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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO PROFESSOR NAS TRANSFORMAÇÕES HUMANAS E A PAUTA CIDADÃ DA POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE


“Professor: agente de transformação humana
        Em um momento no qual se fala tanto de transformação digital, no qual a tecnologia imprime um ritmo de mudanças de comportamentos nunca visto antes, será que não estamos deixando em segundo plano a transformação que de fato vai ditar os novos rumos do mundo? Parece óbvio, mas não é. Além de não ser nada fácil. Estou falando de transformação humana. Estou falando das pessoas que continuam tendo emoções e estímulos com os novos movimentos. É muita novidade em tão pouco tempo. Nos últimos anos, a tecnologia, de uma forma ou de outra, foi inserida no dia a dia de grande parte da população, o que reflete em novas condutas e um jeito novo para se fazer muitas coisas. Hoje cinco gerações de pessoas com perfis completamente diferentes, e logo com visões de mundo também muito diferentes, compartilham o mesmo espaço. E daí vêm os conflitos geracionais e falta de empatia entre as pessoas.
         Eu falo de um mundo conectado pela tecnologia, mas de total desconexão entre as pessoas. Enquanto a evolução tecnológica aponta em uma curva exponencial ascendente, a evolução humana (ou o seu antônimo) representada pelos nossos comportamentos parece formar uma linha contrária. E, fico pensando, como mudar isso? Ainda mais no momento importante e delicado de eleições que passamos no Brasil, no qual temos que tomar uma decisão sobre o futuro do nosso país, sobre o nosso futuro. E vejo que os próximos governantes irão assumir papéis muito importantes nesse processo de mudanças, mas o trabalho deles não será suficiente, eles não são em número suficiente. E aí acredito ter a resposta, talvez não a única resposta, mas uma importante e impactante resposta. Podemos mudar isso através da educação. E, com certeza, agora vem à sua mente que esse é mais um discurso batido. E eu tento me explicar. E, se falo tanto de humanização, não tem como não personificar a educação através da figura do professor. Segundo Censo Escolar de 2017, somente no ensino básico temos mais de 2,2 milhões de professores no Brasil. É muita gente do bem. E se formos considerar um efeito em cadeia, olhe a progressão geométrica na qual cada professor impacta dezenas de alunos, e se esses, por sua vez, assumem o seu papel de contribuição na sociedade, de fato, conseguimos uma transformação humana. Vejo o professor como um líder e seu principal papel é formar outros líderes. É um efeito multiplicador. Isso é muito poderoso.
         Porém, agora eu aumento a responsabilidade desse profissional que tem o desafio diário de promover o conhecimento e as experiências para que seus alunos estejam preparados para a vida. Será que a maneira como esse professor está conduzindo as suas aulas é a forma mais adequada para promover uma transformação humana? O meu universo é a educação. E eu me sinto uma pessoa totalmente privilegiada por poder promover um ensino com foco no ser humano e na transformação de suas vidas. E posso garantir para você que isso não depende de estrutura, de dinheiro, nem mesmo de formação. E, sim, da maneira como enxergamos nossos alunos. Estamos tratando com pessoas, logo antes de dominar os conhecimentos de matemática, de biologia ou de qualquer outra matéria, precisamos saber lidar com pessoas. E essa é a chave que precisamos virar para ter uma educação mais significativa e que de fato vai impactar vidas. Quando falamos de educação, estamos nos referindo ao topo da pirâmide de valor: sim é algo transformador e transcendente.
         O papel do professor não se limita mais a transmitir conhecimentos e, sim, ser um facilitador no processo de aprendizagem. Quando falamos de transformação humana, os ensinamentos com avaliações objetivas com foco para tirar notas e passar de ano não fazem nenhum sentido. Cito John Dewey que diz que “a educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida”. Logo, se trazemos a realidade para a sala de aula, não podemos deixar de fora o elemento humano. Em um plano de aula, passa a ser obrigatório, além de ensinar física ou literatura, desenvolver habilidades socioemocionais e competências essenciais para uma vida em sociedade. E antes de promover isso nos alunos, primeiro os professores precisam ter essas habilidades  afloradas. Esse profissional guerreiro cada dia precisa exercer sua liderança em sala de aula e servir de espelho para seus alunos.
         O aprimoramento das habilidades de comunicação, criatividade, resolução de problemas e gestão de conflitos é essencial para uma melhor fluidez das aulas. O relacionamento interpessoal, trabalho colaborativo, a flexibilidade e a empatia passam a ser imprescindíveis para uma experiência mais humana. E a busca por novos conhecimentos, o bom humor e a automotivação, combustíveis indispensáveis para encarar todas as mudanças que ainda virão. O professor deve ser o profissional mais valorizado pela nação, e, estando melhor preparado e alinhado com o movimento de mudanças, conseguirá maior engajamento e tocar profundamente seus alunos rumo à transformação humana. Lembra do efeito multiplicador?”.

(RONALDO CAVALHERI. CEO do Centro Europeu, primeira escola de Economia Criativa do Brasil, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de outubro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 12 de outubro de 2018, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece integral transcrição:

“Política, pauta cidadã
        Os sinais são evidentes: a política retoma seu lugar de destaque na vida cidadã. Uma situação que gera esperança, pois o contexto político, graças aos aproveitadores, extremistas e oligarcas que contaminaram o cenário partidário, perdeu sua credibilidade. É preciso, assim, resgatar o genuíno sentido da política: a mais nobre forma de se praticar a caridade, compromisso, acima de tudo, com o bem comum. O interesse crescente pela política é broto da esperança, que exige longo cultivo e certos cuidados. A participação do povo na definição dos rumos da sociedade brasileira deve ser fundamentada no entendimento de que governos não devem estar a serviço de interesses específicos, pouco nobres, mas de toda a coletividade, especialmente dos mais pobres. Percebe-se que a política faz parte da ordem moral.
         Há um envolvimento participativo crescente, especialmente dos jovens, nas discussões sobre o futuro do país. Mas isso não necessariamente significa a garantia de novos caminhos para a sociedade brasileira. Procurar o bem comum, a partir de meios adequados, deve ser o objetivo de todos. Uma atitude que requer a elaboração de novos entendimentos, distantes de mentalidades que se ancoram em escolhas moralistas, mas sem qualquer consistência moral.
         Merece reflexão o fato de o interesse pela política ainda permanecer refém da configuração partidária, que tem pouca credibilidade. Hoje, em razão desse descrédito, as legendas não podem ser mais critério para a definição nos sufrágios eleitorais, especialmente quando se considera o perigo de polarizações, preconceitos e extremismos – contexto hostil que causa desentendimentos entre cidadãos, nas próprias famílias. Vale analisar cada candidato a partir de seu compromisso com a ética, e assim configurar, com clareza, os critérios que devem nortear escolhas de nomes e propostas.
         Aos que vão submeter seus nomes à escolha do eleitor, não basta simplesmente reproduzir jargões ou gestos, nem maquinalmente propagar acusações a respeito do adversário. Requer-se profundo compromisso com os valores do evangelho de Jesus Cristo, no seu horizonte adequado ao cristianismo. Isso significa, por exemplo, distanciar-se de perspectivas interesseiras, que resultam em bancadas parlamentares, meio para se alcançar objetivos particulares, na contramão do bem comum. Todos os cristãos devem se dedicar a uma cuidadosa avaliação das candidaturas, antes de fazer suas escolhas, para evitar que, mais tarde, sejam ainda mais recorrentes os episódios de violência.
         A sociedade precisa alicerçar-se em valores e princípios que não podem servir apenas de jargões nos diferentes discursos de candidatos. Esses valores devem ser assumidos como compromissos, até de modo formal, para possibilitar ao eleitor acompanhar o cumprimento do que é prometido. O contexto exige que os cidadãos busquem avaliar nomes, conjunturas e propostas com muita atenção, com uma lupa, para que sejam escolhidos aqueles que verdadeiramente serão capazes de articular os valores intocáveis da democracia, da família e da vida. Vale especialmente considerar a competência individual de candidatos para arquitetar consensos e entendimentos, para além das estreitezas do universo partidário.
         As decisões não podem ser definidas por critérios partidários, pois atualmente, as siglas não têm a credibilidade necessária. É o que as urnas revelaram no primeiro turno. Que seja observada a competência dialogal e humanística dos candidatos, para que as escolhas não se transformem em “um tiro pela culatra”. Há, pois, um desafio para os cristãos, especialmente os cristãos católicos: discernir sobre determinadas pautas que aparentam ser coerentes com seus valores, mas na realidade podem representar o risco de abrir descaminhos e desrespeitos, pelos estreitamentos e polarizações em curso. Nesse processo de amadurecimento das escolhas, o debate tem lugar importante.
         O mínimo que se exige é o debate público das propostas, para que pontos de vista sejam evidenciados e não se corra o risco de comprar “gato por lebre”. Só mesmo a participação cidadã de eleitores e candidatos, à luz da ética e de valores coerentes com o evangelho, poderá fazer com que o interesse atual pela política não seja mero protesto, ou uma paixão passageira. A participação cidadão precisa ser momento de recriação da sociedade brasileira. Para isso, devem ser observados critérios, a exemplo dos que são oferecidos pela Doutrina Social da Igreja Católica, que não constitui “bancadas” a partir de interesses cartoriais. A Igreja Católica luta pela verdade, pela justiça e pelo bem de todos.
         A Igreja Católica não indica nomes ou partidos, mas oferece critérios, com força e lucidez, para que sejam feitas as melhores escolhas, entre os nomes possíveis. A divulgação desses critérios, fundamentados no evangelho, já estão auxiliando os cidadãos a tomar decisões acertadas. Que sejam inspiradores os ensinamentos de Jesus nos processos de discernimento, para que a política, na pauta cidadã, consolide-se broto de esperança.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,53%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS GRAVES DESAFIOS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E AS EXIGÊNCIAS ÉTICAS DA POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE


“Eleição e a gestão dos resíduos sólidos
        Passados oito anos desde que foi estabelecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), através da Lei 12.305/2010, não foram vistos os avanços necessários para o cumprimento de todas as normas, especialmente quanto à completa erradicação dos lixões, prevista, inicialmente, para 2014, mas postergada para 2021 pelo Senado, compreendendo o mandato dos futuros governantes.
         A ausência de um plano com medidas e metas claras a serem adotadas por estados e municípios torna latente a preocupação com o destino do nosso lixo. No Brasil, 41,6% das 71,3 milhões de toneladas de resíduos coletados são despejados irregularmente, como mostra levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). E mais: 3.331 municípios (60%) ainda os descartam em lixões ou aterros a céu aberto, havendo 3 mil depósitos que precisam ser extintos.
         A solução para este problema não cabe apenas ao município, mas também aos governos estaduais, que devem desempenhar papel de liderança na execução da PNRS, e à esfera federal. A Controladoria-Geral da União concluiu, por meio de relatório publicado em janeiro deste ano, que para o tema avançar precisa se tornar prioridade “no âmbito do governo federal” e objeto de “maior engajamento dos estados e municípios”. Ou seja, é preciso que os presidenciáveis também estejam atentos ao cumprimento da integral execução da política, já que o maior desafio da PNRS é justamente sair do papel.
         Após quase duas décadas de discussão, a PNRS foi estabelecida, contendo propostas na busca de soluções para um dos grandes e antigos problemas ambientais enfrentados no país: o destino do material gerado pelo consumo humano. “A política traz como princípio a prevenção, em que a redução na geração deveria ser priorizada, porém, os gastos estão direcionados à coleta e destinação. Isso precisa ser debatido.”
         Foi então que, entre outras diretrizes, apontou a necessidade de gestão integrada no gerenciamento dos resíduos sólidos e a erradicação dos lixões em todos os municípios. Nota-se que grandes centros urbanos já estão se adaptando melhor. São Paulo, por exemplo, destaca-se por ser o distrito com maior quantitativo de rejeitos sendo corretamente destinados a aterros sanitários: 77,2%, de acordo com o último levantamento estadual da Abrelpe, de 2015. Eu mesmo já estive à frente de dezenas de projetos de implantação ou ampliação de aterros sanitários no estado que, de longe, é o que mais gera demanda nesta área, sendo a Região Sudeste responsável por cerca de 60% das demandas recebidas.
         O problema dos lixões para meio ambiente e saúde pública é grande. A imagem daquela montoeira de lixo é conhecida por todos e seus problemas também. Nesses locais, os resíduos são depositados a céu aberto, sem nenhum controle ou tratamento. Sofre o meio ambiente e a o população como um todo, uma vez que sua decomposição gera gases de efeito estufa, como o metano. Isso além do chorume, que é extremamente contaminante e pode atingir o lençol freático. Estudos mostram que também há riscos significativos para a saúde, associados aos poluentes orgânicos, metais pesados e compostos orgânicos voláteis.
         Porém, os chamados aterros controlados também não são indicados. Neles, há uma cobertura de terra após o despejo do material, mas o solo não é impermeabilizado adequadamente e não há sistema de tratamento do chorume.
         Os aterros sanitários, por sua vez, são indicados pela PNRS como os mais adequados para o lixo urbano. Neles, os resíduos são compactados e cobertos por terra, há um sistema de drenagem que capta líquidos e gases resultantes da decomposição dos resíduos orgânicos, o lençol freático fica protegido contra o chorume e, ainda, o gás metano é coletado para armazenamento e queima, podendo até ser usado como fonte de energia.
         Neste cenário, dado o início das campanhas políticas para se definir quem será nosso próximo governante, precisamos analisar quais têm propostas firmes para solucionar essa questão, que envolve setores como meio ambiente, saúde e limpeza pública.”;

(FRANCISCO DE OLIVEIRA. Engenheiro civil e mestre em mecânica dos solos, funções e geotecnia e diretor técnico da Fral Consultoria, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e que merece igualmente integral transcrição:

“Política e jogo global
        A política não é disputa esportiva, onde se torce por um lado apenas por simpatia ou paixão. No campo político, situação que estão na contramão do bem comum não podem ser encobertas para preservar partidos e seus candidatos. A própria política partidária deve se reconfigurar a partir de parâmetros éticos e morais, para ressurgir com credibilidade. E o primeiro passo é o fortalecimento da vida cidadã, um compromisso social, mas também de fé, da chamada cidadania eclesial, que requer a audácia profética para sempre buscar a verdade.
         Torna-se muito difícil posicionar-se com mais isenção quando se mergulha no universo partidário. Aceitam-se nomes e propostas que são verdadeiros despropósitos em função da permissividade que se instaura no contexto das legendas. Essa prática comum inviabiliza qualquer proposta de reforma política, fundamental para se ajustar o quadro desafiador das instâncias do poder. E sem a reforma, permanece a carência de líderes qualificados. Surgem diversos nomes sem qualidade humanística, incapazes de promover as transformações almejadas pela população. Muitos representantes do povo alimentam um equivocado, e até perverso, modo de compreender o poder. Acham que tudo é permitido aos que foram bem-sucedidos nas urnas. Por isso, valem-se de cargos e funções para acumular benesses. Não priorizam o desenvolvimento integral da coletividade. Contaminam ainda outras pessoas que exercem o poder com a doença do egoísmo, gerando o caos.
         Uma situação lamentável que desconecta a política da vida e suas dinâmicas, de tal forma que muitos a percebam como algo irrelevante. Sem a reversão desse cenário, questões essenciais para se construir um país melhor permanecem fora de qualquer debate. Ocupam o centro das atenções os ataques ou autoelogios, promovidos pelo âmbito partidário, que nada acrescentam. Não há espaço para o genuíno pensamento crítico, imprescindível para o exercício da cidadania.
         Assim, a política, que deveria ser caminho para o exercício da caridade e promoção do bem comum, progressivamente torna-se sinônimo de fraude e de corrupção. Submetida a interesses espúrios, é tomada pelo descrédito. E a responsabilidade pela corrosão do sentido genuíno da política é de toda a sociedade, principalmente dos que ocupam cargos nas instâncias do poder e são vinculados ao universo partidário. Nesse ambiente dos partidos sobressaem, com frequência, os interesses cartoriais, as manipulações que sepultam a política. Os consequentes prejuízos são muitos, alguns irreparáveis, outros requerem um longo período para a recuperação. Uma grave perda é a apatia do povo em relação à política.
         Configura-se, assim, uma urgência: recuperar o genuíno e indispensável sentido da política, para o bem da sociedade. Essa tarefa deve unir instâncias que defendam a ética e têm força educativa. A Igreja Católica assume a sua responsabilidade nesse trabalho, buscando oferecer contribuições para que as pessoas possam desenvolver a competência necessária à definição de escolhas e à formulação de juízos. A Igreja não se insere na política partidária, uma tarefa que pode e deve ser exercida pelos cristãos leigos e leigas. Dedica-se a ajudar as pessoas que, em estágio anterior à escolha de um partido, precisam discernir bem para alcançar a verdade sobre candidatos e legendas.
         A Igreja deseja colaborar para evitar o enfraquecimento da vida cidadã e o agravamento das crises no universo político e social, pois a desqualificação da cidadania é obstáculo para se encontrarem respostas inteligentes capazes de mudar o preocupante cenário atual. É hora de recuperar a nobreza da política, configurando-a como serviço à vida, exercício do poder que não se subordina à lógica partidária desconectada do bem comum. Todos assumam a tarefa de reconduzir a política aos seus verdadeiros trilhos, alinhando-a ao jogo global de anseios e necessidades da população.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,53%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUCIDEZ NOS PROBLEMAS E AGILIDADE NAS SOLUÇÕES E OS GRAVES DESAFIOS DO JORNALISMO NA SUSTENTABILIDADE


“Antecipamos problema e adiamos soluções
        As novas projeções relativas ao crescimento populacional, que acabam de ser divulgadas pelo IBGE, mostram que o Brasil perdeu uma boa oportunidade de fomento econômico e ascensão no patamar do desenvolvimento. Refiro-me ao fim do chamado bônus demográfico, caracterizado pela existência de maior número de pessoas economicamente ativas em relação aos idosos e crianças, fenômeno indutor do crescimento do PIB e da renda per capita nas nações que souberam potencializá-lo.
         É preocupante observar, nos presentes dados, que o fim do bônus demográfico ocorre cinco antes do que previa a projeção anterior do IBGE, que remetia a 2023. Portanto, a partir de agora, ingressamos em uma trajetória inversa ao que vinha ocorrendo, até chegar a 2060 com 58,2 milhões de idosos, o triplo do contingente atual, e 136,5 milhões de brasileiros em idade profissionalmente ativa, ante 144,7 milhões hoje.
         Ou seja, antecipamos um problema e adiamos as soluções. Em plena vigência de equação demográfica altamente favorável à prosperidade, nossa economia cresceu à média de 2,4% nos últimos 30 anos, ritmo de expansão pífio para nações emergentes. Como se não bastasse, vivenciamos a mais grave crise de nossa história, com dois anos de recessão e ínfima recuperação em 2017, conduzindo 13,5 milhões de habitantes e seus dependentes às agruras do desemprego.
         Nesse aspecto, vale uma observação: com tanta gente alijada do mercado de trabalho, também atingimos em termos práticos, já este ano, número inferior ao previsto para 2060 de pessoas economicamente ativas. A conta é a seguinte: 144,7 milhões de trabalhadores em potencial atualmente, menos 13,5 milhões de desempregados – 131,2 milhões, ante 136,5 milhões previstos para 2060.
         Ao baixo crescimento econômico, resultante de políticas públicas muitas vezes equivocadas, somamos outro fator de negligência ante o futuro: a manutenção de um Estado caríssimo para a sociedade, gerador de crescente déficit orçamentário, burocrático em excesso e inibidor da criação de um saudável ambiente de negócios. E teimamos em não aperfeiçoá-lo, adiando sucessivamente as reformas estruturais, em especial a tributária, a política e a previdenciária. Essa última, em especial, é indispensável para garantir sobrevivência ao número cada vez maior de idosos que o Brasil terá.
         Considerando a gravidade do problema evidenciado nas novas projeções, cabe lembrar estudo apresentado em 2011 pelo Banco Mundial (Bird), intitulado “Envelhecendo em um Brasil mais velho – Implicações do envelhecimento populacional para ao crescimento econômico, a redução da pobreza, as finanças públicas e a prestação de serviços”. O trabalho, corroborado agora pelo IBGE, enfatiza que “as nações desenvolvidas ficaram ricas antes de envelhecer”. Infelizmente, nosso país está envelhecendo antes de ficar rico.
         Portanto, urge adotar políticas públicas eficazes e éticas, capazes de nos levar a uma constante e duradouro crescimento econômico, equilíbrio fiscal e atendimento às mudanças que o envelhecimento da população suscitará nas áreas da saúde, previdência e educação. Nas eleições de outubro, a desafiadora missão coloca-se aos candidatos e convoca brasileiras e brasileiros ao exercício do voto consciente em favor daqueles que se comprometem com o futuro que devemos ter de progresso e igualdade de oportunidades!”.

(FERNANDO VALENTE PIMENTEL. Presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de outubro de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Eleição: importância da imprensa
        Escrevo este artigo antes da abertura das urnas. A temperatura eleitoral, marcada por preocupante radicalização e uma participação sem precedentes da cidadania, sobretudo na internet, transmitiu um forte recado à Presidência da República, aos governos estaduais e ao Congresso Nacional. A eleição despertou algo que estava adormecido na alma dos brasileiros: o exercício da cidadania. O povo percebeu, finalmente, que os governantes são representantes da sociedade, mas não são, como pretendem alguns, donos do poder. Os brasileiros, mesmo os que foram seduzidos pelas lantejoulas do marketing político, não estão dispostos a renunciar aos valores que compõem a essência da nossa história: a paixão pela liberdade e a prática da tolerância e da convivência civilizada.
         A radicalização ideológica, de direita ou de esquerda, não tem a cara do brasileiro. Tentam dividir o Brasil ao meio. Jogar pobres contra ricos, negros contra brancos, homos contra héteros. Querem substituir o Brasil da alegria pelo país do ódio e da divisão. Tentam arrancar com o fórceps da luta de classes o espírito mágico dos brasileiros. Procuram extirpar o DNA, a alma de um povo bom, aberto e multicolorido. Não querem o Brasil café-com-leite. A miscigenação, riqueza maior da nossa cultura, evapora nos rarefeitos laboratórios do fanatismo ideológico.
         O primeiro dever do jornalismo de qualidade é a independência. Não podemos sucumbir às pressões dos lobies direitistas, esquerdistas, homossexuais ou raciais. O Brasil eliminou a censura. E só há um desvio pior que o controle governamental da informação: a autocensura. Para o jornalismo não há vetos, tabus proibições. Informar é um dever ético. E ninguém, ninguém mesmo, impedirá o cumprimento do primeiro mandamento da nossa profissão: transmitir a verdade dos fatos.
         A preservação da democracia, sempre acossada por projetos autoritários de perpetuação no poder, depende, e muito, da qualidade técnica e ética da imprensa. Um exercício de autocrítica do nosso trabalho é necessário e conveniente.
         As virtudes e as fraquezas dos jornais não são recatadas. Registram-nas fielmente os sensíveis radares dos consumidores de informação. Precisamos, por isso, derrubar inúmeros desvios que conspiram contra a credibilidade dos jornais.
         Um deles, talvez o mais resistente, é o dogma da objetividade absoluta. Transmite, num pomposo tom de verdade, a falsa certeza da neutralidade jornalística. Só que essa separação radical entre fatos e interpretações simplesmente não existe. É uma bobagem. A neutralidade é uma mentira, mas a isenção é uma meta a ser perseguida. Todos os dias. A imprensa honesta e desengajada tem um compromisso com a verdade. E é isso que conta.
         Mas a busca da isenção enfrenta a sabotagem manipulação deliberada, a falta de rigor e o excesso de declarações entre aspas. O jornalismo engajado é sempre um mau repórter. Militância e jornalismo não combinam. Trata-se de uma mescla que traz a marca do atraso e o vestígio do sectarismo. O militante não sabe que o importante é saber escutar. Esquece, ofuscado pela arrogância ideológica ou pela névoa do partidarismo, que as respostas são sempre mais importantes que as perguntas.
         A grande surpresa no jornalismo é descobrir que quase nunca uma história corresponde àquilo que imaginávamos. O bom repórter é um curioso essencial, um profissional que é pago para se surpreender. Pode haver algo mais fascinante? O jornalista ético esquadrinha a realidade, o profissional preconceituoso constrói a história.
         É necessário cobrir os fatos com uma perspectiva mais profunda. Convém fugir das armadilhas do politicamente correto e do contrabando opinativo semeado pelos profetas das ideologias.
         Jornais de credibilidade oxigenam a democracia. As tentativas de controle da mídia, abertas ou disfarçadas, são sempre uma tentativa de asfixiar a liberdade. O jornalismo tropeça em armadilhas. Nossa profissão enfrenta desafios, dificuldades e riscos sem fim. E é aí que mora o desafio.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,53%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.