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segunda-feira, 5 de julho de 2010

A CIDADANIA E A OUSADIA DA SANTIDADE

“[...] 3.2 Anamnese

Cidadania é memória histórica. Não pode esquece o hediondo, a injustiça, a perversidade política, econômica e social. Apregoa-se o esquecimento como solução para muitos problemas. Marcuse advertia que esquecer aberrações não é arrancá-las, mas consolidá-las. Muitos males não são erradicados porque o esquecimento os encobre e os mantém atuantes.

O esquecimento tem sido absolvição indevida a crimes crônicos na sociedade brasileira. Isso encoraja a reprodução de abusos históricos e o retorno de figuras abomináveis à vida pública. O cidadão há de ter memória crítica para impedir que incorrigíveis agentes da iniqüidade se tornem ainda mais ousados. Os bispos de El Salvador não concordaram com a anistia aos que fuzilaram seis padres jesuítas em 1989. Gesto raro e corajoso. É que a cidadania se constrói com anamnese, e não com amnésia, com memória vigilante, e não com esquecimento conivente.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI, em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994,página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de junho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Professor de ética, doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), que merece INTEGRAL transcrição:

“A ousadia da santidade

A editora Quadrante, São Paulo, acaba de lançar uma primorosa reedição de Amar o mundo apaixonadamente, homilia proferida por São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei e primeiro grão-chanceler da Universidade de Navarra, durante missa celebrada no campus daquela prestigiosa instituição. São Josemaria – cuja festa a Igreja celebrou dia 26 –, foi um mestre na busca da santidade no trabalho profissional e nas atividades cotidianas. O texto de São Josemaria exerceu forte influência no rumo da minha vida.

Propunha, naquela homilia vibrante e carregada de ousadia, “materializar a vida espiritual”. Queria afastar os cristãos da tentação “de levar uma espécie de vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado, e, por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas”. O cristianismo encarnado nas realidades cotidianas: eis o miolo da proposta de São Josemaria. “Não pode haver uma vida dupla, não podemos ser esquizofrênicos, se queremos ser cristãos”, sublinha. E, numa advertência contra todas as manifestações de espiritualismo mal entendido e de beatice, afirma de modo taxativo: “Ou sabemos encontrar o Senhor na nossa vida de todos os dias ou não o encontraremos nunca”.

“A vocação cristã consiste em transformar em poesia heroica a prosa de cada dia”. A vida, o trabalho, as relações sociais, tudo o que compõe o mosaico da nossa vida é matéria para ser santificada. São Josemaria, um santo alegre e otimista, olha a vida com uma lente extremamente positiva: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. O autêntico cristão não vive de costas para o mundo, nem encara o seu tempo com inquietação ou nostalgias do passado. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades das coisas diárias é para os homens e mulheres do mundo é coisa oposta à vontade de Deus”. A luta do nosso tempo, com suas luzes e suas sombras, é sempre o desafio mais fascinante.

O pensamento de São Josemaria, apoiado numa visão transcendente da vida, e, ao mesmo tempo, com os pés bem fincados na realidade material e cotidiana, consegue, de fato, captar plenamente a contextura humana e ética dos acontecimentos. Ele tem, no fundo, a terceira dimensão: a religiosa e ética – e só com esse foco é possível entender plenamente o mundo em que vivemos. Na verdade, o esgotamento do materialismo histórico e a crescente frustração do consumismo hedonista prenunciam uma mudança comportamental: o mundo está sedento de liberdade, mas nostálgico de certezas. Articular verdade e liberdade e, talvez, um dos mais interessantes recados de São Josemaria. Insurge-se, vigorosamente, contra o clericalismo que se oculta na mentalidade de discurso único, na injusta dogmatização das coisas que são legitimamente opináveis. São Josemaria afirma que um cristão não deve “pensar ou dizer que desce do templo ao mundo para representar a Igreja”, nem que “as suas soluções são as soluções católicas para aqueles problemas”. Por defender esse pluralismo, sofreu incompreensões, inclusive de algumas pessoas da Cúria Romana, que entendiam, por exemplo, que na Itália os católicos tinham o dever de votar no Partido da Democracia Cristã.

São Josemaria não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade – particularmente a liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de intolerância e sectarismo. Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é algo que deve ser tolerado, mas, sim, amado e procurado. A sua defesa da liberdade, no entanto, não fica num conceito descomprometido, mas mergulha na raiz existencial da liberdade: o amor – amor a Deus, amor aos homens, amor à verdade. Sua defesa a fé e da verdade não é, de fato, “antinada”, mas a favor de uma concepção da vida que não pretende dominar, mas, ao contrário, é uma proposta que convida a uma vida livre resposta de cada ser humano. A figura de São Josemaria Escrivá, o seu amor à verdade e a sua paixão pela liberdade, tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Amar o mundo apaixonadamente não é apenas um texto moderno e forte. Sua mensagem, devidamente refletida, serve de poderosa alavanca para o exercício da nossa atividade profissional.”

São, pois, páginas que, além de nos trazer mais LUZES na vivência da VERDADE e da LIBERDADE nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, AMANTE DA VERDADE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS com os eventos previstos, com a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, em sintonia com as exigências da MODERNIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

É este o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

NA CIDADANIA, O HERÓI PROFESSOR (10/50)

(Abril = Mês 10; Faltam 50 meses para a COPA DO MUNDO de 2014).

“3.3. In-tolerância

[...] O cidadão brasileiro precisa ser intolerante com abusos cínicos, que afrontam a dignidade humana. A tolerância desculpa os que torturam a paciência do povo. Não é possível tolerar a corrupção política, a parcialidade do judiciário, a tirania econômica, o desemprego, a miséria, o extermínio de menores, o roubo o dinheiro necessário à saúde, à educação, à moradia, aos aposentados, à nutrição das crianças. O povo não pode tolerar aqueles que o trapaceiam e humilham. O direito de cidadania conquista-se também com indignação e intolerância lúcidas.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI, em artigo publicado na Revista VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, página 7, sob o título O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO?).

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de abril de 1993, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de PAULO EMÍLIO NELSON DE SENNA, que merece INTEGRAL transcrição:

“O professor, esse herói

Entre as sentinelas da grande vigília de amor à Pátria estão, entre outros, aqueles homens que se dedicam à nobre arte de ensinar. Todos nós sentimos que somos intimamente ligados a eles, identificados com esta grande família que são os nossos mestres, no meio dos quais vivemos desde nossa infância e a cuja generosidade incomparável muito devemos do que conseguimos ser.

O professor não se limita a transmitir seus ensinamentos a seus alunos, mas dirige o pensamento também à comunidade. Esta ação tem enorme interesse, pois, na sua grande maioria, as comunidades modelam-se conforme a conduta de um guia que encontra no professor sua maior expressão pelo exemplo que a existência lhe oferece e pelo estímulo que seu trabalho apresenta.

Assim, o magistério é como o exército do espírito que tem que combater as forças destruidoras da alma coletiva; a missão do professor representa uma das manifestações mais elevadas do desinteresse humano.

O magistério é um sacerdócio; a escola verdadeira tem sempre o sentido de uma missão. As mãos que tocam o sacrário da consciência infantil são limpas e movidas por um espírito superior e isto se consegue através do amor, que supõe plenitude da alma, riqueza de vida interior, segurança e confiança em si mesmo.

O professor prodigalizando-se aos seus discípulos sente satisfação, partilha de suas alegrias, sofre as suas desditas, penetra na intimidade de sua alma, de sua vida interna e chega à percepção desse mundo que para ele é valioso.

Esta compreensão do aluno alarga os horizontes da vida do professor, abre o universo às mais amplas perspectivas, reúne na unidade de uma comunhão a multiplicidade dispersa e fechada de visões individuais sós e separadas.

Escola é a oficina de trabalho do professor. E a propósito sendo responsável pela educação no mundo moderno, cuja complexidade lhe plasmou atribuições de caráter construtivo em prol do progresso dos povos, o Estado tem que fazer das escolas órgão por excelência da sociedade e não instrumento de seu domínio.

Emanações das vastas comunidades humanas as escolas completam, suplementando a ação educativa da família, e coordenam como órgãos específicos que são as fontes de difusão cultural e os demais estímulos educativos que o meio proporciona por tão diversas formas.

O professor é um herói. A sua formação, a sua carreira, a sua remuneração condigna são assuntos de forçosa incorporação à política educacional. Neste sentido, a liberdade de cátedra só colimará sua posição de total valia com a independência econômica do professor. Fora da política eleitoral, sem prejuízo dos direitos e deveres de cidadania, sob o amparo eficaz de leis que lhes dêem segurança, livrando-os das incertezas do amanhã, os professores poderão dedicar-se com patriótico estímulo ao exercício de sua profissão, reconhecendo que entregarem-se às lutas irritantes das discórdias é renunciarem ascendência que exercem sobre a alma das coletividades e esquecerem-se da dignidade e do caráter austero e generoso de sua missão.

Na tarefa quotidiana insisto em dizer que o professor é a encarnação da moral, fazendo de sua existência um continuado exemplo, pelo desinteresse de sua conduta e pelo espírito de sacrifício com que pauta seus atos. Seu trabalho diário é um ininterrupto esforço construtivo que dá vida profunda ao verso do poeta: semeando sempre, sempre semeando. Com isto ganham a confiança da sociedade e o coração do povo.”

Assim, pois, mergulhados nesse permanente aprendizado e reaprendizado, nos devotemos cada vez mais à EDUCAÇÃO POPULAR, generalizando a consciência de um sistema EDUCACIONAL, que seja EFICAZ e DEMOCRÁTICO, é requisito essencial para que a nossa SOCIEDADE realize suas PONTENCIALIDADES dentro da civilização a que pertencemos, e tudo isso com GRANDEZA MORAL, SENTIMENTO PATRIÓTICO e CLAREZA de ESPÍRITO, valendo ainda evocar PLATÃO: “Feliz o reino governado por sábios...”.

São fontes como essas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas INESTIMÁVEIS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente considerando o horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014,a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL ...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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sexta-feira, 12 de março de 2010

A CIDADANIA, OS 500 ANOS E A HERANÇA MALDITA


“[...] 2.2. Arquétipo oligárquico


O arquétipo oligárquico perpetua a mentalidade e as práticas herdadas da oligarquia grega e romana, e também da sociedade senhorial brasileira. São atuais os testemunhos de filósofos gregos. Na “República Ateniense”, diz Aristóteles: “No governo oligárquico, todas as pessoas humildes eram servas dos ricos”. E na “República”, Platão é enfático: “Os ricos têm o poder e o mando enquanto os pobres de nada participam. A oligarquia é a forma de governo em que as rendas decidem a sorte de cada cidadão”.

A estirpe do arquétipo oligárquico prolonga-se na sociedade brasileira através dos usineiros, de latifundiários, de empresários, da primazia da propriedade sobre o trabalho, da indústria que, em 1993, cresceu 9,6%, e o emprego caiu 2%. No Brasil, 1% da população mais rica detém 15% da renda nacional, enquanto 50% da população mais pobre só possui 11% dessa renda. Essa escandalosa concentração de renda comprova que a matriz oligárquica ainda impera por aqui.

Para que haja cidadania é preciso apear o arquétipo oligárquico que encurva a sociedade. A cidadania exige ruptura ântropo-psico-cultural que desatrele a população da Senzala do mandonismo da Casa Grande. A oligarquia manda, e os mandados são sub-ordinados, colocados debaixo de ordens. Para ser cidadão, o povo terá de des-montar a cultura do”Mando” e provocar a salutar “des-mando”. Há que ser in-subordinado para implodir a ordem oligárquica. Cidadania é também insurreição”.

(Pe. JUVENAL ARDUINI, in artigo publicado na revista VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, páginas 5 e 6, sob o título O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa de Minas Gerais (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Herança maldita

Além de reafirmar o vigor do regime democrático, a realização das eleições de outubro também representa uma grave convocação à sociedade brasileira. Pela força do voto, teremos a oportunidade de nos posicionar diante de questões fundamentais que condicionam e determinam o tipo de nação que queremos construir. Nosso compromisso dever ser o de edificar um país do qual possamos nos orgulhar no presente e do qual nos orgulhemos por legar às gerações futuras. Nesse cenário, à frente de todas as outras, se destaca a questão ética. Majoritariamente honrada e moldada, segundo princípios de patriotismo e civismo, a sociedade brasileira não pode mais aceitar teses forjadas para justificar a falta de ética, a corrupção desenfreada e a ausência de compromisso com o país. Não podemos mais admitir a visão fatalista de que o Brasil é assim porque nasceu assim, fruto de uma herança maldita que viria desde os tempos do nosso descobrimento e do perfil da colonização que tivemos. Também não somos uma sociedade que sempre quer levar vantagem e está pronta para dar um jeitinho em tudo.

Nosso país, cujo povo tem a qualidade de ser pacífico, está deixando de ser passivo. Começamos o ano com a prisão de um governador em pleno exercício do seu mandato – fato inédito na história brasileira. Nos últimos anos, a um só tempo, testemunhamos cenas ao mesmo tempo tristes, mas esperançosas, como a prisão de juízes, desembargadores, cassação de parlamentares e até o impeachment de um presidente da República. Lamentavelmente, muitos acabam voltando, quase sempre pela via do voto. São estes os arautos da chamada herança maldita, que, 500 anos depois, insistem em tentar nos convencer de que prevalece na sociedade brasileira a tolerância às transgressões, uma postura cuja gênese estaria na índole dos nossos primeiros colonizadores e dos povos que habitavam a recém-descoberta Terra de Santa Cruz.

São ardilosos e a todos tentam cooptar com a propagação de seus condenáveis atos de esperteza, que envolvem grandes infrações às leis, como corrupção, mensalões e propinas. Com isso, procuram minimizar o impacto dos seus crimes e, perversamente, induzir segmentos da sociedade à prática de transgressões menores, como comprar e vender sem nota fiscal, adquirir produtos piratas, conduzir veículos acima da velocidade permitida, parar o carro em fila dupla, dizer uma pequena mentira ou jogar lixo pela janela. É uma técnica subliminar sedutora, da qual precisamos nos defender em nome da construção de uma sociedade íntegra e honrada.

Outubro está chegando e é preciso dizer um sonoro basta a todas essas práticas, que degradam a ética e desconstroem uma nação. Como cristãos, não podemos nos resignar passivamente a essa situação e, menos ainda, aceitar a condenação de que seremos sempre uma sociedade de segunda categoria, desprovida de princípios fundamentais, como honestidade, disciplina, ordem, respeito e retidão. O nosso passado é importante como fonte de lições, mas não para determinar o nosso futuro – até porque, se assim fosse, não haveria espaço para o sonho e para a esperança, que devem nos mover sempre. Como nos ensinaram nossos pais avós, devemos nos dar ao respeito!

Na verdade, devemos acelerar a nossa cobrança por padrões éticos que queremos para o nosso país e, assim, avançar na construção de uma sociedade onde prevaleça a confiança nas relações, o orgulho de ser honesta, guardiã de um tesouro valioso que dará um novo significado para nós e para as gerações que nos sucederão. Indignar-se é o primeiro passo. Vontade de mudar é o segundo – e, para que mudanças ocorram, é preciso atitudes verdadeiras e concretas, ação e coragem. Nas eleições que se aproximam, devemos nortear nossas escolhas por duas premissas fundamentais: banir da vida pública aqueles que agem contra a sociedade e escolher líderes comprometidos com valores fundamentais na construção de um país.

Precisamos de líderes que compreendam a importância da educação, da formação e valorização dos educadores. Estes são os responsáveis diretos em promover uma educação de qualidade para as crianças e os jovens – é de cedo que se incute a consciência do certo e do errado, dos direitos e das obrigações, a clara separação entre o público e o privado, a noção de liberdade e justiça, de cidadania e do bem comum. Por seu componente pedagógico, o exemplo é um poderoso instrumento de transformação e deve vir dos líderes nos universos político e empresarial. Para mostrar que estão a favor das mudanças, os políticos podem começar pela aprovação do projeto Ficha Limpa, movimento popular que angariou 1,3 milhão de assinaturas para impedir que pessoas condenadas pela Justiça de primeira instância possam se candidatar. Se insistirem em manter sua atual postura, que produz e dissemina maus exemplos, a própria sociedade haverá de expurgá-los por meio do exercício do voto.”

Eis, pois, mais lições cívicas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, e principalmente tendo no horizonte eventos como a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, com previsão de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS que, de fato, tornem BENEFICIÁRIOS diretos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS, contemplando, entre outros, a melhoria da nossa INFRAESTRUTURA, EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, SANEAMENTO BÁSICO, MEIO AMBIENTE...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SOS DISTRITO FEDERAL: O CORAÇÃO DO BRASIL ESTÁ SANGRANDO

Uma síntese de 500 anos de CORRUPÇÃO no BRASIL se instala com “requintes” em 50 no DISTRITO FEDERAL


"[...] 2. Arquétipos ântropo-psico-culturais

Arquétipos são matrizes que se instalam na consciência e principalmente no inconsciente e influenciam mentalidades, julgamentos, valores e procedimentos. Os arquétipos não predeterminam as pessoas, mas podem favorecer ou bloquear a cidadania. Para que a cidadania prospere há que desbloquear arquétipos que alienam e subordinam a sociedade.

[...] 2.4 Arquétipo fatalista

Há pecado original que nos onera. Os colonizadores não vieram trazer bens ao Brasil, mas levá-los do país. Não vieram semear e cultivar a terra, mas “feitorizar uma riqueza fácil quase ao alcance da mão”, registra Sérgio Buarque de Holanda. A independência de 1822 não emancipou o povo. A abolição da escravatura foi legal, mas não social. A República fortaleceu os proprietários agrários, mas não os peões. Quilombos incendiados, levantes esmagados, trabalhadores rurais escravizados e assassinados. O povo vota e depois descobre que fora enganado mais uma vez. É experiência histórica que traz frustração e deixa sentimento de impotência. E, então, a população refugia-se no fatalismo, atribuindo a causas mecânicas ou a Deus o que é produzido por gatunos e espertalhões.

Para viver a cidadania há que vencer a frustração. E, para isso, o povo precisa des-enganar-se, sair do engano, e deixar de acreditar naqueles que o embrulham e lesam. E a sociedade há de remover o fatalismo que a imobiliza. As pessoas devem desfatalizar-se ântropo, psíquica, cultural e religiosamente, e não esperar que as soluções venham dos outros ou sejam presenteados pelos poderosos. O brasileiro há de acreditar em sua exuberante criatividade e assumir seu destino com as próprias mãos. Pois o cidadão não vem feito, mas faz-se a cada dia.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI – In O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, páginas 5 e 6).

Mais uma IMPORTANTE e CONTUNDENTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na Revista VEJA – edição 2152 – ano 43 – nº 7, de 17 de fevereiro de 2010, páginas 42 a 45, com PARCIAL transcrição:

“CORRUPÇÃO
Arruda, do DF, é o primeiro governador a conhecer a cadeia



[...] Quase todo mundo viu o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, estrela o mais bem documento caso de corrupção do país. Em uma série de vídeos, um ex-secretário, Durval Barbosa, registrou cenas explícitas de arrecadação e distribuição de propinas em Brasília. O dinheiro era guardado em malas, bolsos de paletó, meias, cuecas e até em uma banheira de hidromassagem. O governador, filmado acomodando 50 000 reais num envelope pardo, alegou ter usado o montante na compra de panetones para os pobres. Não convenceu nem seu partido, o DEM, e teve de se desfiliar para evitar uma expulsão. O abandono da sigla impediu Arruda de disputar a própria sucessão nas eleições de outubro. Existe papel pior para um político? Existe. Entrou em cartaz, na semana passada, mais um capítulo do cinema de horror protagonizado pelo governador e sua trupe. Tentativas de sabotar o Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pelo inquérito que apura a corrupção na capital do país, a decretar a prisão preventiva do governador. O STJ também o afastou do cargo. Arruda se entregou à polícia espontaneamente. Ele é o primeiro governador a ser preso em pleno exercício do mandato.

A prisão de um suspeito antes de uma sentença definitiva se justifica em alguns casos. O mais clássico deles, que agora se verifica em Brasília, ocorre quando um suspeito se vale de seu poder para atrapalhar as investigações. O Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país, costuma referendar a perda da liberdade de suspeitos quando eles apresentam risco para a apuração das denúncias. O autor do decreto de prisão de Arruda, o ministro Fernando Gonçalves, entendeu que é exatamente esse o caso do governador. O ministro também interpretou que sua liberdade é um risco para a ordem pública graças a uma sucessão de episódios ocorridos nos últimos dias. Dados a excepcionalidade da prisão e o ineditismo de mandar para a cadeia um governador em pleno exercício do cargo, Gonçalves convocou uma reunião com quinze magistrados do STJ. O ministro pediu a eles que referendassem sua decisão. Por 12 votos a 2, o colegiado confirmou a prisão preventiva. Como tem foro privilegiado, Arruda foi recolhido a uma cela da superintendência da Polícia Federal em Brasília. Seus advogados requereram ao STF a concessão de um habeas corpus, que, se concedido, permitirá a Arruda esperar em liberdade a conclusão das investigações.

O STJ autorizou a prisão de Arruda ao cabo de uma sequência de graves episódios. Há duas semanas, a Polícia Federal prendeu um funcionário do governo, Antônio Bento da Silva, que tentava subornar um jornalista, testemunha no inquérito que investiga o governador. Silva é aliado de Arruda e conselheiro da estatal que administra o metrô de Brasília. Ele foi preso ao entregar 200 000 reais à testemunha. Era o pagamento para que ela afirmasse em depoimento que os vídeos tinham sido editados para incriminar o governador. O dinheiro foi entregue ao dirigente do metrô pelo sobrinho e secretário particular de Arruda, Rodrigo Diniz Arantes. A polícia também apreendeu um bilhete manuscrito pelo governador no qual ele pede ajuda à testemunha. Um secretário do governo, Wellington Moraes, chegou a ser despachado para negociar com o jornalista. Além de Arruda, o sobrinho, o secretário e outras duas pessoas tiveram a prisão decretada pelo STJ. “A organização criminosa instalada continua se valendo do poder econômico e político para atrapalhar as investigações e garantir a impunidade”, escreveu o ministro Gonçalves no decreto de prisão. O vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, assumiu o cargo de Arruda. Como Paulo Octávio também é citado nos vídeos (sem que sua imagem apareça, porém) que detonaram o escândalo, sua presença à frente do governo do DF sofrerá contestação nas ruas e na Justiça.

[...] A tentativa de interferir na investigação, que fundamenta o decreto de prisão de Arruda, não se limita ao campo da Justiça. Aliados do governador têm tentado sabotar as investigações na Câmara do Distrito Federal, que instalou uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar o escândalo e analisa três pedidos de impeachment de Arruda.A manobra mais escandalosa até agora foi vincular a análise do impeachment à conclusão da CPI. A comissão, controlada pelo governador, determinou que a investigação retroagisse duas décadas. Além disso, ela só pode avançar de maneira cronológica, uma forma de jogar para as calendas a apuração dos vídeos. A estratégia sofreu o primeiro revés no mês passado. Um juiz de primeira instância determinou que oito deputados, todos aliados de Arruda, fossem afastados das “investigações”. Todos são suspeitos de receber dinheiro do esquema que, de acordo com a polícia, era comandado por Arruda. O segundo golpe ocorreu agora. Na semana passada, foi anunciada a prisão de dois policiais de Goiás. Eles são acusados de instalar grampos ilegais nos gabinetes de deputados que fazem oposição a Arruda. A dupla receberia 300 000 reais pelo serviço. Já se sabe que eles foram contratados por um ex-assessor de Arruda.

Na quinta-feira passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitou ao STF que decretasse intervenção federal no Distrito Federal. O procurador argumenta que o sistema político do DF está contaminado pela corrupção. Além do governador afastado, seu vice, Paulo Octávio, e dez deputados distritais também são investigados por corrupção. Segundo Gurgel, eles não teriam isenção nem legitimidade para assumir ou participar da indicação de um novo governante. [...]”

Eis, pois, mais episódios que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM na grande CRUZADA NACIONAL, que congregue TODAS as FORÇAS VIVAS da nossa SOCIEDADE para as URGENTES e INADIÁVEIS transformações que nos levem à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, ÍNTEGRA, EDUCADA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR as nossas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, iniciando JÁ, ainda nesta DÉCADA, uma ERA de LUZ, ALEGRIA e FRATERNIDADE e, bem assim, merecer os IDEAIS OLÍMPICOS... e um coração SAUDÁVEL...

Este é nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A CIDADANIA E A AGENDA ÉTICA

“[...] 3. Criticidade

Cidadania requer senso crítico. A criticidade leva o cidadão a questionar fatos, injustiças, autoritarismo, nepotismo, desigualdade social, pobreza crônica. A criticidade confere aos cidadãos capacidade de interpretar idéias e situações, de avaliar o que há de positivo e negativo na sociedade. E evita o ufanismo, que acende ilusões, e o pessimismo, que reduz o brasileiro a bagaço. A análise ântropo-psico-cultural revela que o brasileiro tem sido mais desconfiado do que crítico. E, por isso, tem-se mostrado arredio e lento para participar.”
(Pe. JUVENAL ARDUINI, in O QUE É PRECISO PARA SER CIDADÃO? – VIDA PASTORAL – JULHO-AGOSTO DE 1994, página 6).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE/MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Agenda ética

Passada a fase mais aguda da crise financeira e econômica internacional, líderes políticos e empresariais apressam-se em apresentar as perspectivas para este ano. São previsões otimistas: a economia voltará crescer no mundo, no Brasil e em Minas Gerais, a taxas iguais e até superiores às registradas no período pré-crise. Significa que teremos mais investimentos, mais produção, maior geração de riqueza e renda, mais empregos. É um cenário alentador, mas revela uma abordagem míope à medida que omite uma variável fundamental na agenda de 2010 – a questão ética que, necessariamente, precisa avançar junto com as atividades política e com o crescimento econômico. Lamentavelmente, nos últimos anos, o Brasil tem se revelado pródigo em exemplos pouco edificantes, dos quais o “Mensalão do Arruda” é apenas a face mais recente, denunciando absoluta falta de compromisso com princípios e valores que devem nortear relações sadias entre os diversos segmentos da sociedade.

Isso precisa mudar. Independentemente do país, da religião, da cultura e da posição hierárquica, as principais características de um líder devem ser a sua retidão, sua atitude comprometida com a verdade, com a justiça, com o desejo de servir e de inspirar pessoas com o rumo correto e ético, edificando uma comunidade embasada em fundamentos sólidos, ordeira, respeitosa e que cresça e evolua alicerçada no b em e ao amor ao próximo. Este é o alerta que nos faz o livro Liderança baseada em valores, recentemente lançado pelo casal de professores Marco Túlio Zanini e Carmem Migueles, da Fundação Dom Cabral, com a participação de um grupo de pensadores acadêmicos, executivos e empresários, do qual tive a honra de participar.

Indignados diante da desastrosa postura dos nossos líderes – claro, há exceções – , os autores cumprem o objetivo de mostrar o que a sociedade espera deles, bem como os princípios e valores sobre os quais devem fundamentar sua atuação. O livro tem o propósito de mostrar que as profundas transformações sociais das últimas décadas romperam vínculos com o passado, sem formar novos, e quebraram paradigmas, sem estabelecer sucedâneos. Enfim, desorganizaram as instituições e as empresas, trazendo incertezas sobre os caminhos a seguir. Nesse vácuo, muitos líderes têm fraquejado diante das tentações. Nos momentos mais críticos, justificam suas decisões e ações com um relativismo sem precedentes, em um vale-tudo interpretativo, seguindo maus exemplos de outros que os antecederam. Predomina a ambição desmesurada e o egoísmo extremado, ultrapassam-se limites e regras da boa convivência, rompendo o princípio mais importante para o desenvolvimento das pessoas, das instituições e da sociedade: a confiança.

Nesse ambiente marcado por tantas mudanças tecnológicas, comportamentais e culturais, é hora de construir novos paradigmas, com a consciência de que o que ancora a sociedade e assegura solidez e perenidade às relações são os princípios e valores. São eles a bússola que o indica o norte verdadeiro, motiva as pessoas, dá significado à existência humana, fazendo com os indivíduos se sintam inseridos no processo de construção de uma nova realidade, permitindo que ajam de maneira independente, mas interdependente, e de forma responsável. Esta é a mensagem central do livro em apreço, que guarda total alinhamento de ideias com a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE/MG).

Na política, no mundo empresarial e todas as atividades da sociedade, precisamos de líderes que se empenhem em construir uma comunidade de bem. Os líderes que queremos devem abandonar o atalho da esperteza, da desonestidade, da corrupção, das vantagens obtidas com as doações ilegais de campanha e com os serviços superfaturados. A sociedade civil organizada está cada vez mais menos tolerante com esses esquemas e conchavos. Entendemos, na ADCE, que a moderna liderança empresarial deve ser inspiradora e atuar segundo princípios cristãos. É, também, o entendimento do livro dos professores Nanini e Migueles, que apresentam um novo perfil de liderança, que não é mais apenas tecnicista, mas busca sensibilizar e mobilizar seus liderados para uma participação espontânea, solidária e ética. Este ano, tão importante e de tantas expectativas em função da retomada do crescimento da economia e das eleições presidenciais, para governos estaduais, Congresso Nacional e parlamentos estaduais, o Brasil precisa, como nunca, de grandes líderes empresariais e de grandes estadistas. Enfim, precisa de líderes que entendam as verdadeiras aspirações da nova sociedade e dos novos homens que habitam as empresas e o país.”

São páginas e livros que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL para a CIDADANIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, com a implantação INADIÁVEL, URGENTE, IMEDIATA, DETERMINADA da cultura da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, do RESPEITO MÚTUO e, sobretudo, da ÉTICA e do ESPÍRITO PÚBLICO, uma das marcas dos grandes LÍDERES e dos ESTADISTAS, que permita PARTILHAR as CONQUISTAS e EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS do PAÍS, com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

Por tudo isso,O BRASIL TEM JEITO!...