Mostrando postagens com marcador SÓCRATES. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador SÓCRATES. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A CIDADANIA, A PLATAFORMA DA ALMA, OS SUSERANOS, OS SERVOS E A AGUDA CRISE

“A vida vista pela alma é 
mais abrangente e universal
        Quatro indivíduos queriam ver uma árvore simbólica, muito famosa. Alguém, que a conhecia bem, se ofereceu para conduzi-los até ela, um de cada vez. Levou o primeiro durante o inverno, quando a árvore só tinha tronco e galhos, já que as folhas haviam todas caído. Passado algum tempo, levou o segundo e, como era primavera, as folhas estavam começando a despontar. Depois, no período do verão, levou o terceiro, e esse viu a árvore florida. Finalmente, no outono, levou o quarto, que a viu carregada de frutos.
         Após essas visitas, o guia reuniu os quatro e pediu-lhes que descrevessem a árvore. O primeiro disse ter-se admirado de que fosse tão famosa, pois não vira nada, a não ser galhos nus. O segundo disse que aquela era uma árvore normal, com algumas folhas, mas sem qualidades notáveis. O terceiro disse ser ela uma belíssima planta, com flores cheias de vida, e o quarto disse que a árvore merecia realmente a fama que tinha: seus frutos eram copiosos e de grande valor.
         Há quem se refira a essa história para ilustrar como a mente humana comum vê de forma parcial. A cada momento as coisas mudam e, ainda assim, a mente continua definindo-as segundo o que é capaz de apreender com seus parcos recursos. A alma, por sua vez, sabe que nada é fixo e, quando fala conosco, demonstra a universalidade de suas perspectivas. Quando nos dá sinal sobre algo, o faz como um síntese. No caso da árvore, a alma veria de um só lance os diversos estados da planta completos e depurados do supérfluo.
         Quando estamos livres do controle do cérebro físico e, portanto, em condições de penetrar realidades mais amplas, desaparece a atitude corriqueira com a qual encaramos as situações. Por meio dos sonhos, conhecemos um mundo a que os sentidos comuns não têm acesso.
         Para comunicar-se conosco, a alma utiliza-se de elementos de nossa própria memória. Por isso, um símbolo percebido por um indivíduo em geral é adequado apenas para ele. Se ao ver um símbolo peço a um analista comum que o interprete, posso chegar às mais diversas e interessantes leituras desse símbolo. Todavia, o caminho mais curto e mais certo, sem dúvida, é silenciar-me diante do que vi, voltar-me para o centro do meu ser e aguardar o significado vir de lá. Isso porque, em algumas ocasiões, a alma usa símbolos que dizem respeito à nossa experiência interior, espiritual. Nesse caso, apenas nós mesmos temos acesso ao verdadeiro sentido deles.
         A forma de agir da alma difere da forma de agir da personalidade. A personalidade aquilata com base em sua própria experiência. A alma, por trazer consigo a experiência de um nível elevado, sutil, e a sabedoria do nível em que vive, mostra um quadro, levando em conta uma parte muito mais ampla e abrangente da criação e dos mundos do que a mente pode conceber. Ao mostrar, por exemplo, por meio de um sonho, que uma personalidade está às escuras, a alma o faz sem excluí-la da totalidade da vida e sem nos eximir da responsabilidade pelo que possa estar acontecendo com ela. Sendo a vida uma totalidade, não há situação alheia que não nos diga respeito, e tampouco há ato nosso, físico, emocional ou mental, que não se reflita positiva ou negativamente sobre os demais.
         Esse é o ponto de vista da alma, universal. Se estivermos receptivos a ele, aprenderemos a ser mais abrangentes e compassivos.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 18 de outubro de 2015, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de outubro de 2015, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de WILSON CAMPOS, advogado, presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, e que merece igualmente integral transcrição:

“Suseranos e servos
        Sócrates, o filósofo grego, precursor da ética e do diálogo, já afirmava às portas da democracia ateniense que o homem devia servir à pátria com suas atitudes e agir no interesse coletivo. Além disso, salientava que é dever do Estado formar cidadãos sábios e honestos.
         Na esteira da sabedoria reconhecida por seus contemporâneos, transmitia ao povo o melhor dos conhecimentos, das ideias e da críticas, posto que na imensidão do mundo as fraquezas e qualidade do ser humano se conflitam. E seu aprendiz, Platão, assinalava a necessidade da atuação individual na busca do bem comum, indicando que nenhum governante deve procurar vantagens para si, mas para os governados.
         Muitos não aprenderam a lição. Tantos outros sequer leram ou escutaram de alguém as sábias palavras proferidas por tão ilustres mestres, defensores incansáveis da perfeição moral do homem.
         Ao horror das hostes insolentes e teimosas na malversação da coisa pública, se opõe o enfrentamento cívico de grande maioria da população, que desanima no combate dos apegados ao poder, mas que reanima num rasgo de esperança, quando ressurge na sua independência o impávido Poder Judiciário trazendo para si a responsabilidade de julgar e condenar, proporcionando ao povo o direito a uma biografia limpa e carreando aos poderosos as penas e multas pelos crimes cometidos.
         Os vassalos do mal, aproveitadores contumazes, assistem de cátedra ao desmoronamento dos seus ídolos de barro e ainda gritam pelos cantos a sorte dos destronados. Pobres indivíduos desamparados, agora pranteando incrédulos os seus protetores jogados na lama que eles mesmos chiqueiraram. No entanto, os vassalos do bem, homens e mulheres honrados, persistentes trabalhadores curtidos no sol do batente diário, respiram mais aliviados, na crença do resgate moral dessa fase delinquente.
         Os suseranos, senhores da maioria dos cargos e do dinheiro público por apropriação indébita, acometidos de grandeza intocável e paciência limitada, algozes do contribuinte indefeso e se achando donos do erário, disparam palavrórios impublicáveis quando lhes tocam a túnica empedernida de autoridade que nunca tiveram.
         E a julgar pelo andar da carruagem, agora desgovernada, morro abaixo na avaliação do ético, resta por fim que ela devolva à lama os que dali nunca deveriam ter saído. Irresignados, no repetido diapasão dos companheiros e apadrinhados deserdados, agora atacam a sociedade, os moralistas, os transparentes, a imprensa, o Judiciário e blefam na espera de um perdão do povo. Ora, data vênia, só faltava essa, pedir perdão ao povo que sempre foi alijado nos seus direitos constitucionais.
         A alegada “consciência dos inocentes” rima com o desrespeitoso impropério de chamar de hipocrisia o julgamento dos culpados, o que configura uma afronta à Justiça e, em especial, aos ínclitos ministros que, corajosamente, impõem severas penas aos implicados nos processos. Das hostes e dos suseranos condenados, se espera, além do cumprimento de sentença, o pagamento de multas, a devolução do dinheiro e o banimento da vida pública.
         A Idade Média se foi há séculos, mas os suseranos ainda insistem nos servos aos seus pés, de joelhos, submissos e prontos à entrega da continuidade feudal. Enquanto os estados e municípios passam o pires, fincados na máxima de um pacto federativo desigual, os privilegiados da cúpula amiga do poder se refestelam nos gastos corporativos intermináveis.
         O julgamento dos culpados não é o bastante para saciar a sede de liberdade, igualdade e ética dos brasileiros, nem para satisfazer a sociedade em sua luta contra a impunidade. A missão de moralização precisa continuar, todos os dias, e o povo tem de estar atento às suas prerrogativas garantidas na Constituição da República. Porém, não se iludam. As hostes, os vassalos e os suseranos relutam em abandonar a majestade, restando aos servos o trabalho duro de quitar a fatura. Mas, até quando?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

      a)      a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);

     b)      o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 361,40% ao ano; e mais, também em setembro, o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,49%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

     c)       a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”  
  
     


  

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A CIDADANIA, A CHUVA, A POLÍTICA E OS NOVOS PARADIGMAS

“Tudo começou na Grécia e tudo começa a acabar na Grécia?

A civilização ocidental tem sua origem histórica na Grécia do século VI a. C. Ruíra o mundo do mito e da religião que era o eixo organizador da sociedade. Para pôr ordem àquele momento crítico fez-se, num lapso de pouco mais de 50 anos, uma das maiores criações intelectuais da humanidade. Surgiu a era da razão crítica, que se expressou pela filosofia, pela política, pela democracia, pelo teatro, pela poesia e pela estética. Figuras exponenciais foram Sócrates, Platão, Aristóteles, Péricles, Fídias, Sófocles, Eurípedes e Ésquilo.

Esse paradigma se caracteriza pelo predomínio da razão, que deixou para trás a percepção do Todo, o sentido da unidade da realidade que caracterizava os pensadores pré-socráticos, portadores do pensamento originário. Introduzem-se os dualismos: mundo-Deus, homem-natureza, razão-sensibilidade, teoria-prática. A razão criou a metafísica, que na compreensão de Heidegger faz de tudo objeto e se instaura como instância de poder sobre esse objeto. O ser humano deixa de se sentir parte da natureza para se confrontar com ela e submetê-la ao projeto de sua vontade.

Esse paradigma ganhou sua expressão acabada mil anos depois, com os fundadores do mundo moderno, Descartes, Newton, Bacon e outros. Com eles se consagrou a cosmovisão mecanicista e dualista: a natureza de um lado e o ser humano de outro, em cima dela, como seu “mestre e dono” (Descartes). Elaborou-se o ideal do progresso ilimitado, que supõe a dominação da natureza, no pressuposto de que esse progresso poderia caminhar infinitamente na direção do futuro.

Nos últimos decênios, a cobiça de acumular transformou tudo em mercadoria a ser negociada e consumida. Esquecemos que os bens e serviços da natureza são para todos e não podem ser apropriados apenas por alguns.

Depois de quatro séculos de vigência desse modo de ser e de ver, verificamos que a natureza teve que pagar um preço alto para custear esse modelo de desenvolvimento. Agora, tocamos nos limites de suas possibilidades. A civilização técnico-científica chegou a um ponto em ela pode pôr um fim si mesma, degradar a natureza, eliminar grande parte do sistema da vida e, eventualmente, erradicar a espécie humana. Seria a realização de um armagedon.

Tudo começou há milênios na Grécia. E agora parece terminar na Grécia, uma das primeiras vítimas do horror econômico, cujos banqueiros, para salvar seus ganhos, lançaram toda a sociedade no desespero.

Estamos assistindo à agonia de um paradigma milenar que está, parece, encerrando sua trajetória histórica. Pode demorar ainda dezenas de anos, mas o fim é previsível. Com seus recursos internos não tem condições de se reproduzir.

Temos que encontrar outro tipo de relação com a natureza, outra forma de produzir e consumir, desenvolvendo um sentido geral de interdependência face à comunidade de vida e de responsabilidade pelo nosso futuro comum. Ao não encetarmos essa conversão, ditamos para nós mesmos o veredicto de desaparecimento. Ou nos transformamos ou desapareceremos.

Faço minhas as palavras de Celso Furtado, economista e pensador: “Os homens de minha geração demonstraram que está ao alcance do engenho humano conduzir a humanidade ao suicídio. Espero que a nova geração comprove que também está ao alcance do homem abrir caminho de acesso a um mundo em que prevaleçam a compaixão, a felicidade, a beleza e a solidariedade”. É a condição de mudarmos de paradigma.”
(LEONARDO BOFF, filósofo e teólogo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de janeiro de 2012, Caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de janeiro de 2012, Caderno PENSAR, página 2, de autoria de JOÃO PAULO, Editor de Cultura, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O que a chuva tem a ver com a política?

A triste contabilidade de mortes e destruição em razão das chuvas que começaram em dezembro marca o início do ano. Em meio às tarefas urgentes de salvar vidas, evitar tragédias e acudir os desabrigados, começa a brotar um sentimento que mescla indignação e vontade de agir para que isso não mais ocorra. Há o que ser feito para evitar desabamentos – e é preciso reconhecer que são ações que vêm sendo realizadas com responsabilidade por vários anos –, no entanto a cada ano o perigo retorna e, quase sempre, atingindo a população mais pobre.

Quando a situação catastrófica atinge a classe média, como se viu em BH em dois edifícios, no Buritis e no Caiçara, os danos parecem sobrelevados. Um prédio em área nobre parece valer por 100 casas à beira de um córrego na periferia. Não se trata de desfazer do sofrimento da classe média, mas de reconhecer que o valor da moradia é o mesmo para todas as pessoas.

A imprensa tem um papel na construção desse imaginário. Ligado a seus leitores, majoritariamente pertencentes às chamadas classes A e B (em termos de consumo e faixa de renda), o jornalismo criou um padrão que repercute de forma perversa a distinção de classes na sociedade. Há uma contabilidade que faz com que os dramas da classe média sejam considerados mais trágicos que dos que habitam a faixa inferior da tabela de consumo.

A situação vivida pela cidade aponta alguns limites de nossa concepção de política. Para muitas pessoas, cabe aos detentores de cargos públicos a responsabilidade por recuperar a ordem, reconstruir as casas, amparar os penalizados pelas enchentes. Por isso, simbolicamente, a presença dos governantes é tão importante. Ao colocar os pés na lama, eles reconhecem o território ao qual prometeram devotar seus esforços.

Essa visão de política, amparada em uma ideologia que distancia povo de poder, muitas vezes funciona contra a própria concepção de democracia. A palavra inventada pelos gregos precisa se alimentar em duas formas de igualdade. A primeira é aquela que coloca todos frente à urna para decidir quem serão seus governantes. A segunda é a que iguala os detentores do poder com cada um dos cidadãos. No primeiro caso, estamos no terreno da democracia que delega; no segundo, da que propõe que a participação não cessa com a contagem dos votos.

O que isso tem a ver com a chuva? Tudo. A mescla de momentos de delegação com práticas de participação é o que dá equilíbrio à política democrática. Em momentos de crise essas duas formas complementares são testadas em seus limites. Numa situação de emergência, como o lado popular está enfraquecido e as soluções precisam ser emergenciais, vale a competência da execução das ações, para as quais os governantes foram eleitos (e se venderam no mercado eleitoral). A máquina pública precisa entrar em ação com urgência e sensibilidade – o que mais uma vez reforça a indicação de pôr os pés na lama.

Passada a situação de risco, a balança entre participação e representação precisa ser novamente aferida em nome de novas prioridades que são disparadas com a situação de crise. Um coisa é executar política urbana em tempos de calmaria, outra é se preparar para os momentos de tempestade. É por isso que as ações preventivas ganham sempre mais atenção depois de eventos catastróficos. A chuva de hoje é o fermento da reivindicação de amanhã. Sofrer é aprender. Este é o único ganho da dor.

OUTRO MUNDO Tudo que uma sociedade vive em nível próximo parece ecoar uma dimensão mais ampla. Microcosmo dentro do macrocosmo, a política local é sempre um evento fractal, como se trouxesse em si todas as mazelas – e virtualidade – da chamada grande política. O que o mundo vive hoje em sua crise de opções ideológicas tem tradução direta na gestão do drama das chuvas em Belo Horizonte e em outras cidades mineiras.

A Europa e os EUA padecem de indefinição ideológica clara sobre o futuro que querem construir. Há movimentos amplos de protesto, consciência da financeirização da crise, crítica ao centralismo, combate a todas as formas de corrupção. O recurso à esquerda, que parecia esgotado há algumas décadas, ressurge em torno da defesa de bandeiras sociais. O que foi social-democracia um dia hoje se traduz como ganhos de civilização que precisam ser recuperados como horizonte mínimo.

Na América Latina, em outro diapasão histórico, as esquerdas chegaram ao poder abdicando d herança mais radical pela conveniência da participação no poder. Há um enfraquecimento da ideologia em nome do realismo em algumas nações, como o Brasil, e uma radicalização em outras, como a Venezuela, mas que podem ser lidas com o mesmo sinal de certa autonomização em relação ao capitalismo central.

A esquerda, nos dois casos, se deslocou para o centro.

E nem mesmo o centro se sustenta.

Como analisou recentemente Serge Halimi, “embora atravessada por toda uma parafernália institucional e midiática, a república do centro balança. Há uma disputa entre o endurecimento do autoritarismo liberal e uma ruptura com o capitalismo”. A sequência dessa história aponta para o risco da descrença do jogo político. Quando o cidadão percebe que os governos foram despojados de sua soberania e se tornaram reféns de bancos, surge a irrefreável vontade de mudar tudo, mesmo antes do calendário eleitoral.

MAIS ÁGUA A comparação entre os dois cenários, um de crise imediata e outro mais estrutural, parece não possuir elo. No entanto são realidades muito próximas no que indicam desequilíbrio, função da política e papel do cidadão. Há um patente clima de percepção dos limites da política representativa e da forma de definição de suas prioridades. Além disso, a própria lógica que distanciava as pessoas das decisões tomadas em seu nome entrou em colapso com as denúncias de corrupção, por um lado, e com a submissão aos agentes financeiros de outro.

A chuva em nossa cidade, a cada ano, encontra fragilidades que não são mais entendidas como destino, mas como irresponsabilidade e incompetência. O amadurecimento da crítica tem funcionado, como mostram obras que impediram que a tragédia fosse maior. O que mostra que o bom governo é aquele que sabe ouvir e dirigir suas ações para a busca de igualdade. Tratar diferentemente os diferentes.

O ano que começa com chuva e destruição é ano eleitoral. Na hora certa, isso vai ter que aparecer.”

Eis, pois, mais páginas, contendo IMPORTANTES, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES em nossas estruturas EDUCACIONAIS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS e AMBIENTAIS de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Isto posto, URGE a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL até a PÓS-GRADUAÇÃO, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a se manter em níveis CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, câncer que se espalha por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem: III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também ocasionando INESTIMÁVEIS perdas e danos;
c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de desembolso da ordem ASTRONÔMICA e INTOLERÁVEL de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO da DÍVIDA, e a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Assim, torna-se absolutamente INÚTIL a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, ao lado de extremas NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS...

São, e sabemos bem, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) neste ano; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A CIDADANIA, A EQUIDADE E A DEMOCRACIA

“A roda redescoberta

Reproduzo, a seguir, trecho do relatório de organização internacional para que o leitor adivinhe a que País se refere. O documento começa por aludir à saúde fiscal do tal País e a seus problemas sociais, “cada vez piores”. Depois, engata o seguinte: “Muitos desses problemas estão relacionados com iniquidades entre aqueles que estão no topo da pirâmide de distribuição de renda – os quais gozam de alguns dos mais refinados serviços de educação e saúde do mundo – e aqueles que estão na parte de baixo, os quais carecem de acesso até aos serviços sociais minimamente adequados.”

Por fim, o fecho: “Somente se tais iniquidades forem enfrentadas o futuro ecoômico da nação, a longo prazo, estará assegurado.”

Se você respondeu Brasil, errou. Reproduzi trecho de relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, o clubão dos 25 países mais industrializados do mundo) referente à economia dos Estados Unidos. Mas não fique triste. A avaliação da OCDE sobre os EUA vale para o Brasil também. Aliás, vale muitíssimo mais para o Brasil. Afinal, a iniquidade, no Brasil, é três vezes maior do que nos Estados Unidos, se o parâmetro for a diferença de renda entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres. Nos EUA, a diferença é de 11 vezes; no Brasil, de 32 vezes.

Ora, se o futuro econômico norte-americano só estará assegurado se se combater a iniquidade social, o que dizer do Brasil? O que há de notável nesse tipo de relatório é que o fim do comunismo serviu para que a direita se apropriasse de uma retórica antes típica da esquerda. Afinal, conceitos como redistribuição de renda carregavam um tom subversivo, dado que se supunha que só se poderia fazê-la trocando o capitalismo pelo socialismo. Como agora não há mais troca possível, os capitalistas redescobriram a roda: não há segurança para o capitalismo enquanto ele estiver aumentando a brecha entre os muito ricos e os muito pobres. Só falta agora que se passe do óbvio retórico a algum tipo de ação concreta.”
(CLÓVIS ROSSI, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de novembro de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 22 de julho de 1994, Caderno GABARITO, página 8, de autoria de ADRIANO S. LOPES DA GAMA CERQUEIRA, professor de História Moderna da UFOP, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Estudo da democracia ateniense

Nos escritos platônicos, que retrataram ora de forma mais fiel, ora de forma mais “traiçoeira” os diálogos envolvendo o seu mestre Sócrates e alguns destacados sofistas, encontra-se uma ótima fonte de investigação do tema aqui proposto. Só para esclarecer, os sofistas eram mestres de ensino, que cobravam os seus ensinamentos a quem se dispusesse, não importando a sua origem. Além desse fato fundamental, os sofistas praticavam um método de ensino baseado em interpretações dos escritos mais tradicionais da cultura grega, como as poesias, que guardavam uma importante função instrutiva.

Tal método se diferenciava do socrático, que era baseado no preceito da investigação por perguntas-e-respostas, dirigidas por um dos lados do diálogo. Tal método buscava o consenso na discussão, mesmo quando estavam opostos dois pontos de vista. Para tal, mediante o inicio da discussão em torno de uma idéia aceita por ambas as partes, o condutor do diálogo procurava convencer o outro sobre a justeza de seu ponto de vista através do método, onde acabava por ser evidenciada uma verdade sobre uma suposta verdade defendida pela outra parte do diálogo. Nos diálogos entre Sócrates e Protágoras e entre Sócrates e Trasímaco (contido na obra de Platão, República) encontra-se uma importante discussão sobre política, democracia e justiça. Em ambos, fica subjacente uma idéia acerca de ética de participação política e constituição de um estado de direito.

A democracia ateniense era feita de forma direta, isto é, sem qualquer tipo de intermediação entre o cidadão e o executivo. Não havia a figura do representante: cada cidadão podia defender diretamente o seu ponto de vista no âmbito da assembléia, a principal instituição da comunidade política ateniense (ou polis). Nesse sentido, era fundamental que o comportamento de cada membro da polis fosse o mais correto possível para o bom funcionamento da democracia.

Mesmo para os críticos da época à democracia ateniense, como Platão e o Sócrates descrito nos escritos de Platão, houve uma profunda preocupação quanto à certeza de que cada habitante de uma cidade-estado pudesse desenvolver uma índole positiva ao funcionamento harmônico da mesma. Assim, encontramos na República uma verdadeira lição de como se deve educar um povo segundo os mais rigorosos preceitos da justiça, o qual envolvia todos os parâmetros de instrução do indivíduo, como as letras, a música, os esportes, etc.

Assegurado um adequado adestramento da alma de cada habitante, definido de forma justa, segundo o conceito de justiça defendido por Platão na voz de Sócrates, poderia se desenvolver uma eficaz forma de política na cidade, que estaria assim estritamente baseada em critérios éticos. A razão de se afirmar isso é que cada habitante saberia qual o seu lugar e a sua função na cidade e o bom funcionamento da mesma, isto é, o estabelecimento de um clima harmônico e produtivo na cidade, dependeria da conduta de cada membro, definida segundo rigorosos critérios de justiça.

Limites

A questão fundamental aqui é a definição platônica de justiça, mas o espaço reduzido impede uma discussão mais efetiva. O que importa ressaltar é que a ética assume aqui uma função decisiva porque ela deve demonstrar os limites e os espaços de participação política de cada membro do corpo político, é inevitável que um conjunto de regras de conduta se estabeleça entre os seus membros, senão a própria sobrevivência desse corpo é colocada em risco.

Conseqüentemente, uma outra questão surge agora: não importa o tamanho de um corpo político, de qualquer modo uma ética deve ser estabelecida no seu interior. Claro está que o tamanho desse corpo pode influenciar seriamente uma forma específica de ética. No caso de Atenas, a democracia direta era exercida por uma parcela minoritária da população (nem todos eram cidadãos, como os escravos e os negociantes).

No caso das democracias contemporâneas, exercidas de forma indireta, isto é, por representantes políticos (como os deputados e os governantes), essa questão se complica ainda mais: se do aspecto mais fundamental, o corpo político se define na relação entre os representantes e os representados, que em última instância detêm a soberania política (“todo poder emana do povo...”), de outro lado, no aspecto mais efetivo, a política acaba por ser exercida em ambientes fechados à participação da maioria da população. Assim, pode ser desenvolvida uma forma mais estrita do corpo político, onde só participam pequenos grupos, que deverão buscar alguma forma de convivência entre si, baseada em algumas regras do tipo “na política, é dando que se recebe...”

Portanto, a luta por uma relação mais harmoniosa entre ética e política envolve uma participação mais continuada na política de seu país. Pouco valem as palavras, se elas não vierem acompanhadas de ações efetivas.”

Eis, pois, mais páginas eivadas de REFLEXÕES e PONDERAÇÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de SUBSTANCIAIS MUDANÇAS em nossas INSTITUIÇÕES, que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDADA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...