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quarta-feira, 12 de julho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E OS DESAFIOS DA GESTÃO E DA LIDERANÇA NA SUSTENTABILIDADE

“Educação e escolhas
        Platão dizia que “aquele que não tem algo, e não sabe que preciso desse algo, jamais o busca”. Essa frase é especialmente verdade quando imaginamos uma pessoa que, por fatores diversos, foi afastada da chance de ser educada, ou de se educar. Muitos são aqueles que, não tendo educação, acreditam que dela não necessitam para seguir suas vidas e, portanto, não a buscam.
         Nesse sentido, a vida das pessoas pode ser limitada pela falta de consciência daquilo que lhes falta. Assim sendo, as pessoas que não tiveram acesso à educação tendem reproduzir opiniões históricas ou visões de mundo que lhe são ditas ou partilhadas pela cultura que habitam, e isso é especialmente verdade para os preconceitos que existem na sociedade.
         Mas não apenas de opiniões e preconceitos vive um homem que não se educou: especialmente no campo do trabalho, esse mesmo homem tende a fazer o que os seus ancestrais fizeram, e a pensar como eles pensaram, buscando alcançar aquilo que alcançaram. Em suma, esse ser humano executa os passos em direção ao seu destino, ou seja, ao fatal resultado que sua vida já estava destinada a realizar. Mas, por que isso acontece? Porque a ausência de educação tende a limitar as possibilidades de quebrar as amarras, pular os muros, sair das caixas, de discordar.
         Dito isso, tenho forte convicção de que o fato de alguém não ter educação limita severamente suas escolhas sobre o mundo. A educação amplia sobremaneira o contato do homem com ideias, com exemplos diversificados, com histórias diferentes, com pontos de vista. Nesse sentido, é como se a educação permitisse que a pessoa passasse as opções de escolha em sua vida de uma moeda para um lado, de um dado para um baralho, de um baralho para um jogo de xadrez. A educação nos permite escolher, e a escolha é um ato de liberdade.
         Nelson Mandela dizia que “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Pessoas educadas não precisam mudar o mundo, mas elas têm a opção de fazer isso. A educação lhes garante uma visão plural sobre o mesmo problema que lhes permite atuar em várias frentes ou tentar e testar várias hipóteses sobre as coisas. Elas discutem, discordam, concordam, tomam posição, refletem sobre as necessidades públicas e privadas e o melhor para o bem comum, que é um princípio ético.
         Aliás, como as pessoas não nascem éticas, é necessário educá-las para a ética. Como as pessoas não nascem pensando no bem comum e não têm um gene dizendo “respeite os mais velhos”, é necessário educá-las para tal. Geralmente, pessoas mal-educadas tendem a seguir o senso comum social, que é carregado de juízos preconcebidos. Pessoas bem-educadas tendem a pensar sobre o problema e tomar uma decisão, ainda que seja seguir o senso comum social. Porque a quem foi dada (ou buscou) educação foi dada escolha, a quem não a teve (ou não a buscou) foi determinado um destino.
         E para completar a frase acima de Nelson Mandela, invoco o inspirador Paulo Freire, para quem a “educação não muda o mundo. A educação muda as pessoas, e as pessoas mudam o mundo”. É nesse sentido que imagino que feliz é o ser humano que é educado ou se educa, pois à sua frente vai se descortinando sempre um fabuloso leque de opções de entendimento sobre um mundo infinito, incompleto e em permanente estado de construção... ou descontrução, se você for muito bem educado!”.

(JULIANO COSTA. Mestre em educação pela Ufal e diretor pedagógico da Pearson Brasil, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de julho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de julho de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de RAIMUNDO GODOY, diretor do Instituto Aquila e autor do livro Como gerenciar e enfrentar desafios, e que merece igualmente integral transcrição:

“Gerenciar e enfrentar desafios
        Um líder fraco e sem capacidade para identificar os sinais de problemas financeiros na empresa é uma das causas da falência de diversos negócios. Conforma dados do Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), o volume de empresa que fecharam as portas cresceu 11,5% nos últimos 12 meses. O resultado das operações financeiras e seu respectivo impacto na disponibilidade do caixa é mais um aspecto que compromete diretamente a perenidade da empresa. O caixa é um importante indicador e muitos líderes não percebem esse fato como mais um sinal de falência.
         A empresa começa a perder espaço para a concorrência à medida que os líderes não estabelecem uma política comercial clara e desafiadora, desprezando o cenário de atuação do setor. A falta de definição, ambições e conhecimento adequado do valor agregado (receitas e custos) dos produtos e serviços comprometem os resultados. Quando o líder não observa seu campo de atuação, as vendas caem e os concorrentes tomam o mercado, e uma empresa sem clientes não consegue honrar seus compromissos. Paulatinamente, diretor e marca perdem credibilidade e reputação.
         Já vai longe o tempo em que o gestor administrava somente na própria intuição e em resultados anteriores. A queda nas vendas, o aumento exagerado dos custos, os produtos e os serviços pouco atrativos e, finalmente, um saldo de caixa negativo são fatores que decretam a falência de qualquer tipo de negócio.
         O crescimento da quebradeira não pode ser diretamente ligado ao atual desaquecimento econômico. É claro que, durante qualquer processo de crise externa, toda empresa do setor pode ser diretamente afetada. Contudo, quem tem “lastro”, oxigênio e liquidez financeira sobrevive. As empresas com liquidez financeira investem durante esse período em novas tecnologias, processos e treinamentos. As crises passam.
         A falta de disciplina do líder para administrar e não escutar a voz dos clientes são situações comprometedoras em qualquer cotidiano empresarial. Em momentos críticos, deve-se agir rápido e não ficar protelando. Uma gestão eficaz requer sempre um olhar externo e imparcial para criticar e orientar o plano de negócio.
         A recomendação é que, ao pensar num negócio, deve-se sempre elaborar planos A e B. Qualquer empresa com um plano A, elaborado inadequadamente, pode falir ou enfrentar muitos problemas diante de qualquer situação de grandes dificuldades. A falta de um plano alternativo poderá decretar o fim do negócio. Vale lembrar que, em situações de crises, os problemas são os mesmos, tanto para a pequena quanto para a média e/ou grande empresa. As diferenças estão nas dimensões e valores, alterando a forma de atuação.
         No caso das pequenas e médias empresas, o que acontece é que o dono, em função de seu conhecimento, atua em todas as frentes, sempre apagando incêndios, e acaba saindo da estratégia para a operação. Nas grandes empresas, em geral, existe um organograma com funções bem definidas e, normalmente, um plano estratégico, normas e procedimentos bem definidos. Os problemas são enfrentados pelas áreas e diretorias correspondentes e a dificuldade fica em perder foco e energia por equipes que não se comunicam adequadamente.
         Em mais de 30 anos como consultor, convivi com centenas de líderes e empresas passando por essas situações. O livro Como gerenciar e enfrentar desafios apresenta modernos conceitos de gestão, demonstrando métodos gerenciais, como o PDCA, imprescindíveis para o sucesso de uma estratégia. A linguagem simples e envolvente convida o gestor a refletir sobre e como enfrentar e superar desafios sem desistir diante das dificuldades.
         O futuro não tem lugar marcado para ninguém. O sucesso é um ciclo contínuo e para ser sustentável a empresa precisa inovar sempre em busca da sua vantagem competitiva no mercado em que atua. Liderança requer paixão, emoção e força de trabalho. É preciso enxergar o que os outros não veem. Empreender não é difícil. Empreender e ter sucesso, sim, é muito difícil. O líder deve ter conhecimento sobre sua cadeia de valor, manter um eficiente trabalho de equipe e acompanhar a contribuição dos processos para identificar os gargalos e restrições. O fato é que não existe um negócio bom ou ruim, mas uma empresa bem ou mal administrada.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca de 345,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em junho,  chegou a 3,00%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        




sexta-feira, 13 de maio de 2016

A CIDADANIA, A LUZ E A SABEDORIA CÓSMICAS E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA

“A vida interior e a fé na
 transcendência da realidade material
        A solução dos problemas da sociedade humana não se encontra nos métodos que até hoje ela usou para resolvê-los; a ineficiência deles está presente no caos que, de forma acelerada, alastra-se pelo planeta. Somente se o ser humano transcender a realidade tridimensional e o nível de relacionamento meramente material e ingressar em regiões da consciência ainda desconhecidas para sua racionalidade, poderá ele captar as respostas para a superação de seus problemas atuais.
         Por isso, são de extrema importância o reconhecimento da vida interior e a disposição para manifestá-la. É a energia das regiões sublimes do cosmos que nutre a existência nos níveis da matéria; é delas que emana a Luz e a Sabedoria superiores.
         Hoje, diante da crise pela qual o planeta passa, milhões de seres encontram-se perdidos, sós, em um estado de insatisfação que não poderá ser curado por meios paliativos. A consciência que, em tal situação, desperta para uma realidade superior descobre-se numa condição semelhante à dos flagelados pelas inundações: apenas podem salvar-se os que alcançam patamares elevados. Porém, do mesmo modo que o corpo físico só chegará a uma região se dirigir-se a ela, também a consciência deverá trilhar um caminho para encontrar essa energia superior e profunda. Para isso, deve viver as leis superiores e se dispor a uma completa transformação.
         Ainda que nos pareçam infinitamente distantes, as chispas do fogo da sabedoria cósmica aproximam-se daqueles que são atraídos por sua luz, eliminando os obstáculos que os impedem de ingressar no centro dessa existência sublime.
         O empenho em superar os obstáculos na vida que consideramos evolutiva precisa ser diligentemente assumido pelo aspirante à vida superior. Diante de uma situação que os impeça de prosseguir, pouco adiantará lançarem-se contra ela ou deterem-se pesarosos; devem reunir as próprias energias e, sob inspiração interior, encontrar o modo de superá-la.
         Não há barreira que não possa ser vencida, não há escuridão que não possa ser permeada pela Luz. Muitas vezes acontece de energias contrárias à Luz, aproveitando-se das fraquezas do peregrino, incutirem-lhe a ideia da impossibilidade de vencer um obstáculo. Portanto, a determinação em prosseguir deve estar sempre presente no ser e, também, a fé de que será amparado e suprido naquilo que não puder realizar com as próprias forças.
         Se o homem não chega a desiludir-se das capacidades materiais que possui, não descobre o imenso potencial que pode fluir por intermédio do seu ser interior. Para que participe da existência em níveis profundos, deve ter conhecido a desilusão, pois nela está a disponibilidade de abdicar das ligações com o mundo e lançar-se corajosamente no desconhecido.
         Por maior que seja a escuridão que o envolve, o peregrino pode caminhar sob a luz invisível da fé. Esta coloca seus pés em solo seguro, mesmo que o terreno não ofereça condições para prosseguir. Assim, o peregrino avança, sustentado por invisíveis Mãos que o protegem e o impulsionam. Não há começo nem fim em seu caminho. E, quando as ilusões se dissolvem como brumas ante o calor do sol interior, reconhece que sua jornada está prestes a transformar-se em comunhão com a Paz.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de maio de 2016, caderno O.PINIÃO,  página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de maio de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CYNTHIA FREITAS DE OLIVEIRA ENOQUE, diretora do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), e que merece igualmente integral transcrição;

“Educação que transforma
        Fala-se muito, na atualidade, de uma educação que, para além de formar, tenha como objetivo Transformar. “Trans” do latim, significa além, através, que denota passagem de uma condição para a outra, de uma configuração cognitiva e/ou social a outra. A questão que se coloca é: estaria nosso sistema educacional formando ou transformando?
         A formação que transforma pressupõe algo mais complexo que o mero “depósito” de conceitos quando da relação docente-discente. Nessa perspectiva, parece-nos oportuno citar Paulo Freire e o conceito de “Educação Bancária”, cuja referência é a “tábula rasa”, o paradigma educacional que coloca o discente como coadjuvante no processo de aprendizagem.
         A exemplo da fôrma que dá a forma, a Educação Bancária tem como foco a transmissão de conteúdos iguais, de maneira expositiva e impositiva, a um público concebido como homogêneo e inerte. Pelo viés da Educação Bancária, formar alunos se sobrepõe a transformar indivíduos em cidadãos.
         Essa concepção, historicamente arraigada na área da educação, está presente em todos os níveis educacionais. E, apesar de o mundo contemporâneo se pautar na troca via rede, na co-construção e na inteligência coletiva, a formação bancária se perpetua pela cultura da “PDEfização” dos conteúdos, pelas práticas mnemônicas, pela prevalência da aula expositiva, pelo foco exacerbado no conteúdo (em detrimento às habilidades, competências e valores), pela avaliação instrucional, pela utilização de espaços escolares que colocam o professor como detentor único do conhecimento, por um currículo fragmentado e disciplinar, pelo subaproveitamento de tecnologias digitais que ampliam e relativizam tempos e espaços escolares, bem como favorecem a troca.
         A educação genuinamente transformadora, para se consubstanciar, carece de espaços, comportamentos, políticas e concepções para germinar. Necessita da premente transformação do professor, que se dá não só na formação inicial, mas também na formação continuada e em todos os níveis. Ser professor em um mundo complexo e mutante, como o atual, pressupõe uma constante reformulação na práxis docente e um olhar crítico e reflexivo sobre esse fazer. Para além disso, exige predisposição para o novo: um paradigma tradicional não é suprimido somente com informação e preparação, mas, também, com predisposição para a mudança.
         Carece, também, de currículos que fomentem a interdisciplinaridade (já que o mundo em que vivemos é interdisciplinar e complexo) e que contemplem muito além dos conteúdos que preparam para a profissão: devem preparar para a vida. Esse currículos devem trabalhar as humanidades e, transversalmente, os temas sociais de maior relevância, garantindo sua contemporaneidade.
         Precisa, também, de espaços escolares que propiciem a troca, a prototipagem, a pesquisa, a co-construção, o debate, a horizontalização das relações. Espaços que, não necessariamente, estão dentro dos muros da escola.
         Por fim, demanda metodologias ativas, mais adaptadas aos nativos digitais, e de uma avaliação que, de fato, perpasse a memorização e devolução de conteúdos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda estratosférica marca de 449,1% para um período de doze meses; e mais ainda em abril, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,28%, com os juros do cheque especial em históricos 300,8%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  






sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A CIDADANIA, A FORÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS E A LUZ SOBRE OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO

(Outubro = mês 14; faltam 10 meses para a Olimpíada 2016)

“Mutirão em apoio aos pequenos negócios
        O ano de 2015 tem sido de grandes desafios para os empreendedores. As dificuldades na economia exigem dos empresários uma gestão ainda mais eficiente do negócio para permanecer no mercado. Mais do que nunca, é hora de melhorar o desempenho, cortar custos, garantir um bom atendimento e inovar.
         Por isso, o Sebrae inicia hoje, 21/9, a maior ação de capacitação de pequenos negócios que já promoveu no país. Até o próximo dia 26. Microempreendedores individuais (MEI), donos de microempresas, de pequenas empresas e propriedades rurais têm uma oportunidade única para aperfeiçoar a gestão do negócio e ganhar mais competitividade no mercado.
         Uma intensa agenda de capacitações gratuitas será oferecida aos empreendedores em todos os 26 estados e no Distrito Federal sobre temas estratégicos para a boa gestão do negócio – em especial sobre vendas e finanças, temas que ganham uma relevância muito maior em tempos de dificuldades na economia.
         Esta semana de capacitação faz parte do Movimento Compre do Pequeno Negócio, iniciativa que o Sebrae lidera junto à sociedade para estimular o consumo nos pequenos negócios. O marco do movimento é o próximo dia 5 de outubro, que queremos que se torne uma data anual forte no varejo brasileiro em homenagem a esses empreendimentos. Um dia para priorizar e incentivar os pequenos negócios que fazem parte do dia a dia dos cidadãos.
         O fortalecimento dos pequenos negócios, que representam 95% do total de empresas brasileiras e respondem por 27% do PIB, é uma saída para a recuperação da economia. O Brasil não sairá da crise nem se tornará um país mais desenvolvido se não levar em consideração os pequenos negócios. Eles desempenham um papel social fundamental: geram mais da metade dos empregos formais do país, o que garante salário a 17 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
         Quando o consumidor prioriza comprar em uma pequena empresa, ele faz com o que o dinheiro circule pela região e ajuda o negócio a se tornar mais competitivo, a investir mais em inovação e qualidade de seus produtos e serviços. Mais fortalecido, o negócio aumenta seu potencial de contratação, gerando mais emprego e renda.
         Mas não adianta o consumidor querer priorizar o pequeno negócio se ele não está preparado para atender às expectativas do cliente. Sabemos que consumidores satisfeitos voltam – e recomendam o local para outras pessoas. Não é esse conhecimento que todo empresário deseja? Ainda mais em tempos de crise, quando as pessoas ficam muito mais seletivas em relação ao que comprar e onde comprar.
         Durante a semana de capacitação, o Sebrae vai promover um grande mutirão em diferentes regiões para apoiar os pequenos negócios de Minas Gerais. Em palestras em Cataguases, Itabira e Ponte Nova, os empreendedores poderão aprender sobre temas como tendências de negócios e oportunidades na crise. Belo Horizonte, Itajubá, Barbacena e Ipatinga são exemplos de cidades que vão contar com seminários de varejo e vendas.
         Essas e várias outras atividades estarão à disposição do empreendedor nesses dias. Procure o Sebrae do estado ou ligue para o nosso canal de atendimento – 0800 570 0800 – para informações sobre a programação da semana.
         Pode ter certeza de que a recuperação da economia, que todos desejamos, está associada ao desempenho dos pequenos negócios brasileiros – o que depende tanto da valorização desse segmento pelo consumidor quanto da iniciativa do empresário de se capacitar. Os empreendedores podem contar conosco neste desafio e não deixem de aproveitar as muitas oportunidades para isso nesta semana.”

(LUIZ BARRETO. Presidente do Sebrae Nacional, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de setembro de 2015, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de setembro de 2015, mesmo caderno e página, de autoria de ALESSANDRA APARECIDA SOUZA LIMA MARQUES, advogada e professora, formada em letras pelo UFMG, pós-graduada em estudos linguísticos pela UNI-BH, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação, hoje
        A instituição escola e o processo educacional no mundo contemporâneo se corporificam por meio do corpo docente e da inserção do aluno como sujeito coparticipativo nesse contexto. Historicamente, o sistema escolar se reconhece como um processo de construção hegemônica alicerçada numa estratégia de poder. Mudar esse cenário e enxergar o aluno como sujeito ativo, e não como mero espectador, significa uma releitura e um olhar diferenciado cujas raízes, inegavelmente, encontram-se no professor e filósofo da educação Paulo Freire.
         Oportunamente, discutir a educação atual neste mês não deixa de ser uma forma de celebrar o aniversário de Paulo Freire, que completaria em 2015 seus 94 anos.
         Freire influenciou todo o pensamento pedagógico contemporâneo. Sua filosofia educacional enfatiza o aluno como agente primordial na construção do conhecimento e, consequentemente, na produção de significados. Assim, seria a idealização de uma pedagogia em que a práxis humana relaciona-se com a prática da liberdade de pensar, e não apenas reproduzir o conhecimento transmitido. Partir desse pressuposto é usar do conhecimento para potencializar as habilidades e competências já internalizadas pelo aluno. Na visão de Paulo Freire, “a leitura da palavra deve ser precedida pela leitura do mundo”.
         Dizer que o aprendizado eficaz parte de uma prática educacional relacionada à sociedade é colocar em prática os ideais defendidos por Paulo Freire. Nessa perspectiva, o papel do educador deve ser de mediador de debates e, portanto, de incitar o educando a discussões críticas, formando agentes sociais de mudança. Longe de uma educação ortodoxa, em que a exclusividade expositiva é apreciada e cujas tradições muitas vezes não reconhecem o aluno como codirigente, a educação contemporânea tem como desafio negar o autoritarismo historicamente arraigado e a submissão do aluno visto apenas como assimilador de conteúdo.
         O educador hoje precisa compreender não só como o aluno elabora e constrói o conhecimento, mas também deve contextualizar os fatos e, dialeticamente, mesclar experiências e saber. Redescobrir, diante de tantos atrativos que conquistam atualmente os alunos, sua vocação humanista capaz de desenvolver uma nova pedagogia reflexiva, prazerosa e recreativa.
         A reinvenção no contexto atual demanda uma interatividade entre professor e aluno pautada no diálogo e na compreensão e aceitação de que é necessário considerar um pré-conhecimento, uma concepção de mundo trazida na bagagem do estudante.
         Na filosofia educacional de Paulo Freire, a educação é compartilhada, almejando uma nova perspectiva de futuro. Segundo ele “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.
         Percebe-se, assim, que o sujeito se descobre e, a partir de sua vivência social, a função do educador será de contribuir para a ampliação de seu conhecimento de forma sistematizada. A intervenção feita acontece democraticamente, podendo ser percebida como uma troca de aprendizado.
         A prática pedagógica vista com um olhar mais esperançoso, fundamentada na liberdade e no reconhecimento do outro como sujeito/agente vem consolidar a concepção progressista de Paulo Freire, que vê a educação relacionada à sociedade e acredita que sua transformação ocorra a partir da visão crítica construída pelo sujeito. Logo, a prática pedagógica é intencionalmente transcendental à transmissão do conhecimento.
         Caminhar para o conhecimento é também ressignificar a didática escolhida, é decodificar criticamente o mundo em que se vive. Mundo da intersubjetividade onde haverá sempre a discordância de ideias, e é esse o contexto que propicia o crescimento, o aprendizado e o exercício prazeroso do pensar.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);

     b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a estratosférica marca de 350,79% ao ano; e mais, também em agosto, o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,52%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c
     c)    a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”  
  
     



    

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A CIDADANIA, A DEMOCRACIA, A LIBERDADE E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO (43/17)

(Janeiro = Mês: 43; Faltam 17 meses para a Copa do Mundo 2014)

“Analfabetos funcionais

A educação brasileira tem estado nas manchetes de jornais, rádios e tevês. Com a divulgação do resultado de avaliações periódicas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), os olhos se voltam para notas e rankings. Há preocupação com a atuação dos estudantes e escolas. É bom sinal. Ter o retrato sem retoques do setor mais sensível do atual estágio de desenvolvimento do país constitui passo importante para acertar rumos.

Com o justo escarcéu provocado por sucessivos dados nada animadores, a população se descuidou de fato preocupante, revelado na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o Censo 2010, 49,3% dos brasileiros de 25 anos ou mais não concluíram o ensino fundamental. Em bom português: quase metade dos cidadãos em idade produtiva é incapaz de ler e escrever textos necessários ao desempenho das atividades profissionais.

Analfabeta funcional, a multidão que abandonou os bancos escolares antes do tempo é vítima da má qualidade que caracteriza o ensino nacional. O descaso com a excelência vem de longe. Trata-se de dívida acumulada por décadas de promessas não cumpridas. Nos anos 1970, com atraso em relação não só aos países centrais mas também aos periféricos, o Brasil tomou passo importante – iniciou o processo de universalização do acesso à escola.

Foi tarefa hercúlea, abraçada pelos governos militares e democráticos independentemente de cor partidária, que atingiu o objetivo antes do fim do século passado. O esforço, porém, ficou pela metade. O país universalizou o acesso à escola, mas fechou as portas do conhecimento. Sem preparar-se para fazer frente aos desafios impostos pela nova realidade, manteve procedimentos adequados à escola da elite, porém impróprios para a educação de massa.

É ingenuidade imaginar que o resultado seria diferente do registrado ao longo dos anos. A verdade que emerge dos dados do IBGE é que, desestimulados, milhões de estudantes brasileiros se evadem do convívio de livros, cadernos, redações e cálculos. Os persistentes concluem o nível superior e até a pós-graduação, mas com defasagem de, pelo menos, cinco anos de estudos. A conta não bate só à porta do profissional. Tem reflexos profundos na produtividade e contribui para o retrocesso na produção industrial. Além da escassez de gente bem preparada para desenvolver projetos e contribuir para a inovação tecnológica do país, a média de conhecimentos do trabalhador brasileiro nem sempre o capacita a entender manuais e a operar equipamentos sofisticados.

Como competir com o trabalhador coreano, por exemplo, cuja escolaridade média é de 15 anos? Ou com o norte-americano, que produz cinco vezes mais do que nós? Vale lembrar: não há país rico com educação pobre. Nem país desenvolvido com educação subdesenvolvida.”

( EDITORIAL publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de dezembro de 2012, caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma importante, pedagógica e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a cidadania e qualidade vem de Paulo Freire, em EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 23ª edição, páginas 100 a 102, capítulo 3 – Educação “Versus” Massificação:

“... E o Brasil estava incontestavelmente vivendo uma fase assim, nos seus grandes e médios centros, de que porém se refletiam para centros menores e mais atrasados influências renovadoras, através do rádio, do cinema, da televisão, do caminhão, do avião. Fase em que, à transitividade da consciência se associava o fenômeno da rebelião popular. Sintoma, por sinal, dos mais promissores da nossa vida política. Acrescentemos porém que, ao não só defendermos, mas até enaltecermos o processo de rebelião do homem brasileiro, não estávamos nem mesmo longinquamente pretendendo uma posição espontaneísta para essa rebelião. Entendíamos a rebelião como um sintoma de ascensão, como uma introdução à plenitude. Por isso mesmo é que nossa simpatia pela rebelião não poderia ficar nunca nas suas manifestações preponderantemente passionais. Pelo contrário, nossa simpatia estava somada a um profundo senso de responsabilidade que sempre nos levou a lutar pela promoção inadiável da ingenuidade em criticidade. Da rebelião em inserção.

Cada vez mais nos convencíamos ontem e estamos convencidos hoje de que, para tal, teria o homem brasileiro de ganhar a sua responsabilidade social e política, existindo essa responsabilidade. Participando. Ganhando cada vez maior ingerência nos destinos da escola do seu filho. Nos destinos do seu sindicato. De sua empresa, através de agremiações, de clubes, de conselhos. Ganhando ingerência na vida do seu bairro, de sua Igreja. Na vida de sua comunidade rural, pela participação atuante em associações, em clubes, em sociedades beneficentes.

Assim, iríamos ajudando o homem brasileiro, no clima cultural da fase da transição, a aprender democracia, com a própria existência desta.

Na verdade, se há saber que só se incorpora ao homem experimentalmente, existencialmente, este é o saber democrático.

Saber que pretendemos, às vezes, os brasileiros, na insistência de nossas tendências verbalistas, transferir ao povo nocionalmente. Como se fosse possível dar aulas de democracia e, ao mesmo tempo, considerarmos como “absurda e imoral” a participação do povo no poder.

Daí a necessidade de uma educação corajosa, que enfrentasse a discussão com o homem comum, de seu direito àquela participação.

De uma educação que levasse o homem a uma nova postura diante dos problemas de seu tempo e de seu espaço. A da intimidade com eles. A da pesquisa ao invés da mera, perigosa e enfadonha repetição de trechos e de afirmações desconectadas das suas condições mesmas de vida. A educação do “eu me maravilho” e não apenas do “eu fabrico”. A da vitalidade ao invés daquela que insiste na transmissão do que Whitehead chama de inert ideas – Idéias inertes, quer dizer, idéias que a mente se limita a receber sem que as utilize, verifique ou as transforme em novas combinações.

Não há nada que mais contradiga e comprometa a emersão popular do que uma educação que não jogue o educando às experiências do debate e da análise dos problemas e que não lhe propicie condições de verdadeira participação. Vale dizer, uma educação que longe de se identificar com o novo clima para ajudar o esforço de democratização, intensifique a nossa inexperiência democrática, alimentando-a.

Educação que se perca no estéril bacharelismo, oco e vazio. Bacharelismo estimulante da palavra “fácil”. Do discurso verboso.

Quase sempre, ao se criticar esse gosto da palavra oca, da verbosidade, em nossa educação, se diz dela que seu pecado é ser “teórica”. Identifica-se assim, absurdamente, teoria com verbalismo. De teoria, na verdade, precisamos nós. De teoria que implica numa inserção na realidade. De abstração. Nossa educação não é teórica porque lhe falta esse gosto da comprovação, da invenção, da pesquisa. Ela é verbosa. Palavresca. É “sonora”. É “assistencializadora”. Não comunica. Faz comunicados, coisas diferentes.

Entre nós, repita-se, a educação teria de ser, acima de tudo, uma tentativa constante de mudança de atitude. De criação de disposições democráticas através da qual se substituíssem no brasileiro, antigos e culturológicos hábitos de passividade, por novos hábitos de participação e ingerência, de acordo com o novo clima da fase de transição. Aspecto este já afirmado por nós várias vezes e reafirmado com a mesma força com que muita coisa considerada óbvia precisa, neste País, ser realçada. Aspecto importante, de nosso agir educativo, pois, se faltaram condições no nosso passado histórico-cultural, que nos tivessem dado, como a outros povos, uma constante de hábitos solidaristas, política e socialmente, que nos fizessem menos inautênticos dentro da forma democrática de governo, restava-nos, então, aproveitando as condições novas do clima atual do processo, favoráveis à democratização, apelar para a educação, como ação social, através da qual se incorporassem ao brasileiro esses hábitos.

O nosso grande desafio, por isso mesmo, nas novas condições da vida brasileira, não era só o alarmante índice de analfabetismo e a sua superação. Não seria a exclusiva superação do analfabetismo que levaria a rebelião à inserção. A alfabetização puramente mecânica. O problema para nós prosseguia e transcendia a superação do analfabetismo e se situava na necessidade de superarmos também a nossa inexperiência democrática. Ou tentarmos simultaneamente as duas coisas.

Não seria, porém, com essa educação desvinculada da vida, centrada na palavra, em que é altamente rica, mas na palavra “milagrosamente” esvaziada da realidade que deveria representar, pobre de atividades com que o educando ganhe a experiência do fazer, que desenvolveríamos no brasileiro a criticidade de sua consciência, indispensável à nossa democratização.

Nada ou quase nada existe em nossa educação, que desenvolva no nosso estudante o gosto da pesquisa, da constatação, da revisão dos “achados” – o que implicaria no desenvolvimento da consciência transitivo-crítica. Pelo contrário, a sua perigosa superposição à realidade intensifica no nosso estudante a sua consciência ingênua. ...”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, pedagógicas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade em creches; 4 e 5 anos de idade em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de seis anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

b) o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas s esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de variada ordem (a propósito, iniciamos o ano com três das maiores operações registradas: o mensalão, a cachoeira e o porto seguro) ; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

c) a dívida pública brasileira, com projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União (R$ 2,3 trilhões), de astronômico e intolerável desembolso da ordem de R$ 1 trilhão (previsão apenas para “refinanciamentos” de R$ 610 bilhões), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos, a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tanta sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a confiança em nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); moradia; emprego, trabalho e renda; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação); logística; agregação de valor às commodities; esporte, cultura e lazer; turismo; minas e energia; comunicações; sistema financeiro nacional;qualidade (planejamento, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade), entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que permita a partilha de suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a 27ª Jornada Mundial da Juventude em julho no Rio de Janeiro; a Copa das Confederações em junho; a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, segundo as exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das empresas, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias e de um possível e novo mundo da justiça, da paz, da liberdade, da igualdade – e com equidade – e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa , a nossa esperança... e perseverança!...

O BRASIL TEM JEITO!...