“Engajamento
de talentos
Em tempos de
empregabilidade alta e poucos profissionais disponíveis no mercado, é o momento
de as empresas e organizações começarem a diminuir turnover e garantir que aqueles talentos – muitas vezes atraídos a
peso de ouro – permaneçam na empresa e tragam o retorno esperado.
E como
é que se retém talentos? Essa é a pergunta que muitos me fazem. E a resposta é
simples: engajamento. Ou seja, engajando o profissional com a cultura
organizacional da empresa e com a importância do seu trabalho para ele e para o
grupo. Em artigo publicado na Forbes,
há uma definição interessante que vale a pena ser citada: “Engajamento é o
compromisso emocional que o profissional tem com a organização em que trabalha
e com seus objetivos pessoais”.
Isso
significa que esta pessoa não vai trabalhar única e exclusivamente para receber
seu salário, ou para ser promovida, mas estará satisfeita e envolvida com o seu
trabalho se estiver alinhada com as metas da corporação. E para se engajar
pessoas é preciso ter um ambiente de fomento ao crescimento, transparente e
movido pela meritocracia.
Eis
aqui um bom motivo para apostar em um programa de engajamento: pesquisa
realizada pela Gallup e publicada em 2012 mostra a relação direta entre o nível
de engajamento dos funcionários e a performance global da organização. Quanto
maior o engajamento, maior é a performance da empresa. E de acordo com a Forbes, ao menos 25% dos talentos são
profissionais desengajados e que planejam deixar a empresa.
Há um
outro aspecto importante que não deve ser esquecido quando falamos de pessoas
desengajadas dentro da empresa. Um profissional infeliz trabalhando no piloto
automático vai, fatalmente, contaminar o ambiente em seu redor, cometer erros
que podem custar caro para a organização e, até mesmo, não respeitar políticas
e procedimentos importantes para a racionalização de custos, por exemplo. Para
se ter ideia, o custo dessa falta de engajamento no Brasil ultrapassar os R$
100 bilhões, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
É uma conta cara, cuja origem não pode mais ser ignorada pelas organizações
brasileiras e muitas ainda encaram o recursos humanos (RH) como “departamento
pessoal”, e não como uma área estratégica, que pode sim trazer resultados à
organização.
Para
que ocorra esse engajamento é necessário identificar os fatores, as variáveis,
princípios que impactam esses profissionais, e trabalhar nesses pontos. Engajamento
só é possível com profissionais desafiados em seu crescimento profissional,
tendo reais oportunidades dentro da empresa. E hoje isso é possível por meio de
diversas ferramentas e tecnologias, necessárias para se fazer um acompanhamento
estratégico, de gestão de performance e que estabeleça metas e objetivos
individuais e corporativos vinculados a um plano de carreira bem-estabelecido.
Por
incrível que pareça, a maior parte dos profissionais procura por desafios, e há
mais engajamento se os desafios estiverem alinhados com as metas do grupo no
qual ele se insere. Muitas vezes, o salário aparece como o quarto fator de
engajamento do profissional. A empresa pode oferecer uma remuneração alta aos
melhores profissionais – mas se a posição deles na empresa não favorece que
eles cresçam e se desenvolvam, a organização já tem uma boa chance de
perdê-los. Outro aspecto fundamental é o fortalecimento da cultura
organizacional da empresa, da meritocracia e da transparência.
De
novo: um programa de gestão de desempenho é uma solução que pode transformar o
ambiente organizacional de forma radical. A gestão de desempenho facilita o
alinhamento em torno de objetivos do negócio, e o engajamento da equipe na
busca da meta da organização como um todo. E esse é o princípio do engajamento:
envolver todos em busca do mesmo sonho!
Por
fim, investir em um programa de engajamento não serve apenas reter seus
talentos, mas também pode ajudá-los no seu crescimento profissional,
tornando-se, assim, um investimento que beneficia tanto o profissional quanto a
empresa. Acima de qualquer prognóstico do cenáriio econômico, sua empresa
precisará continuar crescendo e inovando para se manter competitiviva. Para tal
missão, é necessário e fundamental envolver nesse projeto os iniciantes (estagiários
e trainees), que formam a base da companhia, pois eles serão os futuros
executivos de sua organização.”
(CEZAR
AUGUSTO DE CAMPOS, diretor do Instituto de Administração – Instiad MG, e LUIZ CLAUDIO BINATO, CEO do Instiad, em
artigo publicado no jornal ESTADO DE
MINAS, edição de 24 de agosto de 2014, caderno MEGACLASSIFICADOSADMITE-SE, coluna MERCADO DE TRABALHO,
página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de
novembro de 2014, caderno O.PINIÃO, página
21, de autoria de Ricardo Diniz, vice-chairman
do Bank of Merril Lynch do Brasil, e que merece igualmente integral
transcrição:
“O
potencial do Brasil e a competitividade econômica
Apesar
da pequena queda do Brasil no ranking de competitividade do Fórum Econômico
Mundial, divulgado em setembro, em que passou da 56ª para a 57ª posição, o país
possui indicadores positivos que merecem atenção. A amplitude de nossa economia
doméstica, a capacidade de atração de investimentos diretos e a boa taxa de
empregabilidade dão fôlego e incentivo para a manutenção do desenvolvimento.
Somados a esses fatores, podemos considerar as oportunidades de investimentos
em infraestrutura e incentivos à educação.
O
Brasil desfruta do privilégio de possuir uma comunidade empresarial sofisticada
e com excelência em inovação em alguns setores. Partindo desse princípio, focar
em competitividade é crucial num momento em que o país se insere cada vez mais
no mercado global. Estratégias como essa permitem, inclusive, que haja uma
recuperação econômica robusta e perene, sustentável ao longo do tempo, e
possibilita a criação de antídotos para combater eventuais percalços econômicos
que podem tornar qualquer nação vulnerável. Tudo isso exige reformas e
investimentos, e os resultados são perceptíveis em médio e longo prazo.
Os
alicerces do desenvolvimento passam por políticas de ajustes e fortalecimento
da macroeconomia e por mecanismos de modernização da infraestrutura que possam
proporcionar maior crescimento econômico. Também envolvem incentivos ao
empreendedorismo com a redução da burocracia, que impõe um alto custo para as
empresas, e a modernização do nosso parque industrial, o que é fundamental para
a inserção mais profunda do país no cenário externo e a ampliação das
oportunidades de negócios para as companhias. Incentivos à educação e à cultura
de pesquisa também podem acelerar a geração de inovação, propiciando a interação
entre a classe científica e as empresas, medida fundamental para ampliar a
competitividade da economia.
O
aprimoramento da infraestrutura resulta em oportunidades para empresas
brasileiras e estrangeiras. É preciso, porém, que os aportes combinem fatores
de infraestrutura básica (com a construção e modernização de estradas,
ferrovias, portos e aeroportos) e tecnológica (pela geração de energia por meio
de diversas fontes, além de melhorias na telefonia e no acesso à internet).
Evidentemente, nesse ponto é importante sempre levar em consideração a
preservação de recursos naturais, para seguirmos um modelo de desenvolvimento
sustentável capaz de conciliar as demandas sociais, econômicas e ambientais.
O
diagnóstico e o planejamento para impulsionar ainda mais o país já existem,
basta colocar os projetos em prática. Estamos diante de um momento histórico
repleto de prosperidade e de mudanças, um momento em que há a possibilidade de
iniciarmos um novo ciclo de investimentos em infraestrutura, estímulos à produtividade
e à inovação. É preciso considerar essa percepção e reafirmar o potencial do
Brasil para seguirmos rumo ao desenvolvimento com uma economia mais
competitiva.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes,
incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise
de liderança de nossa história – que é de ética,
de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas
educacionais, governamentais, jurídicas,
políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de
modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais
livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de
questões deveras cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas;
b) o
combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados,
ou seja, próximos de zero; II – a corrupção,
há séculos, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida
nacional, na mais perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses
privados” –, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem;
III – o desperdício, em todas as
suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos,
indubitavelmente irreparáveis;
c) a
dívida pública brasileira, com
projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e
intolerável desembolso de cerca de R$ 1
trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir igualmente uma
imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta
a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities;sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que,
de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e
solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas,
oportunidades e potencialidades com todas
as brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos e que contemplam
eventos como a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a
nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
O
BRASIL TEM JEITO!...