Mostrando postagens com marcador Aristóteles. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aristóteles. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O GRAVE DESAFIO DA INOVAÇÃO E A TRANSCENDÊNCIA DA POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Inovação desde a seleção
        No meu dia a dia, converso com vários empresários e empreendedores e algo em comum entre todos é a preocupação com a inovação. Essa deve começar desde o processo de seleção dos colaboradores, mas nem sempre é isso o que acontece.
         Pensar fora da caixa e fazer diferente têm sido um grande desafio. Vejo que muitas empresas ficam presas no círculo vicioso de sempre buscar o mesmo, pois é mais seguro, em vez de investir no novo e correr o risco de “perder dinheiro”. Com esse pensamento, acabam ficando em experiências técnicas em vez das competências de cada um. Existe uma célebre frase que diz: “A definição de insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes”.
         As organizações deveriam levar para o dia a dia lições importantes sobre a maior crise brasileira: o momento é de reinventar, deixar de lado o que deu errado e trilhar um modo empreendedor e inovador. No livro Pense simples, do empreendedor Gustavo Caetano, ele reforça a ideia de se fazerem testes e executar projetos levando em conta os pilares better, cheaper and faster ou “melhor, mais barato e mais rápido”, e caso um deles obtenha sucesso, você pode ter encontrado o caminho para o seu negócio.
         Em um mercado atual com diversos profissionais em busca de recolocação, vejo organizações divulgando suas oportunidades com a premissa de um tempo exigido no setor de atuação. Buscar um profissional de outro mercado ou área traz oxigenação para o negócio e, assim, uma probabilidade maior de criação e sucesso. Este é o momento para diversificar e investir em novas possibilidades para os negócios. Alguns vão dizer: “Mas o risco de contratar dessa forma é maior”. Pois bem, um dos principais conceitos de investimento é: quanto maior o risco, maior a probabilidade de retorno.
         Uma das técnicas possíveis são os chamados hackatons, no qual o candidato se junta a uma equipe para desenvolver um produto ou solução a partir de um desafio e então é traçado um perfil. Existem também análises quânticas para avaliação do perfil do candidato e, principalmente, a avaliação por competências. O presidente do conselho de administração da Starbucks, Howard Schultz, disse uma vez que “contratar pessoas é uma arte, e não uma ciência. Os currículos não podem dizer se alguém se encaixa na cultura de uma empresa”. O importante neste processo é atrair públicos diferentes. Ou seja, o primeiro passo para as organizações é a quebra de padrão.
         No nosso escritório da Câmara Americana do Comércio (Amcham), em Belo Horizonte, contratamos profissionais de diversas áreas, como administração, publicidade e propaganda, relações internacionais, direito e design para cargos nem sempre da sua “função”. Há o caso de um profissional de relações internacionais empregado na área comercial, inicialmente, e que hoje ocupa um cargo de liderança em uma multinacional alimentícia, na área de vendas.
         Na busca incessante por talentos, é necessário que a empresa deixe algumas barreiras de lado como o medo de errar, a dificuldade de lidar com o diferente, os métodos e comunicação arcaicos e engessados.
         As empresas devem buscar a mudança, mas o profissional também precisa desempenhar seu papel. Vejo pessoas se formando sem analisar o que o mercado pede. Ou seja, cada pessoa deve ir além da sua capacitação, pois ter ensino superior hoje não é o único critério de escolha. É necessário se reciclar e procurar novos aprendizados.
         O momento econômico se mantém difícil, mas o mercado tem se comportado com um ânimo um pouco melhor. Ainda é hora de manter os cintos apertados e fazer nossa lição de casa. Entretanto, devemos estar preparados, pois bons ventos logo chegarão.”.

(RAFAEL DANTAS. Gerente da Câmara Americana do Comércio (Amcham), em Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de agosto de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 10 de agosto de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de ELDO PENA COUTO, diretor do Colégio Magnum Cidade Nova, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação política
        É próximo à desolação o sentimento despertado em mim por comentários de alunos, inspirados no noticiário político divulgado pela mídia diariamente. Vejo estudantes idealistas com a fisionomia transformada pela preocupação ao analisarem as declarações e atitudes de nossos representantes nos poderes Legislativo e Executivo. Isso me preocupa, pois as consequências negativas do comportamento de nossos políticos exercem e exercerão influência na formação de milhões de crianças e jovens em todo o país.
         Nas salas, os professores percebem atitudes semelhantes por parte dos adolescentes, que são praticamente unânimes em qualificar os políticos, em geral, como pessoas não idôneas. Assim, o discurso que ouvem nas aulas, dando ênfase à responsabilidade que os eleitores devem ter ao eleger seus representantes, acaba esvaziando-se tristemente, pois os alunos argumentam que não adianta querer separar o joio do trigo na hora de votar: a realidade demonstra que só há, praticamente, joio.
         Desse modo, não só a descrença generalizada em relação aos políticos, mas, ainda mais grave, a identificação dessa classe com o comportamento antiético e corrupto gera o sentimento de que as instituições brasileiras são pouco confiáveis. O maior temor dos educadores é que essas novas gerações acabem por descrer de princípios e valores fundamentais, sem os quais uma sociedade civilizada não pode subsistir.
         Numa época em que até crianças dispõem de comunicação instantânea em seus celulares e tablets, alunos já me procuraram algumas vezes para comentar vídeos que trocam entre si, mostrando políticos e autoridades de outros países indo trabalhar de bicicleta, morando em apartamentos ou casas simples, cultivando hábitos modestos, recebendo vencimentos próximos aos de grande parte da população. A realidade bem diferente se verifica no Brasil, onde políticos e autoridades dispõem de carros oficiais e motoristas pagos com o dinheiro dos contribuintes, viajam em jatos exclusivos, ostentam luxo, criam leis que lhes concedem privilégios vergonhosos, enquanto a maioria da população enfrenta, dia a dia, as maiores dificuldades na dura batalha pela sobrevivência, deixa-os indignados.
         Essa desilusão tão precoce não pode ser benéfica para estudantes tão jovens, pois é próprio da sua idade exatamente o oposto: o idealismo e a inquietude, que as boas escolas procuram canalizar positivamente, a fim de levá-los a exercer, no futuro próximo, o importante papel de transformadores da sociedade.
         Assim, é inegável que cabe às escolas assumir também a missão de ajudar os pais a educar as crianças e jovens que lhes são confiados, promovendo ações que visem também à educação política dos alunos. Os estudantes brasileiros precisam conscientizar-se de que a política é um importante avanço na história da humanidade, a ponto de filósofos terem dedicado a ela estudos até hoje grande relevância. Aristóteles, há mais de 2.300 anos, já havia ensinado: “O homem é um animal político”. Seu contemporâneo Platão escreveu o conhecidíssimo livro A República, que continua sendo lido e estudado até a atualidade.
         Desse modo, penso que as escolas podem contribuir significativamente para mudar o desolador quadro da política brasileira. Ações aparentemente corriqueiras, como a escolha de representantes de turma e a interação dos colegas com eles na vivência escolar, podem dar oportunidade de se vivenciar uma prática democrática relevante para a formação política de crianças e adolescentes. O mesmo se aplica à eleição e atuação dos grêmios estudantis, sempre uma oportunidade não só de formar lideranças, mas também de despertar a consciência da importância das escolhas que o voto individual possibilita.
         Deve-se considerar que, hoje, a escola assume uma nova configuração. Ao privilegiar o raciocínio e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, a escola pode dar atenção a atividades que visam incrementar ações relevantes para a formação de atitudes que interferirão positivamente no comportamento interpessoal. Isso poderá contribuir para formar, nas novas gerações, uma consciência política que deletará o atual modelo, motivo de constrangimento nacional e exposição negativa internacional.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho/2017 a ainda estratosférica marca de 399,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,30%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,71%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        

 





sexta-feira, 2 de junho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O IMPRESCINDÍVEL PRIMADO DA ÉTICA E A TRANSCENDÊNCIA DA ESCOLA NA SUSTENTABILIDADE (8/162)

(Junho = mês 8; faltam 162 meses para a Primavera Brasileira)

“Em direção ao futuro
        A imprescindível ética no convívio diário do povo de uma nação, tão necessária de forma a se evitar, ou pelo menos minimizar, a corrupção sempre recorrente e susceptível da velha natureza humana, que muitos veem como questão de fundo apenas moral, e, por isso, relacionado com uma falsa casca de religiosidade ultrapassada e fora de moda, em verdade é muito mais do que tal reducionismo faz parecer. É uma questão central de eficiência econômica e de engenharia social totalmente vital ao perfeito funcionamento de toda a sociedade.
         Para o desenvolvimento de uma nação que tenha por alvo servir a todos os seus cidadãos, lhes concedendo oportunidade de crescimento, segurança e saúde, torna-se imprescindível que todos os relacionamentos próprios da vida civilizada sejam os mais eficientes possíveis. E para que isso ocorra, é necessário que o sistema das relações sociais seja exercido com o mínimo de desgastes e perdas.
         Quando o sistema legal de uma nação, ao não punir adequadamente, de acordo com as leis em vigência, fruto de um Judiciário frouxo e leniente, um indivíduo ou uma empresa corrupta, sinaliza para a população que tais procedimentos errôneos não só devem aceitos, como devem servir de paradigma positivo de esperteza a ser copiada. Então, aumenta a ineficiência de todo o sistema relacional existente no país. E isso é demasiadamente prejudicial, não apenas ao presente, tanto quanto ao futuro da nação.
         Pois as sociedades humanas vivem baseadas em expectativas. Entretanto, se elas indicam que a ética é virtude apenas aos abobalhados e ingênuos, afinal, os espertos não a obedecem e nem pagam por não a obedecerem. Então, a sociedade que será construída sobre tal argumento será de uma barbárie dinossáurica total, sendo ineficiente e o oposto de uma sociedade civilizada, de regras claras e duras para seus infratores.
         Não seria essa a justificativa para o que está ocorrendo hoje nesses dias pós-modernos? Não seria quase tudo falta de punição exemplar aos infratores?
         E tudo isso se aplica ao Brasil. Onde o delicado momento de desilusão da população, em relação aos seus políticos e a todo o setor público, seja o ponto de partida para uma profunda reflexão sobre um modo mais benéfico e transparente do exercício democrático. Onde ocorra, urgentemente, a redução drástica desse comprovado ineficiente setor e, consequentemente, a completa supressão dos incontáveis parasitas que nele se locupletam. Fechar os ralos por onde se escoa o escasso dinheiro do contribuinte é imprescindível. Nem que para isso seja necessário rever, também, o funcionamento de todo o sistema político partidário e até mesmo da própria Constituição.
         Tivessem, hoje em dia, as autoridades e servidores consciência que o trabalho honesto, além de dignificá-los, capacitaria a nação mais facilmente a prover os meios de amparo para as classes realmente mais necessitadas, pois certamente os escassos recursos públicos sobejariam, então o Brasil não se encontraria nesse lamaçal atual.
         Infelizmente, mudar mentalidades é bem mais difícil do que criar leis. Entretanto, se as leis realmente alcançassem a todos, de modo indistinto, então já seria um grande passo para a efetiva reconstrução de futuro digno a toda a nação.”.

(JOÃO DEWET MOREIRA DE CARVALHO. Engenheiro agrônomo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de RONALDO MOTA, reitor da Universidade Estácio de Sá, e que merece igualmente integral transcrição:

“O mal da escola sem fim
        As raízes mais remotas da escola, tal como nós a conhecemos hoje, estão depositadas na Grécia Antiga, especialmente referenciadas, ao redor do século 5 a.C., na academia de Platão e do liceu de Aristóteles. A escola nasce com o objetivo de formar os futuros dirigentes de Atenas, indo além dos sofistas, à medida que estabelecia um espaço comum permanente, frequentado de forma regular por mestres e discípulos, atores fixados no mesmo objetivo de repassar e receber conhecimentos.
         Passados quase dois milênios e meio, escola viria a atingir seu apogeu na fase mais madura da Revolução Industrial, no século 20, onde a demanda em grande escala por mão de obra especializada foi atendida com enorme competência e maestria. Nesses milênios, a educação foi favorecida pelo surgimento do livro moderno no século 15, pela consolidação do método científico no século 17, pela máquina a vapor e outras tecnologias no século seguinte e, especialmente, pela Revolução Industrial nos tempos que se seguiram.
         Os níveis extremos de compatibilidade e de pertinência das organizações educacionais, incluindo as metodologias e os modelos de gestão escolares adotados, fizeram delas das mais bem sucedidas e respeitadas instituições do mundo moderno. A escola, no sentido amplo, contribuiu significativamente para grandes avanços em termos de ampliação do acesso a serviços e a produtos de qualidade. Foi dentro dos seus muros que foram gerados os conhecimentos que resultaram no aumento da expectativa de vida e, principalmente, produziram as condições para a grande revolução decorrente das tecnologias digitais, as quais estão a transformar, num processo ainda em curso, o mundo contemporâneo.
         A escola tem cumprido várias funções, entre elas, a de ser o espaço de transmissão de conhecimento, formando cidadãos que dominam certos conteúdos e profissionais específicos. Nesta concepção, os níveis escolares refletem etapas formativas com diferentes graus de profundidade e os respectivos diplomas e certificados atestam os conhecimentos adquiridos e as respectivas competências e habilidades associadas a cada uma das áreas do saber.
         Todas as instituições e setores contemporâneos estão sendo e serão profundamente afetados pelas tecnologias digitais, em especial a escola, dado que a marca dos novos tempos é a emergência de uma sociedade na qual a informação está plenamente disponível, imediatamente acessível e essencialmente gratuita. Assim, as instituições educacionais, por sua relação orgânica com a informação e conhecimento, demandam ser especialmente reconceptualizadas. Elas devem ser repensadas à luz de um cenário onde mais relevante do que o que foi aprendido é aprimorar a capacidade de aprender a aprender. Informação, em si, passa a ser o mais disponível e vulgar dos produtos.
         Aprendemos, a partir de agora, dentro e fora da escola, a qualquer tempo e por qualquer meio, e o fazemos, principalmente, como meio de ampliar nossa consciência acerca dos mecanismos segundo os quais ampliamos nossa capacidade de aprender a aprender. A escola que marcava suas etapas pelos diplomas e certificados atestando os conhecimentos adquiridos, nas formas de conteúdos, técnicas e procedimentos, dá espaço a um novo conceito, onde as etapas correspondentes, da creche ao pós-doutorado, se caracterizam, essencialmente, pelos níveis diversos da capacidade de aprender continuamente em um mundo de educação permanente ao longo da vida.
         Há uma essência perene nas funções da escola e do professor, mas certamente ela não está em seus prédios ou nos modelos de gestão, tampouco nas atuais metodologias e abordagens educacionais. Enfim, é rica e bela a história da escola, uma instituição que se pensava sem fim e que hoje, promissoramente, se prepara para se reconfigurar plenamente.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 

        

         

quarta-feira, 8 de março de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA INOVAÇÃO NO APRENDIZADO E A QUALIFICAÇÃO DA CIVILIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Inovar no aprendizado
        Por que as pessoas precisam aprender inglês? Há uma infinidade de respostas para essa pergunta, todas muito fáceis de encontrar, mas uma se destaca: qualificação profissional. As empresas precisam de profissionais que falem o idioma universal para que assim consigam interagir com um mercado cada vez mais globalizado. Pronto, pergunta respondida. Agora, há um outro questionamento, um pouco mais complexo, que merece nossa atenção dentro desse contexto: a forma como estamos aprendendo inglês nos prepara para atender às demandas desse mercado?
         As exigências são cada vez maiores. O profissional do século 21 precisa estar preparado para atuar em um mercado onde inovação, desenvolvimento e tecnologia são palavras de ordem. Precisa estar preparado para atuar em um mercado onde inovação, desenvolvimento e tecnologia são palavras de ordem. Precisa estar preparado para interagir globalmente, ser criativo e flexível. Há certo consenso de que, para formar os profissionais de amanhã, as escolas devem buscar desenvolver quatro competências básicas em seus alunos: comunicação, pensamento crítico, criatividade e colaboração. E o aprendizado do inglês, habilidade que é um pré-requisito para esses futuros profissionais, precisa observar essas competências.
         Não dá mais para ficar em uma sala só repetindo as conjugações do verbo to be, tentando decorar uma interminável lista de verbos irregulares ou repetindo que the book is on the table. Se o mercado está se inovando, o ensino de inglês precisa inovar também. É necessário estimular o aluno a guiar seu próprio aprendizado, a propor problemas e encontrar soluções, a discutir, comparar propostas e apresentar resultados.
         Por exemplo, em uma aula que envolva conceitos como left (esquerda), right (direita), street (rua) e avenue (avenida), o professor pode propor aos alunos que se dividam em grupos e se coloquem no papel de profissionais de comunicação de uma prefeitura. A principal via de acesso a um ponto turístico da cidade estará fechada determinado dia da semana, e cada grupo precisa elaborar um texto dando direções sobre como chegar a esse ponto por outras vias (virar à direita na rua X, depois virar à esquerda na Y etc.). Precisam acessar um mapa da cidade para pensar em formas de fazer esse texto chegar ao público (redes sociais, comunicados via imprensa etc.). Depois, precisam comparar as estratégias elaboradas por cada grupo e identificar pontos positivos e negativos. Aí estão: comunicação, pensamento crítico, criatividade e colaboração em uma aula de inglês.
         O mundo evolui rapidamente e, com isso, vão surgindo novas tecnologias, novos perfis de negócios, novas demandas e novas expectativas de competências. E, se falar inglês é fundamental para acompanhar essa evolução, o ensino do idioma não pode ficar parado no tempo. Quem busca aprender a falar, ou que os filhos aprendam, tem que estar atento a isso na hora de escolher onde e como estudar. E quem ensina deve sempre cuidar para que seus métodos acompanhem o passo com que o mundo está estudando.”.

(JULIANA MELLO. Gerente pedagógica do Yázigi, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de março de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 7 de março de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de WALBER GONÇALVES DE SOUZA, professor, e que merece igualmente integral transcrição:

“Civilidade e barbárie
        Decifrar o ser humano será eternamente uma tarefa impossível. As clássicas perguntas que circundam a nossa existência, tipo: o que somos? De onde viemos? Para onde vamos? ainda reinam e acredito que permanecerão sem respostas por muito tempo, se é que um dia conseguiremos encontrar alguma.
         Mas, independentemente desse mar de dúvidas, algumas conclusões nós já temos. Sabemos que somos animais possuidores de racionalidade, que temos habilidades múltiplas, que vivemos e dependemos da sociedade, pois somos seres sociais; enfim, somos seres emotivos, efetivos e pensantes.
         Sabe-se também que inúmeras teorias, desde Aristóteles e que vêm ultrapassando os séculos, defendem que o ser humano, quando educado, torna-se o melhor dos animais, mas quando acontece o contrário, faltando-lhe a educação, ele se torna o pior dos animais.
         Para o filósofo Sartre, somos movidos pelas nossas escolhas. Se for verdade seu pensamento, podemos escolher ser educados ou mal-educados. Como vivemos em uma dita democracia, depositamos em nossos representantes legais um pouco da condução das nossas escolhas. Neste sentido, o desenvolvimento de políticas públicas pode levar os membros da sociedade a seguir um desses caminhos.
         E o que percebemos é que a educação não é e nunca foi uma prioridade das políticas públicas; fala-se muito, age-se pouco. Tratamos a educação como algo constitucionalmente obrigatório, pois é lei, mas não damos a ela o seu devido valor, que é tornar o ser humano um ser consciente, um ser melhor, preparado para viver em sociedade.
         Na prática, a grande maioria dos brasileiros convive com uma péssima educação, que exclui, que não educa, que não ensina, que não permite que nada que foi citado no parágrafo anterior de fato aconteça. E o resultado de tudo isso? Um ingrediente a mais para a barbárie.
         O que estamos presenciando nos últimos meses na nossa nação significa puramente a confirmação dessas teorias. Para ilustrar, basta analisar o campo de batalha que se tornou o Espírito Santo, os presídios de Natal, e a pior de todas, muito pouco falada, a guerra civil silenciosa (batalha entre torcidas, tráfico de drogas, saques, arrastões, crime organizado, violência contra mulher, crianças...) que há anos nos acompanha, sendo mostrada pelos dados estatísticos.
         Como o Estado não favorece a educação, no sentido pleno da expressão, pois cabe a ele esta prerrogativa enquanto ser organizador da nação, ele tenta se tornar presente pela sombra da repressão, mesmo de forma velada. Bastou a presença repressiva do Estado não se fazer presente e o caos se instalou. Pois não é possível acreditar na justificativa do caos pela ausência da polícia. Haja vista que, em países onde a educação acontece de fato, os presídios são fechados pela simples constatação da falta de prisioneiros. Nesses países, os presídios fechados se transformam em locais de fomento às atividades culturais.
         Aqui, nossa realidade revela nosso lado mais sombrio, mais triste. Revela que somos mal-educados, que agimos como o pior dos animais; revela que o Estado é um órgão inoperante em seu verdadeiro papel; revela que o Estado prefere continuar enganando a população, dizendo que vai criar um plano de segurança pública; revela que o Estado prefere criar cadeias, presídios, manter uma sociedade baseada no crime do que transformá-la em uma sociedade de pessoas decentes, do bem, educada; revela um Estado covarde com a sua própria corporação policial presente em cada estado da Federação, pois eles são os braços do Estado e, ao mesmo tempo, são servidos como “boi de piranha” nesta bagunça chamada Constituição Federal, nos seus mais diversos códigos.
         E a população? Pelo que se percebe, prefere continuar sendo e pensando como a coitadinha, como diria o cantor Zé Geraldo, “vendo tudo isto acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos”. E ao mesmo tempo incapaz de refletir sobre si mesma, pois o que é oferecida a ela, pelo Estado, na verdade tira da população a sua maior qualidade, que é a capacidade de pensar. E não pensando, a barbárie será sempre a nossa maior companheira ou a única saída. Pelo visto, entre civilidade e a barbárie, nosso escolha, enquanto sociedade, ainda está sendo pela barbárie.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2017 a ainda estratosférica marca de 486,75% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,30%; e já o IPCA também acumulado nos últimos doze meses, chegou a 5,35%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 


         

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS FACES DE UMA NOVA POLÍTICA E OS LÍDERES PARA A SUSTENTABILIDADE

“Uma reflexão sobre a reforma política
        É atribuída a Sófocles a expressão “o poder revela o homem”. Aristóteles, ao enveredar por esses caminhos, constrói a narrativa de que o homem é um animal político. Discípulo de Platão, Aristóteles é mais afeito às questões do mundo real que do mundo imaginário. O famoso quadro de Rafael A escola de Atenas, mostra os dois. Enquanto Platão contempla o céu, Aristóteles olha a terra.
É na terra chamada Brasil que há uma urgência de compreensão de uma filosofia prática que nos ajude a olhar o que tem de ser feito hoje em busca do amanhã. Aqueles que exercem o poder precisam saber que tudo passa. Foucault dizia que o poder é processo e não coisa. Que é dinâmico. Que é mutável. O poder em si não existe. O que existe são relações de poder. O poder é um serviço. O poder, sob a égide da ética, é um serviço, que visa ao bem. E, voltando a Aristóteles, o exercício do poder requer virtudes, requer compromisso com o bem-comum.
         A política é uma excelência moral. Recordou, recentemente, o papa Francisco, que “a política é uma elevada forma de caridade”. Mas por que então essa aversão à política? O político é aquele que deixa os seus interesses próprios por compreender que é preciso cuidar do todo, do coletivo. É o que renuncia a uma parte da própria vida para cuidar de tantas outras. Mas são essas outras vidas que hoje não querem os políticos. Por quê? Fala-se em reforma política. E não é de hoje. É razoável um país ter mais de 35 partidos políticos e outros 50 em pedidos de registro? O que é um partido político?
         Na teoria, é uma parte da sociedade que comunga de ideias e que se une para governar com base nesses princípios. É por isso que os partidos têm documentos, têm compromissos. São diferentes uns dos outros. Mas com essa quantidade de partidos será possível identificar a diferença entre eles? O que pensam? Como agirão se estiverem no governo? Como agem os legislativos?
         Há outras questões. Os partidos têm processos internos democráticos ou têm donos? Como são financiados? Como usam esses recursos? Um vereador de uma cidade do interior e um prefeito de uma outra cidade, de um outro canto do país, do mesmo partido, têm projetos comuns? Evidentemente, as pessoas são diferentes, mas se estão no mesmo partido é porque há algo que as une. Ou não? E as coligações? Respeitam quais fundamentos? Buscam quais objetivos?
         A proibição do financiamento empresarial foi um passo importante. Por que não ir além? Se as campanhas forem financiadas apenas com recursos públicos, haverá maior liberdade para que os eleitos possam agir, respeitando os princípios do próprio partido. Com menos partidos, isso será possível?
         O poder revela o homem. Revela se o homem está maduro ou não para o seu exercício. Se tem serenidade ou se busca o aplauso fácil. Seja um juiz, seja um promotor, um deputado, um ministro, um governador, um prefeito, cada um exerce o poder. E a forma de exercê-lo será exemplo correto ou incorreto para os que hoje não se sentem representados, nem ouvidos, e, talvez por isso, rejeitam a política e o poder.”.

(GABRIEL CHALITA. Presidente da Academia Paulista de Letras, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de novembro de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Painel de escolhas
        O painel de escolhas que afetam e desafiam a subjetividade humana no mundo contemporâneo, é de tamanho imensurável. Essa realidade oferece novas possibilidades para discernimentos, mas, ao mesmo tempo, os tornam ainda mais complexos. Uma complexidade que incide também nas relações entre grupos, pessoas e sociedades. É muito forte o fluxo da cultura globalizada, que, sem deixar de apresentar novos valores e possibilidades, produz fragmentações e fragilidades, processos que, frequentemente, desqualificam subjetividades. Por isso, são urgentes as medidas que permitam recuperar a interioridade humana.
         A carência de líderes capazes de conduzir processos sociais, culturais, políticos e religiosos com propriedade para dar novos rumos à sociedade é consequência dessa fragilidade no âmbito da subjetividade, enfraquecido nas dimensões humana e espiritual. Os desdobramentos são os atrasos nas dinâmicas conjunturais, com a desfiguração e a falência de muitas instituições. Sem líderes e agentes capazes de garantir o adequado funcionamento institucional, é estabelecida uma ambiência confusa, onde as pessoas não reconhecem o próprio papel, o serviço que devem oferecer e as prioridades.
         Diante desse quadro que atinge os recursos humanos, as instituições não conseguem se adequar às necessidades do mundo contemporâneo e, por isso, não são capazes de oferecer contribuições à sociedade. Tornam-se prisioneiras de um tipo de marasmo egoísta que incapacita pessoas, permanentemente indispostas para assumir compromissos e, por isso mesmo, apenas preocupadas em manter o “tempo livre”. Essa situação cria indisposição para posturas altruístas, que requerem dois componentes indispensáveis: a motivação e o objetivo prioritário de se promover o bem do outro.
         A esse marasmo acrescenta-se ainda a ânsia pelos resultados imediatos, um mal contemporâneo. Busca-se uma velocidade que desconsidera os necessários processos para se alcançarem certos objetivos. Essa ansiedade gera sensação de fracasso e de desânimo. Mas grave, ainda, é o pessimismo estéril que precisa ser vencido com um “não” radical. O derrotismo apenas aprisiona as pessoas em uma permanente sensação de desencanto, tornando-as lamurientas. Esse quadro, indiscutivelmente, é reflexo da falta de uma espiritualidade profunda, déficit que gera uma desertificação interior, o apego e a submissão ao que conta menos. Um mal que domina, faz perder a serenidade e a alegria de servir e de participar dos projetos que ajudam a transformar o mundo.
         As instituições, consequentemente, não conseguem agentes capazes de inovar e abrir novas frentes. Apegam-se apenas à manutenção do que já fazem, inviabilizando as dinâmicas capazes de gerar novas respostas. Mesmo reconhecendo a necessidade de caminhos novos, permanecem amarradas a processos pesados. Respondem às “perguntas de hoje” com as “respostas” de ontem.
         Ao se reconhecer a importância dos funcionamentos institucionais, que se alicerçam no agir de cada pessoa, identifica-se uma urgência: investir nas tarefas educativas que deem aos indivíduos a possibilidade de conquistarem uma subjetividade com envergadura humana, espiritual e moral, condição para que se tornem agentes de mudanças e inovações. Ao mesmo tempo, inadiável é a permanente avaliação das dinâmicas institucionais, para que elas não enjaulem as pessoas e os grupos na mediocridade. Assim, é possível romper o “círculo vicioso” que impede o desenvolvimento humano. A superação desses entraves ajudará no surgimento de líderes e agentes com criatividade para oferecer novas respostas à sociedade do atual painel de escolhas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...