em decisões que afetem seu destino, em vez de serem tratadas como beneficiários passivos de ações governamentais. Mais do que isso, o sistema – governos, Poder Judiciário, parlamentos e empresas – não pode atacar a pobreza e a desigualdade tratando as pessoas como “objetos” de políticas governamentais ou de outras medidas. Em vez disso, as pessoas devem ser reconhecidas como “sujeitos” que exigem seus direitos de forma consciente e ativa.[...]”
(DUNCAN GREEN, in Da pobreza ao poder: como cidadãos ativos estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, páginas 13 e 14).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de Editorial publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de julho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 12, que merece INTEGRAL transcrição:

“Combate à pobreza

O Brasil avançou muito nas duas últimas décadas, embora amargue ainda problemas em áreas como infraestrutura, saúde e educação. O país deve combater, de todas as formas, a pobreza absoluta, que ainda impera em muitos de seus rincões. Ocorrem enchentes e os que mais sofrem são os pobres, pois vivem às margens de rios, córregos e ribeirões; com as chuvas torrenciais, igualmente os menos favorecidos são soterrados nas encostas dos morros, únicos locais em que podem levantar um barraco, mesmo sem nenhuma condição de segurança; nas ruas, pedintes nos semáforos ainda são vistos Brasil afora. Fala-se que cabe à sociedade buscar alternativas para pessoas que peranbulam sem qualquer perspectiva de uma vida com moradia, ocupação, comida e assistência à saúde, mas, espoliada pela elevada carga tributária – 36,4% do Produto Interno Bruto (PIB) – , admite que pouco pode fazer.

Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dão conta da melhoria das condições econômicas da população desde o Plano Real (julho de 1994), mas a distribuição não foi uniforme. A taxa de pobreza absoluta caiu, no geral, 33,6% entre 1995 e 2008, mas a redução foi de apenas 12,7%, por exemplo, na Região Centro-Oeste. Em média, a pobreza extrema diminuiu 49,8% no período, ficando em 22,8% na Região Norte. A Sul teve resultados melhores nos dois casos, registrando queda de 47,1 % da pobreza absoluta e 59,6% da extrema. A queda não tem uma relação direta apenas com o crescimento econômico. A Região Centro-Oeste, que teve a menor que na proporção de pessoas com renda per capita abaixo de meio salário mínimo, indicativo de pobreza absoluta, registrou a melhor média do país de expansão do PIB por habitante, com média de crescimento anual de 5,3%. A Sul reduziu a pobreza em maior proporção, mesmo tendo registrado o menor ritmo de crescimento do PIB por habitante entre as regiões: 2,3%/ano.

Diante disso, o Ipea alerta que o crescimento econômico, ainda que indispensável, não se mostra suficiente para elevar o padrão de vida de todos os brasileiros. As regiões com maior expansão econômica não foram necessariamente as que mais reduziram a pobreza e a desigualdade. Urge investir no crescimento sem esquecer políticas públicas voltadas para o combate à pobreza. Caso seja mantido o ritmo da redução da pobreza no atual governo, Minas e Paraná poderão se tornar os primeiros estados a erradicar a pobreza absoluta, em 2013. A mesma condição poderia ser alcançada, em 2014, por São Paulo e, em 2015m pelo Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal e por Santa Catarina.

A condição de pobreza extrema, que caracteriza a miséria de famílias com rendimento per capita abaixo de um quarto de salário mínimo (menos de R$ 200), será eliminada no país até 2016, garante o Ipea. Tomara que os eleitos em outubro – presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais – atentem para a questão e a partir de janeiro viabilizem ações para que, o quanto antes, essa mácula social deixe de vez o cenário nacional. Um Brasil sem miséria, sem excluídos, estará mais preparado e em condições de trabalhar firme rumo a uma nação realmente desenvolvida. É o que todos desejamos.”

São, pois, páginas que retratam uma realidade que atravessa SÉCULOS e se torna – em pleno SÉCULO XXI – absolutamente INTOLERÁVEL, mas que, e também por isso mesmo, nos MOTIVAL e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte – como apropriadamente traçado pelo IPEA – de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como para os previstos Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...
em EVENTOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...


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sexta-feira, 18 de junho de 2010

A CIDADANIA, A ÉTICA E A TRANSPARÊNCIA


“Desafios à consolidação da participação social no Brasil
[...] Considerações finais

Atualmente, não há como se falar em democracia no Brasil sem considerar as abundantes experiências de participação e a enorme estrutura institucional constituída especialmente no âmbito das políticas sociais. Os espaços de concerto entre governo e sociedade, particularmente as Conferências e os Conselhos, apresentam as seguintes vantagens: contribuem para aproximar o poder público dos cidadãos (ãs) e para o enfraquecimento das redes de clientelismo, trazendo alianças e conflitos de interesses para esferas públicas de decisão; permitem maior grau de acerto no processo de tomada de decisões; ajudam na identificação de problemas e na construção de alternativas de ação; e aumentam a transparência administrativa e pressionam os governos por resultados.

As conquistas resultantes da maior presença de organizações da sociedade no aparelho do Estado ganham densidade diante do fato de que a retomada na democracia representativa e a implantação da democracia participativa sequer completaram duas décadas. São processos que, apesar de muito recentes, conseguiram uma institucionalização que se consolida cada vez mais. Contudo, os problemas a serem enfrentados não são de pequena monta, especialmente diante da magnitude da exclusão social no Brasil. [...]”
(DUNCAN GREEN, in Da pobreza ao poder: como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz de Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, página 623).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de junho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de RONALDO SCUCATO, Presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, que merece INTEGRAL transcrição:

“Ética e transparência


Infelizmente, no Brasil, os cidadãos de bem têm sido obrigados a conviver com a falta de transparência, com a corrupção e tantos outros absurdos que causam desânimo e desesperança. Dia 2, alcançamos a incrível cifra de R$ 500 bilhões pagos em impostos este ano. O presidente da República defendeu a cobrança de impostos altos para financiar o Estado. Porém, diante de tudo isso, surge uma pergunta simples: qual é o retorno para a sociedade de todo esse montante? Os hospitais públicos não atendem de maneira eficiente a população; a educação brasileira é ainda muito ruim; sobre as estradas, sem comentários.

Uma pesquisa recente concluiu que os brasileiros querem a redução na carga tributária e melhor uso do dinheiro arrecadado. Queremos o óbvio. É evidente que o governo precisa gastar menos e investir em melhores projetos. Nossos governantes precisam, no mínimo, ser éticos e respeitar a sociedade. Precisamos dar um basta na corrupção e nos inúmeros desvios financeiros, acabando com a sobrecarga sobre os contribuintes.

Precisamos estar atentos tanto à origem quanto à destinação de recursos, ao caminho da ética, da transparência, da confiabilidade e da credibilidade. E isso vale para todas as esferas da sociedade. Temos que ser agentes multiplicadores da eficiência, pois só assim chegaremos ao verdadeiro estágio de desenvolvimento. Diante de múltiplos desafios da era moderna, a difusão das práticas e dos princípios que regem a filosofia cooperativista torna-se mais que necessária, sendo fundamental. Nosso cuidado deve ser constante, com passos firmes, sérios e condutores de processos que ajudem na construção de um mundo melhor.

Não podemos nos esquecer do devido zelo na aplicação dos recursos, tampouco permitir que os erros passem a ser rotineiros. A publicidade de nossos atos é o mínimo que podemos oferecer àqueles que têm nos honrado com a sua confiança. Nesse sentido, muito nos orgulha certificar que, no auge de seus 40 anos de existência, nossa entidade tem buscado observar esses parâmetros para se esmerar na solidificação dos pilares que a sustentam, entre eles a credibilidade e a eficácia social. Acreditamos no trabalho, na força e no potencial de nossa equipe e também não abrimos mão de investir em práticas inovadoras que levem ao conhecimento.

A realidade que se apresenta é altamente desafiadora. No entanto, para nós, ela é também o indicativo de que a tese do aprimoramento constante se faz preponderante. Investir na gestão de pessoas para potencializar o capital humano nos parece ser o caminho mais adequado para que as entidades – sobretudo as que se inserem no segmento cooperativista - possam evoluir e atuar não só como agentes multiplicadores da eficiência, mas, sobretudo, na consolidação da democracia, da paz e do desenvolvimento sustentável. É nisso que acreditamos.”

Páginas, pois, que nos mostram a força que vem da SOCIEDADE ORGANIZADA e que busca as URGENTES e NECESSÁRIAS e efetivas TRANSFORMAÇÕES que constituem a essência desta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO que seja verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, TRANSPARENTE, LIVRE, EDUCADA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, ainda mais no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como os previstos para a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

A CIDADANIA BUSCA ESTADISTAS

“[...] No melhor dos mundos, uma sociedade civil ativa e progressista pode ser profundamente transformadora e melhorar a vida de seus participantes e da sociedade como um todo, empoderando pessoas em situação de pobreza para exigir mudanças e responsabilizar seus governantes por suas ações ou omissões. Ao longo do tempo, a cidadania ativa pode tornar os Estados mais efetivos. Quando os Estados estão ausentes, as organizações da sociedade civil podem preencher esse vazio e manter serviços em funcionamento pelo menos em um nível básico. No entanto, as organizações da sociedade civil não um caminho mágico para o desenvolvimento e tampouco podem substituir Estados responsáveis e efetivos, capazes de gerar melhorias concretas sustentáveis na vida das pessoas. Na prática, o desenvolvimento exige os dois.”
(DUNCAN GREEN, in DA POBREZA AO PODER – Como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International; página 72).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de setembro de 1993, Caderno POLÍTICA, página 2, de autoria de VASCONCELOS COSTA, que é ex-deputado federal pelo PSD de Minas, ex-secretário de Estado de Administração e é professor de Direito Internacional Público na UFMG, que merece INTEGRAL transcrição:

“O perfil do estadista

“Sim, sou judeu, tu o disseste! Mas, quando os teus antepassados viviam como simples bárbaros, nesta ilha do norte da Europa, já os meus ascendentes eram sacerdotes do Templo de Salomão!”

Com estas palavras, parodiando o estilo de Jesus, Diasraelli fulminava o aparte de um dos representantes, na Câmara dos Comuns.

Inegáveis eram as qualidades que o situavam como um dos maiores estadistas, que consagraram o período áureo do Império Britânico, berço fértil de grandes homens, que tiveram, e têm tido, proeminência na história da humanidade.

Muitos dos que lograram acesso à vida pública, em diferentes partes do planeta, salientaram-se como governantes, ou se firmaram como políticos,outros tornaram-se meros administradores, mas poucos foram os que se destacaram com as características invulgares do estadista. Não se pode, pois, confundir este com aqueles, cujas personalidades diferem, à primeira análise visual, separando-se, como em ação catalítica, sublimando-se em rápido processo de decantação, enquanto os outros se igualam na mesma planície em que vivem os cidadãos comuns.

O estadista projeta-se nas multidões, como hieráticos, gigantes vegetais dentro das florestas, de caule erecto, de copa farta, pospondo-se naturalmente no vasto complexo das formações botânicas. Ele não se improvisa, não burila ao contato das elites nem se deteriora dentro das multidões, não estuda gestos nem programa rumos de comportamento. Nasce, simplesmente, já com a destinação de ser grande, embora despreocupado de crescer na concepção alheia. É forte de espírito, de moral elevada, sóbrio nas ações, balizando sempre o seu comportamento dentro dos mais apurados princípios éticos que possam dignificar a personalidade humana. É grande, tanto quanto, em comportamento, possa o homem ser grande.

Se olharmos pelo ângulo do espírito, os estadistas e os santos têm características comuns que os identificam, dentro da auréola de respeito e sobriedade, que se reflete de suas personalidades. Tanto uns como outros irradiam reflexos que os tornam diferentes dentro do quadro social em que vivem. Distinguem-se, à primeira vista, onde quer que se encontrem, estampando, na ótica dos circunstantes, presenças nitidamente inconfundíveis.

O político, discípulo de Machiavel, é aquele que possui a arte de opor aos homens a diplomacia e, aos acontecimentos, a habilidade. Para ele,muitas vezes, no difícil jogo de lidar com os homens, parece lícito moldar-se às conjunturas que comumente surgem, atuando de acordo com as conveniências do momento. O estadista decide sempre dentro da razão, em impecável linha de conduta, que o faz diferenciar-se daqueles que simplesmente se adaptam à artimanhas da carreira.

Alexis Carrel, em sua notável peça “L’homme, c’est incomu”, diz que o homem volveu as vistas para o alto, à procura de espaços siderais, e encontrou em tudo ordem e perfeição; depois, volveu-as para baixo e, também, verificou a sistematização dos átomos que integram a vida no planeta, mas quando olhou para si próprio apenas deparou com um amontoado de desajustes, tanto da matéria, quanto do espírito.

Dentro desse quadro sombrio de imperfeições, sujeito ainda a influências múltiplas do meio em que vive, o homem se destaca dos demais, fora do lugar comum da vida social, conquista a liderança natural, com a irreprimível conduta dos que têm caráter forte e praticam o nobre culto da moral.

José Ingenieros, em “El hombre mediocre”,afirma que os gênios ampliam a sua sensibilidade na proporção que elevam a sua inteligência, o que lhes possibilita subordinar os pequenos sentimentos aos grandes, os próximos aos remotos, os concretos aos abstratos. É a alta concepção que têm do humano, quando os homens de visão estrita os supõem distantes dos problemas afetivos que regem a conduta da personalidade.

Para o escritor platino, o homem medíocre tem a sensibilidade limitada, destacando-se pela prevenção constante contra tudo e todos os que se colocam em planos superiores àqueles em que vive. Somente é superado, na escala negativa de valores, pelo homem vulgar, que prolifera em todos os círculos do quadro social.

Ambos se colocam em planos muito diferentes, mas dominam pelo valor quantitativo, quando as lideranças efetivas se tornam inertes ante forças mais poderosas do mundo.

O Império, talvez pelas circunstâncias da época, foi mais pródigo em estadistas do que a República, já sob a influência direta de soluções populares, das quais raramente emergem lideranças alicerçadas na justa concepção política.

Quase todo o mundo moderno está carente de estadistas, que têm surgido, eventualmente, no processo histórico, como símbolos impecáveis de conduta, modelos já quase abstratos de liderança, nas intrincadas sociedades contemporâneas.”

Mais do que nunca, páginas como essas nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE visando as URGENTES e INADIÁVEIS transformações que nos levem à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, EDUCADA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR as suas EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, segundo exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

A CIDADANIA E A CONSCIÊNCIA DA REALIDADE

“NÓS NOS ORGANIZAMOS, LOGO SOMOS

Nunca duvide que um grupo de cidadãos interessados pode mudar o mundo – na verdade, só grupos assim mudaram o mundo até hoje.
MARGARET MEAD, antropóloga

[...] A sociedade civil pode desempenhar um papel crucial para “manter o demos na democracia”. Até os sistemas eleitorais mais limpos e transparentes podem ser minados por instituições antidemocráticas – lobistas corporativos, redes políticas clientelistas e outras similares. Para essas práticas, a luz do sol é o melhor antisséptico, na forma de escrutínio e ativismo da sociedade civil. Nos últimos anos, organizações da sociedade civil têm lutado para que os gastos governamentais ataquem a desigualdade e a pobreza. Esse trabalho de “monitoramento do orçamento” envolve tanto uma análise, nada fácil, da relação entre o que foi prometido e o que foi cumprido como ações de advocacy para influenciar a execução orçamentária. Em Israel, o Centro Adva, uma ONG fundada por ativistas de diferentes movimentos sociais que promovem direitos iguais para judeus Mizrahi, mulheres e cidadãos árabes, usa uma combinação de análises, lobby junto a parlamentares, educação popular e campanhas na mídia. [...]”.
(DUNCAN GREEN, in DA POBREZA AO PODER – Como cidadãos ativos e estados eficientes podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, páginas 63 e 70).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de fevereiro de 1993, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de PAULO EMÍLIO NÉLSON DE SENNA, que merece INTEGRAL transcrição:

"Consciência da realidade

Uma legalidade democrática não é apenas reclamada para a existência digna, é também imprescindível para o gozo da felicidade material, que cabe ao governo proporcionar a todos os cidadãos executando uma administração com sabedoria, competência e moralidade dentro de normas austeras.

Acabamos de assistir o fim de um período cheio de ansiedades e de impressões contraditórias, de incoerências e oscilações do exercício do poder para dar lugar a uma ânsia e um desejo de todo o povo brasileiro, ávido como nunca de uma era duradoura de confiança e paz.

Sendo a democracia um bem insubstituível, nenhum povo a obtém sem a escola da firmeza e da tenacidade. E este bem maior se afigura quando remonta dos mananciais do sentimento popular, tão livre em suas origens quanto fecundos e poderosos nos seus prolongamentos.

Neste sentido, há uma advertência que não deve ser esquecida quando se avizinha o momento em que o povo vai escolher num plebiscito um novo regime para o Brasil: é a plena consciência da realidade da Nação, em todos os seus aspectos político, social e econômico, qualquer que seja a escolha, para que aqueles homens que vierem a ser os responsáveis pelo seu destino conheçam bem a pesada e trabalhosa herança que lhes vai caber.

Temos, pois, é que lutar para que se realize neste Brasil de hoje a expressão feliz de um prognóstico que garanta o pão e a paz para todos os brasileiros; que não vejamos mais triunfantes as maquinações levianas e falsas, preservando com a verdadeira expressão da personalidade humana a livre expansão do nosso gênio criador.

Um Brasil novo no qual a nossa inteligência não precisa lançar mão de artifícios. Não carecemos de muitas idéias, mas de idéias precisas. O povo não quer fórmulas, quer soluções. Não devemos esquecer nossos passos errados para aprender a andar direito. E sendo assim, para onde vamos? Para a verdadeira democracia, aquela que é modelo de dignidade. A sociedade que ela interpreta é que a conduz, transmitindo-lhe o espírito público que é o grande impulso criador.

Resta restaurar pois, a solidez moral do Brasil, renascendo a coerência e a decência, que não surpreende e não decepciona. Com esta capacidade de aceitar advertências, todos brasileiros se confraternizarão nestas circunstâncias especiais da nossa vida política, para se atingir melhor um só alvo, reforçando assim a consistência do idealismo, abatendo-se as armas da discórdia pessoal e elaborando-se, então, uma tábua de valores a serviço da salvação nacional.”

São páginas como essas que nos dão a exata dimensão do grave momento DE CRISE DE LIDERANÇA que atravessamos e nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL “para se atingir melhor um só alvo”: a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR as suas EXTRADORDINÁRIAS POTENCIALIDADES e RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIROS, e no horizonte dos INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, restaurar , QUALIFICAR e ampliar a nossa INFRAESTRUTURA URBANA, a nossa EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, SANEAMENTO BÁSICO, MEIO AMBIENTE e tudo o mais que nos coloque no concerto das primeiras NAÇÕES do mundo...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A CONSCIÊNCIA DA CIDADANIA E O EXEMPLO DE ZILDA ARNS

“Serviços essenciais melhoram a qualidade de vida, permitem que comunidades pobres se tornem participantes ativas na sociedade e promovem a economia. Adequadamente financiados, serviços públicos de boa qualidade são meios cruciais para se combater a desigualdade e redistribuir o poder e a participação de uma geração a outra. Por outro lado, serviços públicos de má qualidade e subfinanciados marginalizam ainda mais os excluídos, fazendo com que a desigualdade crie raízes mais fortes.

Os serviços públicos afetam significativamente a desigualdade de gênero. A ausência de serviços essenciais de boa qualidade tem um impacto duplamente negativo sobre mulheres e meninas. Em primeiro lugar, quando serviços públicos precisam ser pagos, homens e meninos sempre têm mais acesso a eles. As famílias pagam, em primeiro lugar, as matrículas e outras despesas escolares de seus meninos e o custo para tratar pais doentes tem primazia em relação a qualquer gasto com mães doentes. Em segundo lugar, na ausência de serviços públicos essenciais, as mulheres e meninas é que acabam sendo forçadas a compensar essa deficiência. São elas que precisam percorrer distâncias quilométricas para buscar água e é um exército de mulheres do lar em todo o mundo que arca com o ônus de cuidar de parentes na ausência de serviços públicos. Serviços públicos gratuitos e a emancipação das mulheres são dois lados da mesma moeda.”
(DUNCAN GREEN – In DA POBREZA AO PODER – Como didadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, página 44).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Zilda Arns, pela fé

O apóstolo Paulo, em exortação na Carta aos romanos (14, 18-19), tem uma palavra que se aplica, plenamente, no juízo que se pode, com justiça, fazer a respeito da vida e do testemunho da dra. Zilda Arns: “É servindo a Cristo, dessa maneira, que seremos agradáveis a Deus e teremos a aprovação dos homens. Portanto, busquemos tenazmente tudo que contribui para a paz e edificação de uns pelos outros”. A história de sua vida ultrapassa, simplesmente, as mais nobres causas e motivações políticas. Oportuno é recordar que a intuição que originou a Pastoral da Criança se aplica, em primeiro lugar, em Florestópolis, no Paraná, na Arquidiocese de Londrina, com o incentivo do irmão dom Paulo Evaristo Arns, e com o apoio decisivo de dom Geraldo Magela Agnelo, então arcebispo metropolitano naquela região.

A origem desse projeto, que chegou a motivar a sua candidatura ao Prêmio Nobel da Paz, nasceu no meio dos mais pobres, sem os holofotes habituais dos interesses eleitoreiros e da mesquinhez de se tirar proveito de algo, particularmente no âmbito da projeção política. O olhar fixado nos mais pobres, endereçado às crianças, patrimônio a ser defendido e promovido, com todo esforço, fez brotar do coração da dra. Zilda essa intuição. Um discernimento visionário que se concretizou com simplicidade, fazendo a diferença, mudando estatísticas na mortalidade infantil, com traços de milagre operado pela força do amor que toma conta do coração de tantos voluntários, exemplares curadores e promotores da vida.

Os custos baixos e o efeito significativo da operação da Pastoral no cenário da exclusão social e da desnutrição não podem deixar de envergonhar e fazer pensar mil vezes todos aqueles que se apropriam e usufruem de aparatos caros e sofisticados, produzindo tão pouco efeito no quadro das mudanças urgentes. O legado da dra. Zilda, com o exército de voluntários de todas as classes sociais, na Pastoral da Criança e na Pastoral da Pessoa Idosa, não poderá servir de âncora para alavancar candidaturas ou para promover plasticamente figuras políticas. Mas deverá ser uma realidade que continuará a fazer o bem, ganhando o mundo, a custo de safrifícios e, sobretudo, da convicção amorosa de tantos, incluindo mesmo a oferta abnegada da própria vida – o segredo desse sucesso. Essa realidade está sacramentada na tragédia do terremoto do Haiti, onde a dra. Zilda se encontrava, por razões humanitárias, imolando sua vida ali ofertada com o sangue derramado. Tombou como um jequitibá, num grande mistério de fé e da existência humana.

Começou em Florestópolis, no Paraná, e concluiu no Haiti. Sempre entre os mais pobres e na luta pela vida. Há uma pergunta que precisa ser feita por todos, contemplando o conjunto dessa trajetória, graças a Deus situada numa limpidez que não se mistura com os óleos da corrupção e do uso indevido do que é para o bem de todos. Essa pergunta respondida fará compreender de onde nasce o segredo de uma intuição da qual uma médica e sanitarista se tornou depositária, fazendo a diferença, mudando cenários e vencendo as estatísticas alarmantes da mortalidade infantil. De onde nasce essa intuição e o que mantém a sua força? É preciso começar a responder essa pergunta dizendo logo, para não perder tempo, que o sustento e a moldura de todo esse patriomônio – a Pastoral da Criança e a Pastoral da Pessoa Idosa – , serviço da Igreja Católica na sociedade pluralista contemporânea, não nasce de motivações políticas. Se o fosse não avançaria com a mesma força, é incontestável. A intuição e a audácia corajosa desse serviço à vida nascem da fé. A pessoa de Jesus Cristo é o nascedouro e o ápice desse segredo. A fé banha e fermenta a formação técnica e a consciência de cidadania. Quando dela se prescinde, o percurso é mais árduo e falta a sabedoria do coração.

O papa Bento XVI, na sua carta encíclica Deus é amor (nº 31), lembra que não basta por si só a competência profissional e que os seres humanos necessitam sempre de algo mais do que um tratamento apenas tecnicamente correto: “Os seres humanos têm necessidade de humanidade, precisam da atenção do coração”. O trabalho profissional, a vida e os afazeres não atingem suas metas apenas por execuções habilidosas, menos ainda por artimanhas políticas, mas, sim, pelas atenções e intuições sugeridas pelo coração. A formação do coração é capítulo indispensável, e a fé é insubstituível nesse processo. É o encontro com Deus em Cristo que suscita o amor, gera sabedoria enquanto força que faz perseverar, e abre o íntimo ao outro de tal modo que o amor do próximo não seja uma imposição, mas, diz o papa Bento XVI, “uma consequência resultante da sua fé que se torna operativa pelo amor”. É preciso refletir e proclamar aos corações que a excelência da dra. Zilda e seu legado vêm pela fé.”

São testemunhos como esse e outros diversos que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, como elementos essenciais para a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa VENCER as INTOLERÁVEIS e vergonhosamente BRUTAIS DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS, permitindo que as nossas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS façam BENEFICIÁRIOS diretos e efetivos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS...

É o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A CIDADANIA E A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO

“Educação

A educação é crucial para romper o ciclo da pobreza. Ela constitui um direito em si e prepara indivíduos para ter vidas plenas, compreender o mundo e, em última análise, desenvolver a autoconfiança necessária para se fazer ouvir. Uma educação de boa qualidade é emancipatória, um caminho para uma liberdade maior e uma gama mais ampla de opções, além de abrir as portas para uma saúde melhor e mais oportunidades de bem-estar material. Em média, cada ano adicional de educação formal aumenta o salário de um trabalhador em até 5-10% e as habilidades adquiridas podem transformar a qualidade de vida para gerações futuras.”
(DUNCAN GREEN in DA POBREZA AO PODER – Como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. - São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, página 45).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO CHIARELLI, Presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância, ex-ministro da Educação, que merece INTEGRAL transcrição:

“Evolução da educação,

O Brasil vivencia um enorme desafio: a necessidade de educar milhões de pessoas num país gigantesco e no qual falta, muitas vezes, infraestrutura adequada e até professores. Por isso, no últimos anos, seu ensino passou por uma grande evolução, principalmente quanto à educação a distância (EAD). No país, já são mais de 2,5 milhões de estudantes matriculados em cursos que adotam essa metodologia, e o avanço tecnológico foi o responsável por esse avanço. A possibilidade de as pessoas que estão em áreas mais remotas, muitas vezes sem acesso a nada, alcançarem conhecimento teórico de qualidade, sem precisar se deslocar e sem ter maiores custos, é o grande chamariz da EAD.

A educação a distância surgiu no século 19, na Universidade de Londres. Na 2ª Guerra Mundial, soldados norte-americanos já estudavam a distância. Ao Brasil, a EAD chegou no fim do século 19, apresentando cursos por correspondência. Depois, aulas começaram a ser transmitidas pelo rádio. Mais tarde, a televisão revolucionou esse sistema e, hoje, a utilização das mais modernas tecnologias fomentou a evolução do ensino a distância. Para quem não se lembra, o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela fez o curso de direito por correspondência, na prisão. Atualmente, as grandes universidades norte-americanas trabalham com essa modalidade. Elas sentiram que há um grande e crescente interesse dos alunos, principalmente daqueles que trabalham o dia todo.

Se em diversos países desenvolvidos, como o Canadá, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e Espanha, a modalidade faz um enorme sucesso, seria estranho que no Brasil fosse diferente. O motivo é simples: se em países como territórios mínimos a EAD é a grande aposta, imaginem o nosso, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o que dificulta o acesso às aulas presenciais àqueles que vivem em cidades mais distantes. Além disso, o preço da educação a distância é mais acessível, cerca de 50% mais em conta. Segundo dados da consultoria Hoper, especializada em educação, um curso de graduação a distância custa, em média, R$ 168 por mês, ante R$ 457 de um tradicional. Isso sem falar do fator comodidade, já que o aluno não precisa se deslocar até a universidade e tem um horário de estudo mais flexível, adquado à sua disponibilidade.

Isso prova que o conjunto desses dados, juntamente com a qualidade do material e professores contratados, supera qualquer dúvida a respeito desse método. Sem mencionar a tecnologia, grande aliada desse processo e pilar de sustentação a educação a distância. Todos esse fatores têm proporcionado a muitas pessoas a possibilidade de conquistar uma formação superior e de se tornar cidadãos conscientes e ativos na sociedade. Por essas avaliações é que se pode afirmar que a EAD está levando o ensino no país a um novo patamar.”

Tudo isso nos ajuda a COMPREENDER, cada vez mais, os mais diversificados caminhos que devemos EMPREENDER, e através da EDUCAÇÃO, na construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, segundo as exigências do século XXI que busca a SUSTENTABILIDADE e as NOVAS TECNOLOGIAS para um MUNDO que seja FRATERNO e FELIZ.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA e a nossa ESPERANÇA...

O BRASIL TEM JEITO!...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A CIDADANIA E OS NÍVEIS DE CORRUPÇÃO

“A desigualdade extrema gera indignação e condenação, porque ela contradiz a noção amplamente estabelecida de que todas as pessoas, onde quer que estejam, têm determinados direitos básicos. É essencial que a desigualdade seja devidamente atacada para que os países cumpram com suas obrigações legais estabelecidas no âmbito do marco internacional de direitos humanos das Nações Unidas, garantam direitos civis e políticos iguais e promovam a “realização progressiva” de direitos econômicos, sociais e culturais.”
(DUNCAN GREEN, in Da Pobreza ao Poder - Como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam Internacional, 2009).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de novembro de 2007, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“Níveis de corrupção

Há uma impossibilidade física e financeira de o Estado brasileiro fiscalizar o cidadão e as instituições, de forma ampla e universal, quanto à transgressão das leis e aos ordenamentos constitucionais. Não dá para identificar todos os desvios de conduta no campo econômico, financeiro, social, ecológico e tecnológico, pois o número de fiscais necessários para implantar uma repressão eficaz seria enorme se levarmos em conta que o Brasil é um país continental, beirando os 200 milhões de habitantes.

É claro que, modernamente, as possibilidades de a inteligência policial detectar os desvios de conduta cresceram exponencialmente com os recursos tecnológicos.A interceptação telefônica, devidamente autorizada pelo o (sic) Poder Judiciário, os indícios dados pelas declarações do Imposto de Renda, quando confrontadas com a riqueza ostensiva descasada dos rendimentos auferidos, os indícios oferecidos pela Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), as denúncias anônimas e os levantamentos dos tribunais de Contas da União (TCU) e dos estados (TCEs) e das controladorias Geral da União (CGU) e das unidades federativas amenizam essa necessidade do crescimentos do quadro de promotores, de fiscais e de policiais. Mas fica ainda em aberto a questão da corrupção potencial desses quadros pelo poder financeiro, de empreiteiros, políticos corruptos e de traficantes de drogas e de armas, hoje interligados, via caixa 2, pelos mecanismos de sobre e subfaturamento, com a necessidade comum a todos eles de uma eficiente lavagem de dinheiro. Lavagem hoje grandemente facilitada pelos paraísos fiscais em Londres, Nova York e outros enclaves espalhados por todo o mundo, com a conivência do setor bancário.

A rede de fiscalização, ao punir exemplarmente alguns casos de corrupção, certamente inibe a propagação dos desvios de conduta, mas não resolve o problema que, no regime capitalista da competição selvagem e do enriquecimento a qualquer preço, tornou-se universal. Daí que a solução se enraíza no processo educativo dos cidadãos, desde o berço até a universidade, pela inoculação dos valores de cidadania e republicanismo, em particular, do trabalho como principal fonte de geração de riqueza. Tarefa de longo prazo, que implica grandes investimentos da sociedade em recursos e tempo e, principalmente, no testemunho de alguns de seus líderes, que avalizem, pelo exemplo, essa postura de respeito ao patrimônio público.

A geração atual de administradores e políticos está de tal forma contaminada pelos antivalores da corrupção como caminho para o rápido enriquecimento, que se torna irrealista esperar dela uma conversão a novos padrões de convivência cidadã. Punições exemplares são necessárias para frear o ritmo do crescimento canceroso do problema, mas não cura a doença. Só por meio de um vigoroso processo educacional das novas gerações baixaremos, no Brasil, para um nível suportável, a corrupção generalizada hoje vigente em nossa sociedade negligente.”

Então, se “Só por meio de um vigoroso processo educacional das novas gerações” , URGE, mais do que nunca, nos LANCEMOS INTEGRALMENTE à grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE para OPERARMOS as imensas TRANSFORMAÇÕES exigidas pelo SÉCULO XXI, que somente há de acontecer com o DESCORTINO e EMPENHO das LIDERANÇAS atuais que se CREDENCIAM pela INTEGRIDADE, pelo AMOR À PÁTRIA, pelos VALORES ÉTICOS e MORAIS, movidos pelo PROFUNDO DESEJO de frear os mais PERVERSOS AVANÇOS das GERAÇÕES VELHAS e CARCOMIDAS, que pela GANÂNCIA SEM LIMITES e AMORAL, e ainda mais com o trágico instituto da IMPUNIDADE, vêm ao longo de séculos SOLAPANDO o patrimônio PÚBLICO, aumentando as DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS e INFELICITANDO parcela CONSIDERÁVEL de nossa população.
Mas, por e com tudo isso, o nosso SONHO, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA:

O BRASIL TEM JEITO!...