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quarta-feira, 10 de abril de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA GESTÃO ELETRÔNICA NO COMBATE À CORRUPÇÃO E AS LUZES DA ESPIRITUALIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Gestão eletrônica para subir no ranking contra a corrupção
        O combate à corrupção ganhou forma e corpo no Brasil ao longos dos últimos anos graças, principalmente, às investigações realizadas por operações como a Lava-Jato. Contudo, esse discurso ainda não passou à prática. Apesar de toda a indignação da população, o país segue em queda livre nos principais estudos e rankings de transparência e boa governança. Isso reforça a tese de que, por mais importante que seja o processo judicial, a mudança só é possível quando a gestão pública se tornar digital e acessível a todos.
         O último relatório do Índice de Percepção da Corrupção, realizado pela organização Transparência Internacional, mostra que o Brasil recuou nova posições e ocupa o 105º lugar no ranking anticorrupção – quanto melhor a posição, menos o país é considerado corrupto. É o pior desempenho desde 2012 e representa a quinta queda consecutiva. Em 2016, por exemplo, ocupava a 79ª colocação. Estamos atrás de nações bem menos desenvolvidas, como Cuba e Gana, e estamos empatados com Costa do Marfim, Egito, Timor-Leste e Zâmbia, entre outros.
         Atualmente, a maioria dos processos na esfera pública é realizada manualmente demanda uma quantidade imensa de documentos e papéis. Dessa forma, o trâmite desses arquivos torna-se totalmente burocrático, fazendo com que seu andamento seja muito mais lento do que deveria e, pior, sem a necessária transparência em todos os procedimentos. Por mais que a Lei de Acesso à Informação esteja em vigor, não sabemos em qual departamento está determinada solicitação ou por quais motivos ela está parada. Essa situação favorece a corrupção.
         É essencial que o poder público informatize seus processos com a gerência eletrônica de documentos. Dessa forma, toda a tramitação está disponível no ambiente virtual, de ponta a ponta, e disponível à população e aos próprios servidores. Isso permite, por exemplo, que os órgãos de todas as esferas tenham de forma rápida e fácil o andamento de cada demanda, com registro de quem e quando a documento foi lida, o responsável, por quanto tempo está em andamento e até mesmo os problemas resolvidos por cada profissional.
         Com todo o trâmite documentado, informatizado e disponível ao cidadão, gabinetes e secretarias podem ser avaliados de acordo com sua eficiência, engajamento e qualidade, rendendo benefícios fundamentais quando se trata de recursos públicos. Convenhamos, é bem mais difícil cometer atos ilícitos quando todos o procedimento é registrado no internet. A própria investigação ganha novos métodos para averiguar denúncias de corrupção e pessoas com más intenções pensarão bem antes de fazer qualquer irregularidade.
         As demandas por desburocratização e transparência tendem a crescer ainda mais com o avanço da tecnologia. É inadmissível perceber que ainda hoje as repartições públicas evitem a adoção de recursos que aceleram processos e, consequentemente, seguem camuflando péssimas práticas de corrupção. Tribunais de Justiça, hospitais, escolas, bancos e até leilões já ocorrem no ambiente on-line. Passou da hora de o poder público fazer o mesmo.”.

(JÉFERSON DE CASTILHOS. Fundador da 1Doc, plataforma web de comunicação, atendimento e gestão documental para órgãos públicos, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de março de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de abril de 2019, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“O santo foi pecador
        O ódio é uma forma detestável. Contudo, é uma forma no “reino de Deus”, que pode estar protegendo a pessoa de uma influência sob a qual ela ainda poderia sucumbir.
         Diferente da insignificância, o desprezo pelo mentiroso, pelo hipócrita, por aquele que se mostra cruel para com o fraco, é uma emoção útil para quem a sente e também para aquele contra o qual se dirige, pois tende a preservar a pessoa de cair em pecados semelhantes.
         O desprezo desencadeia ainda o sentimento de vergonha, e isso pode elevar o indivíduo acima do atoleiro em que está mergulhado. O “ódio construtivo” protege quem o nutre de cair em tentação, embora não seja a forma mais elevada da personalidade em construção do indivíduo.
         Para a pessoa que apresenta tendência a determinado tipo de pecado, o ódio contra aqueles que o praticam protege-a de incorrer na mesma prática.
         Chegará com o tempo a distinguir o pecado do pecador, e diminuirá a repulsa por este último, limitando seu ódio para o pecado.
         Quando mais tarde alcançar a segurança provocada pela virtude, já não nutrirá mais ódio para o malfeitor nem para o mal, vendo neles apenas um estágio inferior do crescimento humano. Dessa forma se empenhará, liberto das atrações dos vícios, para ajudar, com meios adequados, os seus “irmãos” a superar o estágio de provações.
         Não podemos negar que expressões como “indignação justa”, “nobre desprezo”, “ira controlada” são formas de reconhecer a utilidade dessas emoções de “ódio dissimulado” na medida em que deixam para trás situações piores. São lentos e contínuos passos de distanciamento do ponto de partida para alcançar a purificação das influências bestiais.
         Em determinado estágio a intolerância para com o mal é muito melhor que a indiferença a ele e uma salvaguarda importante para a pessoa que a nutre. Embora nessa fase deseje evitar os pecados grosseiros, ainda não se libertou completamente deles. Dessa forma, a escolha de evitá-los se manifestará em ódio contra quem os pratica. Sem esse ódio ficaria mais vulnerável.
         À medida que o ser humano vai evoluindo, se distancia das tentações e passa a manter destacada repulsa pelo pecado, mas aumenta a sua compaixão pelo pecador, e só quando se um “santo, se dará a não odiar o próprio pecado, reconhecendo nele uma situação que o indivíduo precisa ultrapassar.
         Assim, quando sentimos repulsa por alguém, podemos estar certos de que temos nós alguns traços que no odiado nos desagradam. Como os anticorpos fora do controle consciente enfrentam as bactérias invasoras, a personalidade se põe de guarda com reações que tendem a facilitar o enfrentamento Quando um homem perfeitamente sóbrio sente repulsa acentuada pelo bêbado, é sinal de que ainda não ultrapassou a atração por uma bebida.
         Afirma Annie Besant que “uma mulher superiormente pura não prova a menor repulsa por uma irmã decaída, cujo contato repugnaria as mulheres menos puras. Quando chegarmos à perfeição, haveremos de amar tanto o pecador como o santo, e talvez mais o pecado, porque o santo pode lutar sozinho, ao passo que o pecador sucumbirá se não receber alguma ajuda”.
         Para a grande teosofista no livro “Um estudo sobre a Consciência”, “sentimo-nos diferentes dos outros constitui uma grande heresia, visto que a separatividade é uma força destrutiva e o todo divino evolui para a unidade. O sentimento de separação em definitivo é errado... o santo perfeito identifica-se tanto com os criminosos quanto com outros santos, pois os dois são igualmente filhos de Deus em diferentes estágios de evolução”.
         Ela aconselha aqueles que conseguem sentir um pouco dessa verdade a praticá-la no dia a dia, ainda que imperfeitamente. Ao tratarem com os menos evoluídos, devem fazer o possível para nivelar o muro divisor e fecundar a compreensão dos irmãos.
         Ao homem, há desejos de expandir suas relações de amor por considerar o bem-estar de sua comunidade da mesma forma que da sua própria família. Surge disso a grande virtude do espírito público verdadeiro, precursor infalível da prosperidade da comunidade e nacional.
         O servidor da humanidade – algo que o político tem a obrigação de ser – não pode negligenciar os seres humanos que estão junto à sua porta e que lhe são dados como seus primeiros irmãos. Mas tem que evitar privilegiar uns com o sofrimento de outros.
         Nunca poderemos esquecer que o mal é a ausência do bem, do amor, nem esquecer que o santo já foi pecador.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 295,53% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 317,93%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,58%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




quarta-feira, 18 de maio de 2016

A CIDADANIA, A INFINITA SABEDORIA DO AMOR E O INDESVIÁVEL CAMINHO DO DIÁLOGO

“A infinita sabedoria do 
amor diante da crise atual
        Nestes tempos em que a Terra vive intensa fase de transformação, está sendo permitido aos seres humanos se aproximarem, por meio do serviço ao próximo, de níveis que desconheciam e que dificilmente atingiriam em épocas normais.
         Responder decididamente ao que vem de dentro do próprio ser, mergulhar sem reservas no mundo silencioso que ali se encontra – eis um caminhos de libertação. Assim, uma presença sagrada pode pulsar, eliminando movimentos desnecessários e trazendo ao indivíduo quietude e paz. Esse estado de abertura interior permite-lhe viver momentos de rara beleza, momentos que não se dissipam e cuja energia se alastra pelos ares como uma bênção.
         Quando o indivíduo penetra o caminho interior, reconhecendo-se como um ser livre e espiritual, a herança de ser filho do mundo é removida de seus ombros e desaparece de si a fragilidade que essa herança normalmente lhe traz. Na realidade, reconhecer-se um ente livre e espiritual não é pretensão, mas um dever.
         Porém, quando a Presença Espiritual começa a vir à tona, há no indivíduo áreas confusas que nutrem aspectos egocêntricos e individualistas. Assim, não existe clareza suficiente para impedi-lo de tomar as sugestões do ego como verdadeiros impulsos espirituais.
         Até que a clareza seja alcançada no grau necessário, o ser passa por momentos de luta interior, em que sua parte luminosa, sua alma, e sua parte escura, o ego, procuram, cada qual, prevalecer. O ego quer, então, fazer crer que é sabedor do que é correto, e repete frases e conceitos de forma superficial.
         O ego faz o ser humano querer colocar-se no centro das atenções e buscar a própria satisfação. Quanto mais um indivíduo cede às tendências egoístas, mais de vincula às condições confusas que hoje caracterizariam a vida terrestre.
         Certa vez, um frade procurou são Francisco de Assis para dizer que já não sabia como agir perante os erros e as resistências de um irmão que estava sob seus cuidados espirituais. Francisco respondeu-lhe que o amasse justamente por isso, por ele estar necessitando reconhecer a Luz. E disse-lhe, ainda, que quanto mais ele errasse, mais o amasse, para assim atraí-lo ao Senhor. Estimulava o amor para com os enfraquecidos, de modo que eles, alimentados por essa sagrada energia, encontrassem a cura.
         Mesmo estando sob a Lei do Serviço, mesmo buscando ir além de si mesmos e viver perto do Divino, todos têm falhas e, sem que o percebam, normalmente sua atenção se prende a essas falhas. Agindo assim, aumentam-lhes o peso, esquecendo-se de que, se estivessem voltados para a Luz, mais rapidamente as falhas se dissipariam.
         Nunca é demais repetir que é preciso desenvolver e aprofundar as expressões da energia do Amor e da Sabedoria. Essa potente vibração pede espaço na consciência humana, pois sem ela não se transcende o egoísmo, permanecendo sempre o envolvimento com os sentidos no ser pessoal. Diante de cada crise, é a Sabedoria do Amor que conduz o ser para o centro, para onde essas falhas não têm existência.
         Quando o verdadeiro amor toca o coração de uma pessoa, ela não mais critica e deixa de apresentar exigências pessoais. Em lugar de opor-se ao limitado, o amor procura expandir os horizontes dos que se encontram confinados na visão material da vida.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de maio de 2016, caderno O.PINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de maio de 2016, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Em diálogo pelo bem
        A tarefa de construir o bem comum necessita, acima de tudo, de diálogo. Dialogar qualifica a capacidade humana de se dirigir ao outro, nas diferenças e nos parâmetros racionais das oposições. Permite também estabelecer uma relação com lucidez de discernimentos e escolhas. Trata-se de prática que não oferece espaço para o ódio, vinganças e o aproveitamento espúrio de oportunidades para obter ganhos na contramão do bem comum. A ausência do diálogo permanente, em todas as esferas das relações humanas, explica o nascimento de descompassos, as mazelas de escolhas, os absurdos dos procedimentos que comprometem legalidades e produzem os leitos da corrupção.
         Somente pela via do diálogo os muitos segmentos da sociedade construirão o tecido de uma cultura que sustente princípios e legalidades. As guerras, os acirramentos partidários, o recrudescimento da violência, os fundamentalismos – religiosos e políticos –, as inimizades, as crises familiares, tudo advém de incompetências humanas na essencial capacidade para dialogar. Uma qualidade fundamental para se escolher bem, decidir e garantir rumos adequados. Quando falta a indispensável competência da reciprocidade conquistada pelo diálogo, as consequências são sempre desastrosas.
         Só o diálogo constrói entendimentos que levam à compreensão das mudanças e transformações tão velozes neste tempo. A vivência desse exercício mostra a importância da participação cidadã. Garante lucidez na condução na condução de processos e engrandece a alma, fazendo-a apreciar o que se baseia no altruísmo. Sem a abertura para reciprocidade nos exercícios relacionais em diferentes ambientes – do aconchego da vida familiar aos grupos religiosos, culturais e políticos –, o que se faz torna-se desserviço. Líderes incapacitados para o diálogo, particularmente no âmbito da política, são obstáculos nos funcionamentos da sociedade, prejudicando o bem comum.
         O diálogo, longe de ser “conversa fiada”, fofoca, palavras trocadas pelo simples gosto de falar – especialmente aquele gosto muito comum de se falar dos outros –, é a construção de entendimentos que dão suporte para a criação e manutenção do ethos do altruísmo, da seriedade no que se faz e da busca pela verdade. Promove, assim, a coragem da transparência, em todos os sentidos e níveis, balizando na honestidade relações e funcionamentos. A qualidade do diálogo depende muito da visão construída no horizonte dos cidadãos, para além de paixões partidárias. O exercício do diálogo alarga a visão de mundo do cidadão, os horizontes dos funcionamentos institucionais. Permite alcançar a compreensão que anima a indispensável autoestima, a consciência histórica e a configuração política merecedora de credibilidade. Nesse sentido, o diálogo é força para fazer com que a sociedade seja verdadeiramente democrática, capaz de respeitar e promover, com fecundidade, o bem comum.
         Dialogar é o caminho da permanente construção da vida social, familiar e individual. O diálogo é remédio para curar irracionalidades, tônico que fortalece entendimentos cidadãos, intervenção que alarga as estreitezas de interpretações. O princípio do bem comum é o que deve nortear a sociabilidade, superando, assim, radicalismos e violências. Para além de qualquer simples interesse, sobretudo daquele que nasce da idolatria do dinheiro, cada cidadão tem a tarefa de preservar e de promover esse princípio.
         O respeito e a promoção do bem comum são deveres de todos. Por isso, ecoe em todo canto, e permeie os tecidos da cultura na sociedade atual, na particularidade do momento vivido na sociedade brasileira, a autoridade do convite e da recomendação do papa Francisco, dirigindo-se aos brasileiros: é preciso investir todas as forças no diálogo para reconstruções, respeito a legalidades e encontro das indispensáveis saídas, evitando descompassos que comprometam a civilidade, a ordem e a justiça. Acima de tudo, os segmentos diversos da sociedade, para superar mediocridades, partidarismos, radicalismos de todo tipo, fecundando nova cultura, precisam estar em diálogo pelo bem comum.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 435,6% para um período de doze meses; e mais ainda em abril, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,28%, com os juros do cheque especial de março em históricos 300,8%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  







  

quarta-feira, 26 de junho de 2013

A CIDADANIA, A ÉTICA DA PRIVACIDADE E OS NOVOS DESAFIOS DA NAÇÃO

“A ética da privacidade na guerra contra o terror
        
         Poucas realidades, como o mundo da informática, traduzem no concreto a ambiguidade da existência humana. Maravilhamo-nos a cada dia com  as novas engenhocas que a eletrônica nos disponibiliza. Nem conseguimos pensar-nos sem celular sofisticado, sem outros aparelhos que nos oferecem acesso a dados e conhecimentos antes incalculáveis.
         Está a surgir nova geração de pessoas, formadas e plasmadas pela sofisticação eletrônica. Louvamos a inteligência humana. A saúde deve muito aos exames diversificados que a medicina, com o auxílio da tecnologia, realiza. Quantas vidas se salvam e se prolongam com os recursos hoje disponíveis. Tudo maravilhoso! Lado luminoso.
         Mas, infelizmente, assaltam o coração humano interesses, desejos, ambições desmedidas que usam a mesma tecnologia para fins perversos. Estamos a viver em sociedade panóptica em que tudo se torna visível. Devassam-se os segredos do coração e do amor por meio de olhos eletrônicos que espiam sem que a pessoa o saiba. Filmam-se, fotografam-se e não raro lançam-se ao público cenas que pertencem ao mundo privado das pessoas.
         As intromissões na “privaticidade” organizam-se pelos Estados, por instituições públicas e particulares e até por curiosos voyeurs ou chantagistas. Estourou na imprensa o fato denunciado por E. Snowden de que os Estados Unidos desenvolveram o programa Prism. Ele registra e arquiva bilhões de mensagens que recebe de redes sociais como Google, YouTube, Facebook, Skype, Hotmail, Yahoo e outras tantas. A intimidade das pessoas nas conversas eletrônicas, nos desejos e sonhos manifestados caem sob a inspeção fria de interesses militares e econômicos.
         Terrível violação da ética da “privaticidade”. A justificativa da guerra contra o terror ou da busca de melhores funcionários e empregados para as empresas sobrepõem-se ao direito de autonomia, de liberdade, de intimidade das pessoas.
         O país, que mais cantou a liberdade individual e a plasmou em estátua na entrada de Nova York, assume, por meio do governo, a vergonhosa violação do direito dos indivíduos, ao ler e arquivar as informações colhidas nas redes sociais. A advertência de Jesus de que o dito no escondimento será proclamado sobre os telhados se realiza ironicamente por obra da perversidade do coração humano, e não como expressão do sentido ético de responsabilidade diante de Deus. Jesus não defende a revelação dos segredos para e pela publicidade mundana, mas aconselha-nos a prudência e o respeito à nossa própria dignidade em tudo o que fazemos.
         Que os Estados, as empresas e as pessoas corruptas farão do depósito gigantesco de confidências e informações pessoais nos escapa até da imaginação. O quinto mandamento – não matarás – começa a assumir formas novas. Já não se reduz a tirar a vida física, mas alcança a fama, a dignidade, a autoestima, destruindo a pessoa. E algumas, como ultimamente a imprensa tem noticiado, ao não suportar a destruição da própria imagem de maneira pública, terminam por suicidar. Da morte simbólica passa-se à morte física. Duplo assassinato cometido na frieza das imagens, dos ditos colhidos pelas redes sociais. Que nos despertemos para a ética da privacidade!”

(J. B. Libanio. Teólogo, escritor e professor; padre jesuíta, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 23 de junho de 2013, caderno O.PINIÃO, página 27).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno ECONOMIA, página 13, de autoria de MIRIAM LEITÃO, e que merece igualmente integral transcrição:

“Entender o Brasil
        
         A explosão das ruas apareceu para mim pela primeira vez no quarto dia. Estava havia uma semana numa área da Amazônia, sem qualquer comunicação, iniciando uma reportagem que está longe de acabar. Aquele havia sido um dia doloroso, de ver o crime sem castigo no Brasil profundo. Entrei num restaurante de estrada e na TV vi a violência da Polícia de São Paulo. Fiquei atônita.
         Na última sexta-feira, passei pela cozinha da minha casa, e Érica, a nova arrumadeira, me pediu para fazer uma pergunta. Pensei ser dúvida sobre a organização da casa, e a pergunta foi:
         “O que é a PEC 37?”
         Surpresas há em todo canto do Brasil. A gravidade da conjuntura me fez voltar mais cedo para a coluna antes de processar tudo o que vi no mergulho amazônico. O Brasil é um país imenso e, quando você pensa que começou a entender, surpresas maiores aparecem.
         Uma coisa é certa: erramos todos. Cada comentarista ou analista da cena brasileira, sejam em que área atue, pode dizer que alertou para erros na política ou na economia, mas ninguém previu a eclosão de um movimento desta magnitude. Quando estourou a rebelião contra governos árabes, um especialista conhecido nos Estados Unidos, F. Gregory Gause III, que há 20 anos é professor das melhores universidades americanas sobre Oriente Médio, teve a coragem de dizer que estava “totalmente errado”. Num artigo da “Foreing Affairs”, ele disse que não tinha olhado para o lado certo. Havia dedicado seu tempo a explicar por que as ditaduras da Líbia, do Egito, da Tunísia eram tão longevas e não viu o movimento se formando contra elas.
         No caso do Brasil, é mais complexo porque é uma democracia forte em que a presidente foi eleita e exerce legitimamente seu mandato. O movimento é um difuso sentimento de insatisfação diante da incapacidade de o Estado atender às aspirações das pessoas.  Há, claro, um cansaço transbordante com os casos de corrupção. É preciso separar o que é a fúria de quem praticou atos de violência e o que é a maioria da população, que vestiu branco e foi às ruas com a intenção de manifestar seus sonhos de um país melhor.
         Sabe-se pouco da dinâmica dos movimentos na era digital. Sabe-se que eles não têm líderes claros e surpreendem pela rapidez do crescimento. É o velho contágio, que a sociologia estudou, mas em escala muito maior. O mestre Manuel Castells, que esteve aqui rapidamente, tem traçado algumas linhas do que é este mundo novo das redes de indignação e esperança, mas nem quem o lê com atenção imaginaria o que aconteceu no Brasil. Temos que ter a humildade de admitir que é preciso estudar mais o país, sua juventude, suas mudanças. E as pesquisas de opinião? O que é mesmo que perguntaram para captar tanta popularidade do governo? Como isso se encaixa com o que vimos agora?
         O Brasil viveu um sufocante período de gritos e sussurros depois de reprimidas as passeatas de 1968. O movimento espontâneo da Praça da Sé na morte de Herzog, em 1975, foi surpreendente e decisivo para mostrar a exaustão com tão longo autoritarismo. A manifestação dos trabalhadores da Vila Euclides revelou a força dos nos líderes. As passeatas gigantes das Diretas surpreenderam até os organizadores pela sua força e dimensão, mas elas tinham lideranças sólidas em coalizão. Os caras-pintadas foram um efeito bumerangue. O ex-presidente Collor, que havia aprisionado o dinheiro das famílias, sem debelar a inflação, estava envolvido em denúncias de corrupção. Acuado, pediu que o povo fosse para a rua apoiá-lo. Colheu o oposto do que pediu.
         O passado é completamente diferente do presente. Não se pode recorrer a ele. A rejeição a todos os políticos, que aparece nas manifestações, é compreensível, mas não é a solução. O atual sistema de representação está gasto, mas não se sabe o que pôr no lugar. Estamos numa transição para um mundo diferente. Minha esperança é que ao fim dos protestos o país tenha cidadãos mais bem informados.
         Expliquei para a Érica o que era a PEC 37. Avisei que ela tem defensores, mas que eu sou contra tirar poderes do Ministério Público. Disse que a Polícia deve investigar, mas também o MP. Detalhes da organização da casa ficaram para ser explicados no dia em que ambas tivermos menos mobilizadas pela tarefa maior de entender o Brasil.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, adequadas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, isto é, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;
     
     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 610 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; sistema financeiro nacional; comunicações; esporte, cultura e lazer; turismo; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa das Confederações; a 27ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho; a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...   

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A CIDADANIA, AS PRIORIDADES DO DINHEIRO E AS NOVAS ATITUDES PARA A HUMANIDADE

“Prioridades do dinheiro

Parem o mundo que eu quero descer! Os donos do planeta enlouqueceram ou não entendo bem o que propõem? De 22 a 27 de janeiro, o Fórum Econômico de Davos, na bucólica Suíça, reunirá empresários, banqueiros e outros donos do dinheiro que parecem não dar a mínima para a crise econômica na Europa (18 milhões de desempregados!). É compreensível, hoje recursos públicos salvam bancos privados!

Os donos do mundo centram suas atenções no que qualificam de fatores X – questões que os respeitáveis senhores e senhoras consideram prioritárias e que, se não forem encaradas com seriedade, podem desestabilizar a atual “ordem” mundial. O relatório anual sobre os riscos globais, publicado duas semanas antes do encontro de Davos, teve colaboração da revista científica Nature na análise dos fatores X. Vamos a eles:

O primeiro, a possível descoberta de que há vida inteligente fora deste nosso planetinha desgraçadamente afetado pelas ambições do capital. Com o ritmo da exploração do espaço nas últimas décadas, diz o documento preparatório de Davos, é possível considerar que a humanidade pode descobrir vida em outros planetas. A maior preocupação seria sobre os efeitos nos investimentos em ciência, e a própria imagem do ser humano.

Supondo que seja encontrado um novo lar em potencial para a humanidade ou a existência de vida em nosso sistema solar, a pesquisa científica teria que deslocar grandes investimentos para a robótica e missões espaciais. Além disso, as implicações filosóficas e psicológicas da descoberta de vida extraterrestre seriam profundas, desafiando crenças das religiões e da filosofia humana. Por meio de educação e campanhas de alerta, o público poderia se preparar melhor para as consequências desse processo, sugere o fórum.

No início de 2013, dados coletados pelo observatório espacial Kepler, monitorado pela Nasa, indicam que só a nossa galáxia, a Via Láctea – com pelo menos 100 bilhões de estrelas ou sóis –, teria 17 bilhões de planetas rochosos, com tamanho entre 0,8 e 1,2 da Terra. Pode ser que um ou mais estejam orbitando suas estrelas à distância adequada para o surgimento de vida.

Atrás dessa retórica “humanista” se esconde o projeto de loteamento do cosmo. Haja fome de lucros! Eu, que sou crédulo, acredito em vida extraterrestre. Creio mesmo que nossos vizinhos já se aproximaram, mas ao captar nossas emissões televisivas concluíram que na Terra não há vida inteligente.

O segundo fator X é o avanço cognitivo do cérebro humano pelo uso de estimulantes. Segundo o documento de Davos, há o temor de que no futuro as pessoas abusem da tecnociência, que permite turbinar o desempenho no trabalho e nos estudos. A química fará de nós robôs ultraeficientes.

O esforço dos cientistas para tratar doenças como Alzheimer ou esquizofrenia leva a crer que, no futuro não muito distante, pesquisadores identificarão substâncias que permitam melhorar os estimulantes de hoje, como a Ritalina. Apesar de prescritos a pessoas com doenças neurológicas, esses remédios seriam usados no dia a dia. O avanço poderia também vir de hardwares, diz o relatório. Estudos mostram que a estimulação elétrica pode favorecer a memória. Diante disso, seria ético aceitar o mundo dividido entre os que tiveram oportunidade de ter a parte cognitiva reforçada e os que não tiveram, indaga o documento. Haveria, ainda, o risco desse avanço dar errado.

O terceiro fator X é o uso descontrolado de tecnologias para conter as mudanças climáticas, que acabariam afetando ainda mais o equilíbrio ecológico. Apesar de as ameaças de mudanças climáticas serem conhecidas, o relatório indaga também se já passamos de um ponto dramático de não retorno. Dados indicam que nosso planeta já perdeu ao menos 30% de sua capacidade de autorregeneração.

O quarto, são os custos de os seres humanos viverem muito mais tempo, após a idade laboral. Os países não têm se preparado para os altos custos que a velhice, hoje qualificada de terceira idade, implica, e com a massa de pessoas que sofrerão de doenças como artrite e demências. A medicina no século 20 avançou muito nas descobertas relativas às doenças genéticas, decifrando o genoma humano. São esperados ainda mais avanços no tratamento de doenças do coração e do câncer.

O documento preocupa-se com o impacto na sociedade de uma camada da população que conseguirá prever e, portanto, evitar as causas mais comuns de morte hoje, mas com deterioração da qualidade de vida: velhos longevos, ociosos e dependentes. Mais pesquisas seriam necessárias para encontrar soluções para essas condições, hoje consideradas crônicas.

Por trás de tudo isso, um objetivo prioritário desses senhores e senhoras: onde estiver nosso dinheiro, de modo a multiplicá-lo tanto quanto as estrelas do céu e as areias das praias e do mar.”

(FREI BETTO. Escritor, autor, em parceria com Marcelo Gleiser e Waldemar Falcão, de Conversa sobre a fé e a ciência (Agir), entre outros livros, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de janeiro de 2013, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de janeiro de 2013, caderno O.PINIÃO, página 18, de autoria de LEONARDO BOFF, filósofo e teólogo, e que merece igualmente integral transcrição:

“A crise atual da humanidade e as diversas atitudes para abordá-la

Ninguém, face à crise, pode ficar indiferente. Urge uma decisão para encontrar uma saída libertadora. É aqui que se encontram várias atitudes para ver qual delas é a mais adequada a fim de evitarmos enganos.

A primeira é a dos catastrofistas: a fuga para o fundo. Esses enfatizam o lado de caos que toda crise encerra. Veem a crise como catástrofe, decomposição e fim da ordem vigente. Para eles, a crise é algo anormal que devemos evitar a todo custo. Só aceitam certos ajustes e mudanças dentro da mesma estrutura. Contra esses catastrofistas, já dizia o bom papa João XXIII: “A vida concreta não é uma coleção de antiguidades. Não se trata de visitar um museu ou uma academia do passado. Vive-se para progredir, embora tirando proveito das experiências do passado, mas para ir sempre mais longe”.

A crise generalizada não precisa ser uma queda para o abismo. Vale o que escreveu o filósofo e pedagogo Pierre Furter: “Caracterizar a crise como sinal de um colapso universal é uma maneira sutil e pérfida dos poderosos e dos privilegiados de impedirem, a priori, as mudanças, desvalorizando-as de antemão”.

A segunda atitude é a dos conservadores: a fuga para trás. Esses se orientam pelo passado, olhando pelo retrovisor. Ao invés de explorar as forças positivas contidas na crise atual, fogem para o passado e buscam nas velhas fórmulas soluções para os problemas novos. Por isso, são arcaizantes e ineficazes.

Grande parte das instituições políticas e dos organismos econômicos mundiais e, também, a maioria das igrejas e das religiões procuram dar solução para os graves problemas mundiais com as mesmas concepções. Favorecem a inércia e freiam as soluções inovadoras. Como as fórmulas passadas esgotaram sua força de convencimento e de inovação, acabam transformando a crise numa tragédia.

A terceira atitude é a dos utopistas: a fuga para a frente. Esses pensam resolver a situação de crise fugindo para o futuro. Eles se situam dentro do mesmo horizonte dos conservadores, apenas numa direção contrária. Por isso, podem facilmente fazer acordos entre si. Geralmente, são voluntaristas e se esquecem de que, na história, só se fazem as revoluções que se fazem. Não raro, a audácia contestatória não passa de evasão do confronto duro com a realidade.

Circulam atualmente utopias futuristas de todo tipo, muitas de caráter esotérico, como as que falam de alinhamento de energias cósmicas que estão afetando nossas mentes. Outros projetam utopias fundadas no sonho de que a biotecnologia e a nanotecnologia poderão resolver todos os problemas e tornar imortal a vida humana.

Uma quarta atitude é a dos escapistas: a fuga para dentro. Esses dão-se conta do obscurecimento do horizonte e do conjunto das convicções fundamentais. Evitam o confronto, preferem não saber, não ouvir, não ler e não se questionar. Preferem a solidão do indivíduo, mas plugado na internet e nas redes sociais.

Por fim, há uma quinta atitude: a dos responsáveis: enfrentam o aqui e o agora. São aqueles que elaboram uma resposta. Não temem nem fogem nem se omitem, mas assumem o risco de abrir caminhos. Não rejeitam o passado por ser passado. Aprendem dele como um repositório das grandes experiências que não devem ser desperdiçadas sem se eximir de fazer as suas próprias experiências. Os responsáveis se definem por um a favor e não simplesmente por um contra. Também não se perdem em polêmicas estéreis.

O que mais se exige hoje são políticos, líderes, grupos, pessoas que se sintam responsáveis e forcem a passagem do velho para o novo tempo.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, soberanas, civilizadas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado, como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

b) o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

c) a dívida pública brasileira, com projeção segundo o Orçamento Geral da União, de astronômico e insuportável desembolso da ordem de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de desembolso de R$ 610 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tanta sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de extremas e sempre crescentes demandas, necessidades, carências e deficiências, o que aumenta o colossal abismo das nossas desigualdades sociais e regionais e nos afasta num crescendo do seleto grupo dos sustentavelmente desenvolvidos...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que permita a partilha de suas extraordinárias riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a 27ª Jornada Mundial da Juventude em julho; a Copa das Confederações em junho; a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, segundo as exigências do século 21, da era da globalização, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...

O BRASIL TEM JEITO!...